Capitulo 52
Capítulo 52º
Narrador
O domingo amanheceu ensolarado. Alice se mexeu na cama, sorriu ao observar a mão de Rebeca envolta de sua cintura. A mulher dormir tranquilamente, com uma expressão feliz no rosto. A loira lembrou da noite que quente que tiveram e sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Precisava agradecer a Letícia pela liberação.
Percebeu durante a semana o mal humor da namorada, e claramente era por todo o tesão que ela estava sentindo. Sabia que grande parte poderia ser apenas pela gravidez. Mesmo assim se sentiu feliz por todo o sex* que fizeram, mesmo tendo que se conter foi sem dúvida muito prazeroso.
Saiu da cama com cuidado para evitar que a namorada acordasse. Seguiu para o banheiro, tomou um longo banho e depois saiu do quarto decidida a comprar café da manhã. Chegou à conclusão que precisava aprender a cozinhar.
Ao sair do quarto deu de cara com Anna apenas de calcinha e sutiã.
- Bom dia. – a garota sorriu bocejando.
- Bom dia. Se está procurando sua roupa, está na sala. – provou.
- Nem vimos quando vocês chegaram ontem.
- Lógico sua cabeça estava enfiada em um lugar de onde ela não saiu. – brincou.
- Desculpa por isso. Está saindo escondida?
- Não. Vou comprar café da manhã, para minha namorada.
- Quero torta de frango.
- Não lembro de você ser minha namorada.
- Qual é, você já está saindo. Não custa nada me trazer comida. - Alice saiu rindo da amiga.
Comprou as coisas para preparar uma linda bandeja de café da manhã para Rebeca. Antes de sair da padaria viu uma senhora vendendo flores, e apesar de ter dado um lindo buquê de rosas na noite anterior parecia uma boa ideia levar mais uma rosa.
Escolheu a flor, pagou a mulher e entrou no carro fazendo o mesmo percurso de volta. Preparou tudo na bandeja, antes deixou sobre o balcão o que Anna havia pedido para ela. Foi com cuidado para o quarto.
Rebeca continuava dormindo tranquilamente. Depositou a bandeja na mesinha de cabeceira e foi para a cama. Acariciou o rosto da mulher que preguiçosamente se esticou.
- Não me acorda agora. – resmungou.
- Se você dormir mais, o seu café vai esfriar. – beijou seu ombro. – Fora que daqui a pouco precisamos ir para a minha avó. Lembra? – beijou seu rosto. Rebeca mantinha os fechados, mas um sorriso dançava em seus lábios. – Você está ainda mais linda hoje. – acariciou seu rosto.
- Mentirosa, estou com a cara amassada. Tenho certeza.
- Para mim você sempre será a mulher mais linda. – afirmou.
- Tá. Vou acreditar em você. E tomar um banho por que esse cheiro de comida deixou esse neném com muita fome. – passou a mão na barriga.
Alice acompanhou seu andar até que ela sumisse pela porta do closet.
- Eu usei seu carro. Espero que não se importe. – falou alto suficiente para ela ouvir.
- Não me importaria. – gritou de volta. – Você deveria entrar aqui. – Alice percebeu um sorriso no final daquela frase.
- Melhor não, vamos acabar no atrasando para o almoço.
Respondeu, mas não obteve resposta alguma. Pegou o celular para avisar a Anna que deixou comida para elas na cozinha. Sorriu com a figurinha que a amiga enviou.
- Quem é? – Rebeca estava escorada na porta, os cabelos enrolados em uma toalha.
- A Anna. – falou admirando-a com a boca aberta.
- Cansaram de trans*r? – indagou com ar de riso.
- Aparentemente. Se bem que a vi apenas de roupas intimas. – Rebeca sorriu negando com a cabeça. – Podemos comer? Depois você se veste.
- Claro. – concordou sentando-se na cama. Sorriu ao ver a rosa. – Você é incrível. Quando eu penso que não posso me surpreender você vai lá e mostra o contrário. – beijou seus lábios.
- Não vamos mesmo falar sobre o que aconteceu ontem? – Alice indagou pegando um morango.
- O que aconteceu? – se fez de desentendida. Mas sentia seu rosto corar.
- Foi tão ruim assim? – questionou Alice.
- Acha mesmo que se tivesse sido ruim você continuaria aqui na minha cama?
- Não sei. – deu de ombros.
- Me deixa te contar uma coisa. – falou deixando a comida de lado. – Ninguém nunca me fez se sentir tão especial como você fez. – segurou seu rosto entre suas mãos. – E o sex* foi...- pareceu procurar a palavra certa. - ...maravilhoso. – beijou seus lábios. – E eu te amo ainda mais. – Alice sorriu.
Enquanto dirigia para a casa de seus avós, Alice prendia a mão de Rebeca na sua. A mulher fez questão que a outra dirigisse. A última observava o vai e vem dos carros e vez ou outra fazia algum comentário sobre o trânsito.
- Amanhã terei que ir a Ouro Preto. Nem sei se consigo voltar no mesmo dia.
- Isso quer dizer que vai ficar na casa do seu pai?
- Não. Quer dizer que vou tentar voltar a noite para poder te ver antes de ir dormir. – sorriu apertando sua mão.
- Vai fugir do seu pai?
- Exatamente.
Alice sorriu de canto. Sabia que aquela não era a solução, mas não iria se meter na relação dos dois. Estacionou o carro de Rebeca e desceram juntas. Caminharam até a casa de mãos dadas. Rebeca ria de algo que a namorada disse. Até que a porta foi aberta. Helena olhou surpresa para o rosto das duas, em seguida para suas mãos unidas.
- Oi, vovó. – Alice falou abraçando a mulher.
- Oi, filha. – devolveu o abraço. – Você eu ainda não conheço. – apontou para Rebeca.
- Eu sou Rebeca, muito prazer. Dona Helena. – estendeu a mão, mas recebeu um abraço apertado.
- O prazer é meu. Menina, que olhos são esses? – segurou o queixo de Rebeca que apenas sorriu envergonhada.
- Vó! Alice repreendeu.
- Desculpa. Vamos entrando. – deu passagem. – Ela é linda. – sussurrou para Alice que apenas sorriu. Mas Rebeca acabou escutando também.
Ao chegarem fizeram as devidas apresentações, as únicas pessoas que Rebeca não conhecia eram Isaac, Iara, Gabriel. Já que Helena foi os recepcionar na porta. Isabella tratou de encontrar espaço próximo a ela, engatando em uma conversa com Rebeca.
- Sua mãe parece criança com brinquedo novo. – Milena falou se aproximando de Alice que da outra ponta observava as duas conversando.
- Ela me ameaçou de me deserdar se eu tivesse traído Rebeca. – comentou rindo.
- Isso está melhor do que eu imagine. Quem diria que você iria se apaixonar por uma mulher.
- E ela nem é qualquer mulher. – sorriu. – Ela é linda. – afirmou.
- Nossa! Falou igualzinho a sua mãe Larissa babando pela Isa. – revirou os olhos.
- Você não consegue passar dois minutos sem falar em mim, não é? – Larissa perguntou empurrando a cabeça da mulher. Que apenas soltou um palavrão. – E continua com essa boca suja.
Alice riu da implicância das duas. Lembrava muito sua amizade com Anna. Que por sinal rejeitou o convite dizendo que tinha coisas mais adultas para fazer. Torcia apenas para quando fosse deixar Rebeca, o casal não estivesse trans*ndo na sala novamente.
Iara estava quieta, apenas observando as interações da família. Já estavam prestes a servir o almoço quando George chegou.
- Desculpem o atraso, tive uma cirurgia de última hora. – se justificou, enquanto sentava-se ao lado de Iara.
- Sem problemas, vamos servir o almoço agora. – Helena comentou.
Alice fechou a cara quando viu o olhar do homem em direção a Rebeca. Ele descaradamente estava fixamente observando-a enquanto sua tia estava ao lado dele. Fez menção em se levantar, mas foi impedida por Larissa.
- Melhor não. Rebeca está segura, conversando com sua mãe. – comentou baixo para não chamar atenção.
A loira deixou o corpo cair sobre a cadeira novamente. Mas sua vontade era a de acertar um soco na cara daquele babaca. Do outro lado da mesa Antônio percebeu a intenção da neta. E sorriu agradecendo a Larissa pela interrupção.
- Podemos ir comer. – Helena disse. – Vou chamar os meninos.
Aos poucos começaram a entrar para a casa. Alice apressou o passo para evitar que George fosse se aproximar de Rebeca, já que sua mãe conversava com Isaac e nem percebeu que o homem ia em direção a ela.
- Amor, posso te mostrar uma coisa? – falou enlaçando sua cintura.
- Claro. – respondeu sorrindo.
George fechou a cara ao ver que as duas estavam juntas. Não restando outra alternativa a não ser voltar para a esposa. Alice saiu caminhando segurando a mão de Rebeca pelo jardim.
- O que houve? – indagou.
- Aquele idiota. – Alice passava as mãos nos cabelos tentando controlar sua raiva.
- Que idiota? Do que está falando?
- O George, desde que chegou estava te secando. Sem respeito algum com a minha tia. Quando ele viu que a mammy se distraiu ia se aproximar de você.
- Amor, calma. – segurou sua mão. – Está tudo bem. Se quiser podemos ir embora.
- Não. Eles gostaram de você e a vovó nunca permitiria que saíssemos sem comer. – respondeu mais calma.
- Então relaxa. Fica do meu lado. Agora ele sabe que você é minha namorada. – sorriu beijando seus lábios.
- Repete.
- Minha namorada. – beijaram-se de novo.
- Eu não vi nada! – Bernardo disse passando correndo. As duas riram e resolveram entrar para comer.
Antônio sempre tinhas as melhores histórias. E adorava quando alguém que nunca as ouviu ia até sua casa, assim poderia contar novamente as mesmas histórias usando a visita como desculpa. O que arrancava muitas risadas dos filhos e netos. Rebeca escutava atentamente tudo o que o senhor contava.
O clima entre todos era quase perfeito. Se não fosse pela cara de poucos amigos de George que enchia a cara com uísque enquanto encarava a forma que Rebeca era tratada por todos. Nunca havia sido mal recebido naquela família, mas desde que Alice havia contado a Antônio o que havia feito com Anna, o sogro passou a trata-lo de uma forma um tanto indiferente. E claro que o homem culpava a Alice, não parou nenhum momento para pensar que na verdade a culpa era dele.
- Devíamos ir embora. – Iara comentou baixo para o marido. Mas o olhar de ódio que recebeu de volta fez com que ela se encolhesse na cadeira. Isso não passou despercebido aos olhos de Isaac que fez um grande esforço para não colocar o cunhado para fora a ponta pé.
Em dado momento Alice se levantou indo ao banheiro. Quando saiu no corredor, George a esperava na outra ponta. Respirou fundo tentando ignorar o homem, mas ao passar por ele, acabou tendo o braço agarrado.
- Você se acha muito esperta, não é pirralha? – falou com seu rosto próximo ao dela, a garota fez careta ao senti o bafo de bebida.
- Do que você até um jumento é mais esperto. – respondeu sem medo. O homem abriu um largo sorriso de pura raiva.
- Garota, a sua sorte é estarmos aqui. E eu não poder fazer nada. Por que eu iria te mostrar o que é ser mulher de verdade. – Alice fechou os pulsos pronta para dar um soco nele, se fosse preciso. – Ou quem sabe até fazer algo com aquela sua namorada gostosa.
- Se você encostar um dedo que seja a Rebeca, eu juro que eu mesma te mato. – falou entre dentes.
- Você não teria coragem. Isso é medo dela gostar de mim? Pois posso imaginar muitas coisas que poderia fazer com aquele corpo delicioso.
Alice sentiu sua raiva aumentar. Não poderia dar um soco e quebrar o nariz daquele infeliz, mas poderia muito bem acertar outro lugar. Com muita agilidade, depositou toda sua força na perna esquerda erguendo-a e acertando o meio das pernas do homem, que se contorceu de dor. A garota se abaixou o suficiente para falar ao ouvido dele.
- Se você ousar falar o nome da Rebeca mais uma vez, ao invés de acertar suas bolas eu vou arranca-las. E você tem razão, eu jamais sujaria minhas mãos, mas tenho meios de conseguir fazer. – empurrou seus ombros e ele se apoiou na parede gem*ndo de dor.
A loira colocou um largo sorriso no rosto e voltou para junto dos outros. Dentro de si sentia um grande aliviou por ter causado ao menos um pouco de dor no miserável do homem. Ao passar por Rebeca foi observada. A namorada percebeu que algo havia acontecido, e ao notar que George aparentemente não estava na mesa, deduziu que algo aconteceu entre os dois. Trocou um olhar preocupado, mas Alice sorriu tentando tranquilizá-la.
- O que aconteceu? – questionou Rebeca assim que entraram no carro. Amélia havia ligado pedindo que ela fosse até sua casa.
- Como sabe que algo aconteceu? – Alice não queria preocupa-la com bobagens.
- Você saiu, George claramente foi atrás de você. Não é difícil somar um mais e obter um resultado.
- Ele me encurralou quando sai do banheiro.
- Você está bem? O que ele fez?
- Nada além de palavras vazias.
- O que ele disse? – insistiu.
- Disse que era uma pena não poder fazer nada comigo, depois falou sobre você.
- O quê?
- Insinuou sex*. Te chamou de gostosa. – apertou a direção do carro sentindo sua raiva voltar. – Não quero falar sobre isso. Mas eu o acertei bem no meio das pernas. – sorriu vitoriosa.
- Alice, e se ele revidasse?
- Iria adorar quebrar o nariz daquele crápula. – falou entre dentes.
- Mesmo assim isso é perigoso. Você é uma mulher, ele tem o dobro do seu tamanho. Se ela te machucasse...
- Amor, ele não conseguiria. Fiz aula de alto defesa, não gosto de violência, mas minhas mães insistiram para que eu as fizesse. Hoje percebi que vieram a calhar. Fica tranquila. Está tudo bem. – segurou sua mão tentando tranquiliza-la.
Rebeca deixou Alice em casa e seguiu para a casa da irmã. Parou o carro em frente e desceu. A casa de Amélia era linda e de bom gosto. Apertou a campainha e logo a porta foi aberta.
- Oi. Pensei que não viria, quanta demora. – a abraçou.
- Tive que ir deixar Alice em casa. Estávamos na casa dos avós dela. – comentou seguindo-a.
- Já conheceu a família?
- Toda ela. – afirmou sentando-se. – E a Alice conheceu o papai.
- Como assim?
- O Pedro contou sobre a gravidez, ele ficou possesso por eu estar namorando uma mulher enquanto estou grávida do Pedro.
- Na cabeça dele, você deveria ficar com o pai da criança. – falou com enfado.
- Exatamente. – respondeu sem vontade. – Mas e aí, o que você quer de tão urgente?
- Letícia. – respondeu encarando as mãos.
- O que tem ela?
- Não tem a ver com ela, tem a ver comigo. Eu estou completamente apaixonada por ela. – confessou. Rebeca abriu um largo sorriso.
- Isso é maravilhoso.
- Beck, ela é uma mulher independente. Tem uma filha linda, não sei se me cabe ali.
- Que bobagem. Ela claramente gosta de você também. Não entendo esse medo.
- E se eu me entregar e as coisas não forem como eu estou planejando?
- Mana, isso é bem provável que aconteça. Não pode controlar as vontades e atitudes dela. Mas se me permite dizer algo, acredito que vocês têm que conversar com sinceridade. Funcionou assim para mim e a Alice. Deixem as coisas acertadas, pergunte o que precisa saber. Assim vai descobrir se querem as mesmas coisas. Letícia é uma mulher maravilhosa, e você já conquistou aquilo que ela tem de mais precioso. A Elisa. – afirmou.
- Eu me sinto idiota. Pareço uma criança que nunca se apaixonou na vida. – resmungou.
- Me sinto igual com a Alice. – sorriu recordando as sensações.
- Preciso admitir que me surpreendi com o fato dela continuar ao seu lado mesmo com a gravidez. – admitiu.
- Ela é maravilhosa, em todos os sentidos. Dia desses chegou lá em casa com um presente para o bebê. O primeiro. – sorriu recordando. – Hoje me levou café na cama.
- E o sex*? – Rebeca sentiu seu rosto corar. – Vocês continuam sem trans*r? Como essa garota tá aguentando? Ela te ama. – afirmou rindo.
- Nós trans*mos. – confessou.
- Rebeca, safadinha. – brincou puxando a almofada que a outra levou ao rosto tentando se esconder. – Como foi?
- Maravilhoso. Nunca senti um orgasmo tão maravilhoso em toda minha vida. – afirmou sentindo seu rosto corar.
- Foi completo?
- O que você quer dizer com completo? – Amélia começou a rir. – Sou novata nessa coisa de ficar com mulher. – se defendeu.
- Quero saber se rolou tudo, se você a tocou.
- Não. Sei que ela gozou comigo por que...- fez uma pausa. Achou a coisa mais estranha do mundo estar falando de suas intimidades na cama com a própria irmã. Era acostumada a falar sobre essas coisas com Tália.
- Beck, sem vergonha. – repreendeu.
- Sei que ela gozou comigo, por que enquanto me ch*pava ela se tocou. – completou com a voz baixa.
- Isso é bom. Ela não cobrou nada de você. Quer te deixar a vontade para fazer as coisas no seu tempo. – tranquilizou-a.
- Não é como se eu não tivesse sentido vontade. Mas não faço a menor ideia de como tocá-la. E era sobre isso que eu queria falar com você.
- Quer aulas de como ch*par uma PPK? – Amélia não aguentou a piada e desatou a rir, enquanto a irmã a fitava irritada.
- Eu vou embora. – fez menção em se levantar. Amélia segurou seu braço impedindo que ela saísse do sofá.
- Desculpa. É que nunca pensei que eu te daria esse tipo de conselhos. Você sempre foi muito hetero. – fez careta e as duas riram. – Não precisa se pressionar a nada. Observe como ela te toca. E principalmente faça aquilo que tiver vontade. Desde que seja com o consentimento dela. Pergunte sempre a forma que ela gosta. Isso também ajuda. E no mais, relaxe e goze muito. – completou rindo.
- Não posso exagerar. – suspirou apontando para a própria barriga.
- Eu sei, Letícia me contou. Quando pretende começar a comprar as coisas?
- Ainda não pensei nisso. Mas acredito que o primeiro passo é o quarto.
Daí iniciaram uma conversa sobre o bebê ou a bebê Cardoso. Rebeca foi embora se sentindo mais leve, combinou com a irmã de irem almoçar no quiosque da tia para dar as boas notícias. Ao chegar em casa Rebeca avisou a namorada por mensagem, mas não obteve resposta. Depois disso tomou um banho e acabou adormecendo sentindo o cheiro de Alice que havia fica do no travesseiro.
Na manhã seguinte Rebeca saiu para trabalhar cedo pois iria até Ouro Preto. Pegou o helicóptero na empresa e de lá seguiu viagem. Chegou à sede da empresa e iniciou sua agenda do dia. Tália estava com ela como de costume.
- Você precisa almoçar. – a amiga comentou ao ver o avançar das horas. – Nem adianta fazer cara feia, se você desmaiar a Alice me mata. – revirou os olhos. – Então é melhor a gente sair e ir almoçar.
- Tudo bem. Estou começando a ficar um pouco tonta mesmo. – deu de ombros aceitando a proposta.
Escolheram um restaurante e foram com o motorista da empresa. Mal entrou do restaurante e todos os olhares se voltaram para elas. Não havia quem não reparasse na beleza das duas. Foram até uma mesa mais afastada, tentando fugir dos olhares curiosos. Os dos homens com desejo, e o das mulheres por raiva de tamanha beleza.
- Me senti um pedaço de bife mal passado.
- Como diz Bernardo um bife de primeira. – comentou rindo.
- Aqueles meninos são lindos. Já pensou se você tem gêmeos.
- Não! Eu iria enlouquecer, sou mãe solo. Não esquece disso.
- Mãe solo? Desde quando? Não sei se percebeu, mas a Alice já adotou essa criança como dela.
- Você acha?
- Querida. A garota vive em função de vocês. É atenciosa, carinhosa, linda e ainda por cima rica. Muito rica. – completou rindo.
- Ela é maravilhosa.
- Isso todo mundo vê.
- Ela me contou que Anna quer morar sozinha.
- Sim.
- Estão pensando em morar juntas?
- Não!
- Amiga, se for por minha causa não precisa se preocupar. Jamais me importaria de te ver ir ser feliz com a mulher que você ama. – afirmou segurando sua mão. – Fora que tenho a Alice sempre comigo.
- Você tem certeza? Ainda mais com o bebê a caminho.
- Tenho sim. Não precisa se preocupar. – afirmou.
Após essa conversa fizeram os pedidos e almoçaram em um clima descontraído. Rebeca contou sobre sua primeira noite com Alice. Tália adorou tirar sarro da amiga, que acabou nem ligando para a implicância.
Já era noite quando as duas voltaram para casa. Assim que o helicóptero parou na empresa, Rebeca sorriu ao ver que Alice a esperava com flores.
- Você vai me deixar mal acostumada. – sorriu pegando o buquê e dando um leve beijo.
- Desse jeito não vai ter espaço para tanta flor lá em casa. Ainda bem que não sou alérgica. – resmungou Tália.
- Ainda bem que disse isso. – apontou para a porta do elevador e Anna estava parada também segurando rosas para a namorada. A garota correu em sua direção. – Quando são suas você nem reclama, né? – provocou Alice. Mas ela apenas sacudiu a mão enquanto beijava Anna. – Como foi seu dia?
- Exausto. Mas a melhor parte dele sem dúvidas é esse. – confessou abrindo um largo sorriso e sentindo um leve carinho em sua mão.
- Passei o tempo inteiro pensando em você.
- Comigo não foi diferente. – assumiu.
- Que tal sairmos para jantar?
- Japonês?!
- Qualquer coisa que você queira.
- Você vai me deixar mal acostumada. – repetiu com um riso.
- Só quero te fazer a segunda mulher mais feliz do mundo. – Rebeca a fitou sem entender. – A primeira é a minha mãe. – as quatro gargalharam do comentário.
Encerraram a noite no restaurante japonês que Rebeca adorava. Depois disso acabaram dormindo separadas, o que para Rebeca foi uma tortura. A verdade é que estava muito acostumada a companhia de Alice todas as noites e dormir sem ela se tornou algo quase impossível. Ficaram longos minutos em vídeo chamada para tentar diminuir um pouco da saudade, mesmo tendo de visto a pouco.
A verdade é quando estamos apaixonados qualquer tempo longe da pessoa amada se torna uma eternidade. Essa era a sensação que Rebeca tem ao imaginar que só poderia ver Alice na manhã seguinte e durante o trabalho. O que significava que não poderiam trocar nenhum carinho. Aquela noite revirou na cama diversas vezes, contou até carneirinho para vê se o sono chegava, mas foi complicado adormecer. O que restava era se conformar em ver a namorada na tade seguinte. E com esse pensamento adormeceu.
Fim do capítulo
Volteiii. Só por causa de uma dramática que nem vou citar o nome. Kkk pq ela vai ser aclamada por vcs. Tô postando do celular. Olha a que ponto de chantagem eu cheguei. Kkkk apreciem. Voltou amanhã. Ou não.
Comentar este capítulo:
CatarinaAlvesP
Em: 20/10/2021
Quando essas duas se pegarem por completo esse site aqui vai até pegar fogo, porque só esse momento todo mundo surtou. Maravilhoso!
Se não tiver cap hoje, amanhã no mínimo é uma 3 capítulos, to dizendo logo.
Resposta do autor:
Só quero avisar que esse momento vai ser hojeeee. kkkkk
laisrezende
Em: 20/10/2021
Que lindo o momento delas, sexy e carinhoso ao mesmo tempo. Alice é uma Deus né, todo mundo admira ela. O melhor casal desse site sem duvidas.
Posta mais hoje autora
Resposta do autor:
Que bom que consegui passar exatamente isso.
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Baiana
Em: 20/10/2021
Ainda não entendi o que a Iara ainda faz com esse embuste,a família dela não é homofóbica,muito pelo contrário,ela não depende do marido para nada,o filho não seria problema,e claramente ela é bi,pode se separar e ficar com quem quiser,já que a Anna pelo visto não larga a Tália. E a Alice tem que contar para as mães a ameaça do outro lá,a Rebeca está grávida e não pode levar susto,vai que ele resolve se vingar da Alice através da Rebeca? A Amélia apaixonada e com medo, cadê aquela mulher marrenta e senhora de si?
Resposta do autor:
Acho que Virgínia mexeu com a Amélia marrenta. kkk
Ou será que foi a Letícia que desestruturou a montanha de alto confiança dela?
Iara no tempo certo vai colocar as coisas em ordem,acho que isso só leva tempo.
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veritei20
Em: 20/10/2021
Tenho acompanhado essa belissima história e não tinha me manifestado ainda porque até esse presente capitulo tenho achado a escrita de parabéns. Mas resolvi me manifestar por causa de alguns comentários. Minha mãe sempre me diz que quando não temos nada de bom para expressar para alguém devemos apenas ficar calados. Se não sabem existe algo chamado LICENÇA POÉTICA, onde a autora pode fantasiar o quanto quiser. Acredito que com a escrita maravilhosa e criatividade saberá dá um final digno de aplausos ao cunhado de Isabela. Qual o sentido de já entregar o prato pronto antes da entrada? Assim como vocês, eu também tenho aguardado dia apos dia pelo desenrolar desse LIVRO (LEIAM BEM A PALAVRA LIVRO) é preciso que haja história.
Muitas de nós já leem essas histórias para fugir do mundo real.
Autora, parabéns pela sua criatividade e Escrita. Não deixe que as pessoas destruam o que há de bonito em sua história pelo simples fato de não ter empatia com o proximo. E não falo só da história. porque sei que por trás dessas palavras existe uma pessoa de carne e osso. E que sofre com cometários maldosos.
Se não querem esperar pelo desenrolar da história é só não ler mais gente!!!! A coisa mais simples de ser resolvida.
Tenham empatia com o proximo. o mundo precisa de amor e não de ódio.
Resposta do autor:
Obrigada por suas palavras. E concordo com tudo o que citou ai.
Beijoss
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lidi
Em: 20/10/2021
Para mim não fez sentido nenhum esse capítulo.
Alice está andando com seguranças e toda família sabe o motivo e simplesmente tem um almoço de família com o psicopata sentadinho na mesa????¿¿¿¿ E fora que tem todo o lance de se dizer o quão ricos essa família é pra deixar esse cara livre, leve e solto????? Todo mundo sabe que ele bate na mulher e ficou tudo por isso mesmo?????
Resposta do autor:
Toda história, seja ela em forma de escrita, em série ou filme acontece de uma forma já planejada. No caso aqui é justamente isso, se um problema não é resolvido de imediato é pelo simples fato de que na frente será. E trazendo para a questão verídica, infelizmente o nosso páis não funciona dessa forma, é preciso provas. E o principal, a vítima tem que fazer a denuncia. Também adoraria que tanto na vida real quanto na ficção as coisas fosse resolvidas rapidamente.
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Mille
Em: 20/10/2021
Aí meu Deus mais um
George é capaz de tudo para eliminar a Alice, e gostei de ver loirinha se defendendo.
Todos ficaram encantadas com a Rebeca imagina quando dona Helena e Antônio souberam da gravidez da Beca.
Mile e Lar juntas sempre com a mesma implicância.
Tudo calmo já fica de orelha em pé e o lenço apostos para fortes emoções. Olha lá senhora autora seja boazinha e não nos faça ter um ataque cardíaco.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Alice nasceu para colocar macho escroto no lugar. kkk
Quem não amaria a Rebeca?
Será que tem mesmo motivo para ficar de orelha em pé???? E eu sempre sou boazinha, nem matei ninguém dessa vez. kkkk
beijos e até mais.
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paulaOliveira
Em: 20/10/2021
George é um pé no saco, mas vai achar o dele logo logo..
E volte logo autora, não trabalhamos com ameaça.
Resposta do autor:
kkk. Toda ação tem uma reação, assim sendo uma hora ele vai ter que compensar tudo o que fez.
Beijosss
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Leidigoncalves
Em: 20/10/2021
Esse Marido da Iara ainda vai dar bastante trabalho, mas adorei ver a forma q Alice enfrentou ele, não abaixou a cabeça em momento algum pra esse macho escroto.
Estou torcendo pra Iara se livrar desse traste, apesar de tudo q ela fez com a Anna, acho q ela merece algo bem melhor e ser feliz. Se for ao lado de uma mulher é melhor ainda né kkk.
Rebeca conhecendo a família inteira e sendo aprovada por todos foi maravilhoso, pena q o embuste estava lá, mas entre mortos e feridos, salvaram-se todos kkk.
Não vejo a hora de ter a primeira ultrassom da Rebeca e espero q Alice estava junto.
Beijos autora, já me prolongue o muito por aqui, logo eu q nem comento aqui estou eu de novo dando o ar das graças kkk
Resposta do autor:
Alice não baixa a cabeça para ninguém, tem peito para enfrentar qualquer um. Acredito que para Iara não deve ser fácil se decidir sobre deixar o George.A vida real segue a ficcção e não acho que é uma situação fácil de ser resolvida assim de uma hora para outra. tem um processo a ser seguido.
E apareça maissss. Adoro teus comentários.
beijoss e até já
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preguicella
Em: 19/10/2021
O próximo sai ainda hoje!?
Ou não? Não sabe brincar não desce pro play, criatura! Olha que a gente faz greve, hein! haha
Resposta do autor:
Atrevidaaa. kkk Eu sei brincar sim.
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