Capitulo 51
Capítulo 51º
Narrador
Quando Isabella viu as fotos da filha aos beijos com Virgínia perdeu completamente a compostura. Cutucou Larissa que quase caiu da cama, lhe olhando com a cara irritada.
- O que foi, amor?
- Olha essa palhaçada. – esfregou o telefone na cara da mulher que nem havia aberto dos olhos direito. – Se a Alice tiver feito isso ontem, juro que vou deserdar essa garota. – exclamou exasperada.
Larissa passou a mão nos olhos, tentando desembaçar sua visão. Encarou a foto, mas dado o nervosismo da esposa decidiu não dizer nada. Devolveu o celular e se deitou novamente.
- Sério que você vai voltar a dormir?
- Sim. Se quer brigar com a Alice pode fazer isso lá de fora. – respondeu bocejando e se aconchegando melhor na cama.
A advogada saiu zangada do quarto. Fez sua higiene matinal e em seguida enquanto esperava Maria preparar o café discou o número da filha. No terceiro toque a menina atendeu.
- Eu espero que o que eu vi tenha uma boa explicação, dona Alice.
- Bom dia para a senhora também, mammy. – falou com enfado. – Se está se referindo a foto...
- É claro que estou me referindo a foto, ao que mais séria? Aquela pouca vergonha, você não nos disse ontem que está namorando com a Rebeca? O que aconteceu? Alice, se você tiver traído a Rebeca eu juro que te tiro do meu testamento, não te eduquei assim.
- Mammy, relaxa. A foto é antiga. Daquele dia que eu assumi que estava com a Virgínia.
- Aposto que foi aquela fulana que usou a foto para te fazer brigar com a Rebeca, vocês brigaram? Se precisar eu confirmo sua história.
- Mammy, relaxa. A Rebeca já sabia da existência dessa foto. Está tudo bem entre nós. – a mulher respirou aliviada.
- Ótimo, então tudo certo para o jantar mais tarde?
- Sim. Tudo certo. Agora me deixa voltar para a piscina, até mais tarde.
- Até.
Isabella desligou o celular sorrindo satisfeita torcia para que esse relacionamento durasse. Maria encarava a patroa com ar de riso, acompanhou todo o diálogo das duas.
- Que foi, Maria? – questionou impaciente.
- É que nunca vi a senhora defender a nora e não a filha. – a mulher riu.
- Isso só prova o quanto gosto da Rebeca.
- Claro. Ela me parece gostar muito da menina Alice.
- Espero que sim. – falou pensativa.
- Já tem algo em mente para o jantar?
- Tenho.
Foi então que começaram a acertar os detalhes do jantar. Aquela manhã tomaram café na parte externa da casa como de costume. Os meninos aproveitavam a piscina na companhia de Gabriel. Enquanto o casal conversava com Isaac e Milena que deram o ar da graça bem cedo.
- Alguém contou a Bianca sobre a Sam? – Isabella indagou.
- Não. – responderam em coreto.
- Pensei que você ia. Afinal trabalham juntos. – falou para Isaac.
- Isso é um assunto delicado. Não posso chegar para ela e dizer que a Sam nos encontrou durante nossas férias e avisou que vem para cá.
- Que vem não, já deve estar chegando. – Milena completou. – Só acho que devemos preparar o terreno. Imagina as duas dando de cara uma com a outra depois de anos. Vai ser um segundo big bang.
- Ainda não me conformei que elas tenham se separado. – Isabella comentou pegando uma uva.
- Essa coisa de uma querer filho e a outra não acaba assim. Alguém sempre vence.
- Nesse caso foi a Sam. Que conseguiu o filho que tanto queria. – concluiu Milena.
- Enquanto isso a Bia vive de cama em cama. – Isaac falou penalizado pela amiga.
- Por falar em filhos, Maísa e Benjamim voltam quando da casa da mãe dele?
- Não sei. Me pediu mais uma semana. – Larissa comunicou. – Acho que ele já está conformado que ela não vai sobreviver.
A mãe de Benjamim estava enfrentando uma luta contra um câncer. Mas aparentemente já não tinha mais forças para continuar lutando por sua vida.
- Cadê Alice? Não cansa de virar capa de revista? – Milena indagou com ar divertido.
- Nem me fale nisso, quase que a Bella me derruba da cama por conta daquela bendita foto. – reclamou Larissa.
- Claro. Em uma noite ela diz que está namorando a Rebeca...
- Oi? A Alice e Rebeca estão namorando?
- Sim. – afirmou a advogada.
- Como não percebi isso? - questionou-se.
- Deve ser a idade. Você está ficando lerda. – Larissa provocou e Milena mostrou o dedo do meio a ela. – Esquece, você continua uma criança mal educada.
Logo o assunto mudou e eles conversavam sobre outras coisas. Na verdade, o assunto principal entre Isaac e Isabella quando ficaram a sós foi Iara. Os dois confessaram estar bastante preocupados com o relacionamento da irmã com George. Mesmo tentando fazer com que a mulher falasse com eles sobre o que tem acontecido ela nega e se recusa a assumir que precisava de ajuda.
- Eu não sei mais o que fazer. – Isaac admitiu. – Tentei falar com ela, vi que ele tem a machucado, mas estou de mãos atadas.
- Pior vai ser engolir a presença dele aqui no aniversário de Alice. – comentou a mulher se ajeitando na cadeira.
- Por falar em Alice, que milagre é esse você apoiar esse relacionamento das duas?
- Como assim?
- Alice é bem mais nova que Rebeca.
- Eu sei, mas qualquer uma seria melhor do que Virgínia. Não que Rebeca seja qualquer uma, longe disso. Acredito que esse relacionamento vai fazer bem a Alice, amadurecê-la. Fora que Rebeca é uma mulher incrível.
- E linda. – completou Isaac.
O casal acabou ficando para o almoço. Larissa adorava essa união dos irmãos o que significava casa cheia quase todo final de semana. A noite enquanto se trocavam Larissa indagou:
- Amor, essa roupa está boa? – ficou de frente a esposa.
- Linda, como sempre. – respondeu com os olhos brilhando. – Nem vou me aproximar para não correr o risco de te agarrar e nos atrasarmos.
- Quem sabe depois do jantar.
- Isso. Depois do jantar. Você acha que foi uma boa ideia deixar os meninos com a Milena e o Isaac?
- Amor, relaxa. Eles iam para o cinema com os amigos da escola. – tentou acalmá-la.
- Tudo bem. – sorriu sem graça. – Só me preocupo.
- Eu sei. Vamos descer? – esticou a mão para que ela segurasse.
- Sim. Vamos.
Desceram as escadas e nem sinal de Alice, muito menos de Rebeca. Foram até a cozinha. Maria estava acertando alguns detalhes. O casal decidiu que ia tomar um pouco de vinho. Larissa as serviu.
- Obrigada. – a esposa agradeceu. – Elas estão demorando, será que algo aconteceu? – indagou preocupada.
- Amor, relaxa. Alice foi de limusine com o motorista. Elas devem estar chegando. – Isabella encarou a esposa. – Que foi?
- Aposto que mandou Alice levar flores para ela. – comentou e Larissa deu um riso de canto.
- Sim. As mulheres devem ser tratadas com carinho. Não acha?
- Claro.
- E se você quer que essa relação das duas dure, Alice precisa se importar com Rebeca. Então só dei algumas dicas. – piscou para a esposa.
- Aposto que deu. – riu meneando a cabeça.
- Funcionou com você. Estamos juntas até hoje. – sorriu vitoriosa.
- Odeio o quanto você é charmosa. – reclamou. – Se nossa filha tiver metade do seu charme, Rebeca está perdida. – sorriram cúmplices.
Nesse momento a porta foi aberta e Alice apareceu junto de Rebeca. Isabella perdeu a fala ao ver o casal lindo que as duas formavam. Sua filha estava impecável em um terninho feminino, mas Rebeca não ficava para atras usando um lindo vestido preto. O sorriso que exibiam demonstrava o tamanho da felicidade.
- Espero que não tenham esperado muito. – Alice falou segurando a mão de Rebeca para que ela descesse o degrau.
- Acabamos de descer. – Larissa comentou ficando de pé sendo seguida por Isabella.
- Ótimo. – Alice sorriu. Houve um breve momento de silêncio que na opinião de Rebeca foi um tanto constrangedor. – Bom, eu acho que não preciso apresentar vocês. – Alice brincou.
- Como vai Rebeca? – Isabella foi a primeira a ir abraça-la. – Você está impecável. – falou afastando-se para olhá-la melhor. Rebeca sentiu o rosto corar.
- Muito bem. Obrigada pelo elogio, mas você está maravilhosa também. – sorriu com cortesia.
- Já entendemos, temos as duas mulheres mais linda do mundo bem aqui na nossa sala. – Larissa brincou fazendo-as rir. – Quer beber algo Rebeca?
A mulher trocou um olhar cheio de significados com Alice.
- Água de coco? – tomou a frente.
- Sim, amor. Obrigada. – agradeceu Rebeca.
Larissa e Isabella sorriram ao ver a forma carinhosa que a mulher usou para falar com Alice. A garota saiu deixando-as sozinhas.
- Sente-se. – Isabella apontou para o sofá. – O jantar logo será servido.
Iniciaram uma conversa sobre investimentos e como ganhar mais dinheiro. Alice apenas as escutava conversando como se fossem velhas amigas. Nem em seus melhores sonhos a garota imaginou que algo desse tipo pudesse acontecer. Ter suas mães completamente entrosadas com sua namorada. Na verdade, nunca pensou na possibilidade de ter uma namorada.
- Não acha filha? – Larissa perguntou.
- Desculpa, não ouvi o assunto.
- Estamos falando sobre você investir o seu dinheiro. – Rebeca comentou encarando-a se perguntando em que a namorada estava pensando enquanto conversavam.
- Não sei ainda. Tenho pensado em começar um negócio. – falou tomando um pouco do vinho, mas os três olhares se voltavam inteiramente para ela.
- Um negócio? Que tipo de negócio? – Isabella indagou.
- Isso eu ainda não sei. – deu de ombros. – Mas as aulas com Rebeca têm me ensinado muito bem como administrar meu dinheiro. – sorriu puxando o saco da namorada que ouviu muitos elogios das mães da garota.
O jantar foi servido e o clima entre elas não poderia ser mais animado. Passaram a conversar sobre possível casamento até que Isabella soltou a seguinte pergunta:
- E filhos, você quer filhos? – Rebeca olhou assustada para a namorada pedindo socorro silenciosamente.
- Mammy, vai com calma. – repreendeu a garota.
- Eu quero netos. Nada mais certo do que perguntar se a sua namorada quer filhos. – respondeu encarando-as.
- Bom, na verdade...- Rebeca iniciou e Alice confirmou encorajando-a a contar. As mulheres mais velhas tinham sua atenção completa no que ela ia falar.
- A verdade é que a Rebeca está grávida. – Alice falou de uma única vez.
Houve um longo momento de silêncio. Isabella e Larissa trocaram um olhar e em seguida a primeira sorriu.
- Que maravilha. Quantos meses?
- Dois, quase três. – Rebeca respondeu surpresa.
- Muito enjoo imagino. – Larissa completou.
- Sim. – confirmou Rebeca surpresa pelas as mulheres aceitarem tão bem sua condição.
- Quem é o pai? – Isabella indagou.
- Mammy. – repreendeu Alice.
- Tudo bem, amor. – tranquilizou-a Rebeca segurando sua mão sobre a mesa. – Foi um caso de uma noite, mas ele é um cara bacana. E antes que perguntem, não tenho intenção nenhuma de ficar com ele. – afirmou. – Eu sei que é muita coisa para digerir. Sou funcionária de vocês, mais velha que Alice, e ainda por cima estou grávida. – fez uma pausa. – Mas acreditem, o que sinto por ela é legítimo. Não tenho nenhuma intenção de brincar com os sentimentos dela. – falou encarando a menina que demonstrava um largo sorriso. – Eu amo a filha de vocês, e desde que ela queira estar ao meu lado assim será.
Isabella que antes tinha um ar sério abriu um largo sorriso. Larissa apenas acenou para a filha que claramente estava prestes a chorar com a declaração. O ambiente foi tomado por emoção.
- Acho que vocês precisam dar uma entrevista contando que estão juntas. – Isabella falou. – Antes que façam alguma matéria sensacionalista. E também para contar da gravidez.
- Claro. – Rebeca concordou de imediato. Odiaria ter seu nome envolvido em alguma fofoca. Preferia contar a verdade a algum repórter que fosse confiável.
- Só precisamos esperar passar o terceiro mês.
- Certeza que querem esperar mais um mês? Se forem vistas juntas e as teorias começaram vai virar uma bola de neve. Podem começar apenas contando que estão juntas. Que tal na sua festa de aniversário?
- Por mim tudo bem.
- Ótimo. Vou dar uma de Marcela e chamar todos os fotógrafos possíveis.
- Evite pelo menos uma. – Rebeca brincou fazendo-as rir.
O jantar seguiu em um clima divertido. Rebeca havia perdido o nervosismo inicial conversava animada com Isabella, combinando de irem ao shopping.
- Pelo visto vão torrar uma fortuna. – Larissa comentou se aproximando da filha que estava no bar se servindo.
- Ao menos elas tem essa grana para torrar. – respondeu sorrindo de canto.
- Verdade. Como você está?
- Feliz. – respondeu olhando a mãe.
- Ela é uma ótima mulher. – confirmou Larissa. – E como se sente com o fato da gravidez? – Alice deu um longo suspiro. – Quer conversar lá fora? – a garota olhou para a mãe e em seguida para a namorada. – Elas nem irão notar nossa saída, estão mais entretidas em qual massagem vão fazer. – brincou.
- Tudo bem. – concordou saindo pela porta lateral.
Sentaram-se nas cadeiras que ficavam na parte de fora.
- Só sinto medo de que uma hora ela perceba que precisa do pai da criança. – comentou movendo o gelo do copo de uísque com a ponta do dedo.
- Filha, aquela mulher não me parece precisar de nada além dela mesma. Conseguiu se destacar no mercado de trabalho mesmo sendo mulher, ganhou espaço. É boa no que faz, por que faz bem feito. Rebeca hoje ganha o melhor salário do país. Ganha mais que o presidente. – afirmou. – Além de ser mais bonita e mais inteligente que ele. – as duas riram. – Ela te ama.
- Mas é tudo recente.
- Sabe quando eu me apaixonei pela sua mãe?
- Sim. No primeiro dia que chegou nessa cidade e viu ela saindo com a Maísa e o Benjamim. Você nos contou isso mil vezes. – Larissa riu.
- Exatamente. O amor acontece assim, as vezes demorado. Às vezes tão apressado que nos assusta. Aquela mulher aceitou vir jantar com as suas mães, que por sinal são as chefes dela. Acredito que se ela não tivesse intenção de ficar com você, não iria arriscar o emprego.
- Eu sei mamma. Mas não tenho medo de que ela não me ame. Tenho medo de não saber ajudar com o bebê. E ela perceba que seria melhor ter o Pedro com ela.
- Você pode ajuda-la, sempre cuidou muito bem dos seus irmãos, que eram dois. Você vai tirar de letra cuidar de um bebê. Relaxa, não fica na paranoia do que pode ou não acontecer. Hoje ela te escolheu, em alto e bom tom. Ela te ama, e quer que você faça parte da vida dela. Isso é o suficiente por enquanto. Ainda falta alguns meses para a criança nascer. Até lá mostre a ela que pode contar com você para tudo. – apertou carinhosamente sua mão.
- Obrigada. – agradeceu ficando de pé e abraçando a mais velha.
- Estávamos procurando vocês. – Isabella comentou quando a esposa sentou ao seu lado.
- Fomos tomar um ar lá fora, enquanto vocês falavam em torrar grana. – as quatro riram.
- Estava convidando Rebeca para ir almoçar conosco na mamãe amanhã. Assim ela conhece todo mundo. – Isabella comentou empolgada.
- Seria uma ótima ideia. – Larissa incentivou.
- Você aceitou? – Alice perguntou olhando a mulher.
- Acho que não tenho como recusar. – sorriu.
Seguiram conversando. Já passava das dez quando Rebeca disse que era melhor ir para casa.
- Está ficando tarde.
- Nossa! Nem vi a hora passar. Também em ótima companhia e uma conversa maravilhosa. Deveria dormir aqui. – Isabella comentou.
- Eu agradeço, mas não trouxe roupas.
- Vou dormir com ela. Amanhã saímos de lá para o almoço. – Alice comentou. – Só preciso pegar minha mochila. – comentou ficando de pé. – Já volto. – beijou o rosto da namorada.
Isabella viu a filha sair. Quando não mais escutou os passos da garota. Se aproximou de Rebeca.
- É bom ver que a foto não afetou vocês.
- Alice, já tinha me contado sobre a foto. No dia que foi tirada. Acredito que tenha sido Virgínia.
- Preciso ver um jeito de mandar essa garota para longe.
- Não é para tanto.
- Você não conhece aquela menina. Ela é igual a irmã, para perder a cabeça e fazer uma burrada é um passo. – comentou baixo. – Ainda não sei uma forma de afastá-la daqui, mas vou descobrir. – afirmou.
- Pronto, podemos ir. – Alice apareceu com a mochila.
- Obrigada pelo jantar. – Rebeca agradeceu se despedindo do casal.
- Nos que agradecemos, e até amanhã.
Na limosine Isabella repousava a cabeça no ombro de Alice, enquanto está acariciava sua mão.
- O que achou do jantar? – indagou curiosa.
- Suas mães são maravilhosas. – afirmou.
- Eu sei. Mas você também é, conquistou-as direitinho com aquele discurso que me ama.
- Mas é apenas a verdade. – afirmou levantando a cabeça para olhá-la. – Eu amo você.
Trocaram um delicado beijo. Voltando para as posições iniciais.
- Se não quiser ir ao almoço amanhã eu entendo. É muita coisa conhecer aquele pessoal todo de uma vez. – Alice disse rindo.
- Não quer me apresentar a eles?
- Claro que quero. Estou tentando te poupar da chuva de perguntas. – falou rindo. – Meu avô vai lembrar de você do hospital, aí vai brincar perguntando quais suas intenções com a netinha dele.
- Vou responder que são as melhores possíveis.
- A vovó vai planejar nosso casamento imediatamente. Assim como ela fez com as minhas mães.
- Funcionou. Estão juntas até hoje. – respondeu rindo. Houve um momento de silêncio. – Você quer casar? Não hoje, falo algum dia.
- Sim. E se for com você casaria amanhã mesmo. – concluiu beijando-a. – Como fui tão tola de não perceber que gostei de você desde sempre?
- Estava enfeitiçada pela Virgínia. – revirou os olhos com enfado, arrancando uma gargalhada da garota.
- Mas agora eu só tenho olhos para você. – afirmou apertando sua mão.
Quando chegaram ao apartamento encontraram roupas espalhadas pela sala.
- O que aconteceu aqui? – Alice indagou.
- Aquilo aconteceu. – Rebeca apontou para a cadeira na parte externa e a cena que viram foi Anna e Tália trans*ndo.
- Melhor não interromper. – Alice falou rindo.
- Como se elas fossem se importar com isso. – Rebeca revirou os olhos. Foi até o blackout e os fechou. As duas nem ao menos perceberam sua presença.
- Não se preocupa, a Anna está planejando morar sozinha, então possivelmente Tália vai ficar mais tempo com ela. – afirmou Alice agarrando Rebeca pelas costas e caminhando até o quarto.
- Não me importo com a trans*. Me importo por não poder fazer o mesmo. – resmungou. – Vou para o banho.
- Vai lá. – respondeu colocando uma música para tocar.
Escutou o chuveiro ser ligado e seus pensamentos a traíram. Foi então que tomou uma decisão. Mandou mensagem para Letícia, aguardou alguns minutos por uma resposta. Sorriu ao ver o que a médica falou. Tirou suas roupas deixando-as dobradas sobre o sofá.
Rebeca estava de costas com a cabeça apoiada na parede. Alice suspirou admirando o corpo maravilhoso da mulher que se assustou com sua presença.
- O que você faz aqui? – indagou sem se importar com sua nudez. Seus olhos percorreram as curvas de Alice. Sentiu uma vontade louca de conhecer cada parte daquela pele alva.
- Falei com a Letícia sobre não fazer esforços. – fechou a porta do box indo em direção a mulher, que sentia seu corpo inteiro tremer.
- E? – sua voz saiu falha.
- Ela disse que não podemos trans*r por horas seguidas. Mas que não havia mal algum em namorarmos um pouco. – completou enlaçando sua cintura e tomando sua boca em um beijo quente e intenso.
Rebeca deixou suas mãos pousarem no pescoço da mais nova. Não fazia ideia do que fazer, mas estava enlouquecendo de desejo há dias. E agora ter Alice bem ali, na sua frente. Beijando-a daquela forma era muita tentação. O toque preciso da língua da garota buscando espaço em sua boca, fazia com que sua mente viajasse imaginando-a em outro lugar.
- Você é linda. – Alice sussurrou para ela quando pararam de se beijar buscando ar. – Você é a mulher mais linda do mundo, e eu a mais sortuda por estar ao seu lado. – acariciou deu rosto fazendo-a fechar os olhos.
Beijou lentamente seu pescoço, depois seu busto enquanto uma de suas mãos acariciava o seio da mais velha. Que mantinha os olhos fechados apenas sentindo o toque dela.
- Alice, você está me enlouquecendo. – resmungou em um sussurro.
- Eu sei. – sorriu com malicia. – Que tal a gente terminar esse banho para poder te fazer relaxar, com uma massagem?
- Só se for clitoriana. – Rebeca respondeu e a loira gargalhou.
- Como você quiser, e aonde você quiser. – sussurrou em seu ouvido causando arrepios.
Aquele sem dúvida foi o estimulo necessário para o banho acabar rapidinho. Alice saiu primeiro se certificando que o quarto estivesse preparado para receber Rebeca. Conferiu a temperatura do ar-condicionado, escolheu a música perfeita. Deixou o óleo corporal que a mulher adora ao lado da cama.
Rebeca saiu do banheiro e sorriu ao ver o ambiente a meia luz. A música suave que tocava entrou em seus ouvidos criando uma áurea deliciosa. Alice estava na cama completamente nua, a esperando. Chegou a perder o ar com a cena que viu, mas o nervosismo começou a tomar conta de seu corpo. E se estragasse tudo? E se não soubesse o que fazer? Se repreendeu dizendo que deveria ter pedido algumas dicas a irmã. Mas isso seria um tanto quanto embaraçoso.
- Está tudo bem? – Alice se pôs de joelhos na cama quando viu o olhar assustado da mais velha.
- Sim. – sua voz falhou.
- Vem aqui. Não precisa ficar nervosa. Tira o roupão e deita de costas. Vou te fazer uma massagem. – comentou encorajando-a. – Não precisamos fazer nada se não se sentir confortável com isso.
Rebeca fez o que ela pediu, deixou o roupão escorregar por seu corpo e foi em direção a cama. Deitou-se de costa, se sentindo envergonhada. Era a primeira vez que se sentia insegura com seu corpo. Mas o toque suave de Alice em seus ombros, deslizando com facilidade por conta do óleo entorpeceu completamente sua mente.
- Ahhh! – falou sem nem conseguir conter.
- Só relaxa. Tudo bem? – meneou a cabeça concordando.
Alice parecia saber o que fazia, deslizava suas mãos com maestria pelas costas da mulher nua a sua frente. Mas por respeito não alisou nenhuma parte que pudesse deixar a outra desconfortável. Se limitou apenas as costas. Apesar de seus olhos grudarem vez ou outra na vantajosa bunda de Rebeca. Passou alguns minutos apenas massageando-a.
Em dado momento Rebeca ficou de frente para ela. Alice prendeu o ar com a visão. Recuou suas mãos sobre o olhar atento de Rebeca que mantinha um sorriso travesso nos lábios.
- Vai ficar tímida agora?
- Não. É que eu...- não soube o que responder.
- Pode começar me tocando aqui. – pegou sua mão e levou até seus seios.
Alice instantaneamente mordeu o lábio. Massageou com cuidado para não machucar, pois sabia que eles ainda estavam doloridos. Rebeca não conseguia raciocinar mais. Apenas se entregava ao toque delicado da garota.
- Alice...- sussurrou. - ...me beija.
Não foi uma pergunta, foi uma súplica. Alice inclinou-se o suficiente para alcançar seus lábios e os tomou com volúpia. As mãos da mais velha perderam a timidez e percorreram a pele quente de Alice. Que gemia contra sua boca.
- Preciso de mais. – falou com urgência.
O olhar de desejo que ambas trocaram foi o suficiente para Alice entender que ela queria ir além. Voltou a beijar seus lábios com uma necessidade ainda maior. Apertou o seio dela, vendo-a se contorcer de baixo de seu corpo.
A perna de Alice estava no meio das de Rebeca. A garota sentia seu sex* pulsar tão forte que era enlouquecedor. Sem falar no quanto a menina estava excitada. Seu ventre doía, ansiando por algo a mais.
- Você tem certeza disso? – indagou parando o beijo.
- Lógico.
Era o que ela precisava ouvir. Sorriu com felicidade, tomou o seio esquerdo de Rebeca em sua boca, sugando-os com cuidado. Escutando os suspiros de prazer da mulher. Seguiu seus beijos pela barriga, depois em sua virilha. Beijou as coxas da namorada, em seguida seu nariz ficou próximo a cavidade úmida e latente da mulher. Que estava completamente aberta, ansiando por seu toque.
Aquele sem dúvidas era o melhor cheiro do mundo. Sua boca chegou a salivar. Mas ela não tinha pressa, poderia levar o tempo que quisesse com calma e cuidado. Tocou levemente sua boca, sentindo o gosto delicioso de Rebeca. Poderia ter goz*do facilmente apenas por senti-la tão molhada. Passou a ponta da língua, lentamente, vendo o corpo de Rebeca se contorcer e ela soltar um palavrão alto.
Queria mais, queria muito mais do que apenas senti-la por fora. Queria ir fundo, ir além, mas sabia que precisava ter cautela. Deslizou a língua completamente relaxada por toda a extensão pulsante da mulher. Que gem*u enlouquecida com o toque.
Persistiu no contado, vendo a namorada se soltar cada vez mais. Rebolando contra sua boca, enlouquecida, dizendo coisas desconexas. Alice intensificou o contato, sentindo o clit*ris de Rebeca ficar cada vez maior em sua boca, e sabia que ela estava perto de explodir em um orgasmo. Com agilidade levou sua mão até sua intimidade, e começou a se tocar enquanto ch*pava a namorada que gemia sem nenhum pudor.
- Amor...Eu vou goz*r. Não para por favor. – falou com a voz cortada. E a simples menção de vê-la alcançar o ápice do prazer seria suficiente para ir junto.
Intensificou o contato e logo o corpo de Rebeca começou a dar os indícios de que ela iria goz*r. Deslizou seus dedos no mesmo ritmo de sua língua e assim as duas chegaram juntas ao clímax.
Alice caiu para o lado sentindo seu corpo inteiro tremer. Enquanto Rebeca sentia o mesmo. Nem em seus melhores sonhos, a mulher havia imaginado que trans*r com uma mulher seria tão maravilhoso assim.
- Você está bem? – indagou para Alice, mas não tinha forças para levantar.
- Sim. Só me dá um segundo. – pediu tentando conter a respiração.
As duas mantinham um sorriso bobo nos lábios. Alguns minutos se passaram e Alice subiu deitando ao lado de Rebeca que mantinha os olhos fechados, mas um largo sorriso.
- Está mais calma? – indagou acariciando seus cabelos.
- Sim. – abriu os olhos fitando-a. – Eu te amo. – disse isso e Alice abriu um largo sorriso.
- Dizer isso depois de goz*r é fácil, quero ver me amar quando eu deixar a toalha em cima da cama. – brincou arrancando um riso de Rebeca.
- Eu vou brigar com você, mas vou continuar te amando. – beijou seus lábios. – Você as vezes parece um sonho, sabia?
- Sabia. – comentou divertida. – Que tal a gente dormir agora? – indagou abrindo a boca.
- Pensei que íamos repetir.
- Não podemos exagerar. Lembra? Isso foi só para tirar teu mal humor. – falou rindo e tentando segurar as mãos da mulher que lhe dava leves tapinhas.
- Sua idiota. – resmungou. – Sua sorte é que eu te amo, ou te colocaria para dormir no sofá.
- Você não faria isso. Sabe por quê? – ela negou. – Por que iria atrás de mim no minuto seguinte, você não consegue mais dormir sem mim. – ergueu a sobrancelha cheia de confiança.
- Odeio o quanto você está certa. – respondeu abrindo a boca.
Assim adormeceram uma no braço da outra. E naquele momento nada mais parecia importar. Apenas o amor que aos poucos iam construindo.
Fim do capítulo
Oiê. Voltei. e com o quase tão esperado momento. kkk
alguém chuta o que é???
Mereço até aplausos. Um capítulo lindo e cheio de declarações romanticas, e algumas safadezas. kkkk
Comentemmmm. Quem sabe eu solto mais um hoje.
Comentar este capítulo:
Leidigoncalves
Em: 20/10/2021
Gente do céu q capítulo maravilhoso, primeiro por Isabela q cada vez mais demonstra o quanto está feliz pelo relacionamento da filha,logo ela q é uma mãe coruja ficou do lado da nora kkk.
Adorei ver o quanto Alice foi atenciosa na primeira vez dela com Rebeca, e vc autora q cena perfeita foi essa hein? Tudo leve e sensual, não tenho nem palavras pra descrever!
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SPINDOLA
Em: 19/10/2021
Boa noite, caríssima.
As mammis não decepcionaram, apoio incondicional, ebaaaaaa.
Essa Alice é irresistível demais, um pedaço infinito de mau caminho, que todas gostariam de se perder, mas quem tirou a sorte grande foi a deliciosa e fantástica Rebeca.
Está primeira vez foi uma lacrada fosdástica e perfeita demais. Que casal maravilhoso, ameiiiiiiiiiii.
Bjs
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Dolly Loca
Em: 19/10/2021
Alice é maravilhosa!!!! Larissa fez um bom trabalho ensinando os truques para a filha.
Feliz por vê-las construindo um amor tão sólido. Só tem como ficar mais feliz com um capítulo extra hoje!!!!
Bjosss
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paulaOliveira
Em: 19/10/2021
AliBecca desencatou meus amigos, aê!!
Virgínia mexeu com uma Rodrigues Magalhães, se lascou, kkkkk
Posta mais autora, posta mais.
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Mille
Em: 19/10/2021
Aplausos
Essa Alice é ótima puxou mesmo a Larissa kkkkk
Que bom elas terem o apoio da Isabella e Larissa, sei que a cumplicidade delas é muito linda mais ter a força e apoio será melhor ainda.
Agora será um momento dos avós se apaixonarem pela Rebeca.
Bjus e até o próximo capítulo
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