Capitulo 50
Capítulo 50º
Alice
Final de expediente na sexta-feira, isso sim soava como música aos meus ouvidos. A semana inteira foi corrida para mim, entre a faculdade o trabalho e dormir quase todas as noites com minha namorada. Ainda é estranho chamar Rebeca assim, parece que a ficha não caiu. Ela hoje saiu mais cedo dizendo que ia para uma tarde relaxante de massagem.
- E aí, vamos para algum lugar? – questionou Tália ao me ver.
- Daria tudo por uma cerveja bem gelada. – afirmei.
- Ótimo. Vou avisar a Anna que estamos indo para o pub. – comentou pegando o celular e caminhando em minha frente.
- Oi filha, está de saída?
- Oi, mammy. Estamos indo para o pub. Quer ir junto?
- Não. Fiquei de ir ao shopping com sua avó.
- Então tá.
- Divirtam-se e juízo.
- Sempre. – respondi beijando-a.
Entreguei minhas chaves para Tália. Ela adorava dirigir e eu me aproveito disso. Entrei e ela deu partida.
- Avisei a Rebeca que estaremos no pub, caso ela queira ir depois.
- Ela vai. – comentou. – Por falar nela, quando vai colocar uma aliança aquele lindo dedo?
- Como assim?
- Ué, vocês estão namorando. Oficializa isso.
- Minhas mães ainda nem sabem.
- Alice, larga de ser tonta. Todo mundo sabe. – completou rindo da minha cara.
- A gente da tanta pinta assim?
- Qualquer pessoa que seja no mínimo observadora nota a troca de olhares de vocês. Por Deus! – sacudiu a cabeça.
- Ela comentou que quer uma aliança?
- E precisa?
- Não sei. – dei de ombros. – Ainda tem coisas que não conversamos.
- Imagino. É muita coisa recente. A gravidez e tudo mais. Só que vou te contar um segredo, nunca vi minha amiga tão dependente emocionalmente de alguém como ela está com você. A prova disso é você ter dormido todos os dias com ela. Rebeca sempre gostou muito do espaço dela, mesmo quando era noiva do Diego. Mas com você as coisas são diferentes. E isso é muito bom, ela me parece feliz.
- Eu também estou. Mas em relação a aliança, acho que devo esperar para não a assustar, deixar que ela acostume com essa novidade da gravidez. Depois penso em uma aliança de compromisso para a gente.
- Tudo bem, você que sabe. – parou o carro no estacionamento. – Mas eu acho que ela espera por esse dia. Tudo tem fluído bem natural entre vocês. Então deixa isso rolar de forma natural. Vamos entrar?
- Claro.
Procuramos Anna que já estava tomando sua segunda cerveja. Ela me contava animada sobre uma proposta de emprego que recebeu. Não era o emprego dos sonhos, mas ela disse que a grana era boa.
- Estou pensando em ir morar sozinha. – confessou.
- Sozinha? – olhei para as duas.
- Sim. Sozinha. Claro que o meu amor vai ter passagem livre para dormir comigo sempre que quiser. – falou melosa.
- Vai largar a Rebeca? – perguntei a Tália.
- Ainda não decidimos isso. – confessou. – Mas tem um bebê a caminho, ela vai precisar de mais privacidade. Claro que vou ajudar até que ela deseje, mas uma hora vou ter que sair de lá.
- Eu entendo.
- Por falar em gravidez o Pedro tem dado notícias?
- Não sei. Ele não gosta muito de mim, sinto que Rebeca evita falar dele para mim.
- Ele ama a Rebeca. – Tália afirmou. – Só está com raiva por não poder ficar com ela. Afinal está na cara que ela te ama. – eu tomei a cerveja lembrando que quando falei que a amava ela não me respondeu. – O quê?
- Eu disse que a amo.
- E?
- Nada. Ela não me respondeu. Acredito que ela esteja apaixonada por mim, mas amor, acredito que ainda não chegou lá. Mas tudo bem por mim.
- Ela ama, está na cara. – insistiu Tália. – Por falar em amor, sua obsessora acabou de chegar. – olhei na direção que ela indicava.
Parados a porta de entrada estavam Virgínia, Cadu, Miguel e Rick. Os quatro nos olharam. Miguel veio até nós, desde que começou a namorar ele não tem nos visto com frequência. Fora que depois da mancada dela na boate eu fiquei meio chateada com a forma que ele lidou com as coisas.
- Meninas, que surpresa boa. Saudades de vocês. – me abraçou em seguida fez o mesmo com a Anna.
- Não é o que parece, você agora só tem tempo para trans*r. – Anna provocou.
- A vida está corrida. Mas me lembro bem que tem um aniversário se aproximando. Vai rolar festa? – me perguntou.
- Até o presente momento não sabemos ao certo. – respondi com certo mal humor por ver o restante do pessoal se aproximando da nossa mesa.
Eles nos cumprimentaram e nem foi preciso uma das meninas oferecer para que sentassem conosco. Miguel fez isso por nós. Anna e eu trocamos um olhar ao ver Virgínia se sentar ao meu lado.
- Então vejo que estão namorando. – Miguel afirmou olhando a aliança de Tália e Anna. – Pelo visto a única que namorava hoje está solteira. – me fitou.
- Engano seu. – Anna começou a falar, mas eu olhei pedindo para que ela parasse. – Alice está namorando também.
- Mentira!!! Com quem?
- Isso importa? – questionei. – Se me dão licença, preciso de um pouco de ar. – sai da mesa indo em direção ao estacionamento.
Ouvi passos atrás de mim. Me escorei no meu carro. E logo notei Virgínia fazer o mesmo. Suspirei fechando os olhos, se soubesse que iria dar de cara com ela hoje, teria evitado sair depois do trabalho. Não custava nada o universo me dá esses sinais, talvez em neon só para ter certeza de que eu conseguiria ver.
- Bom saber que está bem. – puxou assunto.
- Obrigada. – me limitei a responder.
- Você não atendeu minhas ligações.
- Virgínia, não tínhamos mais nada para falar. – respondi sem paciência.
- Só queria dizer que fico aliviada em saber que eu estava certa em relação a você e Rebeca. É com ela que está namorando, não é?
- Primeiro: nunca fiquei com a Rebeca enquanto estávamos namorando. Cabe a você acreditar ou não. Mas isso não me importa. E segundo: sim, é com ela que estou namorando.
- Não consigo acreditar no que diz.
- Ainda bem que não preciso te provar nada. Acho que vou embora. – tentei me mexer e ela segurou meu braço.
- Eu ainda gosto de você. – confessou.
- Sinto muito. Mas hoje gosto de outra pessoa. – afirmei e ela sorriu amarga.
- Está tudo bem aqui? – Rebeca indagou ao ficar próxima a nós.
- Oi amor, sim. Está tudo bem. – me desvencilhei de sua mão e fui até minha namorada. – Como foi a massagem? – questionei depois de beijar seus lábios.
- Do jeito que eu imaginei que seria. – sorriu para mim. – Como vai Virgínia? – indagou para a fotografa que apenas acenou saindo de perto de nós. – O que ela queria?
- Me encher o saco. – revirei os olhos.
- Ela é bem insistente. – me fitou.
– Podemos ir embora. Compramos sorvete, assistimos um filme piegas. O que me diz?
- Vai dormir comigo? – indagou.
- É isso que quer?
- É o que eu sempre quero. – beijei seus lábios novamente.
- Mas antes preciso ir em casa. Trocar de roupa e buscar algo para vestir amanhã.
- Tudo bem. Então eu vou para casa te esperar. – sorriu me beijando.
- Vou ter que ir buscar as chaves do carro. Ficou com Tália. – comentei procurando a chave no meu bolso.
- Certo. Vou indo na frente. – beijou meus lábios e foi para o carro.
Fui para dentro do pub pegar minhas chaves. O olhar de Virgínia para mim não era nada amigável. Me despedi de todos e fui para casa. Quando entrei os meninos e as minhas mães estavam na sala.
- Oi filha, pensei que não viria para o jantar.
- Oi, mamma. Só vim trocar de roupa e pegar algumas coisas. Vou para a casa da Rebeca. – percebi a troca de olhar entre as duas.
- Vai dormir com ela de novo? – a mammy questionou com ar de riso.
- Sim.
- As coisas estão sérias entre vocês? – insistiu.
- Mammy, isso é um assunto para outra hora. – resmunguei tentando sair de perto delas.
- Queremos saber o que está acontecendo com vocês. Prefere que eu vá perguntar a ela? – parei no primeiro degrau. Respirei fundo e voltei para a sala.
- Tudo bem. Nós estamos namorando. – notei que as duas sorriram juntas.
- Doeu contar para gente? – se levantou. – Fico feliz por você, Rebeca é uma mulher maravilhosa. – disse enquanto me esmagava em um abraço.
- Eu sei.
- Precisamos marcar um jantar para ontem.
- Mammy, depois vemos isso. Posso ir agora?
- Pode sim. – apertou minha bochecha.
Tomei um rápido banho e depois sai de casa. Levei apenas alguns minutos para chegar ao apartamento de Rebeca. Como já tinha acesso livre apenas entrei. Escutei uma música vinda do quarto.
- Estou aqui, amor. – gritou e eu sorri seguindo o som da sua voz.
Quando a vi, ela usava apenas um top branco e um short curtinho. Dançava e cantava enquanto esfregava um óleo em sua barriga que já começava a aparecer.
- Demorou, fiquei preocupada. – falou me fitando pelo espelho.
- Houve uma emboscada.
- Como assim?
- A mammy. Disse que se eu não contasse o que somos iria te perguntar. – Fiquei atrás dela e comecei a massagear sua barriga.
- Me diz que você evitou esse constrangimento para mim.
- Sim. Contei o que ela queria ouvir. Mas agora quer um jantar conosco. Só para nos torturar mais um pouco. – Rebeca riu. – Você está cheirosa. – beijei seu pescoço.
- Obrigada. Pedi pizza e um sorvete, deve estar para chegar.
- Justamente quando eu penso que não tem como te amar mais.
- Boba. – fez careta. – A barriga já está aparecendo, não acha?
- Acho sim. E você está ainda mais linda. – a campainha tocou. – Deve ser a comida, vou lá buscar.
Limpei minhas mãos para tirar o excesso de óleo. Peguei minha carteira e fui abrir a porta. Mas para minha surpresa quem estava parado do lado de fora não era um entregador. Um senhor de meia idade me fitava esperando que eu falasse algo. Claramente era alguém com dinheiro, já que o terno dele era caro, o Rolex no pulso também me dava essa certeza.
- Desculpe, acho que errei de endereço. Aqui não é a casa da Rebeca?
Só então percebi as semelhanças entre os dois. Aquele deveria ser o pai dela. Sai do meu transe.
- Na verdade, é sim. Ela está no quarto. Entre por favor.
- Quem é você? – me questionou assim que deu o primeiro passo para dentro.
- Amor, a comida chegou? – a voz de Rebeca cortou o corredor e ela veio até a sala. – Estou morrendo de .... Pai! O que o senhor faz aqui? – indagou tão surpresa quanto eu.
- Essa não foi a educação que eu lhe dei. – comentou sério.
- Desculpa. É que não esperava o senhor aqui. – foi até ele e o abraçou.
- Cheguei de viagem recente, soube que estiveram na fazenda no final de semana.
- Sim, fomos. Mas como o senhor sabia o meu endereço?
- Pedro. – o homem afirmou. Rebeca me olhou imaginando que aquele seria um assunto delicado. – Será que podemos conversar em particular? – indagou o homem.
- Eu vou para o quarto. – tratei de sair o mais rápido possível de perto daquele homem que me olhava como se eu fosse uma vergonha.
Rebeca
Estranhei a demora de Alice em voltar para o quarto. Sai indo na direção da sala, mas para minha surpresa ela não estava sozinha. Meu pai estava conversando com ela. Não contive minha cara de poucos amigos ao cogitar o que ele estaria fazendo aqui.
Minhas suspeitas foram confirmadas o ouvi-lo dizer que Pedro deu meu endereço. Quando ele perguntou se poderíamos conversar sozinhos Alice pediu licença e foi para o quarto. Apontei o sofá para que ele se sentasse. Seu olhar sobre mim sem dúvidas era de julgamento.
- Esperei te encontrar sozinha.
- Temos planos para hoje. Mas pai o que faz aqui?
- Vim tirar essa sua ideia maluca de namorar uma pirralha enquanto está esperando um neto meu. – foi direto e seu tom firme como sempre.
- Pai, com todo respeito essa é a minha vida. Você não tem direito de opinar sobre as minhas decisões.
- Rebeca, essa sua situação é uma loucura. Pedro é um bom rapaz, deveria casar com ele. Formar uma família. Com o pai do seu filho. E não viver isso...- gesticulou exasperado. – Essa pouca vergonha. A menina tem idade de ser sua filha.
- Peço educadamente que o senhor pare por aqui. Não quero lhe faltar com o respeito. Então por favor não fale de Alice como se a conhecesse. Pedro é sim um bom homem, mas eu não o amo. E não vai ser uma gravidez que vai mudar isso. Eu amo a Alice. É com ela que quero ficar. – afirmei e era notório seu desprezo por cada palavra que ouvia de mim.
- Nunca pensei que você fosse igual a sua irmã. – pela primeira vez vi ele se referir a Amelia como se sentisse vergonha dela.
- Mas eu não sou igual a ela, isso posso garantir. Afinal se fosse ela no meu lugar escutando tudo isso que o senhor está me falando ela já teria o colocado para fora. – sentia meu corpo tremer inteiro. – Olha, eu não escolhi engravidar. E muito menos me apaixonar pela Alice. Foram coisas que aconteceram.
- O que vai dizer para essa criança? Que ela tem pai, mas você prefere ficar com uma pirralha?
- Isso mesmo. E nem por isso ela deixará de ser uma criança amada tanto por mim quanto pelo Pedro.
- Isso é um absurdo, Rebeca. – seu tom saiu mais alterado. – Espero que a sua mãe quando chegar de Paris possa colocar um pouco de juízo nessa sua cabeça.
- Se ela vier falar comigo sobre isso minha resposta será a mesma. Não vou mudar uma vírgula. – afirmei séria. – A vida é minha.
Meus pais nunca foram de se meter em nossas vidas. Aliás hoje percebo que nunca se meteram na vida de Amélia, já que ela saiu de casa cedo. Meu pai é um homem acostumado a ter tudo o que quer e da forma que quer. Mas dessa vez ele foi longe demais.
- Rebeca, não vou insistir nisso. Por enquanto. – comentou se aproximando. – Preciso ir agora. – se aproximou beijando minha cabeça. – Pense bem em qual futuro quer dar para essa criança. – acariciou minha barriga.
Fiquei em silêncio esperando que ele saísse. Estava furiosa com Pedro, como ele poderia ser tão baixo a ponto de ir contar ao meu pai antes que eu pudesse fazê-lo. Respirei fundo tentando controlar meus nervos, afinal Alice com certeza havia escutado a conversa. Antes recebi a comida que chegou. Organizei a mesa para que pudéssemos comer.
- Meu amor. – falei entrando no quarto. – Vamos comer?
- Claro. – ela saltou da cama.
Iniciamos nossa refeição em completo silêncio. Até que decidi quebrar o gelo.
- Você ouviu nossa conversa? – indaguei e ela parou de mastigar.
- Sim. Seu pai me pareceu bem nervoso.
- Ele estava. Não sei com que direito ele veio até aqui para me dizer o que devo ou não fazer da minha vida. – suspirei cansada.
- Ele é seu pai. Normal se preocupar.
- Depois de tudo que ele disse você ainda vai defende-lo?
- Não estou defendendo, disse apenas que ele é seu pai. E que é normal ele se preocupar. – ela ficou em silêncio. – Mas o que mais me deixou impressionada foi você ter dito que me ama.
- Mas é verdade. – afirmei.
- É que você nunca me disse isso, e do nada solta para o seu pai. – comentou com ar de riso.
- Eu sei, travei quando você falou a primeira vez. Mas achei que fosse notório o que sinto por você. – busquei sua mão.
- Por mais que seja notório em suas atitudes, eu preciso ouvir.
- Tudo bem. – me pus de pé indo ficar em sua frente.
Ela prendeu seus braços na minha cintura. Enquanto trocávamos um intenso olhar.
- Eu só quero deixar claro, que eu te amo muito. Pirralha. – falei beijando seus lábios.
Logo o beijo que era calmo se tornou quente e excitante. Algo que tem se tornado corriqueiro para mim. Beijar Alice é tentador demais e meu corpo me trai ao desejar o dela mais intensamente. O toque de suas mãos em minha cintura é o suficiente para me deixar completamente molhada.
- Espera. – se afastou repentinamente. Eu não disfarcei minha cara de frustração. – Nós não podemos. Ainda.
- Você quer me enlouquecer?
- Acha que é fácil para mim? – questionou me fitando. – Estou subindo pelas paredes, e tentando manter um controle que nem sei mais quanto ainda tenho sobrando. Você é fogo, Rebeca. – afirmou com ar de riso.
- Tudo bem. – dei de ombros.
- Que tal um filminho para terminar a noite?
- Tenho escolha?
- Não. Agora vai deitar e escolhe o que vamos assistir que eu vou levar sorvete para gente. – sorriu beijando levemente meus lábios.
Acordei na manhã seguinte procurando o corpo de Alice ao meu lado. Mas ela não estava mais na cama. Me espreguicei sentando e passando a mão nos olhos tentando encontrar algum vestígio dela pelo quarto.
- Não, eu não tinha visto. Mas essa foto é antiga. Não faço ideia de quem possa ter publicado essa imagem apenas agora. – escutei ela ao telefone. – Obrigada por me avisar. – encerrou a ligação e ao virar percebeu minha presença.
- Está tudo bem?
- Sim. Lembra daquela foto que eu disse que tiraram minha com a Virgínia?
- Claro, depois do show dela aqui em casa. – afirmei.
- A Anna acabou de me ligar dizendo que publicaram hoje cedo.
- Não acredito!
- Pois é, não sei quem poderia ter feito isso.
- Amor, sabemos bem quem seria capaz de fazer algo que claramente pudesse nos separar. – comentei beijando seu pescoço.
- Virgínia. Mas como ela saberia quem tirou a foto.
- Isso eu não sei. Mas acredito que ela não poderia cogitar a possibilidade de eu já saber dessa foto. Ela só quis usar no momento certo.
- A cada dia que passa fico mais aliviada por ter terminado com ela.
- Mas ela não me parece muito conformada com isso. – afirmei.
- Nem o Pedro, com o fato de estarmos juntas. – ela comentou, sabia que a situação de ontem viria à tona a qualquer momento.
- Eu sei. Preciso falar com ele sobre essa situação toda.
- E se ele insistir?
- Minha decisão continua a mesma. Estou com você. – afirmei para que ela não tivesse dúvida.
Aproveitamos a manhã inteira juntas sem deixar que o episódio da foto estragasse nosso dia. Aproveitamos o sol para curtir um pouco a piscina. Alice precisou explicar a Isabella que a foto era antiga, mas eu pude escutar os gritos da mulher do outro lado da linha, ameaçando de deserdar a garota se ela estivesse me traindo. Não tive como conter um riso por isso.
- Você adorou o sermão que eu recebi, não é? – perguntou sentando na ponta da minha cadeira.
- Não. Gostei do fato da sua mãe me defender.
- Ao menos já sei que se eu te trair vou ficar pobre. – comentou rindo. Nos beijamos em seguida.
- Vão para o quarto. Taradas. – a voz de Tália ecoou no apartamento.
- Bem que eu queria, mas essa aí só foge de mim. – comentei provocando Alice. – Cadê a Anna?
- Ficou em casa. – limitou-se a dizer.
- O que houve? - indaguei.
- Prefiro não falar sobre isso agora. Vou por meu biquíni e aproveitar esse sol com vocês. – falou já saindo.
- O que será que aconteceu?
- Acho que elas brigaram. – Alice comentou deitando ao meu lado.
Perdi até o raciocínio apenas por admirar seu corpo molhado. Ela tem uma beleza fora do comum. Me olhou sorrindo ao perceber que eu a admirava. Esticou a mão para pegar a minha.
- Temos o jantar lá em casa hoje. Não esquece.
- Tem certeza que é uma boa ideia eu ir para sua casa depois daquela foto que vazou sua?
- Claro. Assim se alguém nós ver vou fazer questão de desmentir aquela baboseira. – revirou os olhos.
Tália se juntou a nós e passamos boa parte da manhã aproveitando o sol. Após o almoço, Alice foi para casa dizendo que voltaria para me buscar a noite. Acredito que era apenas uma desculpa para vir me deixar e acabar ficando para dormir, mas não me importei com a ideia.
Tem horas que nem me reconheço mais. Sempre fui alguém que presa muito a minha privacidade. Sempre gostei de dormir sozinha, acho que por isso nunca me importei com os dias que Diego viajava. Fui me acostumando a ficar sozinha. Mas a presença de Alice na minha rotina tem me deixado feliz.
- Você mudou mesmo. – afirmou Tália.
- Não é? Estava pensando nisso agora. Alice mudou muita coisa em mim. Por falar em mudar, meu pai me fez uma surpresa ontem.
- Seu pai? O que ele queria?
- Dizer que o que estou fazendo é uma pouca vergonha e que deveria casar com o Pedro.
- Me deixa adivinhar. Pedro contou sobre a gravidez.
- Exatamente.
- Ele precisa entender que você ama a Alice.
- Vou ter uma conversa séria com ele. Mas me diz, o que aconteceu com a Anna?
- A Iara. – comentou.
- Agora entendi porque não quis falar quando Alice estava aqui. O que aconteceu?
- Ela insiste em mandar mensagens. Até fotos. Ligou para a Anna ontem e eu acabei atendendo quando ela se recusou a atender. Sei que agi errado, mas porr*. A Anna está namorando comigo, fora que o marido dela a ameaçou. A mulher não se toca.
- Não estou dizendo que você agiu errado em tentar colocar Iara no devido lugar, mas não deveria ter atendido.
- Eu sei, no fim discutimos e eu ia vir embora ontem mesmo. Mas já era tarde, dormimos brigadas e hoje cedo sai.
- Daqui a pouco vocês conversam e resolvem tudo.
Depois dessa conversa decidi descansar um pouco. Comecei a me arrumar pouco mais das seis horas. Alice havia me dito que me buscaria as oito. Separei um vestido preto, longo, para tentar disfarçar minha barriga. Minha namorada me avisou que já estava me esperando lá embaixo.
- Nossa! Você está linda. – comentou Tália ao me ver.
- Obrigada. – sorri. – Você não vai ver a Anna?
- Não. Vou curtir minha fossa sozinha hoje. – mostrou a cerveja e um show de pagode na tv.
- Boa sorte. – sorri. – Não me espere acordada. – beijei seu rosto e sai.
Quando passei pelo saguão do prédio abri um largo sorriso ao ver Alice parada próximo a limosine segurando um lindo buquê de rosas vermelhas. Ela sorriu me admirando.
- Você está linda. – falamos igual e rimos.
- São para você. – me estendeu as flores.
- Obrigada. – ao receber o buquê pude ver seu look. Ela usava um terninho feminino branco, um scarpin preto e por baixo do terno uma blusa com um grande decote em V.
Por um segundo eu prendi a respiração. Ela era sem dúvida a mulher mais linda que meus olhos já viram.
- Podemos? – abriu a porta para que eu entrasse.
De repente todo a ansiedade pelo jantar sumiu. Bastou apenas seus dedos tocarem os meus para meu peito se acalmar. Durante o percurso vez ou outra ela me fitava com um sorriso bobo, com certeza me admirando a mesma quantidade que eu a admirei. Alice sem dúvidas era a mulher certa para mim e ela tem me provado isso dia a após dia.
Fim do capítulo
Oi, voltei. Primeiro de tudo: o intuito da história não é apenas as cenas quentes entre as personagens principais. Um romance vai muito além disso.
Segundo: no momento certo isso vai acontecer, vocês precisam aproveitar a viagem. rsrs
Se eu sumir sabem onde me acharem @andriellyteixeira92.
Pensei em abrir um grupo no whats ou telegram, para aproximar vcs. O que acham?
Boa leitura. Beijosss e fiquem com Deus.
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Baiana
Em: 19/10/2021
Rapaz, agora só falta a Virgínia se aliar ao Pedro para tentar separar as duas,e por falar na doida de plantão,essa foto plantada no jornal,teve efeito contrário.
Será que as sogras vão defender a Rebeca depois que souber que serão avós?
Resposta do autor:
Aí o negócio desanda de vez. kkk É muita maldade reunida. Vamos descobrir hoje o que elas vão achar disso.
laisrezende
Em: 19/10/2021
Posta dois capítulos por favor autora , estamos muito viciada nessa história, mas uma vez muitos comentários. Gente eu já acordo e venho ver o site pra ver se tem capítulo novo! A gente merece viu.
Mas bom, quando essas duas vão se pegar mesmo pelo amor de deus ?!!!!
Resposta do autor:
kkk. queria postar ela toda de uma vez, mas nem está finalizada ainda. kkkk
Mas hoje tem surpresa.
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Tazinha
Em: 19/10/2021
Era só o que me faltava.
Alice aceita na boa a mulher aparecer grávida do nada e ainda tem que ouvir o pai dela falar mal dela, o pai da criança e agora pelo jeito a mae dela que vai chegar.
Quem tem que ter medo de perder é a Rebeca. Era só o que faltava mesmo
Resposta do autor:
Amo esse jeitinho de vcs defenderem a Alice. ela é um amor mesmo e nao merece ser destratada.
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CatarinaAlvesP
Em: 19/10/2021
As vezes fico puta com esse jeito bom demais da Alice, sério mesmo. Tem que brigar, ter ciúmes , falar as coisas. Até porque duvido muito ser fácil começar a namorar alguém e junto vim um filho, Rebeca que lute pra ter Alice. Nossa princesa patricinha já sofreu demais
Resposta do autor:
Alice tem um coração lindo. E o jogo pode acabar virando.
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SPINDOLA
Em: 19/10/2021
Bom dia, caríssima.
Já pode soltar o " batatinha frita 1, 2, 3" e eliminar vários personagens, kkkkkkkkk, pra que tu foi arrumar mais uma mala sem alça pra história, que pai mais insuportável o da Beca, só espero que as mammis não decepcionem e entre pro jogo, afinal as meninas precisam de aliadas por que vai vir chumbo grosso nos próximos capítulos.
Acho que tu pode montar uma loja e vender as malas que anda despejando no romance, de preferência pro Talibã em época de guerra para que não voltem, kkkk.
Quanto tempo falta pra Becazinha completar 3 meses, pois já estou ficando com dó da seca dela, coitada autora, kkkk, libera a primeira vez delas logo que até a nossa lagoa tá numa secura só, kkkkk.
Bjs
Resposta do autor:
Boa noite. Cara leitora.
Olha que se eu soltar não vou ter controle de quem vai morrer. kkkkk
NO capítulo de hoje vai rolarrr o lepo lepo.
Beijos
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FENOVAIS
Em: 19/10/2021
Maktube!! Você tá aprontando. Eu estou sentindo. Você só está nos dando 5 min de paz, né!?
Você ainda continua no Serasa, entretanto este pobre rapaz diz que coxinhas são uma ótima forma de pagamento (coxinha de frango com catupiry, certo?! Certo).
Só digo uma coisa: pegue leve!! ????????
Até o próximo capítulo guria!!
Resposta do autor:
a moça de baixo disse que a culpa é da Virgínia. Vamos manter assim. kkk
E eu sou bem boazinha. Já pedo o boleto para me tirar da sua lista de credores. rsrs
Eu sempre pego leve. UM susto atras do outro. kkk
Beijos e até já. Fernando do Serasa.
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Marta Andrade dos Santos
Em: 18/10/2021
Virgínia está armando algo.
Resposta do autor:
Isso, tudo culpa dela. kkkk
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Leidigoncalves
Em: 18/10/2021
Boa noite, não sou de comentar em histórias, na verdade eu só fico na moita kkk, mas resolvi sair um pouquinho só pra falar o quanto estou amando sua história, na verdade amo todas elas, pq mesmo não comentando, pode ter certeza q li todas kkk.
Vi vários comentários dizendo q torcia pra Rebeca perder o bebê, respeito todos, mas gostaria de deixa o meu parecer negativo a isso, mesmo sendo a hora errada eu acho q um filho sempre é uma benção e um aprendizado enorme, sendo hora certa ou não um filho nunca atrapalha, Rebeca e a Alice podem continuar a relação mesmo com essa pessoinha chegando, na verdade a Alice já demonstrou q é madura o suficiente pra isso. Então não poderia deixar de dar minha opinião a respeito desse assunto ????
Quanto ao grupo no whatsapp ou telegram eu sou super a favor, mas torço para q seja no whatsapp pois não tenho o telegran ????
Resposta do autor:
Obrigada por expressar de forma tão educada a sua opinião sobre um assunto tão importante. E fico feliz por me acompanhar e gostar. E por favor sai da moíta, só para fazer essa autora feliz. rsrs
Me segue no instagram e lá trocamos o número. Até agora tenho de número de 2 pessoas. rsrs
beijo
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paulaOliveira
Em: 18/10/2021
Muito lindas S2..
Resposta do autor:
Num é?
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preguicella
Em: 18/10/2021
Ai, um capítulo por dia, acho pouco, mas fazer o que, né?! Respeito, mas sob protesto! haha
Resposta do autor:
A senhora é tão engraçadinha. kkkk
Em questão de prostesto eu ganho. kkk
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Mille
Em: 18/10/2021
Cada um usando as armas que tem.
Pedro correndo para o pai da Rebeca.
Virgínia usando a foto antiga delas.
Tô achando que os próximos capítulos nossos corações serão testados.
E como será será reação de Isabella e Larissa sobre a gravidez da nora querida delas kkkk
Ah Anna desencana da Iara, ela nunca vai contar ao filho e o marido é louco.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Cada um sendo pior que o outro. kkk
Espero que ninguém infarte. kkkk Anna seguiu a vida, Iara que ta tentando melar as coisas.
Beijosss.
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