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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 6

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Palavras: 3941
Acessos: 3471   |  Postado em: 14/10/2021

Capitulo 44

 

Capítulo 44º

Rebeca

            Não acredito que hoje é o último dia de trabalho e vou descansar o final de semana inteiro. Os dias foram puxados e cheio de coisas para fazer, mesmo com a ajuda de Alice eu trabalhei bastante. Por falar em Alice, eu fiquei impressionada pela facilidade da garota em aprender as coisas.

- Eu estou morta. – falou se esticando na cadeira.

- Nem me fale. Tudo que eu quero é um bom banho e a minha cama. – comentei desligando o computador.

- Então isso é tudo o que vai fazer em uma sexta à noite?

- Exatamente. – concordei. – E você tem planos?

- Você acabou de destruir todos eles. – comentou me fitando.

- Como assim?

- Meu plano era te chamar para sair e tomar alguma coisa.

- Só nos duas? – questionei nervosa. Não sei se consigo ficar muito tempo sozinha com ela, a única coisa que me mantêm sã aqui é o fato de ser meu ambiente de trabalho.

- Não. As meninas também. – respondeu.

- Eu topo. Podemos ir lá para casa. Ninguém precisa ir embora depois que a bebedeira começar. – falei saindo da sala.

- Isso é um convite para dormir com você? – esse tom, esse tom tem um duplo sentido ou eu estou ficando louca?

- Entenda como quiser, pirralha. – sai fechando a porta. – Vem comigo? – indaguei para Tália.

- Sim. Vou só juntar minhas coisas. – começou a colocar as coisas na bolsa.

- Jantar na casa da Rebeca daqui a pouco, avisa a sua namorada. – Alice comentou passando por nós.

- Ela não é minha namorada. – resmungou.

- Ah! Tanto faz. – a garota apenas gesticulou com a mão sem dar importância. Eu ri baixinho da cara de indignação da minha amiga.

- E você tá rindo do quê? – indagou para mim.

- Nada. É que acho que Alice tem razão, vocês estão namorando.

            Ela fechou a cara caminhando ao meu lado. Entramos no elevador.

- A gente não está namorando, não teve nenhum pedido de namoro. – comentou irritada.

- Calma, só estou dizendo o que eu acho. Não precisa ficar com raiva. – ela ficou em silêncio.

- Você acha que ela gosta de mim? -  questionou.

- Você tem dúvidas?

- Lógico, Beck. Estamos ficando há meses, mas não passa disso. Será que ela ainda ama a Iara?

- Isso eu não posso responder. Talvez a Anna só esteja levando as coisas mais devagar. Mas se isso te incomoda tanto deveria perguntar a ela.

- Não posso. Ela vai se sentir pressionada. Eu não quero isso.

- Amiga, vocês precisam conversar. Só isso.

- Tá, você tem razão.

            Essa foi nossa última conversa até chegarmos em casa, quando nos separamos para nos preparar para receber as meninas. Depois do banho fiquei longos minutos vestindo roupas e nada me pareceu bom. Virei olhando o closet bagunçado.

- Nossa! Passou um furacão aqui? – Tália indagou.

- Nada fica bom. – suspirei derrotada.

- Aposto que se você aparecer na sala assim, Alice vai adorar. – comentou apontando para o meu corpo com a lingerie branca.

- Não ia.

- Como pode ter certeza?

- Ela não tem interesse em mim. – afirmei sem nem me tocar que iria acabar falando demais.

- Já perguntou? – Tália indagou cruzando os braços.

            Me virei para ela. Vesti uma camiseta branca com uma caveira enorme na frente.

- Sim. Perguntei. Satisfeita? – comentei irritada.

- Lógico que não. Quero saber essa história direito. – foi atrás de mim.

- Tália. – esfreguei os olhos. Precisava contar tudo ou iria explodir. Até agora as únicas pessoas que sabiam era Isabella e Letícia. – Naquele dia depois do acidente de Anna. Nós ficamos sozinhas na cozinha.

- Eu lembro. Anna disse que precisava dormir.

- Isso. Enfim, eu contei como me sentia em relação a ela. Nós quase nos beijamos, mas ela me recusou. – dei de ombros.

- Eu sabia! Sabia que você estava apaixonada por ela. Por que não me contou antes?

- Amiga, olha a minha idade. Olha a idade dela, claramente ela não gosta de mim. Quer apenas minha amizade.

- O que ela disse quando você se declarou.

- Disse que não podia.

- Não poder, não é não querer.

- Isabella disse a mesma coisa. – comentei vestindo um short.

- Espera um pouco. A Isabella sabe?

- Ela descobriu pelas câmeras de segurança naquele dia que fomos para lá. Me colocou contra a parede e eu não tinha como mentir. – me olhei no espelho.

- Tô passada que a Isabella está super apoiando esse romance. – brincou. – Por isso ela te convidou para jantar lá na segunda?

- Acho que sim.

- Por isso ela colocou a Alice para trabalhar com você?

- Sim. Ela acha que se estivéssemos próximas ela perceberia que gosta de mim e não da Virgínia. Mas já faz o quê? Uma semana desde que ela terminou o namoro e até agora nenhum indicio de que ela possa em algum momento retribuir o que eu sinto. – dei de ombros.

- Você por um acaso é cega? – Tália indagou batendo na minha testa.

- Aí! Quanta violência. E não sei do que está falando.

- Rebeca, acordaaa! A Alice todos os dias te levou almoço.

- Ela leva para você também e nem por isso quer te pegar. – resmunguei.

- Claro, ela leva para mim como um disfarce. Seria estranho levar apenas para você. – comentou como se fosse óbvio.

- Não acho que seja o caso. Ela é atenciosa.

- Meu Deus! Como você é burra. Ela te observa o tempo inteiro. Nunca percebeu?

- Não. – afirmei.

- Nas reuniões ela nem pisca te observando falar.

- Ela quer aprender a...

- Nem vem com esse papo que ela quer aprender a ser você. Ela quer é te levar para cama. Você precisa fazer alguma coisa.

- Não preciso não. Minha experiência fazendo isso não foi das melhores. – comentei escutando a campainha. – Acho que elas chegaram.

- Nós não terminamos essa conversa. – apontou para mim ameaçadora.

- Tá. Agora vai atender a porta. – mandei que ela saísse para eu poder terminar de me vestir.

            Me encarei no espelho. Meu cabelo estava um pouco maior desde o último corte. Passei um batom claro e fui para a sala. Mas encontrei apenas Anna e Tália aos beijos. Ótimo vou ficar de vela se Alice não aparecer. Pensei comigo mesma, mas escutei a campainha mais uma vez.

- Eu abro. – falei.

            Mas as duas sequer desgrudaram uma da boca da outra. Respirei fundo segurando a maçaneta. Abri a porta e Alice exibia um largo sorriso ao me ver. Senti uma sensação gostosa quando meus olhos a viram.

- Espero não ter chegado muito cedo. – disse rindo.

- Imagina, sua amiga já está engolindo a minha em algum lugar da casa. – falei mais alto para que as duas ouvissem.

- Trouxe para você. – me entregou um lindo buquê de Lírios da Paz.

            Sorri ao ver. Era minha flor preferida e eu não faço ideia de como ela descobriu aquilo. Sem dúvida foi um lindo gesto. E faz muito tempo que não sei o que é receber flores.

- Obrigada. – agradeci pegando o buquê. – Entra. – dei passagem. – Vou colocar em um vaso. – comentei indo em direção a cozinha.

- Pensei que tinha dito que a Anna estava aqui. – comentou olhando em volta.

- E está. – afirmei. Ouvimos gemidos vindo do quarto. – Caramba, elas são rápidas. – comentei e rimos juntas. – Quer beber alguma coisa ou vai esperar aquelas duas acabarem a sacanagem?

- Acho que aquilo vai demorar um pouco.

- Concordo. Então, uísque?

- Por favor.    

            Fui até o bar e nos servi. Voltei para a cozinha aonde ela estava sentada nas banquetas. Quando foi pegar o copo ela acabou tocando meus dedos, e eu senti uma corrente elétrica percorrer todo meu corpo. Ao me sentar ao seu lado, tomei um longo gole da bebida.

- Então.

- Então. – repeti sem ter o que comentar.

- Desculpa a demora. – a voz de Tália ecoou no corredor e eu agradeci por elas aparecerem.

- Acho que precisa se desculpar com os vizinhos. – provoquei.

- Não exagera. – comentou pegando uma panela. – Vou fazer uma deliciosa macarronada.

- Ótimo, ninguém é obrigado a passar fome enquanto vocês trans*m. – resmunguei.

- Deveria aprender a cozinhar. – devolveu a provocação.

- Já tentei e essa não foi uma boa experiência.

- Fato, quase incendiou a casa. – comentou lembrando o incidente.

            Enquanto conversamos e Tália preparava o jantar fomos bebendo. Já passava das oito quando o jantar ficou pronto e estava delicioso. Nem sei o que seria de mim sem Tália. Possivelmente iria viver de fast food.

- Nossa eu comi demais. – Anna comentou. – Você arrasou, amor.

            Nesse momento nos três paramos o que fazíamos e voltamos nossos olhares para Anna que parecia nem perceber o que havia falado. Tália estava com uma cara de espanto, acredito que morrendo de vontade de gritar de felicidade. Desde que estão juntas nunca vi nenhuma tratar a outra como “Amor” aquele sem dúvida era um passo grande na relação das duas.

- Que foi? – perguntou Anna confusa.

- Nada. – comentei tentando amenizar o clima.

- Como nada? – Alice pareceu não querer deixar passar. – Você acabou de chamar Tália de amor. – afirmou.

- Não chamei não. – Anna corou se defendendo.

- Chamou sim. – Alice insistiu.

- E o que tem demais nisso? Você se incomoda? – indagou olhando para Tália que apenas negou com a cabeça. – Então é isso, se ela não se importa. – deu de ombros.

            Alice me olhou e sorriu vitoriosa, ela sabia o quanto era importante para Tália que as duas pudessem deixar as coisas mais sérias entre elas.

- Vocês lavam a louça. – Tália disse juntando tudo.

- Como sempre. – reclamei.

            Fomos para a cozinha enquanto as duas conversavam no sofá. As lembranças da última vez que estivemos sozinhas aqui me atingiram em cheio. Conseguia sentir a mesma excitação por imaginar que poderia ter beijado Alice aquele dia. Mas lembrei da forma que ela me recusou.

- Você está bem? – indagou parecendo saber o que eu sentia.

- Sim. Acho que comi demais. – brinquei.

- Não vai dizer que daqui a pouco vai querer ir dormir.

- Não. Estou bem, apenas cheia. Acho que no máximo vou parar de beber.

- Fraca. – provocou.

- Você bebe por mim. – pisquei para ela.

            Quando terminamos a louça resolvemos sentar na parte externa próxima a piscina. Tália estava sentada no colo de Anna. Enquanto conversávamos sobre a possível festa de aniversário de Alice.

- Mas a sua mãe quer a festa. – comentei lembrando do que Isabella disse no dia do jantar.

- Claro que a tia Isa quer, ela adora uma farra. – Anna disse divertida.

- Não consigo imaginar sua mãe em uma festa dançando Funk.

- Pois você está enganada, ela adora dançar. As duas gostam. – Alice contou sorrindo.

- Verdade. Lembra do ano passado que elas ficaram até a festa acabar?

- Lembro sim. – completou Alice.

            Eu não conseguia mesmo imaginar Isabella e Larissa em um ambiente cheio de adolescente dançando junto com eles. Com certeza eu não teria o mesmo pique. O assunto mudou com tanta rapidez que nem conseguiu acompanhar. Não demorou para a garrafa de uísque ficar vazia. Anna já sorria à toa, assim como Alice.

- Acho melhor você dá um banho na Anna antes de irem dormir, só para ver se ela fica um pouco sóbria, não quero ir para hospital com ela machucada de novo.

- Lá vem a história da anaconda albina de novo. – ela reclamou fazendo bico. – Amor, manda a sua amiga parar. – encarou Tália.

- Mando sim. – beijou seus lábios levemente. – Para de implicar com ela, Rebeca.

- Eu para quando ela te pedir em namoro. – resolvi dar um empurrãozinho.

- Rebeca, não. – minha amiga suplicou.

- Vamos, Anna. Estou esperando o pedido. Ou no seu aniversário vou dar um maior do que aquele. – brinquei e Alice gargalhava ao meu lado sem acreditar no que eu dizia.

- É isso que você quer? – perguntou olhado para Tália que apenas balançou a cabeça. – Pensei que a gente já tivesse namorando. Não tenho ficado com mais ninguém, nem você. Eu acho. Vivo o tempo inteiro aqui, nos vemos quase todos os dias, estamos sempre falando no telefone. Para mim isso é um namoro. – comentou sem entender.

- Nada disso, namoro tem que ter pedido. – instiguei.

- Mas não vou fazer isso assim. Agora que sei que você quer namorar vou te levar para jantar aí faço o pedido oficial. Você merece mais do que um pedido enquanto eu estou completamente bêbada. – comentou com ar de riso.

- Tudo bem, meu amor. – sorriu selando seus lábios.

- Ótimo, até que o pedido saia vou mandar fazer uma faixa e pendurar na parede do seu quarto com a foto da anaconda albina. – provoquei arrancando riso delas.

            Meia noite Tália decidiu que era hora de levar Anna para cama. A garota estava altinha de tanta bebida. Alice havia parado há mais ou menos uma hora. Tomava apenas água para se hidratar e recuperar a sobriedade.

- Anna não toma jeito.

- Se vier em uma garrafa de cerveja ela bebe. – brinquei.

- Verdade. – concordou. – Até que foi divertido hoje.

- Amei tirar sarro dela.

- Sem dúvidas esse foi o ponto alto da noite. – concordou rindo. – Acho melhor eu ir para casa. – comentou levantando-se.

- Pensei que ia dormir aqui.

- Isso é um convite?

- Alice, você bebeu. Se alguma coisa acontece com você sua mãe me mata por eu ter deixado você sair daqui. – conclui e ela apenas sorriu.

- Estou com o segurança. Ele pode dirigir para mim. – insistiu.

            Eu fiquei em silêncio. Não tinha mais o que argumentar para convencê-la a ficar. Apesar de querer conversar mais com ela.

- Pois como está de motorista, podemos conversar um pouco mais.

- Você não quer que eu vá embora? – foi direta.

- Não. – respondi sincera.

- Ainda bem, não tem ninguém me esperando lá embaixo. Ele só me deixou e foi para casa. – riu e eu fechei a cara.

- Como você é idiota. – falei entre dentes.

- Precisava ouvir que você me quer aqui. – afirmou prendendo seu olhar ao meu.

            Senti meu corpo inteiro reagir. Ela tem esse dom de me desestruturar com uma facilidade que eu desconhecia.

- Só pela ousadia você vai dormir no sofá.

- Essa casa tem quantos quartos mesmo?

- Estou reformando ainda, então nada de camas extras nesse apartamento. Além da minha e Tália.

- Como Tália está acompanhada, acredito que vou ter que dormir com você hoje. – ela queria me enlouquecer, só pode.

- Alice...

- Não é como se isso não tivesse acontecido antes. Dormimos juntas no hotel, depois disso dormi aqui algumas vezes. – bebeu água me encarando. – Quer saber, acho que deveríamos ir para sua fazenda amanhã.

- Amanhã? Vamos perder muito tempo indo de carro. Precisamos sair daqui na sexta.

- Podemos ir de helicóptero.

- Sua mãe permitiria isso?

- Sim, mas claro precisamos ir sem os meninos saberem, afinal eles estão loucos para que você os ensine a andar de cavalo.  

- Verdade. Que tal no próximo final de semana então? Vamos nos quatro, saímos na sexta a tarde depois do expediente.

- E Anna e Tália?

- Acredito que elas vão preferir ficar aqui, trans*ndo. Caso não, podemos ir em dois carros. Posso chamar a Letícia, Amélia. – percebi que ela não gostou muito da ideia.

- Pensei que era algo nosso. – indagou séria.

- Mas é, o que não significa que não possamos levar mais gente. Amélia tem precisado se distrair desde que Virgínia começou a namorar você.

- Agora elas podem ficar juntas. – deu de ombros.

- Você não conhece a minha irmã. Ela não serve para segunda opção. E eu preciso te contar uma coisa.

- Sobre?

- Em algumas ocasiões incentivei Amélia a ficar com Virgínia. Mesmo quando soube que ela gostava de você também.

- Uau! – ela arregalou os olhos. – Então se pudesse teria juntado as duas, mesmo me vendo sofrer? – indagou direta.

- Não. Quando me aproximei de você percebi que você não merecia sofrer por ela. Fora que quando eu percebi que estava...- parei de falar.

- Estava... – me encorajou.

- Que eu estava gostando de você, quis juntar elas por egoísmo. Acreditei que se tirasse Virgínia do meu caminho, poderíamos ter uma chance. – Alice continuava calada. Apenas digerindo o que falei. O silêncio demorou alguns minutos.

- E quanto a Letícia. Vai gostar de saber que eu estou indo? – mudou de assunto.

- Claro, acho que ela vai adorar te conhecer. – provoquei percebendo que ela estava com ciúmes.

- O que vocês têm afinal?

- Nada, somos amigas. – respondi.

- Amigas não beijam amigas. – insistiu.

- Mas nós só ficamos aquele dia no pub. Depois disso não rolou nada.

- Para cima de mim Rebeca? 

- Estou falando a verdade. Descobrimos que somos melhores sendo amigas. Mas então, podemos marcar?

- Sim. – respondeu emburrada. – Agora podemos ir dormir?

            Concordei e deixei que ela fosse na frente para se preparar para dormir enquanto eu organizava as coisas. Quando entrei no quarto a luz estava apagada. Alice parecia dormir. Fui para o banheiro, fiz minha higiene e me deitei.

- Você está dormindo? – questionei para ela.

- Não. Perdi o sono. – comentou.

- Quer conversar?

- Se for para você mentir, é melhor não. – seu tom saiu irritado. Ela ainda estava remoendo a história de Letícia.

- Alice, eu não estou mentindo.  Não tenho motivos para isso. Se eu estive tendo algo com ela não teria problema em assumir isso, só que não é o caso. Somos amigas. – afirmei de novo.

- Eu a vi te buscando.

- Viu?

- Sim. Acho que foi o que fez com que eu me decidisse por terminar com a Virgínia. – confessou.

- Não entendi. – fiquei confusa.

- Eu senti ciúme quando vi vocês duas. Me incomodou. E eu percebi que talvez eu não gostasse tanto assim de Virgínia como eu pensava. – ela respirou pesadamente. Eu sorri ao escutar o que ela disse. – A verdade é que eu sinto algo por você. Sempre senti, desde que te conheci. Mas não tinha percebido isso. – seus dedos buscaram os meus entre os lençóis. – Entendo o que me disse sobre ajudar Amélia a ficar com Virgínia. Talvez eu devesse ter te escutado antes. Aquele dia que você me disse tudo o que sente eu fiquei assustada. Eu gosto de você, mas eu preciso de tempo para mim. Preciso me organizar primeiro, para poder estar inteira para você. Caso você ainda sinta o mesmo por mim. – concluiu com a voz baixa.

            “Estar inteira para você” essa parte da conversa ecoava na minha mente. Meu coração está dançando em meu peito feito rainha de bateria de escola de samba no carnaval. Ela enlaçou seus dedos nos meus.

- Isso significa que quando você estiver pronta vai me levar para um encontro? – indaguei e ela sorriu.

- Exatamente. – apertou minha mão. – Vou te dar tudo que você merece. – ficou de lado na cama, me fitando.

            A pouca luz no quarto me permitia ver parte de seu rosto. Mesmo assim sabia que ela me encarava sorrindo. Eu sentia isso. E não tinha como não ficar feliz com aquilo.

- Então temos um acordo de não ficar com ninguém até que eu esteja pronta para ficar com você. – completou. – Apesar de achar que isso vai ser uma tortura.

- Acho melhor dormimos em quartos separados. – comentei com a voz falha. Sentindo as mãos dela na minha cintura.

- Você disse que não tem mais cama nos outros quartos.

- Eu menti.

- Você mentiu para me ter na sua cama? – questionou rindo. – Eu não acredito!

- Você fingiu que queria ir embora. – dei de ombros.

- Isso foi diferente.

- Não foi não. – insisti. – Mas nós somos adultas, podemos dividir a mesma cama sem que nada aconteça.

- Fala por você. Eu estou a um passo de te beijar.

- Queria que falasse isso olhando nos meus olhos, sem toda essa escuridão.

- Posso acender a luz se quiser, e repito olhando seus lindos olhos verdes. – disse isso roçando a ponta do nariz em meu pescoço.

            Prendi minha respiração tentando manter o pouco de sanidade que me restava ainda. Engoli a saliva com dificuldade. Quando senti sua mão escorregar por minha barriga soltei o ar que prendi em meus pulmões.

- Você disse que só aconteceria quando estivesse pronta. – falei com dificuldade.

- Eu estou.

- Não, isso é apenas o álcool falando. – brinquei e ela sorriu.

- Desde quando álcool fala? – insistiu cheirando profundamente meu pescoço.

- Alice! – minha voz saiu falha.

- Oi! – respondeu sussurrando no meu ouvido.

- Se comporta. – supliquei. – Vamos fazer as coisas da forma certa, não tenho intenção de uma aventura com você.

- Ótimo, eu quero a mesma coisa que você. Me pede em namoro e a gente resolve isso. – ela sorriu.

- Não posso te pedir em namoro, você acabou de sair de um relacionamento. Vamos com calma.

- Podemos pelo menos dormir abraçadas?

- Desde que você se comporte sim, podemos.

- Não vou prometer nada. Você é linda demais, cheirosa. Minha carne é fraca. – provocou.

- Eu te expulso do quarto. – falei firme.

            Se nossa intenção era mesmo que algo acontecesse, precisávamos tomar todos os cuidados. É preciso seguir todos os passos, sem apressar as coisas. Mas apenas por saber que ela me deseja já sinto vontade de beijá-la e não parar mais.

- Tudo bem, eu me comporto. – afastou-se de mim. – Boa noite. – falou bocejando.

- Boa noite. – respondi encaixando meu corpo no dela.

            Depois de hoje sabemos bem o que sentimos uma pela outra, conversamos como adultas e sem receio nenhum. O que me fez acreditar que as coisas caminhariam para um final igual ao que eu imaginei ou quem sabe até melhor do que imaginei.

- Dorme bem meu anjo. – beijei seu rosto e ela resmungou alguma coisa que eu não consegui entender.

            Foi a primeira noite que eu dormi tão tranquila desde que me separei de Diego. Uma noite sem sonhos e de descanso. Um descanso merecido depois de uma semana corrida. Tanto para mim quando para a menina de cabelos loiros que dorme tranquila em meus braços. Não foi fácil resistir a minha vontade absurda de beijar Alice. Só que quero fazer as coisas no tempo certo e da forma certa, sem erros para ninguém sair machucado.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

A ficha caiuuuu. Será que o romance agora sai?

Amo os momentos e a conexão que as duas tem. Nem precisa do sexo para perceber o quanto elas se completam. A entrega é notória. O sentimento mais ainda.

Beijos e boa leitura.


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Comentários para 44 - Capitulo 44:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 14/10/2021

Anaconda albina kkkkk coitada da Anna.


Resposta do autor:

Essa sempre tem uma coisa um tanto cômica para comentar.

kkk

 

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 14/10/2021

Ponto pra Rebeca,ela confessou e não foi penalizada.

Não consigo gostar do casal Anna e Tália,sei que aqui dez,entre dez,torce por elas,mas eu prefiro a Iara,não sei por que.

Amélia e Letícia? Olha aí um casal improvável,mas que pode vir a ser bem provável.

A Alice e a Rebeca têm uma química muito boa,e vai ser divertido elas tentarem se conter,até o momento certo do pedido,vai ser uma prova de fogo kkk

Ainda acho que a Virgínia vai tentar melar esse relacionamento


Resposta do autor:

Essa química das duas é perfeita. Adorei escrever o momento da confissão de sentimentos.

Beijosss.

Responder

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Reny
Reny

Em: 14/10/2021

Aí que lindas!!!

Amo Rebeca e Alice juntas.

 

Posta hoje autora, por favor!


Resposta do autor:

O momento precisava ser especial e foi. E eu amei escrever.

Beijosss.

Responder

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 14/10/2021

Saindo da moita pra dizer que estou apaixonada por Alice e Becca ????.
Volta logo, se possível hj, estou ansiosa, preciso dessa história pra viver, kkk.
Bjs autora, vc é fera.
Resposta do autor:

Oiê, que bom te ter fora da moíra. e quem não se apaixonou por essas duas né? E volto sim, antes que você possa esperar. Beijos

Obrigadaaaa.

Responder

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Dolly Loca
Dolly Loca

Em: 14/10/2021

Que capítulo lindo! Muito bom ver elas amadurecendo os sentimentos para de entregarem completas em uma relação.

Bjos


Resposta do autor:

Feliz que tenha sentido a emoção delas. Amei escrever esse momento entre elas.

Beijoss

Responder

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Mille
Mille

Em: 14/10/2021

Oi autora 

Um passo de cada vez, a ficha caiu para as duas, a Alice tem que ficar inteira para a Rebeca. E lógico que o desejo falando mais alto iram com calma.

Anna encontrou sua cara metade, espero que dure por muito tempo com a Talia. 

As sogras e cunhados é só elogio para a Rebeca kkkkk Alice ficou até pensativa com as mães. 

Bjus e até o próximo capítulo


Resposta do autor:

Oi, é exatamente isso. Tudo que aconteceu foi para amadurecer o sentimento delas. Você é a primeira a gostar desse casal. kkk

Beijosss

Responder

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