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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 3

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Palavras: 4352
Acessos: 3268   |  Postado em: 14/10/2021

Capitulo 43

 

Capítulo 43º

Alice

            A segunda-feira começou corrida para mim. Era meu primeiro dia na empresa, e pelo visto já vou chegar atrasada. Graças a Anna que me fez o favor de ir sem carro hoje. Assim que cheguei no estacionamento corri para o último andar do prédio.

- Garota, vai com calma. É seu primeiro dia. – Tália comentou ao ver minha pressa.

- Odeio me atrasar, mas sua namorada me fez o favor de ir sem carro e me obrigou a ir deixa-la em casa.

- Ela me chamou de namorada? – questionou com um largo sorriso.

- Não. Mas olha...- me aproximei dela. – Anna nunca ficou tanto tempo com uma única pessoa, apesar de não ser oficial acho que vocês estão namorando. – comentei e ela riu.

- Aí está você, pensei que ia se atrasar no seu primeiro dia. – a voz de Rebeca soou atrás de nós me fazendo saltar com o susto.

- Desculpa.

- Se desculpa enquanto vamos para a sala de reunião. – comentou passando a passos largos por nós.

- Boa sorte. – Tália sussurrou enquanto caminhávamos atrás da poderosa chefona.

            Enquanto ela caminhava, observei seu cabelo. Depois os ombros, em seguida a silhueta, parando em suas nádegas. Que rebol*do era aquele? Precisava de tudo aquilo? Hoje ela vestia uma calça social na cor goiaba, com uma blusa de manga longa branca. Por cima um casaquinho sem manga.

- Disfarça pelo menos. – Tália me cutucou.

            Nesse instante Rebeca fixou seu olhar em nós duas, enquanto segurava a porta para que entrássemos. Observei todo o comportamento dela durante a reunião. Nós três erámos as únicas mulheres na sala. Mas apesar de um bode velho, que depois descobri se tratar de um irmão de Sodré, tentar de toda forma intimidar Rebeca, ela em momento nenhum se sentiu ameaçada.

- Mulheres não sabem fazer negócios.

- Meu nobre colega, acho pouco provável. Já que o senhor está sentando na sala de reunião da maior construtora do país, que só foi gerida por mulheres. – comentou com ar de riso. – Apesar de ter sido fundada por um homem. – completou.

            Tália e eu trocamos um olhar cúmplice adorando a jantada que ela deu no bode velho. Que apenas mexia no bigode asqueroso. O homem se pôs de pé, puxando as calças. Eu revirei os olhos.

- Está me dizendo que essa é sua resposta final? – insistiu.

- Sim. Estou dizendo que não temos interesse algum em participar de nenhuma obra feita pela prefeitura. Já havia dito isso ao seu irmão, mas vejo que aparentemente ele foi uma criança mimada e não sabe escutar um não. – baixaria, adorei. Por mim ela podia soltar o microfone e sair do palco, por que com certeza o show havia acabado.

- Vou marcar uma reunião com Larissa. – insistiu.

- Sr. Joaquim, a resposta continuará sendo a mesma. Não temos interesse em envolvimentos políticos. Não queremos o nome da empresa ligada ao seu irmão. Dado os possíveis acontecimentos que estão para surgir.

- Do que você está falando?

- Sabemos bem do esquema de rachadinha. Acha mesmo que não fazemos nossas próprias investigações. A gestão do Sodré está por um fio. E não temos interesse em participar de nenhum esquema de corrupção. – completou.

- Quem você pensa que é para falar assim?

- Sou uma pessoa honesta, e acredito que as donas dessa empresa também. Já que me deram carta branca para tomar essa decisão. Então, não adianta espernear, fazer birra, ou seja, lá o que vocês fazem para conseguir as coisas. Comigo não rola. Agora se me dá licença eu tenho uma agenda cheia. – o homem ficou vermelho de raiva.

            Rebeca se levantou e saiu enquanto era observada pelos demais na sala. Tália educadamente mostrou a saída para eles. Voltei para a sala de Rebeca.

- Aquilo que você fez foi incrível. – falei empolgada.

- Às vezes precisamos dizer algumas verdades na cara desses corruptos. – concluiu sem tirar os olhos do computador.

- Eu pensei que ele ia infartar de tanta raiva.

- Ele não me daria esse prazer. – completou com a sobrancelha erguida. – Você veio trabalhar ou puxar meu saco? Mas já te lembro que você é dona disso tudo, então não precisa puxar meu saco. Analisa esses documentos para mim. – apontou os papéis na ponta da mesa.

            Okay! Levei um belo balde de água fria. Não estava puxando saco dela, só fiquei surpresa com a forma que ela tratou o irmão do Sodré. Mas se ela espera que eu seja completamente profissional é isso que ela terá de mim. Adoro um desafio, e se pensa que vai contar para minhas mães que eu sou boa apenas para manter o emprego dela, ela está enganada. Vou me dedicar tanto a isso que é capaz de tomar o seu lugar.

            Fiz o que ela me pediu. Até que novamente fomos para mais uma reunião. E assim se encerrou meu primeiro dia do castigo que a minha mãe resolveu me dar por namorar alguém que ela não aprovava. Será que se eu contar que estou solteira ela vai me liberar? Foco, Alice. Não é isso que você quer. Vai mostrar a Rebeca que você é boa nisso.

            Já passava das seis horas quando Rebeca começou a desligar o computar. Só assim me toquei do avançar das horas. Olhando pela janela a já começava a escurecer. Passei a mão nos olhos que ardiam pela claridade do computador.

- Deveria fazer exame de vista. – comentou Rebeca.

- Não tenho problema na visão. – respondi.

- Nem eu, mas uso óculos de descanso. – apontou para o próprio rosto. Foi então que vi a delicada armação em sua face.

- Combina com você. – comentei. De fato, ela fica ainda mais linda de óculos.

- Obrigada. Deveria fazer o que eu disse. – pegou sua bolsa. – Nos vemos amanhã, tenha uma noite excelente. – sorriu passando por mim.

            Eu estava exausta. Agora entendia o motivo de todo o cansaço das minhas mães quando chegam em casa depois de um dia de trabalho. Assim que entrei na sala de estar dei de cara com meu irmão. Ele estava bem vestido, cheguei a pensar que ia sair.

- Olha só quem chegou, a nova executiva da família. – Arthur comentou.

- Oi, maninho. – beijei sua cabeça. – Cadê todo mundo?

- Estão se arrumando para o jantar. A mammy disse que vamos receber uma pessoa hoje.

- Em plena segunda?

- Pois é, também estranhei.

- Ela disse quem é?

- Não. Só nos mandou para o quarto se arrumar. E disse que você fizesse o mesmo quando chegasse.

- Eu estou exausta. Devia dizer que não cheguei ainda. O que me diz?

- Quinhentos reais. – esticou a mão. – Que foi? Tô precisando de dinheiro.

- Garoto, isso é um suborno muito caro. E para que você precisa de todo esse dinheiro?

- Quero dar um presente a uma menina. – comentou com ar de riso.

- Está namorando, Tutu?

- Não. Só quero agradá-la.

- Sei. – o fitei rindo e achando fofo ele todo envergonhado. – Toma aqui. – dei as notas de cem em suas mãos.

- Alice, que bom que chegou. Vai se arrumar.

            Antes que pudesse pegar meu dinheiro de volta Arthur correu escada a cima. O filho da nossa mãe me enganou. Me virei olhando a mammy.

- Nossa! Você está linda, afinal quem vem jantar aqui?

- A Rebeca, ela não comentou? – falou ajeitando o vestido.

- Não, ela não disse nada. – estranhei ainda mais aquela aproximação das duas.

- Deve ter esquecido. Agora sobe e vai se arrumar.

- Tudo bem.

            Não havia muito o que fazer, apenas aceitar o fato de que ela viria jantar conosco. Tomei um longo banho. Antes separei um vestido de tecido leve para usar. Estava secando meus cabelos quando vi o reflexo de Arthur pelo espelho.

- Veio me extorquir mais dinheiro? – ele sorriu abrindo mais a porta.

- Não. Vim te devolver o que já peguei. – esticou a mão com as notas.

            Virei para olhá-lo sem acreditar na sua decisão. Em outros tempos ele não teria remorso nenhum em ficar com aquele dinheiro.

- Não precisa.

- Sério? – indagou surpreso.

- Sério. Fica para impressionar a garota que você está apaixonado. – brinquei e ele fez um som engraçado com a boca.

- Obrigada. – agarrou minha cintura. – Ah! A mammy disse que você descesse. Nossa convidada chegou. Ela é linda. Parece que saiu de uma capa de revista. – comentou divertido.

- Eu sei que é. Avisa que já estou indo.

            Dei mais uma olhada no espelho, retocando a leve maquiagem que fiz. Assanhei um pouco mais o cabelo sorri para mim mesma e sai do quarto. Desci as escadas já escutando as vozes na sala de estar.

- Menina Alice, você está linda. – Maria comentou ao me ver.

- Obrigada, Maria. – beijei sua bochecha e fui em direção a sala.

            Rebeca estava sentada na poltrona de frente para a entrada da sala. Conversava com o Bernardo sobre algo enquanto meu irmão ria do que ela dizia. Meus passos foram escutados pelos presentes. Minhas mães viraram a cabeça na minha direção. Arthur e Bernardo olharam rapidamente, mas Rebeca, ela pareceu levantar a cabeça em câmera lenta.

            Seus olhos presos em mim, vidrados, atentos a cada movimento meu. Ela se pôs de pé, nem sei ao certo o porquê, se aquilo havia sido um movimento involuntário. Mas ela estava atônita apenas me observando. Ela usava um vestido preto, longo, com um devote discreto e alguns detalhes em dourado.

- Filha, estávamos apenas te esperando para servir o jantar.

- Espero não ter feito vocês esperarem muito. – respondi a mammy, sem conseguir tirar meus olhos de Rebeca.

- Meninos, hora de lavar as mãos. – a mamma comentou se pondo de pé.

            Aparentemente o plano delas era nos deixar sozinhas. Caminhei até nossa convidada da noite. Senti seu cheiro tão conhecido.

- É um prazer receber você aqui e servir um jantar que não seja uma tábua de frios e champanhe. – brinquei lembrando da noite da nossa disputa.

- O prazer é meu. – ela sorriu. – Você está linda. – comentou com a voz baixa.

            Foi instantâneo, bastou ouvir seu elogio para sentir minha pele arder de vergonha. Estava pronta para responder, mas ouvimos a voz de Maria avisando que o jantar havia sido servido. Dei passagem para que Rebeca fosse na frente indo logo atrás dela.

            Os lugares na mesa foram estrategicamente ocupados. E eu começava a desconfiar que as suspeitas de Virgínia talvez fossem verdade. A mammy parecia disposta a me aproximar de Rebeca.

- Obrigada. – ela agradeceu quando puxei a cadeira para que sentasse.

            Na ponta da mesa a mamma sorriu aprovando minha atitude. O jantar seguiu com conversas sobre a infância, sobre casamento, emprego, filhos e tantas outras coisas que muitas vezes nem prestei tanta atenção.

- Então foi você que arrombou a porta da Alice com o canivete? – escutei Bernardo perguntar empolgado.

- Acho que arrombar é uma palavra muito forte. Digamos que eu forcei uma entrada. – ela respondeu divertida.

- Quero aprender. – Arthur comentou.

- Não acho uma boa ideia. Posso perder meu emprego. – ela inclinou o corpo para frente como se contasse um segredo aos meninos. Minhas mães riram do gesto dela.

            Vocês têm ideia do que é as minhas mães rindo com a mulher que arrombou a porta do quarto da filha delas? Nem eu. Mas cá estou eu vendo essa cena um tanto quanto inusitada.

- Mas pode ensinar a gente a montar? A mammy disse que você sabe. – a pergunta que vale um milhão de reais é como a mammy sabe disso?

- Sim, eu sei. Inclusive preciso fazer uma amiga minha perder o medo dos coitados dos cavalos. – ela comentou me fitando. Havia sido sua cobrança da aposta.

- Aposto que sua amiga deve achar o chão mais seguro.

- Alice, um cavalo nem é tão alto assim. – Arthur completou. – Podíamos ir na sua fazenda, não é mamma?

- Calma filho, agora que a convidamos para um jantar. Ainda não é hora de cobrar o favor. – a mamma brincou e todos riram.

            Essa imagem com certeza levaria tempo para sair da minha mente. O jantar estava divertido, leve. Parecia que a presença de Rebeca naquela família já era uma coisa rotineira. Mas como boas viciadas em trabalho não demorou para o assunto surgir.

- E como foi o primeiro dia?

- Normal, eu acho. Apesar de ter adorado a Rebeca colocar o Joaquim Sodré no seu devido lugar. – minhas mães sorriram satisfeita.

- Não esperaria menos de você. – a mamma tocou o ombro dela.

- Ele ainda teve a audácia de insinuar que deveria fazer negócios com um homem. Como se o trabalho da Rebeca não fosse por merecimento e competência. – sai em sua defesa, ela me olhou de canto sorrindo.

- Acostume-se, no mercado que trabalhamos esse tipo de comentário sempre vai existir. – Rebeca comentou me olhando fixamente.

- Acostumar nada, quero é bater de frente como você fez. Aquilo foi muito corajoso da sua parte. – ela continuo sorrindo, mas dessa vez desviou o olhar em direção as minhas mães.

– Um amigo me garantiu que a qualquer momento o escândalo envolvendo o prefeito virá à tona.

- Eu acredito nisso. Sodré não é o tipo de político que é prefeito por querer mudança. Só busca encher seus bolsos com o dinheiro público.

- Como me deixou namorar com um filho de um corrupto? – comentei surpresa.

- E desde quando você namora com pessoas que nós queremos? – a mammy respondeu se referindo a Virgínia. Ainda não havia contado que tínhamos terminado. Nem mesmo Rebeca sabia, já que fiz as meninas prometerem não contar nada. E aquele dia que estive lá vim antes dela chegar em casa.

- Então. Sobre isso. Eu estou solteira. – a mammy abriu um largo sorriso.

            Mas meu intuito foi buscar a reação de Rebeca ao que eu disse. Mas sua expressão continuava a mesma, completamente indecifrável.

- Isso merece um brinde. – a mammy falou.

- Amor, nossa filha pode estar sofrendo. Não quero arriscar ter que chamar a arrombadora de portas, ouvi dizer que ela está cobrando pelo serviço. – fez piada e ninguém conseguiu ficar sério. Todos rimos.

- Eu estou bem. Não se preocupem. – afirmei.

- Viu só. – a mammy apontou para mim. – Se ela está bem, nada melhor do que celebrar. Um brinde ao novo começo da Alice. – ergueu sua taça.

            Todos nós acompanhamos seu gesto. Rebeca me olhou de soslaio, mas sem esboçar nenhuma reação. Apenas me observou atentamente e em completo silêncio.

- Já que estamos falando de celebrar, podemos falar do seu 19º aniversário que está pertinho. Quero festa.

- Isso! – os meninos falaram animados.

- Não! Esse ano não. – resmunguei.

- Como não? Ano passado você fechou uma boate inteira para levar seus convidados. Tivemos uma festa aqui para os mais íntimos, esse ano você está incluída. – a mammy explicou a Rebeca.

- Será uma honra. Mas porque não quer uma festa?

- Não sei. Só não quero algo grande.

- Podemos fazer aqui. Poucos convidados. Vou começar a planejar.

- Mamma, me ajuda aí. – supliquei.

- Sinto muito, filhota dessa vez você está sozinha. Concordo com a sua mãe. Temos muito o que comemorar.

- Temos?

 - Lógico. – a mammy completou. – Primeiro de tudo você não tem mais a Marcela como sogra.

- Isso sim é motivo para comemorar. – Arthur disse rindo.

- Okay. Já entendi. Muita coisa mudou.

- Sim. Muita coisa, inclusive você. – a mamma afirmou.

            Após comermos a sobremesa os meninos insistiram para jogar um dos nossos jogos em família. Fomos para a sala, separamos as duplas e claro que eu fiquei com Rebeca, já que todas as outras noites eu sempre sobrava.

            A primeira rodada nós acabamos ganhando. Temos uma boa sincronia, preciso admitir. A segunda rodada os meninos levaram a melhor.

- A brincadeira está ótima, mas já passa das dez. É hora de colocar os meninos na cama.  Amanhã vocês têm aula.

- Ahhhh! Só mais um pouco. – Arthur tentou a sorte.

- Nada disso mocinho, amanhã estão indo para a escola igual a zumbis. – a mamma imitou o jeito do zumbi andar. – Outro dia a Rebeca vem jantar conosco, em um sábado de preferência, aí podemos jogar até tarde.

- Você promete? – Bernardo perguntou a Rebeca, ficando em sua frente.

- Prometo. – sorriu acariciando a cabeça dele.

            Bernardo surpreendeu a nós todas e deu um abraço em Rebeca que pega de surpresa retribuiu o gesto. Bernardo não era muito fã de contatos físicos com pessoas que ele não conhece, mas seja o que for que ele viu na minha chefe o fez gostar dela.

- Boa noite. – Arthur beijou o rosto dela.

- Boa noite, carinha. – sorriu simpática.

- Vamos coloca-los na cama.

- Eu irei embora daqui a pouco, mais uma vez obrigada pelo convite.

- Nós que agradecemos a excelente companhia. – a mamma sorriu. – Até amanhã.

- Até.

            Os quatro subiram escada a cima. Rebeca e eu continuamos em pé, uma de frente para a outra. Apenas nos olhando intensamente. E meu corpo inteiro reagindo aquele olhar. O que era isso? O que isso quer dizer?

- Sente-se. – apontei o sofá.

- Acho melhor eu ir embora, já está ficando tarde. – insistiu segurando sua bolsa.

- Claro, te acompanho até lá fora.

            Caminhamos pelo jardim lado a lado. Em completo silêncio. Os únicos barulhos eram os grilos no gramado. O percurso foi feito lentamente, aparentemente nenhuma tinha a intenção de sair da companhia da outra.

- Sinto muito pelo namoro não ter dado certo. Nem notei que você estava sem aliança hoje cedo. – comentou ficando de frente para mim.

- Você mal reparou em mim. Fui te elogiar e você foi grossa comigo. – reclamei.

- Desculpa. Não tive a intenção. Mas eu já estava irritada antes daquela reunião começar. Não estava irritada com você.

- Eu sei, até por que não fiz nada para te irritar. – ela ficou em silêncio.

- Vocês terminaram quando? – parou de andar, ficando de frente para mim.

- Sexta.

- As meninas sabem?

- Sim. Fui beber na sua casa na noite que terminei. Mas você saiu para jantar com a Letícia.

- Ah! Verdade. Mas cheguei e você não estava mais lá. Por acaso dirigiu bêbada?

- Não sou irresponsável. O segurança me trouxe em segurança. – comecei a rir do que falei e ela me acompanhou.

- Tem certeza que está bem?

- Sim. Fiz o certo para mim. Nossa relação não era saudável.

- Então sem perigo algum de eu ter que vir te tirar do mausoléu?

- Nenhum perigo. Estou bem.

- Isso é bom. Muito bom. – afirmou. Houve um momento de silêncio e uma intensa troca de olhar. – Acho que é melhor eu ir. – apontou a porta.

- Tudo bem. Nos vemos amanhã. – sorri para ela.

- Sim. Nos vemos amanhã. – deu as costas e começou a caminhar em direção ao carro. – Alice. – me chamou virando-se para mim antes de entrar no carro. – Aquela aliança não combinava com você. – sorriu de canto me fazendo rir.

            Entrou no carro e partiu deixando seu rastro de perfume pelo jardim. Voltei para casa e fui me deitar. Meu corpo estava exausto do dia corrido. Foi bom para mim, já que enquanto estive ocupada não tive tempo de pensar em Virgínia. Me sinto frustrada por não ter sido como eu imaginei que seria. Fiz planos de um relacionamento saudável, e que pudesse durar mesmo com todas as possibilidades de dá tudo errado. Pensei até que o fim iria acontecer pelo fato da mammy não aprovar. Nunca passou pela minha cabeça que o motivo do nosso fim seria a própria Virgínia.

            Virei na cama tentando encontrar uma posição. Nem sei quanto tempo fiquei assim, virando de um lado a outro. Escutei meu celular e peguei o aparelho. Sorri ao ver que era Rebeca.

- Espero não ter te acordado. – comentou com um suspiro.

- Não. Ainda estava acordada.

- Só queria avisar que cheguei. – estranhei, afinal ela poderia apenas ter mandado uma mensagem.

- Que bom que chegou em segurança.

- Sim. Então... – fez uma pausa. - ... foi bom ver você mais solta hoje.

- Isso é a solteirice. – brinquei e ela riu.

- Só não vai cair na cama com duas mulheres de novo. – resmungou.

- Não vou. Preciso de tempo para mim. Não quero me envolver com ninguém agora. – comentei sincera. Ela pareceu prender a respiração.

- Você merece esse tempo. Virgínia bagunçou sua vida. Está na hora de parar e colocar cada coisa no lugar.

- Isso. Vou focar na faculdade e no trabalho. Afinal minha chefe é um pé no saco. – brinquei e ela gargalhou.

- Todos os bons chefes são. – se defendeu. – Mas só para constar, você se saiu bem hoje.

- Obrigada, é bom escutar isso de você. – houve um momento de silêncio, apenas nossas respirações ecoavam na ligação.

- Está sem conseguir dormir? – questionou.

- Sim. Meu corpo está exausto, mas o meu cérebro está a 200 km por hora.

- Se soubesse disso teria ficado com você mais tempo.

- Deveria ter me convidado para sua casa. – comentei sem pensar no que aquilo significaria.

- Deveria. – repetiu sorrindo. – Podemos ficar conversando até que você durma, o que me diz?

- Aceito.

            E assim conversamos bobagens madrugada a dentro. Acho que quando consegui dormir já era quase de manhã. Acordei descansada, mas com uma baita dor de cabeça por conta da falta de horas de sono suficientes. Me estirei na cama preguiçosamente. Peguei o celular e já era pouco mais de nove horas da manhã.

- Droga! A faculdade. – resmunguei.

            Estava sem jeito. Não adiantava ir mais aquela hora. Mandei mensagem para a Anna avisando que dormi demais e perdi a hora. Soltei o celular e fui para o banho. Depois desci para tomar café.

- Alice!! Que susto menina. – Maria reclamava enquanto eu a abraçava por trás.

- Bom dia, Marrie. – comentei.

- Bom dia. Você não deveria estar na faculdade?

- Disse bem, eu deveria. Mas perdi a hora. – dei de ombros. – O que tem de bom para comer. Acordei com uma baita fome.

- Vou preparar um café delicioso para você. – acariciou meu rosto.

- Obrigada. – sorri para ela.

            Meu celular vibrou e eu pensei que era Anna me respondendo, mas era uma mensagem de Virgínia me dizendo que estava com saudades. Suspirei ao ler. Odiava essa coisa de me sentir mal por ela estar mal, por minha culpa. Não, espera! A culpa por não estarmos juntas é dela, do ciúme, da posse que ela tem.

            Voltei minha atenção ao delicioso café que Maria fez para mim. Me senti até mais forte depois de tudo que eu comi. A mulher sorriu satisfeita ao ver que eu comi tudo que ela preparou.

            Acabei indo para o quarto e passei o resto da manhã estudando algumas coisas da faculdade. O que me distraiu pela manhã inteira e não me permitiu pensar em Virgínia. Mas logo a hora de ir para a empresa chegou, resolvi passar no Santé e levar almoço para Rebeca. Mas antes liguei para Tália.

- Oi loira, vai se atrasar de novo?

- Não, estou saindo de casa já. Me diz uma coisa, Rebeca já comeu?

- Não, ela está em reunião. Por que vai fazer uma surpresa para ela?

- Não sei se é bem uma surpresa, mas queria levar o almoço dela. Alguma ideia?

- Qualquer coisa com camarão.

- Obrigada. Chegou daqui a pouco.

            Fui até o Santé pedi nosso almoço e em seguida me dirigi até a empresa. Fiz um verdadeiro malabarismo para conseguir levar todas as sacolas. Claro que não ia deixar de levar o almoço de Tália, já que ela me ajudou.

- Então, ela está na sala? – indaguei assim que vi Tália.

- Não, ainda em reunião. Quanta comida. – comentou rindo.

- Trouxe para você também. – a entreguei. – E sobremesa.

- Só não te dou um beijo na boca por que você pode acabar se apaixonando. – brincou comigo.

- Seu sonho. – dei as costas. – Ah! Antes que eu esqueça, a mamma disse para eu avisar a você e a Anna que da próxima usem apenas os quartos.

            Notei o rosto dela corar no mesmo instante. Sabia que ela iria ficar com vergonha por saber que a mamma viu a safadeza das duas na cozinha. Entrei na sala e organizei tudo para quando Rebeca chegasse. Enquanto isso fui para minha mesa iniciar meus trabalhos.

- Nossa que cheiro delicioso. – comentou assim que entrou.

- Tomei a liberdade de comprar seu almoço. Espero que não se importe.

- Como vou me importar por você me alimentar? – brincou. – Vem, vamos comer.

            Almoçamos em um clima divertido, mas logo o trabalho nos obrigou a deixar o papo de lado. Assim completei meu segundo dia na empresa. E por mais que de início eu tenha detestado a ideia, agora estou adorando. Não só pelo trabalho em si, mas também por estar na companhia de Rebeca. Esse sem dúvida era o ponto alto do meu dia.

 

 

           

Fim do capítulo

Notas finais:

Eu sei não postei ontem. kkk

Primeiro o sono me venceu, segundo a vacina do covid me derrubou. Então vou compensar hoje.

Bom dia e boa leitura.

Depois respondo os comentários.


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Comentários para 43 - Capitulo 43:
patty-321
patty-321

Em: 20/10/2021

Acho q vou acabar me acostumando com esse casal. Virgínia, me decepcionou 


Resposta do autor:

Virgínia foi a decepção de todas aqui.

 

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 14/10/2021

Tranquilo! Essas vacinas é treva mas necessária.


Resposta do autor:

Ainda bem que foi a última dose. E completei a transformação para virar uma linda jacaroa.

kk

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 14/10/2021

E achando que a Rebeca já soubesse do término,e as futuras sogras não sendo nem um pouco sutis.

Ah,confesso que eu estou torcendo para a Ana voltar com a Iara.


Resposta do autor:

Pois é, Alice resolveu manter segredo. 

Ana e Iara???? Sério?

Beijosss

Responder

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