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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 3

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Palavras: 3835
Acessos: 2808   |  Postado em: 10/10/2021

Capitulo 36

 

Capítulo 36º

Alice

Se alguém um dia me dissesse que eu iria aceitar namorar escondido, com certeza eu iria rir da cara dessa pessoa. Afinal sempre fui muito decidida em tudo o que faço. Nunca senti aquele medo que os filhos tem de contar aos pais que estão namorando. Mesmo sabendo que a mammy iria surtar, eu fiz questão que ela soubesse quando comecei a namorar com o Matheus.

Porém, dessa vez era totalmente diferente. Não era como se eu fosse chegar com uma pessoa qualquer e apresentar para elas. Havia todo um passado envolvendo minhas mães e a Virgínia indiretamente. Por mais que eu pense em uma maneira de comunicar meu relacionamento da melhor forma parece que mais impossível fica.            

Passamos a noite inteira no apartamento de Virgínia, nem preciso dizer que metade do tempo gastamos trans*ndo. Tive que ignorar as ligações de Anna, apesar de não gostar de mentir para ela, não poderia contar que estou namorando. Ao menos por enquanto. Detesto ter que esconder algo que me deixa tão feliz. Ainda mais dela.  

O sol iluminava o quarto, e o vento sacudia as cortinas levemente. Me espreguicei na cama e meu corpo esbarrou no de Virgínia. Sorri com sua imagem e eu sentia que poderia acordar todos os dias tendo-a ao meu lado. Meu momento de admiração foi encerrado quando meu celular tocou em cima da mesinha. Na tela aparecia o nome de Rebeca.

Sai da cama com cuidado para não acordar minha namorada que dormia pesadamente. Fechei a porta do quarto e fui em direção a varanda.

- Bom dia. Caiu da cama? – brinquei.

- Bom dia, espero não ter te acordado. – preocupou-se.

- Não. Já estava acordada. Aconteceu alguma coisa?

- Não, é que estou pensando em começar a levar minhas coisas para o apartamento. Está afim de ajudar?

- Está me perguntando se quero passar o dia carregando caixas para você?

- Basicamente.

- Depende. Vai ter cerveja como pagamento no final?

- Se depender da sua amiga, com certeza. – afirmou rindo.

- Então eu topo. Para aonde devo ir?

- Para o apartamento. Comprei alguns móveis e alguém precisa recebe-los. Pode fazer isso?

- Claro. Mas preciso da chave.

- Sua digital continua na tranca. – comentou como se não fosse nada.

- Tudo bem. Vou só tomar café e depois irei. – senti mãos agarrarem minha cintura, e uma boca quente tocar a pele do meu pescoço.

- Você não vai a lugar nenhum que não seja a minha cama. – Virgínia sussurrou e eu tapei o telefone para Rebeca não ouvir nada.

- Quem é?

- Ninguém. – afirmei e Virgínia ria da minha cara de desespero.

- Você estava trans*ndo? – indagou com ar de riso.

- Daqui a pouco nos falamos. – encerrei a ligação e me virei para Virgínia. – Você disse que quer manter nosso namoro em segredo. Mas fica de gracinha enquanto estou no telefone.

- Desculpa. Não resisti te ver assim. – sorriu com malicia mordendo o lábio. – Quem era?

- Rebeca.

- O que ela queria a essa hora da manhã? – indagou afastando-se, sei que ela não gostava muito de Rebeca, mas jamais deixaria sua amizade por conta de sua implicância.

- Pedir ajuda com a mudança.

- Ela vai sair da casa da Amélia?

- Sim, eu vendi minha cobertura para ela.

- Você tem uma cobertura?

- Tinha. Mas agora é da Rebeca. – afirmei.

- Você vai passar o dia longe de mim? – fez bico.

- Não sei se o dia todo, mas vou ajuda-la. Podemos nos ver mais tarde. Sairmos para jantar, o que me diz? – beijei seu pescoço.

- Tudo bem. Eu preciso mesmo trabalhar. Ainda tenho umas coisas para organizar. – comentou enlaçando minha cintura e beijando minha boca. – Agora vamos tomar um café da manhã delicioso.

- Ótima ideia.

            Após o café me despedi de Virgínia prometendo que nos veríamos a noite. Dirigi para o novo endereço de Rebeca. Entrei na cobertura e vi que ela já havia mudado os móveis da entrada. Como ela havia dito bastou colocar meu polegar na fechadura e a porta se abriu. Tratei de abrir todas as janelas para que um pouco de luz entrasse no ambiente. Fiquei sozinha esperando os móveis por quase uma hora. Aproveitei esse tempo para estudar um pouco.

- Rebeca Cardoso? – o entregador perguntou.

- Não sou ela, mas essa é a casa dela. Pode entrar. – dei passagem e eles começaram a entrar com os móveis.

            Aos poucos a sala ficou cheia de caixas. Como eu não faço a menor ideia do que são todas aquelas coisas achei melhor pedir para que eles organizassem tudo em um dos cantos da sala. Evitando que todas as caixas ficassem espalhadas.

            Percebi o quanto estava cansada quando acordei de um cochilo ao ouvir as vozes de Anna, Rebeca e Tália. As três conversavam alto e riam de alguma coisa. Me sentei no sofá e a porta foi aberta.

- Enquanto a gente carrega caixas a senhora dorme? É isso mesmo que eu entendi? – Anna indagou com cara de poucos amigos.

- O que eu posso fazer, Deus tem seus preferidos. – provoquei.

- Aí no caso não é Deus, é a Rebeca. – Tália revidou e Rebeca ignorou o que a amiga disse.

            A mulher levou as malas que trouxe para o quarto o que me fez deduzir que eram suas roupas. Me pus de pé indo em sua direção.

- Aonde pensa que vai? Tem mais coisas nos carros lá embaixo. – Anna apontou a porta.

            Dei de ombros e descemos para buscar o restante das coisas. Tália disse que ia ficar para ajudar Rebeca. Anna entrou no elevador atrás de mim. Apertou o botão da garagem e me fitou.

- Aonde você dormiu?

- Em casa.

- Não foi não. Liguei para você e não me atendeu, então liguei para Maria e ela disse que você não estava. Saiu com quem? – indagou me encarando. – Foi a Heloísa?

- Sim. – menti, mas odiava aquilo.

            Pegamos o restante das malas e voltamos. Mas Anna não pareceu acreditar muito no que eu disse. Percebia ela me olhando com desconfiança. Respirei aliviada quando ela foi ajudar Tália a organizar seu closet. Enquanto eu ajudava Rebeca.

- Odeio mudança. – resmungou com as mãos na cintura sem saber por onde começar.

- Eu só mudei uma vez. Então não sei qual minha opinião sobre isso. – dei de ombros.

- Hoje mais cedo, eu te atrapalhei?

- Não. Havia acabado de acordar.

- Mas escutei uma voz ao fundo. Dormiu com alguém? – questionou de costas para mim.

- Sim.

- Heloísa?

- Sim. – lá estava eu mais uma vez mentindo.

            Ela pareceu acreditar no que eu disse. Terminamos de organizar as coisas já era final de tarde. Tália decidiu que precisávamos de uma cervejinha para comemorar. Animada ela nos arrastou para a parte externa da casa.

- Eu não posso beber, estou dirigindo. – recusei a garrafa que ela me estendia.

- Qualquer coisa dorme aqui. – insistiu.

- Não posso. Tenho um compromisso a noite. – falei e as três me fitaram.

- Compromisso? Isso tem cheiro de mulher. – Tália provocou. Eu apenas sorri. – Não falei.

- Ela está toda misteriosa. – Anna falou desconfiada.

- Não é nada disso. Só não precisa fazer alarde sobre. Estou deixando as coisas irem devagar.

- Ela não quer beber, mas eu sim. – Rebeca pegou a cerveja, abriu e tomou um longo gole.

- Assim que se fala.

            Me despedi das meninas quando já começava a escurecer. Rebeca me acompanhou até a porta. Enquanto esperávamos o elevador ela continuava tomando uma cerveja.

- Espero que goste daqui.

- Vou gostar. Na verdade, já estou gostando. Não tanto quanto aquelas duas. – comentou rindo do casal que dava um amasso na cadeira de sol. – Ainda bem que não vou ficar aqui segurando vela. – esperei que ela continuasse. – Vou sair com o Pedro. – comentou sorrindo.

- Que ótimo. Ele parece ser um cara bacana. Espero que se divirtam. – sorri para ela. – Bom, eu preciso ir. – falei assim que as portas do elevador se abriram. Me aproximei e beijei seu rosto. – Até mais.

- Até. Obrigada pela ajuda. – sorriu agradecida.

- Disponha. – acenei com a mão e as portas se fecharam.

            Cheguei em casa alguns minutos depois. Conversei um tempinho na cozinha com Maria até que decidi ir me arrumar. Escolhi minhas roupas antes de entrar para o banho. Me permiti relaxar na banheira sentindo a água acalmar meu corpo. Fui tirada do meu momento de calmaria pelo meu celular que tocava. Sequei as mãos e pequei o aparelho.

- Oi linda. – sorri ao ver Virgínia arrumada.

- Você ainda está assim?

- Estou terminando meu banho. Então vou me arrumar e saio de casa.

- Tudo bem. Queria mesmo era estar nessa banheira com você. – sorriu com malícia.

- Quem sabe no final da noite?

- Ótima ideia. Como foi na Rebeca?

- Normal, muita coisa para organizar. Quando sai de lá elas estavam bebendo.

- Hum.

- Isso é ciúmes? – questionei.

- Talvez. A forma que ela disse que havia dormido com você aquele dia me incomodou.

- Vai ver foi essa a intenção. – comentei entre risos. Sai da banheira e ela prendeu seus olhos nos meus seios. – Você congelou?

- Não, só fiquei hipnotizada. – sorriu para mim. – Não demora. Quero te beijar de novo.

- Pode deixar. Até daqui a pouco.

            Me arrumei em tempo recorde e dirigi até o apartamento de Virgínia. Havia avisado que estava chegando e ela me esperava na portaria. Sorriu ao me ver e caminhou em minha direção.

- Oi, amor. – beijou meus lábios assim que sentou-se.

- Oi, linda. Aonde vamos?

- Para qualquer lugar, desde que eu esteja com você. – sorriu para mim.

- Ótimo.

            Dirigi até o restaurante que Matheus já havia me levado. Como era mais distante da cidade não correríamos o risco de sermos vistas. Parei o carro no estacionamento e Virgínia me segurou tomando meus lábios em um beijo cheio de saudade.

- Quero mais beijos no final da noite. – sorri quando ela se afastou.

- Beijos e outras coisas mais. Prometo. – tocou meus lábios novamente.

            Saímos do carro e demos as mãos. Caminhando em direção ao restaurante. De dia ele era lindo, mas nada se comparava aquelas lindas luzes a noite. Algumas mesas embaixo de uma grande árvore dando um ar mais rústico.

- Esse lugar é muito romântico. – falou me olhando.

- Sim. Muito. Não fazia ideia de como era a noite. Só vim aqui de dia.

- Veio? Com quem?

- Com o Matheus quando ainda namorávamos. Foi aqui que vi a Anna com a tia Iara. Lembra?

- Ah! Lembro sim. Espero que hoje não seja uma noite de revelar nosso segredo. – se aproximou do meu ombro.

            Nesse momento já estávamos na entrada. Ao nos avistar um garçom nos levou até uma mesa vazia. Continuamos caminhando de mãos dadas o que de alguma forma incomodou algumas pessoas que cochicharam quando passamos. Revirei os olhos sem paciência alguma para gente chata e preconceituosa.

- Obrigada. – Virgínia agradeceu quando puxei a cadeira para que ela se sentasse a minha frente.

- Vão querer algo para beber?

- Você quer vinho?

- Claro. Se importa que eu beba?

- De forma alguma.

            Virgínia escolheu o vinho e fizemos nossos pedidos. Ela se empolgou falando da nova campanha que estava fazendo. Era notória a sua empolgação ao me dizer tudo. Escutá-la falar com tanta paixão ao que faz.

- E sua chefe?

- O que tem Amélia?

- Já contou que não podem mais ficar?

- Claro, meu amor. E ela entendeu, apesar de está chateada com tudo.

- Entendo. Mas esse é menos um problema. – me sorriu enlaçando seus dedos nos meus.

- Problema maior vai ser sua mãe.

- Sim, mas ela ainda não chegou de viagem. Então vou deixar para me preocupar com isso quando ela chegar. Por enquanto só quero aproveitar a sua companhia, meu amor. – sorri para, que acariciou minha mão.

            Virgínia estava sentada de costas para a entrada. E eu em sua frente. Enquanto sorriamos sobre o que eu falei, meus olhos foram para a entrada do restaurante e eu fiquei chocada ao ver Rebeca acompanhada com o tal Pedro. Tália tinha toda a razão ele era muito gato. Mantinha a mão sobre a cintura dela, enquanto procuravam uma mesa. Rebeca estava linda em um vestido longo, preto, com um vantajoso decote.

            Seus olhos percorreram o local inteiro e pararam na nossa mesa. Ela arregalou os olhos surpresa e esboçou um sorriso. Mas nesse instante Virgínia percebeu que eu me distraí.

- O que foi? – virou-se na direção que eu olhava e o sorriso de Rebeca foi aos poucos se apagando. – Pelo visto aqui não é um bom lugar para aquele que tentam manter um relacionamento em segredo. – comentou.

- Aparentemente não. – concordei.

            Nesse instante o tal Pedro chamou atenção de Rebeca indicando a direção de uma mesa vazia. Ela deu as costas e se permitiu ser guiada pelo homem.

- Ele é um partidão. É namorado dela?

- Não. É um amigo. – afirmei.

- Aquela mão na cintura não é coisa de amigo. – insistiu.

- Acho que em algum momento eles vão acabar ficando.   

            Virgínia iniciou outro assunto. Mas meus olhos estavam presos na interação na mesa de Rebeca, que aparentemente fez questão de sentar bem de frente para mim. Mantendo seu olhar preso ao meu sempre que nossos olhares se encontravam.

            Fiz um esforço enorme para não me preocupar com o esporro que vou levar dela, afinal ela me ajudou quando eu fiquei na fossa depois de Virgínia me deixar. Ou depois que eu decidi deixá-la. A cara de poucos amigos da mais velha me lembrou muito a minha mãe quando ia me colocar de castigo, já que não poderia me bater.

            Foquei no que minha namorada falava. Tentando deixar Rebeca longe dos meus olhos. Virgínia estava encantadora aquela noite. Toda carinhosa e delicada comigo. Fazendo carinhos em minhas mãos e dizendo vez ou outra o que pretendia fazer ao final da noite.

- Droga! É do trabalho, se importa que eu vá atender? – indagou com o aparelho nas mãos.

- Não. Enquanto você volta eu vou ao banheiro.

- Tudo bem. Eu já volto. – me deu um selinho e foi para a parte de fora do restaurante.

            Caminhei para o banheiro. Depois de sair da cabine dei de cara com Rebeca que me esperava com os braços cruzados.

- Se você me disser que eu estou ficando louca e que não tem nada acontecendo entre você e a garota que te deixou na merd*, eu até posso acreditar. – comentou irritada.

- Rebeca, eu não posso dizer isso. Por que seria mentira.

- Mas você mente bem. Afinal mais cedo disse que havia dormido com a Heloísa, mas aposto que estava com a fotografa. – eu fiquei em silêncio. Nada que eu pudesse falar amenizaria a chateação dela. Afinal eu menti mesmo. – Porr*, Alice! Que merd* você está fazendo? – questionou sacudindo a cabeça.

- Nós conversamos e nós acertamos. Estamos namorando.

- Namorando? Essa merd* só fica pior. – comentou incrédula. – Vai se esconder até quando? Afinal é clara a sua intenção ao trazê-la aqui. Longe de tudo e de todos.

- Mas aparentemente não o suficiente. – resmunguei. – Eu não tive intenção de mentir para nenhuma de vocês, mas concordamos que até que eu consiga contar para a mammy. Por isso não falei nada ainda.

- Sua mãe vai pirar. Tem ideia disso? Ela já detestava a Virgínia, e depois que você sofreu o pão que o diabo amassou quando ela te largou, acha mesmo que a Isabella vai confiar a filha dela a essa garota?

- Mas essa não é uma decisão dela. É minha. Não sou propriedade das minhas mães. Eu a amo. – falei.

- Você acha que a ama. Isso é apenas uma paixão que te deixa completamente cega. – afirmou.

- Não, Rebeca. Eu sei o que sinto. E eu a amo.

- Você é burra demais.

- Ei! Tudo bem você está brava comigo, mas não precisa me ofender. Está passando dos limites. – respondi com raiva. Aquela discussão já estava indo longe demais.

- Certo. Você tem razão. Melhor eu voltar para a mesa. – abriu a porta mas antes de sair completou. – E não se preocupe, sua mentira está segura comigo. – saiu batendo a porta e me deixando sozinha.

            Me senti péssima por tudo que ela disse. Ainda mais a questão da mentira. Odeio mentiras. Prefiro uma verdade que me magoe do que uma mentira que me conforte. Apertei a borda da pia, fitando minha imagem no espelho. Não tenho duvidas do que sinto em relação a Virgínia, sei que é amor. Sinto isso em cada toque, cada gesto. Em cada minuto que estamos longe uma da outra.

- Droga! – falei alto.

            Passei a mão no rosto conferindo a maquiagem e voltei para a mesa. Me sentei na mesma cadeira de antes.

- Demorou, amor. Está tudo bem? – preocupou-se.

- Sim. Só estou precisando descansar. Se importa de irmos embora?

- Não. De forma alguma. Nossa noite foi perfeita. – sorriu abertamente e eu a acompanhei.

            Depois de muito insistir acabei pagando a conta. Mas claro que ela disse que a próxima seria ela a pagar. Caminhamos para fora de mãos dadas e eu sentia olhar de Rebeca sobre nós. Virgínia fez questão de acenar para ela quando passamos perto. Coisa que eu me segurei para não rir, por saber que ela estava adorando marcar território.

- Quer dormir lá em casa? – questionou passando a mão nos meus cabelos.

- Adoraria. – sorri tocando sua mão e prendendo-a a minha.

            Nossa viagem até em casa não demorou muito. O trânsito aquela hora já era mais tranquilo. Virgínia cantava a música que tocava baixinho no som do carro. Vez ou outra ela me olhava e sorria. Eu permanecia concentrada em dirigir e tentar entender o motivo de tanta raiva que Rebeca ficou ao saber que eu estou com Virgínia.

            Apesar de imaginar que seja apenas preocupação de amiga, ao pensar que Virgínia pode terminar comigo a qualquer momento. Coisa que até Anna irá pensar quando eu contar sobre o meu namoro. Por falar nisso preciso contar a ela o quanto antes, afinal Rebeca já sabe e tenho certeza que Anna vai ficar puta comigo se for a última a saber.

- Você está bem?

- Sim. Só com um pouco de dor de cabeça.

- Quando chegarmos em casa te dou um remédio. Depois você descansa, amanhã vai está ótima. – apertou minha perna.

- Obrigada. – sorri agradecida.

            Logo que chegamos em seu apartamento Virgínia fez exatamente o que disse. Me deu o remédio e disse para que eu fosse deitar. Alguns minutos depois ela voltou para o quarto com um grande balde de pipoca.

- Acabamos de jantar. Impossível que você esteja com espaço para pipoca. – comentei assim que a avistei.

- Eu sempre tenho espaço para pipoca. – respondeu rindo. – Vou tomar um banho, podemos assistir alguma coisa depois, o que me diz?

- Eu topo, desde que possa entrar no banho com você. – falei com malícia e ela gargalhou.

- Você é uma grande tarada, sabia dona Alice? E por falar em ser tarada, quero saber que história foi aquela de trans*r com outras pessoas além de Heloísa.

- Amor, você não tinha esquecido isso?

- Lógico que não. – respondeu com as mãos na cintura. Notei que estava começando a ficar irritada. – Com quem você transou?

- Acho que o nome é Laura. – respondi tirando minhas roupas para ir para o banho.

- Acha? Como assim?

- Não lembro direito.

- Alice! Que absurdo. Como ficou com uma pessoa e não sabe nem o nome dela?

- Por que quem a conhecia era a Heloísa. – respondi de costas ligando o chuveiro.

- Espera! Você transou com uma amiga da Heloísa?

- Não. Com a ex dela. – conclui colando nossos corpos e puxando-a para de baixo do chuveiro. – Quantas perguntas. – falei roçando meu nariz no seu pescoço.

- Claro, você soltou um monstro sexual, aparentemente. – reclamou.

- Eu estava sofrendo. Segundo a Rebeca eu tentei substituir a dor com o sex*. Mas só para você saber, trocaria a noite que tive com elas por uma noite de filme ao seu lado.

- Você transou com as duas ao mesmo tempo? – notei seu tom um pouco mais alto. Ela estava com ciúmes, e eu não contive um sorriso.

- Sim. Mas não importa.

- Para mim importa. Você só me surpreende mais.

- Amor, você está com ciúmes. Foi uma coisa de uma noite. Nada demais. Igual o sex* que você fez no elevador. – lembrei da história da noite de jogos.

- Lógico que não é a mesma coisa. Eu namorava com a Charlote. – respondeu indignada.- Você só saiu comendo qualquer uma.

- O que quer eu faça? Me desculpe?

- Você acha que tem que se desculpar?

            Sacudi a cabeça percebendo que aquela era nossa primeira discussão por ciúmes. Ela de fato estava muito irritada com a situação. Mas eu não tinha culpa alguma, afinal não estávamos juntas. Não é como se eu fosse fazer a mesma coisa hoje, sendo que namoramos.

- Eu não acho que preciso me desculpar por algo que fiz quando estava sofrendo por não te ter. Assim como acho que você não precisa se desculpar por ter trans*do com a sua chefe, que por sinal continua sendo sua chefe. – ela me fitou e notei sua expressão suavizar. – A gente pode perder tempo se irritando por coisas que já foram, ou simplesmente deixar tudo lá atrás e aproveitar nosso momento juntas. – segurei sua cintura.

- Você tem razão. Me desculpa. – tocou meus lábios nos dela e logo estávamos nos amando.

            Alguns minutos depois estávamos na cama aconchegadas nos lençóis. Virgínia repousava sua cabeça em meu peito, enquanto segurava o balde de pipoca. Escolhemos um filme qualquer de comédia e acabamos ficando assim o resto da noite. E aquele momento sem dúvida foi um dos melhores da minha vida. Se isso faz parte do combo do que significa namorar com uma mulher, eu com certeza vou adorar essa nova fase.

 

           

Fim do capítulo

Notas finais:

Gente. Antes que vocês me xinguem, lembrem-se de que preciso contar a hostória com todos os detalhes. Alice precisa de um encerramento com Virgínia, antes de se decidir se gosta de Rebeca. Entãooooo leiammmm. mas sem desejar me jogar de baixo de um caminhão. kkkk

 


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Comentários para 36 - Capitulo 36:
Lea
Lea

Em: 14/01/2022

A estória está muito boa,mas meu subconsciente não consegue ver a Alice e a Virgínia juntas. Chega ser estranho. 

Mas vamos lá, são muitos capítulos e muita água para rolar!!!


Resposta do autor:

Obrigada pelo voto de confiança. kk

Principalmente por não desistir de ler.

 

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 11/10/2021

Esse sermão que a Rebeca deu em Alice,foi cheio de hipocrisia, afinal,foi a mentira dela que separou as duas,e assim abrir espaço para a Amélia.

Provavelmente ela irá curar a raiva nos braços do Pedro,mas o Pedro não é a Alice, né? Bem feito,bem feito,bem feito kkkkk


Resposta do autor:

kkk. Amo um deboche. Rebeca só ficou com ciúmes. Fazer o quê? Coração é terra que ninguém manda.

Beijosss

Responder

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preguicella
preguicella

Em: 11/10/2021

hahaha Tadinha da autora, tem leitoras muito radicais! hahaha

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