Capitulo 34
Capítulo 34º
Rebeca
Nem em meus melhores sonhos imaginei que Alice de fato iria encontrar o lugar perfeito para mim. Engoli toda a minha teoria quando me apresentou a cobertura que era dela. Foi impossível encontrar um defeito naquele lugar que parecia ter saído direto de uma capa de revistas.
Depois de longas conversas enquanto uma tempestade banhava a cidade inteira, decidi que vou comprar o imóvel. Sem dúvidas é um enorme investimento, mas compensa cada centavo que vou gastar.
Claro que ainda preciso trocar alguns móveis, mas essas são pequenos detalhes apenas para deixar o lugar mais parecido com o meu estilo. Conversar com Alice me faz parecer ter vinte anos de novo. Os assuntos fluem com mais intensidade e diversão. Menos quando ela faz algum comentário de duplo sentido. Em um desses momentos quase morro sem ar, me engasguei com o vinho que bebíamos.
Não faço a menor ideia do que me prende tanto aquela menina. Fico boba como muitas vezes ela aparenta ser mais madura do que eu. Por conta da tempestade acabamos tendo que dormir no meu futuro novo lar.
Após descer do carro de Alice, que fez questão de me deixar em casa nos despedimos e eu caminhei até a entrada. Antes de abrir a porta acabei esbarrando em Virgínia e Amélia.
- Oi, chegando agora? – Amélia me questionou com uma das sobrancelhas arqueadas. Mas vi seus olhos indo em direção ao carro de Alice.
Mesmo distante eu conseguia ver o brilho de seus olhos sumindo aos poucos ao ver que Virgínia havia dormido com minha irmã.
- Aquela é a Alice? – Amélia questionou com ar desconfiado.
- Sim. Dormimos juntas, algum problema?
Não sei se fui apenas movida pela raiva que deixei que aquela frase tivesse um duplo sentido, principalmente para Virgínia que mesmo tentando disfarçar o ar surpreso não conseguiu. Notei sua expressão mudar, mas a tonta da minha irmã nem ao menos percebeu.
- Nenhum. – me olhou de canto. – Estamos indo.
Caminharam juntas até o carro e eu entrei em casa. Passei as mãos nos cabelos tentando acreditar que Alice pudesse está bem, e que o que viu agora a pouco não tenha a abalado tanto.
- Chegando agora?
- Você também! – resmunguei.
- Eu também o quê? – indagou sem entender nada.
- Eu dormi com a Alice.
- Dormiu, dormiu? Ou apenas dormiu?
- Vai fazer diferença?
- Sim.
- Ela foi me mostrar a cobertura que será minha.
- Cobertura? Adorei a ideia. Espero que tenha um quarto para mim.
- No rumo que vai esse seu rolo com a Anna, acho que vai acabar indo morar é com ela. – respondi tirando minha roupa e separando a que vestiria para ir trabalhar. Já havia tomado banho no apartamento.
- Não! A gente está só ficando.
- Da última vez que você estava “ficando” com alguém acabou com o coração partido depois do término. Você não consegue ficar apenas no sex*. Logo se apaixonada. – dei de ombros ignorando a cara feia que ela fez em minha direção.
- Dessa vez é diferente. Mas já que estamos falando de paixão, o que está sentindo pela Alice? – foi direta e eu me assustei.
Virei as costas procurando um sapato para usar. Mas na verdade queria apenas evitar seus olhos curiosos. Já que assumindo em minha vida o papel de minha melhor amiga, me conhece melhor do eu mesma.
- Sinto que gosto de ficar perto dela. Criamos um laço desde que eu a ajudei. E só.
- Sei. E aquelas olhadas no dia que fomos para a casa dela?
- Não sei do que você está falando.
- Sabe sim, não se faz de sonsa.
- Você delirou antes ou depois dos amassos com a Anna? – provoquei tentando mudar de assunto. – Virgínia dormiu aqui?
- Sim.
- Hum.
- Alice te deixou?
- Foi, e para completar viu a Virgínia e a Amélia de mãos dadas rindo feito duas mulheres que tiveram uma ótima noite de sex*.
- Fato. – afirmou e eu a encarei. – O quê? Não é como se elas fossem muito discretas.
- Ah, porque você é, né? Principalmente quando a Anna está de ch*pando. – comentei e ela gargalhou.
- Acho sexy quando você usa essas palavras chulas. Aposto que na hora do sex* você fica bem safada. Aí! – atirei meu sapato em sua direção.
- Só para saber eu poderia ter acertado o salto na sua testa. – falei ao vê-la passar a mão em seus pés, local aonde o sapato bateu. – Agora me deixa ficar pronta. Nosso dia vai ser cheio.
Parecia que eu havia previsto todos os problemas que aquele dia havia me reservado. Inúmeras reuniões com fornecedores e até funcionários. Não tive tempo nem se almoçar. Fitei o relógio que aparecia na tela do computador. Quase duas horas da tarde, minha barriga deu sinal de que precisava ser alimentada.
- Rebeca, tem uma pessoa aí fora para te ver.
- É trabalho? Se for marca para depois, preciso ir comer alguma coisa.
- Não é trabalho, e acho que vai gostar da visita. – Tália sorriu e saiu da sala em seguida.
Fiquei curiosa imaginando quem seria a pessoa que àquela altura do dia iria me animar um pouco. Cheguei a sorrir pensando na possibilidade de ser Alice. Mas logo afastei essa ideia, principalmente por já tê-la visto na noite anterior e na manhã de hoje. A presença dela nos meus dias parecia cada vez mais constante o que tem me deixado mais leve.
- Rebeca Cardoso. – a voz ecoou na sala.
Diante de mim surgiu um lindo homem com um eterno impecável, os sapatos caros indicavam o quanto era vaidoso e materialista. Exibia um sorriso muito charmoso e galanteador.
- Pedro Félix. – abri meu sorriso, sai de trás da mesa e caminhei em sua direção.
O homem que era mais alto que eu, me envolveu em um abraço apertado, me fazendo quase sufocar. Se afastou segurando meus ombros, como se desejasse observar cada parte de mim atentamente.
- Vejo que o tempo tem sido generoso. – me sorriu.
- Para nós. Você continua um gato.
- São seus olhos. – agradeceu.
- Os cabelos brancos lhe dão um ar ainda mais charmoso. – provoquei.
- Minha mãe disse que as mulheres adoram um homem grisalho. – entrou na brincadeira. – Espero que você esteja incluída nessa parte. – começou com as cantadas.
Pedro é amigo de infância do meu ex-noivo. Os dois sempre foram inseparáveis. Por muitas vezes o homem tentou me alertar a respeito de Diego, mas nunca dei importância já que acreditava que ele na verdade era afim de mim. Desde que terminei o noivado, não havíamos nos encontrado ainda.
- Como soube onde me encontrar?
- Acha mesmo que você consegue trabalhar para a maior construtora do país e isso vai ser um segredo?
- Não. Estava indo almoçar, me acompanha?
- Deixa eu ver minha agenda. – pegou o celular. – Claro que posso, sempre tenho um tempo na minha vida para você. – sorriu acariciando meu rosto.
Detesto o quanto ele é lindo e sedutor. Aquela pinta de homem irresistível. Que sabe o charme que tem. Detesto mais ainda o quanto minhas pernas fraquejam sentindo um carinho dele. O que me fez conclui o quanto estou carente. Ele fez questão de irmos em seu carro. Ensinei o caminho para o Santé.
- Esse lugar é da irmã da sua chefe. – afirmou enquanto caminhávamos para a entrada.
- Iara?
- Quem é Iara? – indagou confuso.
- Irmã de Isabella.
- Não. Estou falando a irmã de Larissa. Andressa, a primeira filha de Linda. Não sabia dessa história?
- Isso explica porque a Alice adora vir aqui.
- A linda Alice, sempre tive vontade de vê-la pessoalmente. Só a conheço por foto, na verdade pela fofoca sobre o namorado dela. Mas me parece ser uma linda garota. – detestei a forma como ele de referiu a ela.
- Ela tem idade para ser sua filha.
- Nada disso. Temos a mesma idade, você e eu, lembra? O que significa que não somos tão velhos assim.
- Mas eu tenho menos fios brancos. – ele apenas sorriu aceitando a minha brincadeira.
Fomos acompanhados até a mesa. Fizemos nossos pedidos. Pedro sempre muito atencioso e divertido. Havia esquecido o quanto era bom está na presença dele.
- Sinto muito pelo Diego. – o clima pesou imediatamente a simples menção daquele nome.
- Você sabia?
- O quê?
- Que ele tinha aquela mulher? – afirmou em um movimento de cabeça. – Por que nunca me contou?
- Você não acreditaria em mim. E apesar de fazer tanta merd*, aquele idiota é meu melhor amigo. Sempre penso que a verdade uma hora aparece. – deu de ombros.
- Mas a verdade precisava ir bater na porta da nossa casa? – indaguei sentindo o quanto aquilo ainda me magoa.
- A mulher estava desesperada.
- Os dois estão juntos? – questionei imaginando o que seria daquele bebê.
- Não. O Diego a obrigou a tirar a criança.
- Como assim?
- Eu sinto muito. Por vocês duas. – tocou minha mão.
- Como você ainda consegue dizer que é amigo daquele canalha?
- Só existe uma coisa no mundo que faria com que eu deixe de me importar com ele.
- E o que seria? Já que cometer um crime não foi o suficiente.
- Você. – afirmou me olhando intensamente.
Não foi surpresa para mim, já que tantas outras vezes eu havia desconfiado que o real motivo que fazia com que Pedro tentasse me fazer enxergar quem era Diego, era apenas por gostar de mim.
- Vejo que não ficou surpresa.
- Não sou idiota. Sempre percebi suas intenções quando tentava me alertar a respeito de Diego. Quem dera eu tivesse te escutado antes.
- Você é uma mulher linda, inteligente, divertida e eu já falei linda? – brincou me fazendo rir.
- Sim, falou.
- Você merece coisa melhor. Diego nunca seria o homem que você merece ter ao seu lado. – tocou minha mão, deslizando seu polegar sobre minha pele.
- Mas você sim?
- Exatamente.
Escutar tudo aquilo mexeu com meu ego. Ainda mais vindo de um homem tão lindo quanto Pedro. Sorri para ele, mas fomos interrompidos pelo garçom que trouxe nossos pedidos.
Almoçamos em um clima descontraído. Não tocamos mais no nome de Diego. Meu acompanhante passou boa parte do almoço jogando todo seu charme para cima de mim. Confesso que nunca pensei nele de outra forma, já que sempre tive em mente que ele era o amigo do homem que eu amava. Mas naquele momento, nada nos impedia de tentar alguma coisa.
Após passar quase três horas em sua companhia nos despedimos prometendo que iriamos nos encontrar novamente. O homem me deixou na empresa, mal entrei em minha sala e Tália foi ao meu encontro.
- Então? – indagou curiosa.
- Foi apenas um almoço entre amigos. – falei sem dar importância.
- Beck, aquele cara pode ser tudo, menos seu amigo. Só faltou te comer com o olhar. Pareceu até alguém que eu conheço te olhando. – soltou seu veneno.
- Somos amigos, mas ele tem interesse em mim. E deixou isso bem claro. – afirmei.
- Vai rolar?
- O que criatura?
- Sexo. O que mais séria?
- Não sei. Não combinamos nada.
- Sei. – fechou os olhos com desconfiança. – Só para constar, eu não sou muito chegada a homem, mas ele é um gato.
- É sim. – externalizei meu pensamento. – Agora sai, me deixa trabalhar.
- Deixo, desde que você vá me mostrar o apartamento hoje, quando sairmos daqui.
- Tá! Agora anda. – a expulsei de dentro da sala.
Me perdi em meio aos papéis que repousavam sobre a minha mesa por todo o restante da tarde. As seis da noite dirigi até a cobertura como havia prometido.
- Caramba. A loira arrebentou a boca do balão. – Tália comentou assim que entramos na cobertura.
- Você agora que viu a sala. – reclamei dando passagem para ela.
- Olha essa piscina. – indagou surpresa. – Qual o meu quarto?
- Quem disse que tem um?
- Eu sei que tem, você é minha amiga linda. E não vive sem mim. – me agarrou a cintura.
- Não sabia que você tinha virado oxigênio. – debochei.
- Estás insuportável, sabia? Isso é falta de sex*. – gritou do corredor indo em direção aos quartos.
Fiquei no sofá esperando que ela voltasse. Minha atenção foi para a garrafa de vinho que continuava no mesmo lugar da noite anterior. Foi impossível não pensar em Alice. Ainda mais na sua proposta de me mostrar como sex* com uma mulher é bom.
- Você está com cara de apaixonada.
- Não começa. – me virei olhando-a.
- Aposto que estava pensando na Alice.
- Por que insiste em dizer que eu estou apaixonada por ela?
- Isso é óbvio. Porque você está. E quando perceber vai ver que eu sempre tive razão. – se atirou no sofá a minha frente. – Vinho? – pegou a garrafa. – A noite aqui foi bem interessante.
- Conversamos bastante, se é isso que você quer dizer.
- Me diz uma coisa, e se a Alice de fato estiver interessada em você?
- Tália, olha para mim. Tenho quase a idade das mães dela.
- E daí? Esse papo de ser mais velha não cola. Olha a sua irmã com a Virgínia por exemplo. Estão super felizes.
- Tá. Se a idade não é um problema. O fato de que eu gosto de homem pode ser um?
- Você tem o dom de destruir meus sonhos. – ficou em silêncio como se buscasse uma justificativa para o que falei. – Quando nos mudamos?
- Quero começar a trazer minhas coisas o quanto antes. Acredito que Amélia esteja precisando de privacidade.
- Com certeza.
Conversamos mais algumas horas. Decidimos então que antes de irmos para casa passaríamos para comer em algum lugar.
- Posso chamar a Anna?
- Claro. Se ela quiser. – dei de ombros entrando no carro.
- E Alice?
Minha vontade foi de responder um enorme sim. Mas sabia que Tália interpretaria minha empolgação de outra forma. No fundo só queria apenas ter certeza de que ela estava bem. Já que com o meu dia tão corrido nem ao menos tive tempo de falar com ela.
- Vou mandar mensagem. – comentei antes de sairmos.
Oi, boa noite. Estamos saindo para jantar. Tália chamou a Anna e eu não estou afim de ficar de vela. Então por favor vamos junto?
“Boa noite. Vou sim. Anna acabou de me convidar também. Até daqui a pouco.”
- Anna já havia a convidado.
- Ótimo.
Dirigi até o restaurante japonês que Tália escolheu. Esperamos pelas meninas dentro do carro, já que Anna garantiu que estavam chegando. Não demorou e o carro de Alice parou ao lado do meu. Anna foi a primeira a saltar, vindo de encontro a minha amiga. Deram um leve selinho. Alice saiu do carro por último. Ela estava ainda mais linda aquela noite. Posso jurar que cheguei a suspirar vendo-a caminhar em minha direção. Preciso descobrir o que isso tudo significa. Preciso saber o que são essas sensações que ela me causa. Mas minha maior preocupação é talvez não está preparada para a resposta.
- Olá. – ela me sorriu. Apoiando-se nas pontas dos pés para alcançar meu rosto depositando um beijo ali.
- Oi, pirralha. Quanta demora. Pensei que planejava me matar de fome. – reclamei.
- A Anna não se decidiu na roupa que deveria usar para impressionar Tália.
- Eu ouvi isso. – Anna reclamou.
- Falei para você escutar mesmo. – Alice deu de ombros.
Assim se iniciou uma discussão entre as duas. Que só foi encerrada quando entramos no restaurante. Bastou atravessarmos a porta de entrada para todos os olhares se voltarem para nós. Acho que as pessoas não estão acostumadas a ver quatro mulheres lindas saindo sozinhas.
- Me senti um E.T. - Anna sussurrou quando nos sentamos.
- Bem que você parece mesmo. – Alice concordou já caindo no riso.
- Sua filha da....
- Melhor não completar essa frase. – intervi. Para evitar que mais olhares recaíssem sobre nós.
Fizemos nossos pedidos e iniciamos um assunto qualquer. Meu celular apitou indicando uma nova mensagem. Era Pedro, agradecendo pelo almoço e perguntando quando poderíamos nos ver de novo. Sorri com sua insistência.
- Não é Rebeca? – Alice indagou, mas eu estava distraída com a mensagem.
- O quê? – perguntei confusa.
- Me deixa ver quem que tirou sua concentração assim. – Tália tomou o celular da minha mão. – Ora, ora. Se não é o senhor Pedro.
- Quem é Pedro? – Alice e Anna indagaram juntas. E eu já estava com vontade de matar Tália.
- Pedro é o melhor amigo do ex-noivo de Rebeca.
- Ah! – Alice pareceu não dar importância.
- Os dois saíram para almoçar juntos hoje. E ele já quer repetir a dose. – sorriu com malicia me entregando o celular. – Ele é um gato. Sabe aqueles caras de capa de revista?
- Sim.
- Pois ele sem dúvidas já fez campanha para Calvin Clain. Fora que ele arrasta um bonde pela Beck.
Senti meu rosto corar. Não sei se pela exposição gratuita que minha ilustre amiga estava fazendo de mim, ou se pela forma como Alice me olhava.
- Mas ele teria coragem de ficar com você? Digo, sendo o melhor amigo do seu ex? – Alice perguntou.
- Com certeza. – Tália respondeu.
- Longe de mim um amigo desses. – Anna completou com ar de riso.
Alice permanecia em silêncio, apenas observando o desenrolar do assunto. Seu ar enigmático me deixa nervosa de uma forma que dificilmente fico. Assume uma postura que desconheço. Ficando mais quieta e observadora. Enquanto prestamos atenção na conversa de Anna e Tália nossos olhares vez ou outra se cruzam.
- Passei o dia ocupada, nem tive tempo de saber se estava bem. Depois do que viu na casa de Amélia.
- Está tudo bem. Tenho que lidar com o fato de que elas estão juntas.
- Sinto muito.
- Não sinta. Afinal sua irmã está feliz. Isso deve contar. – forçou um sorriso.
- Está sim. Mas e você, está feliz? – soltou um longo suspiro.
- Estou bem, por hora é isso que importa.
Nossos pedidos chegaram e comemos em meio as hilárias histórias que Anna nos contava. O que amenizou o clima da mesa. A garota tem pouca idade, mas tanta história para contar que chega a impressionar.
- Adorei a companhia. – comentei enquanto caminhávamos para a saída.
Tália e Anna iam um pouco mais atrás.
- É sempre bom sair com você. – afirmou. – Acho que aquelas duas vão trans*r no meio da rua.
Comentou se encostando na porta de seu carro. Olhei na direção das duas e elas estavam no maior beijão.
- Não duvido. – afirmei.
- Então, vai vê-lo de novo?
- Quem?
- O tal Pedro.
- Ah! Ainda não sei. Preciso de sex* isso é fato. Mas não sei se ele é a pessoa certa para isso. Afinal gosta de mim, ao menos é o que diz.
- Seria louco se não gostasse. – sua voz saiu baixa. – Eu preciso ir fiquei de dormir como os meninos na casa da minha avó. – ela se aproximou abraçando meu corpo.
O contato demorou mais que o normal. E foi simplesmente perfeito tê-la tão próxima. Me senti como se pudesse protege-la de qualquer coisa que tentasse lhe fazer mal.
- Não vai começar a namorar antes de ir a um encontro comigo. – falou ao se soltar do meu abraço. Mas continuávamos próximas. Nossos olhares se cruzaram e eu senti meu corpo vibrar com aquela frase.
- Pode deixar. Seu lugar está reservado. – sorri e apertei levemente sua mão.
- Ótimo. – beijou meu rosto e deu a volta entrando no carro.
Logo Anna se juntou a ela. Eu continuei parada no mesmo lugar. Sem entender o que havia sido aquilo. Alice me dá uns sinais que me deixam confusa. Tenho total conhecimento de que ela ainda é apaixonada por Virgínia, mas ao mesmo tempo sei que está curtindo a vida sexual ao lado de Heloísa. Porém tem horas que posso jurar que ela tem de fato algum interesse em mim.
- Alice detestou saber do Pedro. – olhei para minha amiga quando paramos no sinal vermelho.
- Ela é apaixonada por Virgínia, está trans*ndo com a Heloísa. Aí você acha isso tudo pouco, completa dizendo que ela está interessada em mim?
- Exatamente.
- Se for esse o caso, ela tem umas formas estranhas de demonstrar interesse.
- O que você esperava? Chegou logo dando uma de super hetero. No mínimo ela deve estar com receio de fazer algo e estragar a amizade.
Concluiu como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Mesmo que esse fosse o caso, e ela tivesse de fato interesse em mim, eu não posso simplesmente deixar que as coisas aconteçam. Afinal trabalho para as mães dela. Fora que sou bem mais velha.
Chega! Chega de pensar em Alice e em todos os possíveis sinais que ela me manda. Preciso trans*r, assim vou esquecer toda essa história e terei certeza que gosto de homem e isso me basta.
Logo que entrei no quarto tratei de mandar mensagem para Pedro dizendo que poderíamos sair algum dia a noite. Claro que ele ficou empolgado com a noticia e ficamos por horas batendo papo. Mesmo conversando com ele, meu pensamento não saia de Alice. O que eu faço para deixar essa história de lado? Não faço a menor ideia, mas estou disposta a descobrir. E irei descobrir.
Fim do capítulo
Voltei. Como prometido. kkk
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Baiana
Em: 11/10/2021
Pronto! Agora são as duas senrindo ciúmes uma da outra. E claro que a Rebeca vai transar com a Pedro para tirar a prova dos nove,mas não creio que o resultado será do agrado dela...
Resposta do autor:
Quem nunca sentiu ciúmes que atire a primeira pedra. kkkk
Na verdade, Rebeca já havia deixado claro que precisava de sexo, acredito que ela uniu o desejo que tem despertado por Alice e a falta do sexo.
preguicella
Em: 10/10/2021
Ixi, Rebeca vai cair na garra desse Pedro pra se dar conta que quer Alice.
E Tália e Alice? Iara rodou?!
Bjuuuu
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