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Fronteiras por millah

Ver comentários: 2

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Palavras: 4145
Acessos: 731   |  Postado em: 08/10/2021

Capitulo 20 Sob pressão

 

Acabei seguindo meu conselho a Marga mas depois de uns bons minutos fui interrompida por Lina entrando no quarto.

--por que ninguém respeita minha porta quando ta fechada??—perguntei.

--eu só queria falar uma coisa com você, pode ser?

--quando eu terminar. Será que seria demais esperar um pouquinho?

--ui,não fica nervosinha também.eu não vou te atacar.

Me vesti no banheiro e quando sai vi Lina sentada na cadeira da minha mesa de estudos.

--adorei seu quarto.(rs) nem se compara ao meu aqui.

--então o ultimo quarto é seu?(rs)

--é claro que é! Ela diz pra todo mundo que é uma sala de tortura porque no começo eu arrebentava na cama sabe. Este sempre foi o maior problema da casa da Marga, paredes muito finas.

--como posso te ajudar?

--eu queria saber se...o que eu tive..posso ter novamente?

--eu li alguns casos que Roberta pegou sobre repetentes e são para falar a verdade, bem vagos. contudo, entendi que a maioria se contaminou novamente por voltar a conviver com pessoas que estavam entrando no estagio dois. Diferente do estagio um onde é a fase da doença onde podemos tratar antes de uma piora com a evolução temos exemplos dela em que de certa forma ela não sabe como se contaminaram. Eu não sei como se contaminou mas..

--(rs)...eu tava com a Rita. Acho que peguei dela ou com ela sei lá.—disse Lina para minha surpresa e a de Marga.

--o que estavam fazendo?—perguntei.

--o que ce acha?—o sorriso malicioso da Lina me respondiam muita coisa.

--....a Rita??!mas ela é mulher do russo.

--ela gosta de uma bucetinha de vez em quando.—respondeu ela tranquilamente.

--transou com ela??—perguntei novamente ainda surpresa. Pra mim Rita era uma mulher fiel ao russo e que Lina seria loucura demais para sua vida tão certinha.

--deveria estar preocupada com a react!—retrucou Lina.

--ela é casada!

--e o cara é um mala as vezes!

--você realmente não presta.

--eu sou uma alma livre. Dou amor a quem quer este amor.

--(rs) que papo de hippie.

--ela ainda ta lá né?

--..esta. Quando eu voltar vou conferir em que estagio e certamente vou fazer mais algumas perguntinhas a ela.

Desci com Lina na minha cola e minha barriga estava implorando por uma vitamina e uns sanduiches.

--eu queria poder ajudar também. Essa vibe greys anatomy é tudo que preciso. Você e Marga andam de um lado a outro sua mãe também não para quieta.

--Roberta queria você bem longe do posto então é obvio que seu organismo pode se contaminar novamente e com mais facilidade e a proposito seria uma droga pra mim.

--por quê? Não me diga que ficou preocupadinha comigo??

--claro que fiquei.—Marga surgiu na cozinha e já de orelhas em pé com nosso papo ela preparou novamente seu café. Ela jurava que eu não tinha percebido.

Lina era só sorrisos e seu jeito moleque conseguiu me fazer esquecer a react por um instante.

--então, já confirmou se aquilo era o que você queria?—perguntou Lina e minha nossa, esperei Marga sair para responder ela.

--(rs) depois daquele susto com minha mãe?—minha voz saiu quase muda.--Nem me lembro do que senti. Quero dizer..foi bom.eu acho.

--só bom?(rs) tenho certeza que se ela não tivesse aparecido já teria sua resposta ao invés de um talvez.

Aquela malandrinha da Lina. Ela era uma boa amiga apesar do tesão acumulado em roçar em tudo que se move. Ela me acompanhou no café da manha comendo mais uma vez enquanto que Marga calada veio e calada se foi subindo novamente.

 --o que deu nela?—perguntei achando que Lina teria respostas.

--ela não gosta que eu fale essas putarias, principalmente com você. Vai ver sua imagem de garotinha inocente deixa ela com tesão.

--deve ter sido por isso que minha mãe ficou uma fera com a gente.

--ela ficou puta porque ela sabe que eu não sou a nora perfeita.

--para garota.(rs) você sabe que aquilo foi só...

--...um test drive.eu sei.(rs) queria tanto ver sua cara quando chegar na hora de ch*par uma bucet*.

Olhei para a escadaria e com aquela risada da Lina toda debochada realmente me preocupei que Marga desceria e meteria o cacete na gente mas isso não aconteceu. Lina voltou para o vídeo game e como eu estava cansada resolvi subir para meu quarto e descansar um pouco. Cair no sono não foi problema e assim que deitei apaguei. Eu sabia que tinha que voltar para o hospital mas eu sonhei e queria não ter sonhado.

Eu estava lá olhando aquela porta por aquela vidraça e vi bem toda aquela gente tossindo, o sangue no chão e nas macas e lençóis, os gritos de dores e todos eles se levantando furiosos. Eu queria sair dali mas esbarrei em Marga nas minhas costas.

--você conseguiu Mari, levantou os mortos.

Me acordei sem folego e com meus ouvidos presos ao som agudo de um fio continuo de barulho e o pior Marga estava ali do lado da minha cama o que só me fez sentar de uma vez assustada.

 Eu não conseguia respirar e quando olhei para ela a vi com a bombinha na mão.

--me dá.—ela afastou a mão com um sorriso no rosto se deliciando me ver sem ar.—Marga..—era horrível ficar assim e depender de mais alguém para voltar a respirar. Meu corpo todo parecia pesar e tudo sem o ar em meus pulmões se tornava dolorido demais para fazer e com mais uma tentativa vi ela novamente brincar comigo.

Eu a encarei puta de raiva tentando controlar a ansiedade que estava se alojando na minha garganta e ela me entregou lentamente. Tentou ser piedosa e claro isso é sarcasmo pra mim.

Usar a bombinha foi um alivio mas odiava ficar assim e ainda mais ser vista assim.

--eu deveria dar um soco na sua cara.—falei brava.

--hm eu to tentando ao máximo tornar nossa relação em algo interessante. E realmente ficaria se tivesse coragem de me socar a cara.

--o que ta fazendo aqui?

--pensei que ia para o hospital.

--eu..tinha que descansar. E Esteban esta fazendo o histórico dos pacientes..deve demorar um pouco.

--é isso que me preocupa, o tempo. Ainda não há mortos aqui no morro e quero que continue assim.—Marga e sua seriedade sempre me deixava tensa.

--(rs) ta ai uma coisa que pensamos igual. Vai voltar comigo?—perguntei e ela me lançou um olhar rápido, parecia surpresa.

--eu tenho outras coisas para fazer e nem pense em levar Lina para ser sua baba. Se ela pegar essa merd* de novo eu..

--relaxa eu não sou idiota. Eu nem tenho porque pensar nessa hipótese.

--de você eu espero tudo.—era impressionante como seu humor mudava. Ela estava brava comigo por que agora?

--o que eu fiz agora?

--me diz você Mari. Ou melhor, não me diz.—ela parecia impaciente e já não gostei.

--mas que porr* você ta falando?—perguntei vendo ela caminhar em direção a saída do quarto.

--ta trepando com a Lina?—voltou-se ela a mim com essa loucura.

--não!!!mas que droga!—corei porque isso só queria dizer uma coisa, ela sabia de algo??

--e o que foi aquilo lá embaixo?—perguntou ela confirmando minha teoria.

--nada que te interesse!—respondi vermelha pulando da cama.

--(rs) deixa só sua mãezinha saber disso.

--eu não tenho nada com ela Marga! E nem se algum dia começasse a gostar não vejo porque você ficaria tão puta por causa disso.

--eu já falei os motivos. Então não começa com isso de novo. Não com ela!

--(rs) gosta de controlar tudo a sua volta. Da mesma forma que te deixa linda...também cansa.

Marga respirou bem fundo e saiu do quarto. Eu só sei dizer que ela se controlou bastante pra não dar na minha cara antes de ir e agora eu entendia perfeitamente porque minha mãe não queria a historia do beijo caindo nos ouvidos dela. Nunca vi uma pessoa tão ciumenta como a Marga.

Voltei para o hospital e já na porta uma multidão.

--a gente quer saber o que ta acontecendo?—perguntou um cara.

--cadê os médicos??—perguntou uma mulher.

--ó porteiro abre isso aqui!!!

As mulheres de Marga me viram chegar no portão e abriram caminho pra mim o que só causou mais indignação.

--por que ela entra e não a gente??—reclamou uma mulher agarrando o portão.

--a gente tem família ai!!—disse um cara atrás dela.

--calma pessoal eu vou ver o que ta acontecendo.—falei e a risada de deboche veio na hora.

--(rs) tu nem é medica Mari sai dai porr*!!

As mulheres me empurraram para dentro do posto e trancaram o portão colocando para longe o pessoal irritado. Só aquilo para conter aquele povo.

Entrei e diferente de ontem a noite as pessoas que esperavam não estavam aqui ontem e já no balcão de atendimento a mulher me entregou uma pagina. Era o histórico dos pacientes porem não parecia ter tanta gente quanto ontem.

Fui ate a sala de macas e da porta mesmo sentindo um deavu olhei pelo vidro e metade dos leitos estava vazios.

--eles morreram.—uma voz feminina atrás de mim me fez me endireitar quando quase me matou do coração.

Era uma medica, de cabelos negros em um rabo de cavalo e óculos fino no rosto. Tinha um jeito bem tímido ao falar comigo com as mãos dentro do jaleco e me foi um alivio não ver Marga atrás de mim. Ela deveria ter um pouco mais da minha idade.

--deve ser Mari. Quase não acreditei quando ouvi do Esteban que Marga te quer aqui para nos ajudar.

--e qual a graça?

--você não é..enfim,sou Juliana. Uma das medicas que ficou para trás. A multidão la fora quer respostas e quando descobrirem que metade da ala morreu isso aqui vai ficar uma zona.

--não podem entregar os corpos aos familiares. Eles faziam parte do estagio 2 como diz o histórico.

--eu sei,eles..foram selados e estão no necrotério la embaixo. Estamos esperando o caminhão do controle de doença chegar. O governo esta recolhendo corpos contaminados.

--mas que porr*..

--Mari.—Esteban veio as pressas e claro isto nunca era por um bom sinal.—a maioria dos médicos da equipe não vão voltar. Os desgraçados disseram que não iam se contaminar aqui de graça.

--era só o que me faltava.

--pior que aquela multidão enfurecida lá fora não sabe de nada dos mortos de hoje.

--que horas eles morreram?—perguntei diante do nervosismo dele.

--assim que vocês saíram. Tivemos que ser rápidos já que os corpos estavam vazando sangue.

--o corredor la embaixo ta uma bagunça.—completou Juliana.

--ok.podemos limpar a sala do estagio dois e cuidar dos pacientes restantes.to vendo na lista que sobraram vinte. Somente??

--morreram muitos essas horas.

--só com a gente não vai dar muito certo Mari.

--tem que dar. Os contaminados do estagio um são muitos e podemos salva-los.

--eu os organizei e separei em duas salas. A sala um são dos mais recentes e já estão medicados e a sala dois dos contaminados em dois dias. Sete passaram para o estagio dois e transferidos. Isso foi a pouco tempo.

--e quanto ao exame?

--as amostras estão no laboratório.eu deixei tudo pronto pra você.

--vai estudar a fundo esta doença? Não temos condições de parar Mari.

--temos que ter..por aquelas pessoas la fora. Ou pode preparar o rabo porque nem Marga vai nos perdoar.

Fui ao laboratório e no microscópio vi a famosa bactéria estrela da merd* que estava acontecendo. Eu poderia estar louca ou realmente tudo que estudei não estava certo do que eu via. Por muitas vezes eu via uma bactéria parasita comum de uma pneumonia, ampliando eu via traços de outra totalmente desconhecida e a que mais me preocupava, Fasciite necrosante. A bactéria dos defuntos. Não era normal uma mutação ainda mais envolvendo três tipos diferentes de bactérias e a forma como reproduzia quando misturado a uma amostra de sangue limpo era agressivo. O sangue do estagio dois com isso se tornava um perigoso agente de contaminação. O pior que já vi.

 

Na lista do estagio um eu vi o nome da hyong e no dois eu tinha a Rita e eu tinha que conferir pessoalmente.

Me equipei com uma mascara bem protegida e um macacão bem selado e a primeira sala que fui foi a dos contaminados pelo estagio um.

Todo recém chegado estavam sendo medicado e a maioria estavam aguentando firme a febre e os calafrios. Eu não sabia como aquela bactéria em mutação tão diferente de tudo que já vi poderia existir. Uma junção biológica de vários traços das piores bactérias em uma pronta para uma perfeita destruição. Isso não era coisa de deus.

Nos últimos leitos encontrei Hyong. Seu leito ainda arrumado e ela bem acomodada, tinha uma mascara no rosto e a ponta afiada de uma agulha no braço para o soro que recebia.

--pensei que demoraria um pouco mais para te ver como medica..—ela tossiu mas me estendeu a mão para me cumprimentar e quando a peguei, mesmo de luva senti sua pele fria.—mas to feliz por te ver.

--(rs) ideia da Marga..e eu não queria ficar sem fazer nada e quando soube que estava nessa não recusei.

--quem diria? Já passei por tantas merd*s e estou aqui morrendo com essa doença. Quase não sinto o ar entrar nos meus pulmões. As tonturas e a febre..

--você não vai morrer. Os remédios farão efeito.—examinei seus braços a procura de inchaços e vermelhidão mas Hyong estava de boa apesar do corpo quente e o tremor do suor frio.

--eu vi que de dois dias as pessoas que saem daqui elas não vão para casa, não quando estão piores do que eu.—ela tossiu e quase não retornou a voltar a respirar. Ela estava muito pior do que Lina.

--sabe me dizer como se contaminou?                                                                                         

--...meu amigo trabalha no cais no transporte e armazenamento de peixes. Compro peixes com ele diretamente, os melhores claro. Ele gripou graças as frias condições do armazém e ele acabou passando pra mim. Eu acho.

--ele mora aqui no morro?

--não ele..vem de seis e seis meses da coreia para o pais. Dessa vez veio com essa merd* no peito.

--ele ainda esta por aqui?

--não, voltou para a coreia antes de me ver adoecer.(rs) acho que ele surtaria se soubesse.

--ele só ficou na sua casa ou entrou em contato com mais alguém da família?

--como é?

--eu já entendi que o cara vem da coreia passa seis meses em um navio, vende o mais maravilhoso peixe para você e não fica apaixonado? Não vou te condenar ou contar para ninguém.(rs) só quero ter certeza que ninguém mais entrou em contato com ele.

--...ele passou um dia na minha casa e só. Meu pai me mataria só ouvindo isso..ele ainda pensa em um casamento arranjado com um tal joalheiro da coreia.

--então vamos lutar né?vou adorar ir ao casamento.(rs)

--(rs)—ela riu mas a tosse estava acabando com nosso momento.

 Cada vez mais que eu ouvia sobre a react e suas contaminações mais eu tinha certeza de que a doença já estava por ai escondida, a espera apenas do individuo certo para contagiar mais rápido e depois de conferir os outros pacientes do estagio um vi que depois da medicação a calmaria daquela sala era mais sentida.

Saindo de lá e voltando ao corredor ouvi os barulhos do lado de fora do posto e das vozes alteradas das mulheres de Marga mandando todos dispersar e nessas horas eu só me perguntava onde ela estava.

--eu comuniquei a eles sobre os mortos. Entreguei uma lista la fora mas eles estão indignados. Estão culpando os médicos.—Esteban permanecia nervoso com a revolta acontecendo nos portões e com isso tive que me controlar para esquece-los.

--deixa eles descobrirem que não poderão ver os corpos.

--o caminhão chegará as dez. seria melhor chamar Marga.

--esquece isso. Agora me responde, você analisou o sangue dos contaminados do estagio dois?

--....recomendaram não fazer exames Mari. O que fiz a você foi uma exceção.—eu achei estranho o que ele me disse, pois em uma crise daquelas como ele se permitiria a aceitar também?

--quem recomendou?—perguntei ate receosa.

--o controle de doenças. O risco..

--o sangue do estagio dois é um agente contaminante de grau máximo. Ele não só contamina o individuo como também se espalha rapidamente as bactérias na corrente sanguínea quando entra em contato com outro individuo. O que me faz pensar que o estagio um foi um erro no trajeto.

--como assim?

--o estagio um é composto de pessoas contaminadas indiretamente. Sexo, compartilhamento de itens pessoais e ate pelas fezes devido a precariedade de alguns casos. Mas para a doença é uma maneira fraca de contaminação. Com a medicação indicada ela é parada mas então porque no estagio dois a uma piora com o tempo? Porque não é apenas uma bactéria viral. É parasita também. Ela estava passando por mutações utilizando os nutrientes do corpo. Principalmente o sangue. Como os pulmões estão sendo os alvos é obvio que a bactéria já achou um lugar para se alojar.

--posso fazer alguns exames de raio x dos contaminados do estagio dois se quiser.

--faça. Quero examinar os corpos deles também. Se realmente constar feridas e vermelhidão devido aos traços da bactéria da fasciite na pele teremos que higieniza-los. Nos casos mais graves..

--uma cirurgia. Tome cuidado Mari.

--me preocupa saber que o controle de doenças anda dando ordens sobre os exames nos pacientes.

--o que esta insinuando? Eu já expliquei que o risco para eles não valia a pena. Os pacientes do estagio dois foram cuidados integralmente pela doutora Roberta. Eles são instáveis e ela sabia exatamente o que fazer com eles e ate sua saída ninguém tinha morrido.

--foi apenas uma teoria boba minha. Não se preocupe.

--Acha que o governo e o controle de doenças criaria algo mortal assim?(rs) sabe o que eu ouvi uma vez de um infectado do estagio dois? Que a morte seria muito melhor do que sentir tudo morrendo dentro dele.

Todos estavam com os nervos a flor da pele temendo morrer a qualquer instante. Eu não queria este terror nem para meu maior inimigo e nem que ele estivesse naquela sala dos contaminados do estagio dois.

Parecia uma praga, um cenário de uma guerra onde os lençóis sujos de sangue, o cheiro horroroso que passava pela mascara, os tanques de oxigênio que combinados as maquinas que apitavam tentavam esconder os gemidos de dor e tosses, e tentar dar um alivio para eles parecia por um momento apenas um prolongador daquele sofrimento. Eu precisava me concentrar e esquecer as palavras da minha mãe sobre minha asma. Eu não podia ficar com medo de me contaminar e essas mesmas palavras que tanto me assustaram e fazia que minhas pernas ficassem ansiosas para voltar e sair daquela sala também me faziam permanecer no lugar e andando a frente para o centro daqueles leitos. Ate Rita vomitando em um balde ao lado da cama.

--fala..eu to horrível né?—ela tossiu e pegando um lenço cobriu a boca e foi impossível esconder o sangue que manchou o tecido.

--como ficou assim?

--(rs)..como posso dizer. A porr* de um cachorro me mordeu.—aquilo foi uma surpresa e me confundiu toda.

--o que?

--meu tornozelo..—ela falou não alcançando e tive que ajuda-la com o lençol e quando ergui vi seu tornozelo. Estava enfaixado mas sua perna estava cheia de feridas, algumas ainda vermelhas e inchadas mas outras tinha uma cor peculiarmente escura.—coça muito..—revelou ela inquieta.

--um cachorro te mordeu e você..começou a se sentir mal?

--eu fui com o Russo buscar um estoque no centro e esse merdinha estava lá no beco que estacionamos e quando entrei no furgão ele pegou meu tornozelo. Russo deu um chute no desgraçado e ele nem parecia que tinha sentido mas dai já tínhamos entrado no carro..—cuspindo sangue no balde Rita tossiu mais uma vez engasgada e esperei.—a febre, a falta de ar..vieram com tudo me ferrando. As vezes não consigo ficar acordada ate sentir  falta de ar e acordar.

--se encontrou com Lina antes ou depois da mordida?—eu tinha que perguntar e ela não escondeu o sorriso no canto da boca.

--(rs) a desgraçada contou pra você?

--fiquei curiosa.

--aquela safada...fui a farmácia e ela..sabe como fazer alguém aceitar uma rapidinha. No dia eu tava de boa e só preocupada com a mordida.

--ela ficou doente se quer saber. Só não entendo porque a doença demorou tanto para se manifestar no seu corpo..

--antibióticos doutora.eu tomei tudo que podia.(rs) isso soa tão estranho..você uma doutora.

--você foi contaminada por um cachorro. Não tinha visto nada assim ainda. Como foi os primeiros dias?

--os remédios eram frequentes e diminuíam a dor e ate melhorou por um tempo..cadê os outros médicos?

--não se preocupe com isso. Continua.

--é que eu não vi mais ninguém desde ontem...o que foi? Estão com medo da gente?—eu não poderia simplesmente falar sobre nossa mais nova crise de médicos e Rita com certeza se exaltaria.

--tem poucos funcionários. E essas feridas precisam de uma limpeza. Acho que a contaminação da react por meio de um animal deve ser diferente..

Anotei isto na minha prancheta e Rita me olhou de uma forma que só Marga havia me encarado.

--que merd* é essa?!—ela tentou pegar a prancheta e por pouco quase conseguiu.

--o que?—tive que me afastar um pouco para ela não ver nada.

--ta anotando o quê que não pode me dizer?!—Rita estava desconfiada mas de forma alguma eu poderia preocupa-la.

--só algumas observações.

--então fala pra mim!é minha vida né que ta em jogo.—retrucou ela irritada.

--com os antibióticos você deve ter prolongado o tempo de resistência diante da contaminação. Eu não sei como funciona a react em animais e eu não quero te assustar sem antes ver resultados. Vou pedir ao Esteban um raio x seu também.

--mas que merd*..cadê o resto das pessoas que estavam comigo?—ela olhou em volta e percebeu alguns leitos vazios e parecia bem ofegante. Ela não tinha percebido?

--...elas morreram Rita.—temi informa-la disso mas Rita estava ficando desorientada..

....como? Eles estavam todos vivos bem aqui. Alguns estavam bem!—ela começou a se exaltar e eu sabia que tinha feito merd* falando aquilo.

--eu quero que descanse.

--não, eles estavam vivos!!

--Esteban e eu vamos preparar uma nova medicação. Vou ter que estudar seu caso mais a fundo.um cachorro né.

--some daqui Mari. Você ta me zoando?!eles estavam vivos droga!!—ela estava ficando furiosa e bem perto de ter uma crise.

--não estou te zoando Rita, a contaminação no estagio dois é muito mais perigosa.

--eu sinto no seu tom!ta ficando igual a Marga!

Ela tava delirando e com uma nova crise de tosses eu tentei ajuda-la a virar mas ela bateu na minha mão e me afastou. Ela tava puta comigo não sei porque.

--só estou tentando ajudar.

--vai se foder!!—gritou ela e sua voz ecoou na sala.

Deixei a sala e assim que sai vi Esteban e Juliana correndo para o portão.

--o que foi?

--é o caminhão, ele chegou.

--não!!—falei e os dois pararam seus passos.—Esteban poderia me levar no necrotério?

Ele olhou para Juliana surpreso, mas acenou.

Descemos os três ao necrotério e a sala de corpos estava cheia, todos devidamente ensacados.

--o que vai fazer?—perguntou ele curioso me vendo examinar aquela bagunça.

--Rita disse que eles estavam bem antes de morrer..

--e ela também vive dormindo. Como pode ter percebido alguma mudança??—disse Juliana um pouco inquieta com os corpos ensacados.

--..eu quero um raio x de uma deles também.—falei e vi Esteban abrir bem os olhos.

--o que???isso é loucura!—retrucou ele.

--temos que ser rápidos. Antes que o controle de doença entre.

--mas eles já estão aqui!—temeu Juliana com a ideia.

--então rápido, separa um deles.

--o que??sabe que não podemos manter eles aqui né?

--Esteban me ajuda porr*!e Juliana vai la fora e ajuda os caras do controle a entrar e levar estes.

Levamos o corpo de um dos mortos para a sala de raio x e os barulhos vindos da entrada estavam me irritando.

--eu não sei o que pretende com isso.

--é só um tira duvidas e espero que estes sejam os únicos contaminados aqui do morro. Você cuida do raio x?

--claro, sei que esta doida pra ver a bagunça la fora.

Retirei o macacão e a mascara devidamente e depois de me higienizar segui rumo ao portão onde a muvuca estava feita.

--o que eles estão fazendo??—perguntou uma mulher no portão observando a leva dos corpos.

--pra onde vão levar os corpos??—perguntou outra temerosa.

--pessoal, não podemos manter os corpos aqui.—Juliana falou e mais uma onda de indignação.

A multidão começou a cercar o caminhão e estavam revoltados e a cada corpo levado o choro e a raiva tomavam de conta deles, algo que nem mesmo as mulheres de Marga souberam controlar.

--a gente quer enterrar os nossos!—gritou um.

--o que fizeram com eles??!!—perguntou uma mulher na multidão.

De repente um tiro para o alto e um silencio esmagador. Marga chegou.

Fim do capítulo

Notas finais:

Gente esse capitulo só mostrou como Mari esta empenhada em descobrir uma forma de salvar as pessoas contaminadas. ela ta se colocando em risco pra socorrer a todos e resolver esse grande misterio da Roberta e seu diario.

enfim digam ai nos comentários o que estão achando da historia.


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Comentários para 20 - Capitulo 20 Sob pressão:
Lea
Lea

Em: 20/05/2022

Marga está querendo mãe e filha?? Isso está tão estranho quanto essa nova doença!

O ser humano é um bicho hipócrita,a Rita falando merda de um lado e do outro pegando a Lina!

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 09/10/2021

Estranho né!

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