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Fronteiras por millah

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Palavras: 3338
Acessos: 796   |  Postado em: 03/10/2021

Capitulo 19 O diario

 

--sua mãe nunca foi muito caridosa.

--ninguém desse morro foi com a gente.

--eu fui. Agora como quer começar?

--temos que saber como anda a movimentação do posto.

--podemos ir agora.

--...claro..—Marga estava ansiosa e ate escondia o sorrisinho para minha surpresa.

Enquanto pegava minha jaqueta ela já tinha se dirigido a porta. Ela estava mesmo interessada em começar a combater aquela doença no morro. Quase me animei mas em nossa descida rumo ao posto tudo que ouvíamos era nossos passos na rua escura.

--o que foi?—perguntou ela estranhando meu sorriso no rosto.

--(rs) é um lado seu que..eu não estou acostumada a ver. É estranho. Você ta interessada em algo pra valer.

--eu sempre me preocupei com o morro. Ate demais diria sua mãe..fazer o que? É tudo que tenho. É o meu império. E um império a minha altura é um império livre dessa praga.

--você não faz isso por você..ou faz? É final de domingo e estamos indo verificar um posto cheio de doentes para saber o grau de contaminados aqui no morro. Se preocupa mesmo com as pessoas que moram aqui.—eu não aguentava, tive que dizer aquilo com um bom sorriso no rosto enquanto que ela tentava disfarçar emburrando a cara.

--...o morro da prata é o que é hoje por minha causa. Helena conheceu bem o inferno que era isto antes da minha chegada.

--(rs) minha mãe me contou que você vinha ao morro só por causa dela.

--sua mãe não sabe de porr* nenhuma...(rs) por causa dela.—ela riu retirando do bolso do moletom um cigarro da carteira e claro eu peguei o cigarro antes que ela acendesse e o joguei bem longe.—mas que..o que ta fazendo?

--vamos entrar no posto. Não se pode fumar lá.

Entrar no posto me deu uma boa ideia do que íamos tratar. A sala de espera estava lotada. Tinha velhos quase desmaiando e crianças chorando e uma bagunça que quase me fizeram perder Marga de vista quando virei.

Fomos ate o balcão e a atendente estava preocupada demais com o cadastramento de pacientes que cagou pra mim quando chamei.

--oh filha da puta.—Marga falou e ela quando virou a nós engoliu seco diante da dona do morro.

--o que querem?—perguntou ela curiosa.

--quero saber quantas pessoas deram entrada com a react.

Ela voltou sua atenção ao pc no balcão e me virou a tela e os números já passavam das dezenas.

--um terço deu entrada na segunda. Outros na quarta e hoje mais alguns. Os sintomas se repetem e são idênticos a de uma virose quase pneumônica. Estamos tratando todos com antibióticos.—respondeu ela rapidamente tentando voltar aos seus afazeres.

--já tiveram melhoras?—perguntei e ela enrugou a cara.

--mas por que dessas perguntas?

--esta olhando para sua mais nova chefe cacete.—disse Marga e a atendente olhou pra mim e voltou a olhar para Marga na esperança de ser brincadeira.

--ela?(rs) Marga..essa garota?

--é porr*, você é cega? Como a alecrim dourado desta merd* pulou fora do barquinho Mari vai ocupar a vaga da Roberta.

--eu acho que os outros médicos não vão gostar Marga.

--quem tem que gostar aqui sou eu.

Enquanto Marga batia boca com a atendente resolvi entrar pelo corredor ate alcançar as salas de consulta e atendimento. As salas com macas estavam lotadas vistas pelo vidro da porta e era assustador pensar que tudo parecia uma grande pandemia.

--hey você não pode ficar aqui? Vai se contaminar.—disse um medico vindo todo coberto de uma capa protetora e mascara.

--impossível..eu cuidei da Lina antes dela vir pra cá e não peguei absolutamente nada.—respondi e ele me olhou confuso.

--como sabe disso?—perguntou ele curioso.

--depois de tantas tosses eu ainda estou aqui intacta. Acho que estamos seguros. Não é contagioso pelo ar eu acho..

--(rs) típico estagio um. Espere pelo sangue e podemos começar a conversar. Com certeza vai temer quando ver o estrago.

--tosse e sangue?—isso me assustou.

Ele retirou sua mascara e respirou ate um pouco cansado pela mascara abafada que marcava seu rosto e apesar de um pouco confuso com minha presença ali e antes que ele falasse mais alguma coisa Marga apareceu.

--ah você ta ai.aquela puta tava implorando por um socão.—disse ela se aproximando de nós com um sorriso safado no rosto.

--você não deu né?—perguntei.

--claro que não. Ela chorou antes. Boa noite doutor. Já temos resultados positivos por aqui?

--...alguns mas não como eu queria. Tem casos se agravando rápido demais e depois que Roberta saiu o posto virou uma bagunça. Os remédios que ela passava estão em falta e alguns genéricos parecidos não são tão aceitos pelos pacientes.

--(rs) ainda bem que temos nossa substituta.—disse Marga toda animadinha me segurando pelos ombros.

--essa garota?—perguntou ele e isso estava me irritando.cadê minha credibilidade?

--Mari. Prazer.—respondi.

--(rs) desculpa Marga mas eu aceito muita coisa e se essa é mais uma brincadeira..

--não doutor, Mari vai me manter informada sobre a React aqui no posto. E se achou ruim minha escolha acho bom dizer logo porque não quero problemas mais tarde.

--claro que não..

--que ótimo.

--Roberta estava estudando a react?ela medicou Lina e no outro dia ela estava melhor.—falei e o doutor pensou.

--a maioria dos casos registrados no começo da semana pertenciam ao estagio um, Roberta considerou dois estágios e seu estudo parou já que ela teve a brilhante ideia de abandonar o posto.—dava pra ver na cara do doutor que isso não o agradou.

--o maridão morreu.—respondeu Marga com nenhuma sensibilidade.--Você queria o que? Essa doença ta virando uma dor de cabeça pra todo mundo.

-- de react?

--sim.

--ela não disse nada a respeito dos seus estudos..sendo assim temos um sério problema. Muitos pacientes já não estão no primeiro estagio..vem comigo.na sala dela você pode encontrar mais informações.

--então quer dizer que esse outro estagio é mais perigoso?—perguntei enquanto caminhávamos ate a sala de Roberta.

--nem se compara então não entrem nas salas de macas sem proteção.—disse ele seriamente e isso me fez pensar em quanto a situação estava séria.

--eu nem penso em entrar ali.—disse Marga lançando olhares para as portas.

--a proposito meu nome é Esteban. Medico cirúrgico.—ele apertou minha mão e o velho me pareceu bem confiável.

Esteban nos guiou ate a antiga sala de Roberta e assim que entramos percebi que ainda tinha algumas coisas que pertenciam a Roberta e ela sequer fez questão de vir buscar. Os certificados ainda estavam pendurados na parede, os caros livros de medicina ainda estavam na estante alta.

--fiquem a vontade. Tenho que cuidar de alguns pacientes. Amanhã vai conhecer toda a equipe.

--ela não precisa conhecer ninguém, só fazer o trabalho dela.—respondeu Marga amargamente mas Esteban deu de ombros.

Esteban fechou a porta e Marga sentou na cadeira da Roberta e já de imediato reclinou e colocou as botas sobre a mesa. Que folgada.

--olha só, ela deixou o jaleco.(rs) coloca.—puxando do cabide ela jogou pra mim.

Vestir aquilo ainda mais nessa situação parecia deboche demais. Eu,a porr* de uma estudante querer ter direito de vestir um jaleco da Roberta como se isso fosse confirmar de vez que eu era medica.

--eu não vou vestir isso.

--ué,não era seu sonho ser medica? Já tem tudo pra isso.(rs)

--você viu aquela sala cheia de macas? Tem sangue no chão por todos os lados.—não escondi minha preocupação e Marga logo bufou.

--Mari, já superou isso lembra?

--quando Lina ficou doente eles consideraram estagio um por isso não nos contaminamos mas me interessa muito saber como ela pegou esse troço.

--isso é o menor dos seus problemas agora. Eu não quero que só estude essa merd* de doença. Eu quero uma solução.—ela só faltava mandar em mim e tive que soltar um breve riso.

--(rs) tava bom demais pra ser verdade ein. Ta achando que eu sou o que?Alexander Fleming??que vou descobrir como fazer esse povo todo levantar como ele fez quando descobriu a penicilina??

--acho bom você ser melhor do que ele. Porque se ta achando que meu morro vai virar bagunça pode começar a levantar ate os mortos.—disse ela já abrindo as gavetas do mesão e encontrando um caderno. Lógico que ela tinha que xeretar e folheando as paginas ela sorriu.—parece que a doutora Roberta deixou seu diário.—ela jogou sobre a mesa e pegando ele vi que era um diário de rotina e do seu estudo sobre a react.

Tinha tantas paginas e relatórios de consultas que eu passaria a noite toda lendo.

--ela fez relatórios sobre os casos de react.do estagio um e dois.—falei a Marga vendo tudo aquilo escrito e datado.

--então já tem sua tarefa de casa Mari.

--eu não vou voltar,eu quero ler.—falei curiosa e Marga ate parou de sorrir.

--ta falando sério?

--tô.se quiser pode ir.

Me sentei na cadeira do paciente em frente ao mesão para ler o diário e aquilo já tava me enchendo de curiosidade. Já Marga me encarou desacreditada, mas também não moveu um musculo para sair. Ela ficou lá me encarando mas depois de uns minutos comigo lendo ela preferiu o celular. Acho que ela cansou, o que me deixou me concentrar mais na minha leitura.

“ Começo de semana e já tenho um enigma em mãos. Uma gripe que deixou de ser gripe e virou uma tuberculose em horas. Os sintomas batem mas sua evolução me preocupa. Nunca vi nada assim. Receitei o medicamento padrão para tuberculose rifampicina e isoniazida e espero que os antibióticos resolvam o caso desta mulher.”

“novamente mais um caso, desta vez com uma reclamação. O paciente relata ter contraído por meio de uma relação com uma garota de programa. Apesar dele estar terrivelmente furioso achando que esta com aids eu já acho loucura ele esta vivo com os pulmões tão carregados. Quanta tosse. Vejo os mesmos sintomas estranhos de alguns dias atrás. A febre esta aumentando e nem isso ele deixa de reclamar. Vômitos e tontura me fizeram tomar a decisão de interna-lo e amarra-lo numa maca. Somente assim para ele se acalmar e parar de surtar.”

“hoje tenho mais cinco pacientes que do mesmo modo estão queimando em febre e percebi que essa tuberculose realmente esconde algo por trás de tantas tosses. Tratada corretamente os pacientes relatam melhora de um dia para o outro. Todos dizem que tiveram contato com pessoas gripadas mas gripe nenhuma não agiria tão rápida no corpo humano. Que porr* de bactéria é essa??”

“eu deveria adivinhar, quando liguei para a reserva eles só me disseram, continue o que esta fazendo e se tiver resultados positivos nos avise. Ninguém liga para gente pobre mesmo.”

“tive que isolar uma sala para estes pacientes. Os remédios não estão fazendo efeito como antes agora a demora no atendimento também é um problema então estamos fodidos.”

“realmente o tratamento só funciona no inicio. Depois disso é só um prolongamento na agonia.eu to cansada de ver esse povo sofrer e não poder fazer nada. Eles não podem voltar para casa agora.”

“estagio um, contaminados indiretamente por meio de contato intimo, saliva e sangue devem ser tratados com medicamentos no inicio do contagio. Isto no mesmo dia do surgimento dos sintomas. Fora isso fica complicado parar a doença.”

“Nunca vi Lina tão acabada como agora e olha que ela é forte na queda. Sem sombra de duvidas é a react no seu estagio um e espero estar certa se não Marga me mata.”

“Lina veio me agradecer e quase tirei ela daqui a pontapés. eu queria muito ficar feliz mas já vi tanta gente voltar que eu só queria ela o mais longe possível daqui. Tenho que contar isso a reserva.”

“que ótimo, parece que deixar o publico geral na ignorância é mais relevante do que informação. Então boca fechada não entra formiga.”

Aquele diário estava cheio de informação e certamente amanha minha cabeça ia estar virada mas ver que Roberta tinha ideia do que era a react se manifestando aqui no morro e ter guardado isso para ela me faz pensar no que mais ela escondia.

--o que foi?—perguntou Marga e tive que olhar pra ela saindo daqueles pensamentos cheios de teorias.

--hm?

--você fez uma cara estranha.

--a Roberta vem cuidando desta doença desde o começo do mês.

--estamos quase no fim do mês gata. Como ela esconderia uma doença dessas? tão perigosa?

--...é o estagio um. Se parece com uma gripe e evolui para tuberculose em horas. Ela ainda conseguia tratar a react com os medicamentos indicados para pneumonia e funcionava. O que só indica que o que combatemos é uma bactéria em período de mutação. Por que se existe um estagio dois é porque deu tudo errado. E tem tanta coisa ainda para ler..

--vai mesmo ler tudo isso ainda hoje?

--vou.

--(rs)—Marga parecia desacreditada com aquele sorrisinho.

--eu já falei, se quiser ir pode ir. Eu vou ficar bem.

--eu vou ficar caralh*.

--por quê? Parece que quer dormir.

--ai Mari,(rs) você realmente não me conhece.

Eu só sei que as horas passavam lentas demais dentro daquele consultório para o tanto de casos estranhos que eu lia. Marga já tinha deixado a cadeira e sonolenta se deitou na maca ao lado e ela mais se parecia um cão de guarda no meu pé. Quando eu pensava que dormia estava ali me lançando um olhar atento a cada movimento meu mas outra hora ela estava ali cochilando. Estava tirando meu foco. Talvez o pouco de receio da minha mãe e seu falatório a fizera ficar e pelo menos, por agora me deu confiança do que eu iria fazer.

Marga acordou com um susto do despertador do relógio apitando e claro meu maravilhoso café foi um bom acompanhamento para o fim daquele diário.

--bom dia.—Marga olhou pra mim desconfiada e realmente eu nem tinha dormido.

--ficou acordada a noite toda?—perguntou ela sonolenta se sentando.

--eu terminei o diário. Foi assustadoramente interessante. O estagio um é algo controlável mas o estagio dois..

--para com essa merd* de doutora.vamo pra casa.

--mas..

--aprendeu sobre a react?

--sim mas..

--depois.—ela pulou da maca e veio ate mim me puxando para fora do consultório.

--Marga,eu preciso fazer alguns testes.

--eu to morrendo de fome. Sua mãe vai matar a gente então quero estar de bucho cheio antes.

Na saída encontramos Esteban que estava chegando para mais um dia de trabalho.

--ficaram a noite toda?—ate ele estava surpreso por nos ver ainda ali.

--como adivinhou?—retrucou Marga cheia de ironia no sorriso ao velho mas eu tive que parar para falar com ele.

--Esteban,eu li o diário de anotações da Roberta e o estagio um deve ser tratado com urgência. Faça históricos dos pacientes contendo o dia que foram contaminados e atenda os mais recentes. Aos que passaram de um a dois dias de contagio quero testar uma dosagem maior e também separa-los dos novos contaminados. Dependendo de como estão seus sintomas, havendo febre de mais de trinta e nove graus e tosse com sangue mesmo a mínima que seja eles já devem ser tratados como estagio dois. Devem ficar separados. Tenho que fazer alguns exames de sangue também.—ele tinha uma surpresa estampada na cara e Marga também quando parou de me puxar pela camisa. Eu ativei meu modo doutora e espantei os dois.

--certo.—disse ele apenas.

--tem que ser do estagio dois para ser exata.—ressaltei.

--eu entendi Mari é que..Roberta apenas isolou os pacientes do estagio dois e..já tive dois médicos internados naquela mesma sala por causa deles..

--eu sei, os medicamentos não funcionam. Temos que procurar outro método para ajuda-los.

Ele pensou e acenou com a cabeça ainda distante com tudo que falei.

--posso fazer a retirada para você contanto que tome cuidado quando for examinar.

--ok..

--...(rs) uma noite e você..entendeu tudo..

--te vejo mais tarde.

Ele entrou e Marga me puxou mais uma vez me fazendo caminhar junto dela com seu braço sobre meus ombros.

--que merd* é essa? O estagio dois é tão contagioso assim? Por que a doutora Roberta só isolou essas pessoas?

--porque não há nada pra fazer.—falei e ela me apertou com seu braço. Logico que não foi uma resposta valida para ela.—ainda.—pontuei.--por isso preciso do sangue. Tenho que entender qual a velocidade dessa doença. Ver o que ela pode causar no corpo se atingir o ápice.

--então precisa de uma cobaia.

--não.eu falei se.

--mas é. Ou vai arriscar a vida de cada uma delas, com suas historias, famílias??é um peso muito grande para carregar. Você sabe disso né?

--Marga,o que já ta pensando em fazer??

--(rs) me deixa escolher o sujeito certo..você vai adorar.

--Marga..

--Mari!!

Virei meu olhar para a rua e vi minha mãe descendo furiosa.

--tinha que ser. Quando falou que ia cuidar do posto não pensei que ia morar nele!—minha mãe estava mais que preocupada e Marga fechou o bico.

--eu me empolguei. Roberta deixou um diário sobre a react.—a respondi e ela me olhou surpresa.

--e a bonitinha achou legal ficar lá no posto. As duas!—dissera ela lançando um olhar a Marga que enfiou as mãos no bolso não ligando para a dona helena bancando a mãezona.

--eu não vou ficar aqui tomando esporro da mãezinha.—falou Marga bem irônica.

Marga tomou rumo para casa e minha mãe ainda estava ali furiosa.

--eu sabia que essa ideia seria um problema.

--eu to bem mãe.

--o posto ta lotado de doentes.

--eu sei mas dependendo do caso podemos cura-los.

--e aqueles que cospem sangue??aqueles que estão morrendo em uma maca Mari??eu pensei que exibiriam isto na tv mas essa doença já ta se espalhando pelo mundo e o que se sabe é que o melhor a fazer é ficar em casa e a distancia.—dissera ela preocupada demais contudo.

--eu não quero ver essa doença tomar o morro.

--eu sei que quer ajudar.eu sei! Eu fico orgulhosa mas tem que pensar em você antes nessa situação.se ficar doente??Você tem asma, tem mais chance de pegar essa coisa e acha que eles terão a mesma vontade que a sua? Logo eles? Essa doença..estão dizendo que não há cura. Apenas um tratamento para amenizar as dores e pensar que você pode ser mais um deles..

--mãe,eu quero estar aqui justamente por elas.eu vi Lina melhorar e foi a melhor coisa do mundo ainda mais depois do que li..e se o mundo vai virar uma loucura aqui se depender de mim não vai.—respondi e ela suspirou temerosa. Seu olhar pensativo e preocupado já diziam tudo.

--(rs)..as vezes me esqueço que não é mais uma garotinha com medo do escuro. Que não precisa de mim.

--mãe, não é pra tanto.

--(rs) eu deixei Lina tomando um café na casa da Marga. A essa hora as duas devem estar discutindo. Lina ta grudada naquele vídeo game e eu preciso fazer a feira da semana.

--vou tentar não piorar a situação.

Minha mãe desceu a rua e eu subi levando comigo o diário da Roberta. Aquela porcaria conseguiu me impressionar e acho que um merecido descanso de algumas horas era necessário.

Quando cheguei na casa de Marga a gritaria tava pronta.

--desliga essa merd*!—gritou Marga na sala.

--eu já to terminando a fase!—reclamou Lina concentrada na tv e o controle do console em mãos.

--por que vocês brigam tanto?—perguntei me aproximando.

--não se mete gatinha.—respondeu Marga pra mim.

--para de me chamar assim!

--(rs) eu falei pra você que essa noite no posto seria uma merd* mas ela quis me ouvir? Cagou pra mim pra ler esse diário macabro.—Marga passou pela hack da sala e desligou o vídeo game para desespero de Lina.

--meu save!!!—Lina quase chorou ali mesmo mas pela cara de Marga dormir na maca só rendeu uma dor de cabeça a ela.

--estou apostando minhas fichas em você Mari. Todas elas. Então faz da minha dor de cabeça algo que vale a pena.—Marga mordeu o sanduiche e suspirei. Ela ia ficar toda bravinha ate resolvermos este problema no morro e ia ser um porre.

--se eu fosse você tomava um banho. Bem demorado.—falei e ela ate parou de comer com nojo da própria mão. Sorte a nossa as bactérias terem medo da limpeza da minha mãe.

Fim do capítulo


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Comentários para 19 - Capitulo 19 O diario :
Lea
Lea

Em: 20/05/2022

A situação só piora.

Marga às vezes parece que tem um "parafuso' a menos,ela exige das pessoas o que nem sempre elas podem dá. A Mari é inteligente,mas é muita pressão para alguém tão jovem. As coisas na prática são bem diferentes do que estão nos livros!

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 04/10/2021

Eita espero que Mari consiga ajudar as pessoas.

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