Fronteiras por millah
Capitulo 18 conexões
No café da manha de domingo cheguei ao térreo já avistando minha mãe na cozinha preparando ovos e Marga no sofá vendo tv e mais um embrulhado de cobertas ao seu lado. Fui ate a sala e me deparei com Lina ainda dormindo ali.
--shiiiiii—pediu Marga diante da imagem descabelada deitada ao seu lado.
Depois daquela noite mal dormida eu resolvi entrar numa era do gelo com Marga. Eu mal conseguia olhar pra ela então me dediquei a Lina e seu ferimento.
Peguei seu braço caído e posicionei ele melhor e certeza aquele musculo ferido estaria me dando graças. Lina parecia morta naquele sofá de tão pesado era seu sono e aquelas mechas em seu rosto estavam fazendo Lina parecer um fantasma japonês com o tamanho do seu cabelo solto. Segurei meu sorriso quando ajeitei aquele cabelo melhor sobre a almofada e ela agradeceu dormindo. Só não esperava ter Marga de cara amarrada me vendo fazer tudo aquilo. Fechei meu sorriso na hora.
--o café ta pronto.—avisou minha mãe e de repente Lina acordou. Parecia que estava só esperando isso.
--bom dia Mari.—ela ficou toda sorridente em me ver talvez lembrando de ontem e ao se espreguiçar incomodou ate Marga.
--olha essa porr* de pé em mim.—Marga se levantou e foi para a cozinha e Lina se ergueu com um pulo do sofá.
--o café ta pronto dona Helena?—Lina caminhou ate la esfregando os olhos e ainda coberta pelo cobertor.
--(rs) esta mas primeiro a senhorita vai tomar um banho. Vai.
Lina bufou mas atendeu minha mãe prontamente e com isso me dirigi a bancada onde Marga já tava sentada aproveitando o café.
--seu café.—minha mãe me entregou um copo e estava maravilhoso apesar das encaradas de Marga mas eu não ia cair nessa.
--ontem foi incrível. Quero dizer, seria um pouco mais se ninguém tivesse sumido de repente. —disse Marga me provocando.
--eu adorei Marga mas se sua ideia era bebermos ate cair eu prefiro deixar pra próxima.—respondeu minha mãe prontamente.
--claro você sempre ficou uma delicia bêbada. Jamais me daria esse gostinho de novo.
Tentei me concentrar só no meu café do que naquela maluca da Marga me provocando tão cedo. Ela me encarava e só esperava que eu a olhasse para continuar o deboche matinal.
--prontinho.to morrendo de fome.—Lina voltou depois de minutos e muito bem arrumada.
--foi o banho mais rápido que já vi.—minha mãe estava de olho em sua chegada.
--ué,eu pelo menos tomei.—respondeu ela prontamente chegando na cozinha.
--cuida desse ferimento direito. Não quero você com o braço fodido.—reclamou Marga.
--hoje eu tinha uma consulta com a dona Roberta e meio mundo que tava no tiroteio mas a veia não apareceu.—Lina falou e todas nós olhamos bem para ela e aquela novidade.
--como é? Ontem ela estava la quando verifiquei.—Marga estranhou e era de se esperar já que Roberta estava no posto todo santo dia.
--pois é. Sumiu.—completou Lina.
--ela é a chefe medica do posto mas sua equipe ainda esta lá e se continuar dormindo do jeito que eu vi vai ter que visitar eles mais vezes.—falei preocupada.
--(rs) por que? Se você poderia muito bem dar um jeitinho em mim?—obvio que ela tinha que brincar e engoli seco com Marga e minha mãe me encarando estranhamente.
--olha o seu café.—minha mãe quase jogou o copo de café em Lina quando o colocou na bancada.eu diria que Lina atiçou o lado mais ciumento da minha mãe naquele momento e felizmente ela não podia dizer nada graças a Marga também curiosa do meu lado como um cachorro prestes a morder.
--o que foi que eu perdi?—perguntou Marga mas meu celular tocou e o nome do Angelo me chamou a atenção. O que ele queria tão cedo?
Peguei o celular e atendi.
--Angelo?o que foi?—perguntei e Marga e minha mãe pareciam duas curiosas tentando ouvir algo.
--eu preciso de ajuda. É a Milena ela ta passando super mal.
--o que? Onde??
--eu vou te mandar a localização mas vem logo.eu to no meio da rua. Acho que é uma overdose.
--ta eu já to indo.
--o que aconteceu??—perguntou minha mãe apreensiva.
--ah..uma amiga precisa de mim.
--como assim filha?
--desculpa mãe eu volto logo.
--se quiser posso ajudar.—Marga falou mas tudo que consegui fazer foi lançar a ela uma olhada fatal. Ela só me causaria mais problemas.
--eu posso ir com você também Mari??—Lina falou e ela estava realmente pronta para ajudar mas definitivamente eu não queria ninguém comigo nessa.
--não Lina, fica.
Avancei ate a porta principal e mesmo com meus passos eu ouvi o riso de Marga de longe.
--ela ta me ignorando?—perguntou ela e que bom que ela percebeu. Era isso ou esganar ela.
Fui rápida para chegar no local marcado por Angelo e não passava de um beco atrás de um bar onde ele cuidava da Milena no chão.
--graças a deus você chegou!—ele estava aliviado por me ver entrar naquele beco sujo.
--chamou uma ambulância? E a mãe dela??—perguntei preocupada enquanto me abaixava para verificar seu estado.
--como eu posso chamar a mãe dela aqui???!!olha o estado dela!—nervoso ele falou quase arrancando os cabelos indo de um lado a outro.
--mas o que aconteceu? Por que ela fez isso??
--o pai dela morreu ontem a noite.—parou ele voltando a se abaixar e me olhar nos olhos indignado.--Roberta cagou pra ela e ta lá naquele hospital cuidando do corpo. Ela não disse nada a ela e nem deixou ela ver ele uma ultima vez.ai ela foi la no morro da prata e comprou essa merd*.
--impossível.
--quer me fazer acreditar que naquele morro de merd* não tem drogas Mari? Aquelas suas amiguinhas sabem bem como gastar a grana dela né.
--Marga odeia drogas! Isso já é o suficiente para não ter essa porr* por lá!
--ela vive indo pra lá e sempre volta com esse tipo de coisa.
--seu idiota a mãe dela trabalha lá. E se você não percebeu ela precisa com urgência ir a um hospital. Chama um uber.
Eu estava puta pela insinuação ao morro mas com a ajuda do Angelo pegamos Milena e levamos ela a um hospital. Ela ia ficar bem de acordo com os médicos e depois disso acho que minha companhia para o Angelo não era mais necessária.
--Mari.—a voz dele era de puro suco do arrependimento e pra mim não era mais a mesma.
--eu to indo Angelo.
--eu sei mas espera.
--pra que? Pra dizer mais uma vez que o morro é lar de traficante??
--eu sinto muito. Tudo saiu...sem querer.
--todo mundo diz isso. E claro que foi sem querer.(rs)—dei as costas a ele e ele tomou minha frente mais uma vez.
--é sério. Me desculpa.de todo coração...eu conheço a Milena desde pequeno. Perder ela agora..seria o fim. Ela só..queria esquecer toda essa merd* de família e foi bem burro se jogar de cabeça nessa porcaria que ela cheirou. Só me perdoa pelas coisas estarem tão estranhas.
--eu entendi.
Voltei para o morro e foi certo meu caminho. O fato da Roberta não ter vindo ao morro era porque nem ela podia lidar com toda aquela dor de perder o marido. Logo ele que tinha mais chances do que qualquer um em um hospital privado.
Aquela doença estava chegando de mansinho, devastando aos poucos as famílias sem distinções, sem preferências, e olhar em volta e perceber que tudo ainda estava como deveria estar me fazia pensar no tanto de tempo que ainda tínhamos. E foi por tão pouco que Lina também não se foi.
Mais eu ainda tinha um mistério em mãos. Como Milena comprava drogas aqui se não existia traficantes no território de Marga?
Subindo o morro ouvi bem os tiros vindo de uma área guardada pelas minas do morro. Estranhei ver tantas cercando o local e elas não me impediram de passar pelo portão de grade para entrar no lugar onde eu vi uma antiga quadra de basquete e um paredão de terra da encosta do morro. Marga estava lá com uma arma na mão colocando um novo pente enquanto duas mulheres trocavam seus alvos na encosta.
--então?—ela virou pra mim armada e curiosa com a minha saída. Acho que meu gelo foi ignorado.
--ta tudo bem agora. Milena teve uma overdose... O pai dela morreu com essa nova doença.
--...não sabia.—Marga voltou sua atenção aos alvos e atirou.
Porem dizer aquilo não condizia com os fatos e me deixou confusa.
--conhecia a família da Roberta?
--a única coisa que conheço da Roberta é que ela serve muito bem para tirar balas.
Ela não era intima da Roberta para saber da morte do marido e nem sabia do motivo que ela faltou hoje no posto e acho que nem conhecia Milena então porque ela diria que não sabia disso??
--Angelo me disse que ela comprou as drogas aqui.—joguei essa no assunto e ela ainda me olhou com um certo desinteresse.
--sabe muito bem que não vendo drogas. E nem se vendesse eu venderia para uma metidinha como ela.
--então conhecia ela.
--(rs) ela é filha da nossa doutora Mari.
--eu to falando sério. Ela quase morreu.
Marga suspirou como se estivesse cansada de me ouvir. E era nítido que poucas coisas se tornavam do seu interesse.
--o que ela faz com o dinheiro dela é problema dela.
--pensei que ligasse para os problemas deste lugar.
Ela não estava nem ai me olhando em seu silencio cheio de superioridade então sai da quadra e ela voltou aos seus tiros e desta vez ela não parou. Ela podia descarregar quantos pentes quisesse, mas não mudaria o fato que tinha algo errado, e domingo correu como o dia mais gelado entre nós. Eu no meu canto e ela em seu silencio entrando e saindo da casa sem olhar na minha cara. Nem Lina escapou em seu descanso tendo que ser levada para longe de mim.
Mas foi no fim do dia, na hora que terminava meu livro no quarto que me bateram na porta e quando abri dei de cara com Marga com as mãos sujas de sangue. Aquela visão dela cansada e com os punhos vermelhos me gelou ate a alma.
--diz pra sua amiguinha quando ela acordar que eu matei o namorado viciado dela.—disse ela sinistra deixando a minha porta e aquilo era como um lembrete de quem Marga era.
No jantar cheguei a mesa e Marga e Lina já se encontravam sentadas. Enquanto Lina verificava seu ferimento, Marga fumava seu cigarro vendo cada movimento meu e claro que percebeu quando olhei para suas mãos e vi alguns machucados e sua pele. Ela não dizia uma palavra no jantar. Preferiu ficar lá me lançando olhares que me deixavam nervosa com aquele jeito marrento de ser e toda vez que a pegava me encarando ela sorria sarcasticamente. Estava ficando ate difícil de comer com ela apoiada a mesa deixando Lina e minha mãe perceber o quanto estava me irritando.
--da pra parar?!!—falei irritada e ela sorriu.
--sabiam que hoje a Mari me ajudou a cuidar de um grande problema? Graças a ela eu limpei uma infestação de ratos. Agradeça sua amiguinha depois das lagrimas.—ela falou e minha mãe me encarou preocupada.
--não envolva Mari nos seus negócios. Eu já falei isso!
--mas meus negócios ficam tão bem protegidos com ela.(rs) de todas as pessoas você tinha que fazer amizade logo com essa menina.
--e qual o problema com a filha da Roberta??—perguntou minha mãe curiosa.
--ela teve uma overdose e Angelo me disse que ela conseguia as drogas aqui no morro.—respondi.
--o que você fez Marga?—minha mãe já estava impaciente com aquele sorriso.
--(rs) o que tinha que ser feito.—respondeu ela apagando seu cigarro no meu suco.
--pelo amor de deus Marga!—minha mãe largou os talheres talvez imaginando o que acontecera.
--dessa vez eu fui discreta.—respondeu ela recostando-se na cadeira.
--da ultima vez foi um show macabro. Sangue jorrando e pedaços da garganta.—Lina conseguiu ser bem detalhista mesmo zoando.
--ninguém vende essa porr* no meu morro. E foi bom saber que o dinheiro daquela mimada era gasto com aquilo.
Outra fala estranha. Era como se Milena devesse algo a Marga e isto era sinistro.
--não quero você andando com ela.—minha mãe disse isso na hora.
--mãe, acho que depois dessa ela não toca nunca mais em droga nenhuma. Ela tava péssima.
--não quero saber. A mãe dela ta precisando dela nesse momento difícil e Milena conseguiu causar mais uma dor de cabeça para Roberta. Eu to vendo amigas perdendo o emprego por causa dessa doença. Coisa que eu nunca vi. Então vamos rezar para que Roberta consiga superar a morte do marido e colocar juízo na cabeça daquela lá.
--então a react...é pra valer mesmo?eu..poderia ter morrido?—Lina ainda tinha o temor da doença enraizada nela e eu não a condenava, tinha sido terrível.
--..sim.—respondi mesmo não gostando.
--puta merd*.
--mas você não morreu. E eu não deixaria.—Marga falou e Lina melhorou seu semblante preocupado.
--o marido da Roberta tava instalado em um dos melhores hospitais e nem isso o ajudou.eu não sei como você se curou tão rápido mas se chegar aqui com esta intensidade e instabilidade de como o vírus se manifesta em cada individuo teremos um sério problema.—falei e todo mundo me encarou.
--não vai acontecer nada por aqui.—Marga me retrucou e ela parecia desacreditada com tudo em relação a doença.
--eu só to falando que temos que ficar atentas aos sinais. Ninguém sabe como se pega essa coisa. se é pelo ar,pela agua ou por algum produto contaminado.
--alguém morreu por aqui dessa porr*?—irritada ela me perguntou e eu odiava sua falta de paciência para me ouvir quando deveria mas por incrível que parecesse minha resposta ia dar a ela o que ela queria.
--..não.
--então não começa essa merd* de terrorismo Mari.
--vocês duas querem parar!—minha mãe gritou e só ficamos nos olhares raivosos disparando chamas uma para outra.—vamo rezar então para que essa merd* não chegue aqui. Só ponham na cabeça de vocês que são melhores quando não brigam. Que saco.
Minha mãe tinha rezado mas com o passar dos dias tudo ficou tão cinza. As aulas na faculdade estavam tediosas porque só falava daquela doença que mal sabíamos e os alunos que preenchiam a sala foram sumindo um a um. Ângelo ainda estava lá mas não estávamos nos falando e tudo que dizíamos um para o outro era como Milena ainda estava em coma e pela cara dele ficar sem visitar ela só estava colocando ele dentro de um poço sem luz.
Eu me preocupava com ela em um hospital no meio de tantos doentes daquela gripe estranha. Roberta sequer voltou ao morro e Marga não queria acreditar que aquela droga de doença estava chegando no morro mas depois que pontuei esta probabilidade parecia que tinha sido eu que a trouxe ao morro. Minha mãe estava perdendo trabalhos e passava mais tempo em casa mesmo odiando ficar parada e tendo Marga a seduzindo com os trabalhos do morro sua paciência estava menor que um grão de arroz. Lina por outro lado tinha melhorado e se esforçava para tentar animar a casa e o seu humor irônico funcionava comigo e com minha mãe mas por algum motivo Marga nem papo queria. Ela tinha se fechado e eu não queria dizer aquilo mas eu sentia falta dela pegando no meu pé. Agora ela mais parecia uma sombra silenciosa pela casa.
--mãe tenho que te contar uma coisa.—cheguei a cozinha e ela estava terminando de limpar tudo e ao me ver se animou.
--eu primeiro então, hoje enfim consegui um trabalho. Vou a tarde e as nove da noite já estou de volta.
--não. —disse Marga da poltrona da sala e minha mãe olhou para ela desacreditada. E não foi a toa que caminhou da bancada da cozinha ate a poltrona onde Marga estava.
--não pode me proibir de trabalhar.
--você não vai.
--(rs) ta ouvindo isso?—minha mãe me olhou e soltou um riso.
--estão descobrindo que essa merd* de vírus começou por esses ricaços safados que nas férias dos sonhos contraíram essa porr*. Ir pra casa de um filho da puta desses é trazer essa porcaria pro morro.—retrucou Marga e não podia negar sua logica.
--não vou entrar em contato com contaminados Marga e mesmo se fosse o morro já tem suas figurinhas premiadas no posto.hyong por exemplo. Ta la no posto internada. A Rita também.—isso foi uma surpresa e minha mãe nem me contou.
--e você quer ser a próxima? Porque eu não quero isso.
--(rs) eu não posso parar a minha vida por causa desta doença.
--não vai. Ponto final.
--Mari!—ela parecia totalmente indefesa me chamando mas Marga estava sendo bem logica desta vez.
--...infelizmente,eu tenho que concordar com ela mãe. A faculdade fechou. Estava sendo um polo contaminador. Recomendaram ficar em casa.—a cara da minha mãe me ouvindo foi de pura decepção.
--viu só? Você não precisa se apressar para ter dinheiro no bolso para fugir de mim como fugiu na festa.
--eu não posso mais ser a filha da puta que precisa Marga! Eu tenho a Mari agora,eu tenho uma vida completamente nova e com essa doença, o que você quer fazer com o morro?
--eu só preciso de alguém para me ajudar com os casos da doença. Por que sem a Roberta e o aumento dos casos eu vou precisar de mais uma doutora.—Marga olhou para mim e ela só podia estar brincando mas não, ela estava la seríssima esperando minha resposta.
--eu?(rs) não posso.—respondi na hora.
--por que?—perguntou ela e ate parece que ela não sabia.
--porque sou só uma estudante de medicina, tem muita coisa que ainda não sei.
--quanto já leu do seu livro de medicina?40,50 porcento?
--....—eu não ia responder porque na certa ela ia me chamar de nerd.
--do jeito que é fominha deve ter lido ele todo ha muito tempo.
--não..agora eu digo não!—minha mãe se pronunciou e foi um alivio.
--ela já é grandinha. Deixa ela decidir.—disse Marga contrariando minha mãe.
--(rs) você pode mandar em mim e eu não posso mandar nela? É isso?
--é o que você esta dizendo meu amor.
--aargghr!!não aceite!—ordenou minha mãe mas era um pedido muito grandioso.
--o posto ta cheio de doentes. Podemos ajudar o nosso morro Mari.eu e você.
Aqueles olhos castanhos tão convincentes como eram marcados pelo delineador pareciam ter um certo poder sobre mim ainda mais quando me falavam a mais pura verdade. Eles tentavam passar uma decência pelo menos um pingo do que existia nela e mesmo contra minhas expectativas Marga parecia que queria mesmo ajudar e algo em mim implorava para confiar nela só pra ter ela mais perto de novo.
Eu queria não duvidar tanto dela.
Me aproximei e ela não se aguentou ficar sentada a espera da minha resposta.
--pelo morro.
Ela estendeu a mão e um sorriso fino no rosto que quase sumia apareceu e o olhar esperançoso pela minha resposta ser sim alimentava Marga com suas expectativas e claro que apertei sua mão.
--que ótimo. A dupla maravilha. Eu não posso trabalhar mas as duas querem ajudar os doentes no morro.
--(rs) porque não ajuda também?
--vão fazer um ótimo trabalho. Não precisam de mim.
--cacete.
Minha mãe subiu as escadarias e estava furiosa mas se fosse para escolher ficar dentro daquela casa mofando no quarto eu preferia estar no meio daquela bagunça.
Fim do capítulo
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Marta Andrade dos Santos
Em: 25/09/2021
Vixe esse vírus é uma porcaria perdi muitos .
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