Quem tiver interesse em acompanhar minha rotina de escrita e saber mais sobre o processo de lançamento desse livro (pois vai virar livro físico ><), me segue no insta: diario_deumaescritora_
BOA LEITURA! ><
CAPÍTULO 18 - PARTE I
MATHEUS
Ao desembarcar em São Paulo me deparei com um tempo nublado e uma garoa forte, bem diferente do clima da alcateia Norte. No caminho até o Hotel contemplei a cidade movimentada de São Paulo, que mesmo com o tempo frio e úmido, continuou cheio de vida e com pessoas andando de um lado para o outro alheias umas as outras.
Observando a movimentação da cidade, foi impossível não me lembrar de Ottawa, minha cidade preferida no Canadá. São Paulo e Ottawa não tem nada em comum, ainda assim, a saudade do meu lar foi revivida ao observar o centro movimentado de São Paulo. Cidades não são seguras para lycans, mesmo depois do acordo feito com as bruxas, ainda nos resta como inimigos os vampiros, por esse motivo, seria mais seguro ir direto para a Alcateia Sudeste passar a noite, no entanto, estou ciente de que minha família não tem muitos aliados no Brasil, e dormir num lugar onde não se sabe se tem mais amigos do que inimigos não é aconselhável. Além do mais, quero me preparar e preparar a equipe de segurança para o que podemos encontrar na cerimônia de união na alcateia de Mário. A principal alcateia de São Paulo se chama Sudeste, mas a alcateia em que os pais da Lorena vivem se chama Sudeste II, pois ambas as alcateias tem populações grandes, no entanto, a verdadeira alcateia Sudeste ficou com o posto de Alcateia Central de São Paulo por ganhar por pouco em tamanho. As alcateias principais, ou seja, as mais populosas, recebem nomes como: leste, sul, sudeste, oeste e etc. Enquanto as alcateias menores nas mesmas cidades recebem nomes escolhidos pelos seus alfas.
Após algumas horas de viagem a paisagem urbana foi substituída por áreas verdes e arborizadas. O hotel que escolhi passar a noite é simples e nem muito perto, ou muito longe, da alcateia Sudeste II. Depois de instalado no meu quarto de hóspedes, com os oito Guardas designados por Hera, decidi conferir a lista de convidados do tal evento mais uma vez.
- São os alvos? - Ângelo, um dos Guardas Reais, se aproximou com os olhos fixos na lista extensa em minhas mãos. Ri ao imaginar os "alvos" sendo alvos. - Qual é o plano? - Uma série de fotos acompanhava a lista de nomes para que eu conhecesse os aristocratas daqui do Brasil que estarão presentes no evento. Espalhei as fotos e fichas sobre a cama de casal. Os outros sete Guardas não saíram de perto das janelas e portas, com os ouvidos sempre atentos a qualquer ruído incomum do lado de fora.
- A cerimonia de união do aristocrata Muniz é amanhã e vai começar por volta das dez da noite, vamos chegar as onze. Vocês não podem sair do meu lado e devem ficar atentos a qualquer ataque. A família Castello não gosta da minha então não será surpresa se tentarem me matar. - Apesar de os outros seguranças estarem distantes vi que todos prestavam atenção ao que dizia, então prossegui. - Estamos no território deles, então não vamos esperar por aliados aqui, aqui são somente traíras entenderam? Não confiem em ninguém e não falem com ninguém, se perguntarem quando partimos, onde estamos hospedados, para onde vamos, vocês não sabem, entenderam? - Um murmúrio de "certo" se espalha pelo quarto. - O que precisamos saber aqui é o que sabem sobre a companheira da minha irmã, portanto, fiquem com os ouvidos atentos, se ouvirem alguma conversa sobre o assunto me falem depois. Gravem na mente de vocês: estou aqui para representar a Família Real no comparecimento da união de Muniz, minha família não podia vir, então me mandaram em seu lugar. - Mais confirmações.
Conheci a família Castello a algumas décadas atrás, na cerimônia de união de outro aristocrata qualquer. Foi difícil não avançar sobre Mário durante a cerimonia, apesar de suas atitudes perante o Supremo estarem dentro dos padrões de respeito, seu olhar e seu tom de voz deixam nítido sua insatisfação em nossa presença, nesses momentos, gostamos de deixar claro que o sentimento é mútuo. Não é segredo para ninguém que a Família Castello não se entende com a família do Supremo. O porquê disso muitos boatos deduzem, mas somente minha família sabe. O Fundador Castello, antes de conhecer sua companheira, e antes de meu pai conhecer a dele, era melhor amigo da minha mãe, cresceram juntos. Quando o Supremo conheceu Anna e soube que ela era sua companheira, o Fundador não quis aceitar a perda da amiga tão facilmente já que nutria sentimentos além de uma amizade por ela, mas minha mãe fez sua escolha, seria o parceiro dela, sua alma gêmea, a pessoa predestinada a ela que ela ficaria. Depois de algumas brigas - que meu pai não gosta de mencionar e muito menos minha mãe -, Mario desistiu de insistir e pouco depois encontrou sua própria companheira: Lizandra Castelo Frances. Mesmo depois de conhecer a própria companheira, Mário não gostou de ser "deixado" pela minha mãe, isso fica claro até hoje nas suas atitudes.
Após repassar com os seguranças respostas para possíveis perguntas que fossem fazer, me arrumei e me deitei na cama para descansar. Mesmo tendo sua própria família, Mário não se dá por satisfeito, e por isso vamos dar um jeito de colocá-lo em seu lugar.
~*~
Minha limusine parou em frente ao grande tapete vermelho estendido na porta de entrada da mansão da família Muniz. Hoje, estão celebrando a união do filho mais velho que havia encontrado sua companheira, uma cerimônia muito comum e sempre movimentada entre os aristocratas.
Saí da limusine quando os seguranças e alguns guardas fizeram sua formação do lado de fora do carro, e assim que a porta se abriu, antes mesmo que eu colocasse meus pés fora do carro, flashes de câmeras dispararam em minha direção. Quando sai completamente de dentro do carro não pude ficar com os olhos abertos por muito tempo, as luzes ofuscantes fizeram meus olhos doer. Depois de alguns passos apressados entrei na grande mansão Muniz. O hostess me cumprimentou com a cabeça e liberou minha entrada para o salão sem perguntas.
Assim que entramos no salão, onde uma parte da festa acontece, todos os rostos se voltaram para mim. Um a um as pessoas foram parando suas conversas ao notarem minha presença, e na ausência do Supremo Alfa, seus filhos são a palavra final. Os convidados inclinaram seus corpos num gesto de respeito e reverência, com sorrisos falsos no rosto.
Quando tive certeza que todos já haviam se curvado, caminhei tranquilamente pelo salão. Os seguranças ao meu redor se afastaram poucos metros para manter a ideia de privacidade. Um garçom bem uniformizado passou por mim com taças de champanhe, e me servi de uma.
Enquanto caminhava para o lado oposto do salão a procura dos anfitriões, precisei ignorar explicitamente as damas solteiras sorrindo para mim com um convite silencioso nos lábios. Encontrei Carlos Muniz com seu filho mais velho - o motivo do evento - rodeado de outros aristocratas. Pus um sorriso sínico no rosto e um olhar tranquilo.
- Muniz. - Saúdo o velho aristocrata de pelo menos mil e quinhentos anos. Ao me aproximar, vejo as expressões e posturas dos homens engravatados mudar. Curiosamente, uma frase de uma filme muito popular retornou do fundo da minha memória, deixando meu sorriso mais sincero a julgar pela situação e pela frase cômica, mas que combina tão bem com a forma que me sinto: que os jogos comecem.
Fim do capítulo
Oiiii!!
Tive que dividir esse cap em dois, se não ia passar o dia inteiro revisando ele (Já estou quase a tarde toda aqui kkk) e não vou conseguir fazer as outras coisas que tenho para fazer, então, segunda q vem vcs vão ter a continuação desse cap ><
Como sempre: me perdoem os erros, podem comentar aí se virem algum ><
Espero que tenham gostado do cap, curtam e comentem (AMO OS COMENTÁRIOS D VCS <3), sei que estou demorando pra responder os comentários d vcs. Eu demoro, mas respondo ><
Fiquem bem! E até segunda! ><
Comentar este capítulo:
Marta Andrade dos Santos
Em: 04/10/2021
Eita aguardo do próximo que vai ser bem emocionante.
Resposta do autor:
><
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