Quem tiver interesse em acompanhar minha rotina de escrita e saber mais sobre o processo de lançamento desse livro (pois vai virar livro físico ><), me segue no insta: diario_deumaescritora_
BOA LEITURA! ><
CAPÍTULO 17 - PARTE II
LORENA
As mãos de Hera fazem carícias em círculos sobre o meu abdomem e aprecio a sensação de olhos fechados, deitada de costas para ela. O calor do seu corpo envolve o meu num manto acolhedor enquanto tento não dormir com a sensação cansada em meu corpo. A última rodada de sex* foi a cinco minutos, desde então nos deitamos e ficamos num silêncio confortável.
- Ainda fico surpresa por você não estar surtando e mandando todo mundo se ferrar. - Os braços de Hera me apertam na cintura e senti seu hálito quente em meu ouvido. O assunto me deixou um pouco tensa, naquele momento, queria esquecer os problemas.
- Por que diz isso?
- Até onde sei, antes de nos conhecermos, você levava uma vida pacata e entediante. - Abri a boca pronta para dar uma resposta, mas Hera continuou. - E depois que nos encontramos, sua vida é de longe a mais movimentada de todo mundo nessa casa junto. - Suspirei. - Você está lidando muito bem com as coisas, eu diria que até que está calma com tudo o que está acontecendo. - Não consegui me sentir "orgulhosa" pelo fato das pessoas me verem desse jeito, porque não é assim que me sinto interiormente. Perdi o controle da minha vida e não tem nada que eu consiga fazer para recuperá-lo de volta, pensei em muitas possibilidades, mas todas que encontro me coloca em risco de morte me restando a única que pode me manter viva: ficar dentro da mansão vendo Hera decidir as coisas por mim.
- Não é calma, é incapacidade de fazer alguma coisa. - Minha cabeça está em cima de um dos braços de Hera, por isso, posso ver sua mão se fechar em um punho quando termino de dizer. O clima leve que estava se tornou tenso, pesado. - Além disso, surtar não vai melhorar as coisas. - Hera pôs o rosto em meu pescoço e inalou com força. Depois de um beijo demorado em meu pescoço ela se inclinou deixando seu rosto a minha vista.
- As coisas não vão ser sempre assim, prometo. - A sinceridade em sua voz fez o aperto em meu peito se aliviar apesar da sensação de inutilidade que sinto com frequência. - Eu sei que passo um pouco dos limites as vezes...
- Demais. - Ela me encarra emburrada quando a interrompo.
- Eu só... esperei tanto para encontrar você, não quero arriscar te perder por besteira, por descuido meu, entende?
- Não vai, não sou feita de porcelana. Posso não saber controlar meus dons, mas sei me defender muito bem sem eles. - Ela concordou com a cabeça, seu olhar perdido em algum ponto em meu pescoço. - Você me deixa rodeada de guardas vinte e quatro horas por dia, por que pensa que mesmo assim pode me perder?
Procurei em seus olhos qualquer indício de uma resposta, mas ela virou o rosto, voltou a deitar atrás de mim, evitando me olhar e evitando minha pergunta.
- Me desculpa, vou melhorar sobre isso. - Sua voz soou abafada porque estava com o rosto enfi*do no meio dos meus cabelos. Um arrepio correu por meu corpo, ainda estamos nuas debaixo dos lençóis.
- Não respondeu minha pergunta. - Passou alguns segundos no qual ela não me respondeu, e iria abrir a boca para questioná-la de novo, quando Hera pigarreou.
- Um dia te conto, pode ser? - Me virei desajeitadamente na cama, parando de frente para ela, que não tirou os olhos dos meus cabelos espalhados sobre o travesseiro.
- Vou cobrar. - Algo me disse que aquelas atitudes possessivas e extremamente exageradas de Hera tinham algum motivo. Será que ela teve alguma namorada no passado que amou muito e acabou morrendo pelas mãos dos inimigos? Isso explicaria seu medo exagerado de me ver em perigo. A ideia dela amando outra mulher tanto quanto eu me incomodou, muito. Quis perguntar se aquela possibilidade era real, mas não tive coragem, e fiz o possível para o pensamento não ser ouvido por Hera, como aconteceu das outras vezes. Talvez devesse abordar o assunto de outra maneira. - Enquanto minha vida era pacata e entediante, soube que a sua era o oposto. - Ela soltou uma risada rouca, me puxou para mais perto do seu corpo e pôs o queixo no topo da minha cabeça, me impedindo de ver seu rosto.
- Não sei do que está falando. - Abri a boca surpresa, e não consegui conter a risada que saiu logo depois em constatar o tamanho da sua falta de vergonha ao falar aquilo.
- Você sabe exatamente do que estou falando.
- Não vale a pena falar sobre isso, nessa época eu ainda não sabia da maravilhosa companheira que me aguardava. - Ficamos cara a cara. Observei seus olhos amarelados com raias esverdeadas nas bordas. Seu maxilar perfeitamente quadrado e suas bochechas um pouco proeminentes a tona intimidadora, por mais que seu olhar para mim seja terno, ela nunca deixa de ser ameaçadora ao mesmo tempo em que consegue ser sedutora. Passo o polegar pelos seus lábios finos com as extremidades levantadas num futuro sorriso. Hera fechou os olhos e inclinou o rosto para minha mão. Ficamos uns segundos em silêncio, só apreciando o olhar uma da outra, sentindo o calor do corpo uma da outra.
"Nunca pensei que fosse me sentir assim..."
Refleti.
- Eu também não. - Hera responde, me assustando.
- Agora só falta nossa cerimônia de união e estará completo. - Ela passou o nariz pelo meu rosto inalando forte novamente. - Amo seu cheiro. Me deixa tão... - Não terminou a frase, e nem precisava, eu sabia o que queria dizer. Sinto a mesma coisa quando estamos próximas, o cheiro do corpo dela me atrai, é como um vício, quanto mais tenho mais desejo ter.
Virei meu corpo completamente para cima e Hera se posicionou em cima de mim, parcialmente.
- Você tem medo? De alguma coisa? - Ela franziu o cenho com a minha pergunta.
"De te perder. De perder toda minha família."
Sua voz em minha mente me causou uma onda de calafrios. É intenso e íntimo demais ter alguém dentro da minha mente, invasivo de certa forma.
- Um sonho? - Fiz a próxima pergunta. Perguntas que deveríamos ter feito uma a outra assim que nos conhecemos, mas que não tivemos tempo, ou cabeça para elas.
Ela sorri enquanto passa o nariz em meu rosto num gesto carinhoso.
- Pegar você, ir para o nada e ficar lá para sempre. - Ri.
- Duvido que você conseguiria.
- Eu conseguiria, já vivi tudo o que tina para viver em quase dois milênios de vida, agora quero paz, quero você, eu e você juntas, e em paz. Só nós duas...
- Tá, tá, já entendi. Um desejo? - Contive a risada.
- Quero ter filhos, muitos filhos. - Fiz uma careta.
- Um está bom.
- Não, quero vários, vamos adotar vários, e quero que você engravide, vai ficar tão linda grávida. - Sussurra a última parte, mais para si mesma do que para mim.
- Nem pensar, um.
- Dois. - Abro a boca.
- Dois e fim de papo.
- Por enquanto... - Hera mordisca meu pescoço sem machucar. - E você? Qual o seu desejo? Seu maior sonho? - Pensei na resposta e levei uns segundos para responder.
- No momento é só... não perder você, sua família, Lia e Bruno.
- Por que acha que nos perderia? - Me encarou, séria.
- Você conhece Mário, quando ele souber sobre mim, vai fazer de tudo para... me tirar vocês, tenho certeza disso. - Hera acaricia meu rosto com a mão, parando em meus lábios, onde manteve o olhar por pouco tempo antes de voltar a encarar meus olhos.
- Conheço Mário, e te garanto que se ele tentar tocar em você, ou em Bruno e Lia, vai ter mais problema do que imagina. - No silêncio que se seguiu me lembrei da história que Miguel havia me contado, sobre o que Hera passou, e perguntei para mudar o rumo da conversa.
- Miguel me contou que você foi a primeira mulher a participar do Torneio. - Ela franziu o cenho com a mudança abrupta de assunto, mas não se incomodou em responder.
- Sim.
- Me conta como foi? - Com o rosto em meu pescoço mais uma vez, ela começou a falar. Hera me contou tudo o que se lembrava, o primeiro soco, o primeiro treino, como conheceu Miguel e se tornaram amigos, como conquistou a atenção do pai, que ate então era só para Matheus e Igor por serem homens e os herdeiros de seu trono, até que Hera conquistou essa posição, não por bajulação ou prediletismo do pai, mas por merecimento, por ser a melhor guerreira do acampamento, e melhor que todos os homens que treinavam ali.
Passamos o restante da noite assim, deitadas, nuas, conversando sobre a vida, e compartilhamos os momentos bons. Hera não perguntou sobre minha infância, e agradeci mentalmente por isso, diferente dela, eu não tenho nada além dos maus tratos para contar.
Adormeci em seu peito, ouvindo seu coração bater e sentindo seu corpo me esquentar. Não tive pesadelos nessa noite.
Fim do capítulo
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OI! OI! OI! Genteee! Tudo bem c vcs? Espero q sim ><
Oq acharam do cap? Eu achei fofo, amei escrever ele <3
Vou tentar escrever mais caps assim <3 Juro p vcs q qria escrever uma história 80% fofa, mas não consigo kkkk ><
Como sempre: Me perdoem os erros, pode flr nos comentários se verem algum ><
Sobre os comentários: Vou responder todos quarta ou antes do final da semana! Me perdoem a demora, minha vida tá uma correria.
Sobre os caps de sexta (bônus): Não sei se vou conseguir postar gente, além de estar trabalhando com uma carga horária de trabalho maior (faço cobertura de plantões, então não tenho dia nem hora certa p trabalhar, além do meu paciente fixo), vou voltar com a faculdade no mês 10, então... vai ficar difícil... vou fazer meu melhor, vou tentar de tempos em tempos publicar mais de um cap d uma vez p compensar, mas não garanto nada.
Avisos dados, e é isso! Fiquem bem, se cuidem! Obg a quem me desejou melhoras (sobre os meus b.o.s. na vida <3 Tudo de bom p vcs!)
Até a próxima segunda genteee!
Bjos!
Comentar este capítulo:
HelOliveira
Em: 28/09/2021
Adorei o capítulo, queria mesmo um momento só delas, de vez em.quando é bom.
Quanto as postagens que sejam no seu tempo....a espera sempre vale a pena.
Até o.proximo
Resposta do autor:
Eu adoro escrever esses momento fofos e carinhosos delas, mas confesso q tenho um pouco de dificuldade kkkk Fico feliz q tenha gostado >< <3
Quanto as postagens que sejam no seu tempo....a espera sempre vale a pena
R: OBG <3 <3
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