LORENA

Lia, Elisângela e eu conversamos por horas, como era de se esperar foram embora no final da tarde. Assim que Lia deixou meu quarto - pois foi a última a sair -, Hera chegou e foi direto para o banheiro, o som da porta se fechando com força foi indicação suficiente de que ela não queria companhia. Porém, quando saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura e os pequenos seios redondos a mostra, seu olhar me disse outra coisa.

Ela retirou a toalha da cintura a usando para secar o restante do corpo, ficando totalmente exposta. Meu olhar correu da sua cabeça aos pés lentamente. Observei os músculos da sua perna, barriga e as tatuagens espalhadas por sua pele, preenchendo quase todo seu corpo. Quando meu olhar finalmente pousou em seu rosto, um sorriso malicioso despontava de seus lábios. 

- Gosta do que vê companheira? - Juntou os cabelos nas mãos, os prendendo em um coque frouxo. Mordi o interior da boca para conter um suspiro desejoso. 

- Hum... Acho que não... - Desci meu olhar por aquele corpo esculpido por Gaia mais uma vez. Hera soltou uma risada baixa. 

- Do quê você não gosta? - Terminou de ajeitar os cabelos pela segunda vez e voltou a passar a toalha nas costas, seus músculos se esticaram ficando mais visíveis. Umedeci os lábios e notei o olhar de Hera acompanhar o trajeto da minha língua. Luxúria enchia seus olhos, e seu tom de voz baixo e provocativo fez meus pelos se arrepiarem. 

- Não gosto que esteja longe demais... - Fingi me distrair com as costuras do edredom que cobre a cama. Senti Hera se aproximar lentamente, como um predador, quando alcançou a cama e suas mãos tocaram meu tornozelo, me puxando para a beirada, meu coração já palpitava junto com meu sex*.

- Assim está melhor? - Murmurou e inclinou o corpo nu sobre o meu.

- Mais perto. - Seus caninos ficaram expostos quando sorriu maliciosamente. Imaginei seus dentes perfurando minha pele, como fez quando me marcou, e meu sex* se contraiu.

Hera subiu na cama e deixou seu corpo encostar no meu. Eu vestia um short jeans e um top devido o calor, por isso, quando nossas peles entraram em contato, meu corpo esquentou imediatamente. Ela depositou o rosto na curva do meu pescoço e subiu as mãos em meus tornozelos para as minhas pernas, parando no fecho do meu short. Abri minhas pernas para que ela se acomodasse entre elas, mas ela somente apoiou uma das suas pernas no meio. Fechei os olhos quando sua língua percorreu todo meu pescoço parando em meu queixo, onde mordeu sem machucar. Ao abrir os olhos, notei que suas mãos já tinham desabotoado o short, vi com expectativa sua mão entrar e por cima da minha calcinha Hera me apertou. Mordi o lábio inferior sentindo uma fisgada em meu ventre. 

- Hera...

- O quê?

- Não enrola. - Ela riu, com o rosto em meu pescoço novamente.

- Precisa ser mais paciente. - Não tive tempo de reclamar, porque seus dedos afastaram minha calcinha e mergulharam na umidade entre minhas pernas. Suspirei. Apertei minhas unhas em seus ombros e em resposta recebi uma mordida no pescoço. Hera mexeu os dedos em círculos, indo e voltando entre minha entrada e meu clit*ris. Eu já balançava minha cintura no ritmo das mãos dela, desesperada por um alívio, mas ela estava calma, me torturando.

Quando estou perto de goz*r, Hera me penetrou com dois dedos. Ela vai fundo e volta, retornando aos movimentos lentos em meu ponto sensível.

- Hera... - Não me importei da minha voz ter soado como um rosnado de aviso, pelo visto, ela também não, porque sua risada baixa e rouca acariciaram meus ouvidos na mesma hora.

- Você está tão pronta... - Ela alternava os movimentos circulares com penetradas profundas, mas lentas. Seus ombros já estavam cheios de marcas das minhas unhas e gotículas de sangue saíam de alguns deles, senti necessidade de lamber cada gotinha, mas não tive tempo de tentar, pois Hera me penetrou mais uma vez, com quatro dedos, e senti meu prazer se aproximar do ápice, no entanto, ela retirou os dedos voltando as massagens. Prestes a reclamar, sua boca alcançou a minha num movimento rápido, e como seus dedos, sua língua explorou a minha lentamente, saboreando, explorando, marcando. O cheiro da nossa excitação nos rodeava, impregnando em nossas peles e no quarto. Nos separamos para buscar ar, e Hera tirou a mão de dentro do meu short me deixando estarrecida, a encarando.

"Relaxa..."

"Diz isso porque não é você..."

"Eu não estou muito diferente de você amor..."

Se meu rosto já não estivesse rubro, com certeza teria ficado agora. Hera tirou meu short com a calcinha e o jogou em algum canto. Sem nenhum aviso, ela se ajoelhou fora da cama e puxou minha cintura mais para a beirada. Sua boca encontrou meu sex* ao mesmo tempo em que arfava com o movimento repentino. Meu corpo estremeceu pelo contado da sua boca quente, sua língua me explorou como seus dedos fizeram. Estava a ponto de implorar para que ela parasse com aquela enrolação quando sua língua pressionou meu ponto e friccionou com intensidade. Gemi mais alto do que gostaria e segurei seus cabelos com força. Sua língua ia e voltava com cada vez mais força e mais velocidade enquanto meu corpo começava a tencionar, e pouco antes de atingir o clímax quatro dedos me penetraram intensificando as sensações que explodiam em meu centro. A cena de Hera com a cabeça entre minhas pernas e suas mãos me apertando com força, desencadearam uma onda de prazer nunca experimentado por mim antes que com certeza aumentou meu prazer. 

Meu corpo amoleceu, tentava recuperar o fôlego e as forças quanto Hera me pegou no colo e me ajeitou na cama. Deitou minha cabeça em seu peito e ficou fazendo cafuné. Fiquei por minutos, ou horas, com os olhos fechados, sentindo a dormência em meu corpo querendo me vencer, mas saber que Hera ainda não alcançou seu prazer me impedia de cair num sono profundo. Ela capturou minha mão em cima do seu peito e a levou para o seu sex*, que para minha surpresa, estava encharcado.

- G*zei com você, talvez até mais que você. - Movi meus dedos em sua intimidade, apreciando a líquido denso molhando minha mão. - Dorme. - Beijou minha têmpora e puxou minha mão de volta para seu peito, no entanto, depois daquilo, minha mente pareceu ter acordado novamente, apesar do meu corpo continuar preguiçoso sobre a cama.

Fim do capítulo