Capitulo 4
“TEUS SINAIS ME CONFUNDEM DA CABEÇA AOS PÉS
Mas por dentro eu te devoro”[1]
Último semestre de 1998
A segunda-feira chegou trazendo consigo o último semestre da faculdade. Marília acordou destruída. Parecia que tinha um trio elétrico dentro de sua cabeça.
Pensou em continuar dormindo após o toque estridente do despertador, mas lembrou que precisava levantar e enfrentar seu TCC, estágio e começar o cursinho para a temida prova da OAB. O semestre seria tenso.
Levantou, tomou um banho gelado, vestiu uma calça jeans colada, colocou uma camisa branca de botões, uma sandália alta e fez uma maquiagem para disfarçar a cara de quem passou a noite em claro. Tomou um chocolate quente com sanduíche de queijo e seguiu para a faculdade.
A manhã passou lenta, não conseguia se concentrar em nada que os professores falavam. Na hora do almoço, fez um lanche rápido, foi na biblioteca pegar um livro que lhe ajudaria em seu TCC e seguiu para o estágio com André que estava tão destruído quanto ela.
Enrolaram a tarde inteira e André deu uma carona para a amiga até seu apartamento que após tomar um banho demorado e uma dipirona para a dor de cabeça chata que ainda persistia, foi cuidar de seu TCC que passou as férias abandonado sobre a escrivaninha de seu quarto.
Estudou até 20h e não aguentando o cansaço resolveu dormir, após tomar uma sopa que sua mãe levou para que comesse em seu quarto.
A semana foi de faculdade, estágio e cursinho preparatório. Quando chegava em casa ainda precisava estudar um pouquinho. Estava próximo de colar grau e ficava ansiosa pensando em sua festa de conclusão de curso e na prova da OAB que viria logo em seguida.
Não saiu na quinta e na sexta-feira apesar da insistência de seus amigos que lhe atentaram para curtir a noite em sua companhia.
No sábado não resistiu quando André ligou chamando para ir dançar até amanhecer na boate Broadway e resolveu que nem só de estudos se fazia uma futura advogada.
Tomou banho e se arrumou empolgada para curtir a noite ao lado de seu amigo e motorista preferido.
Vestiu uma saia preta colada em seu corpo fazendo conjunto com uma blusa de um único ombro na cor nude combinando com uma sandália dourada de salto que amava. Colocou alguns assessórios e olhou no espelho admirando a própria beleza e seguiu para encontrar com André que já a esperava em frente a portaria de prédio.
***
A boate não ficava muito distante. Chegaram perto de meia noite e entraram animados indo diretamente pegar uma bebida. Pediram o de sempre e foram para a pista de dança. Estava tocando Up & Down, do Vengaboys e Marília precisava dançar.
Já estavam suados. Pegaram outra bebida e seguiriam para a área aberta para dividir um cigarro e descansar um pouco antes de voltar para continuar a farra.
Logo que chegaram no jardim na parte externa da boate, onde haviam mesinhas que as pessoas usavam para paquerar de forma mais intimista, encontraram com Cris. A loirinha correu para cumprimentá-los e sorrindo com os olhos verdes brilhantes lembrou à Marília que meia noite completaria 18 anos.
Os amigos parabenizaram Cris e a loira aproveitou para roubar um selinho de Marília. A conversa rolou solta enquanto fumavam um cigarro.
André decidiu voltar para boate informando que precisava beijar na boca urgentemente. As garotas riram e continuaram conversando no jardim. O papo se prolongou e virou algo mais. Se beijaram com afeto e ficaram ali trocando carinhos até que resolverem entrar para curtir a noite.
Marília achava a loirinha uma graça. Uma baby bofinha bem decidida, diga-se de passagem. Por vezes, parecia que Cris ia tirar sua roupa ali mesmo.
Dançaram juntas até a carona de Cris chamá-la para ir embora. Se despediram e marcaram um cinema no shopping durante a semana.
Marília e André ficaram mais um pouco e resolveram ir embora já combinando uma praia no domingo. Nesse sábado, Marília sentiu falta da morena na boate.
***
A rotina de Marília estava intensa, mas, para se confortar, se lembrava que estava perto de finalmente alcançar seu sonho de ser advogada. Na quarta-feira encontrou com Cris no shopping. Foram para o cinema de mãos dadas e depois fizeram um lanche.
Se falavam todos os dias e se encontravam na boate no sábado. Ficar juntas foi tão natural que em pouco tempo decidiram começar a namorar. Quando André soube não ficou admirado, mas não perdeu a oportunidade de afirmar que a amiga era hétero de araque.
***
Como todo casal em início de relacionamento, Marília e Cris passaram a frequentar lugares mais calmos onde pudessem se curtir. Viajaram algumas vezes para a praia com outros casais de amigos.
Passaram quase dois meses sem ir na boate até que André as intimou para dançar naquele fim de semana.
No sábado, se encontraram na Broadway e, seguindo o mesmo ritual, foram ao bar pegar bebidas e, então, para a pista de dança. Já passava de uma da manhã quando Marília sentiu um beijo em seu pescoço seguido por um “oi, sumida”. Aquela voz rouca era inconfundível. Não precisou olhar para saber que era Isis quem estava ali.
Sentiu o coração acelerado e, então, virou-se, fitando a morena nos olhos. Isis saiu como chegou e Marília continuou dançando com sua namorada até a hora que Cris precisou ir embora. Despediram-se com um longo beijo e marcaram de se encontrar na praia no domingo à tarde.
Marília pegou outra bebida e seguia para onde André estava dançando quando sentiu uma mão lhe puxando para um cantinho mais afastado. Isis. Nem precisou olhar. O cheiro do perfume Lapidus em sua pele era inconfundível.
Isis lhe encostou na parede e sem a menor cerimônia se apossou de sua boca. Mordeu seus lábios, ch*pou sua língua com sofreguidão e Marília não resistiu. Aliás, nem pensou nisso.
A morena cheirava e ch*pava seu pescoço, enquanto uma mão segurava sua nuca de forma firme e a outra percorria seu corpo sem nenhum pudor. Marília gemia. E queria mais.
Quando o desejo já havia dominado os dois corpos, Isis saiu da boate levando Marília consigo. Entraram no carro vermelho da morena e continuaram se pegando até chegar no motel mais próximo.
Marília nem lembrou de avisar a André que não voltaria de carona com ele.
A noite foi longa. Marília gozou tantas vezes que nem conseguiu contar. Isis beijou e ch*pou cada centímetro de seu corpo. Lhe colocou de costas para si e puxando seu cabelo, lambia se pescoço enquanto esfregava sua bucet* pela bunda de Marília, a deixando toda melada com seu desejo.
Depois lambeu seu pescoço com tesão. Era tesão demais. Desceu lambendo suas costas até chegar em sua bundinha empinada. Passou a língua em seu meio e a ch*pou despertando um formigamento por todo o corpo de Marília. Ela nunca tinha provado daquele tipo de intimidade. Enquanto Marília gemia de forma quase descontrolada, Isis colou o dedo indicador em sua boca. Em ato continuo lhe penetrou por trás. Marília se jogava em direção a mão da morena e sentia o corpo estremecendo a cada estocada. E quando achava que ia goz*r, Isis a penetrou com mais firmeza, enquanto pousou a outra mão em seu clit*ris, a levando a uma loucura nunca antes imaginada.
Marília estremeceu e Isis retirou as mãos de seu corpo, beijando sua nuca, dando-lhe um tapa estalado em sua coxa. A baixinha estava mole. Nunca havia goz*do tanto na vida. Estava em êxtase. Isis se deitou de costas para a cama e puxou a outra para si que se aninhou em seus braços.
Dormiram e perderam a hora. Acordaram as 8h da manhã e seguiram para o banheiro onde treparam novamente no chuveiro. E Marília gozou. Isis olhava para aquela mulher em suas mãos com aquele sorriso indefectível em seus lábios. Depois do banho demorado Marília se assustou com as marcas que estavam por todo o seu corpo. Não sabia como iria encontrar com a namorada na praia com tantos ch*pões em seu pescoço, costas e bunda. Achou melhor mandar um torpedo desmarcando a praia dando a desculpa esfarrapada que os pais a intimaram para um almoço em família.
Marília se arrumou e encontrou Isis deitada na cama já vestida e estampando uma cara de satisfação. A morena a fitou de cima a baixo e a indagou se aceitava uma carona. Marília aceitou e, já no carro, aproveitou para reclamar das marcas que ficaram em seu corpo. Isis riu e disse que gostava de marcar o que era seu.
A moça ficou transtornada com a petulância da morena. Pediu para ficar na casa de André e seguiu em silêncio até seu destino. Os pensamentos estavam gritando em sua mente. A forma como era tratada por Isis lhe inquietava. Ao mesmo tempo que adorava afirmar que era sua dona, a morena demonstrava que só queria sex*. Nada além disso. Marília desconfiava que a loira mais velha era sua namorada e que também deveria viver um relacionamento abusivo, porque a falta de respeito estava clara para quem quisesse ver.
Quando chegaram no prédio de André, Isis fez menção de beijar Marília que desviou o rosto e desceu do carro sem agradecer a carona.
Subiu direto para o apartamento do amigo sem precisar ser anunciada porque já era conhecida pelos porteiros. Tocou a campainha e foi recebida pela avó de André. Cumprimentou a senhora e seguiu para o quarto do amigo deitando a seu lado na cama.
Já passava das 10h quando o amigo despertou percebendo a presença de Marília em sua cama.
- Criatura, como você desaparece da boate sem deixar vestígios? Não atendeu minhas ligações. Eu estava preocupado, pensava que ia ter que ir no IML procurar teu corpo.
Falou fingindo preocupação. Os dois caíram na gargalhada.
- Ai, Bi. Nem te conto.
Falou mostrando as marcas no pescoço para André que tapou as mãos com a boca, demonstrando espanto e curiosidade.
- Amiga, me fala que sex* selvagem foi esse, por Madona!
Marília começou a narrar a tórrida noite de sex*. André queria saber os detalhes sórdidos. A amiga não os poupou em sua narrativa.
- E a Cris? Como fica nessa loucura toda?
- Desmarquei a praia de hoje por motivos óbvios.
Falou apontando para os roxos em seu corpo.
- Depois, eu não sei. Gosto dela.
Continuaram conversando até a avó de André chamar os dois para almoçar. Marília declinou do convite e seguiu a pé para sua casa, pensando nos acontecimentos da noite anterior.
Chegou em casa e sentiu um grande alívio ao perceber que não havia ninguém por lá. Comeu alguma coisa que tinha na geladeira e resolveu passar o resto do domingo trabalhando em seu TCC.
***
A semana passou e Marília evitou encontrar com Cris o quanto conseguiu. Agradeceu muito ao TCC por ser a desculpa perfeita para seu enclausuramento domiciliar.
Na sexta, haveria um show que a loirinha queria ir e a namorada decidiu lhe acompanhar, já que seu repertório de desculpas já estava esgotando. Era a inauguração de um bar GLS localizado próximo à Avenida Beira Mar. A festa foi muito concorrida e todas as caras conhecidas marcaram presença.
Fortaleza era assim. Parecia que todos frequentavam os mesmos lugares ao mesmo tempo. Sempre brincava que quando abria um novo bar, o antigo precisava fechar as portas por falta de clientela.
As duas estavam de mãos dadas caminhando ao lado de André e de Marcos, seu novo ficante fixo, procurando uma mesa para os quatro. O único lugar disponível era ao lado da mesa de Isis que conversava animadamente, rodeada por suas amigas, com a loira mais velha em seu colo.
Ao avistar Marília, a morena a encarou com o sorriso cafajeste já tão conhecido. Marília preferiu fingir que não viu. Estava decidida a dar uma chance a loirinha e sair daquele rolo. O sex* era sensacional, não podia negar, mas o vazio que ficava depois lhe machucava muito.
Por um segundo imaginou como seria um relacionamento sério com Isis. Se imaginou no lugar da loira mais velha e, rapidamente, afastou aqueles pensamentos porque não tinha vocação para tomar tanto chifre, o que era do conhecimento da cidade toda.
Cris, sem desconfiar de nada, sentou de frente para Isis e puxou a namorada para ficar junto a si. Marília estava irritada, a última coisa que queria era encontrar a morena novamente.
A noite se arrastava e Marília estava mais agoniada a cada momento. Sempre que olhava para o lado, seus olhos cruzavam com os de Isis e aquilo era desconfortante demais.
Sem pensar muito, Marília cochichou no ouvido de André:
- Migo, me empresta o carro? Preciso sair daqui ou vou explodir.
O amigo concordou e ela chegou no ouvido da namorada e perguntou com a voz mais manhosa que conseguiu:
- Amor, vamos namorar em um cantinho mais reservado?
A loira lhe olhou e abriu um sorriso solar. Estavam juntas há mais de um mês e nunca tinham trans*do, apesar de sua insistência. Ela achava que Marília tinha receio por causa de sua idade.
Elas levantaram, despediram-se dos amigos sob o olhar curioso da morena que as observava de forma quase obsessiva. E saíram.
Pouco tempo depois, Isis levantou e foi em direção ao banheiro. Na volta, sentou na mesa de André e Marcos e, sem fazer rodeios, perguntou se Marília tinha ido embora. André disse que sim e Marcos, sem saber do que se passava entre elas, complementou sorrindo:
- Marília decidiu levar a de menor para conhecer um motel.
Isis fechou a cara de imediato, se levantou e saiu do bar pisando forte sem se despedir de ninguém, nem da loira que a acompanhava.
***
Cris não escondia a felicidade quando chegou no motel com Marília. Não que fosse virgem, já que sua primeira vez aconteceu quando ela tinha 14 anos com uma amiga da escola, mas ela nunca tinha entrado em lugar como aquele.
Agarrou Marília lhe enchendo de beijos que começaram na nuca e desceram pelo pescoço, colo, seios. Ela rapidamente soltou as alças do vestido que a namorada usava lhe deixando só de calcinha. Se afastou um pouco e ficou admirando o corpo a sua frente.
Depois livrou-se da própria roupa ficando nua em pelo, expondo o corpo delicado de pele branquinha onde Marília se perdeu nas sardas que pintavam o vale de seus seios e os ombros.
Começou a beijá-la carinhosamente e depois passou a lamber as sardas sofregamente até chegar aos seios redondinhos e com o biquinho rosinha. Colocou o seio direito todo dentro da boca enquanto passava a outra mão no seio esquerdo.
Cris gemia baixinho de um jeito tão lindo e, quando a mão de Marília passou por todo o seu corpo e estacionou entre suas pernas, ela sussurrou que queria fazer amor bem gostosinho.
Marília a fitou nos olhos, deu um sorriso e deixou um selinho em seus lábios. Se ajoelhou e passou a admirar a bocet* loirinha a sua frente. A abriu com os dedos expondo os lábios cor de rosa e o grelinh* que já estava inchado de tanto tesão. Colocou o dedo bem no centro e viu como Cris estava molhada. Passou a língua por toda a extensão e ch*pou gostoso fazendo-a estremecer e pedir, quase choramingando, para goz*r.
Marília a conduziu até a cama, lhe deitando de costas para o colchão. Deitou sobre ela e a beijou sem pudor enquanto suas mãos percorriam todo o corpo da namorada que gemia pedindo por mais. A morena escorregou para o meio das pernas de Cris e abriu suas pernas com carinho e começou a lhe tocar. Contornou seu clit*ris, apertando-o entre os dedos e então a fez goz*r em sua boca ao som dos gemidos doces da loirinha.
Cris, depois de recuperar o fôlego, puxou a namorada e lhe deu beijo demorado, onde as línguas se encontraram como se dançassem um balé. Beijou seus seios e, trocando de lugares, passou a explorar cada cantinho do corpo da namorada até chegar em suas coxas. Tirou a última peça de roupa que ainda restava e começou a lamber o clit*ris de Marília. A penetrou com dois dedos inicialmente de forma delicada e foi intensificando os movimentos de forma cadenciada.
A baixinha estava entregue, mas não conseguiu. Por mais que Cris fosse habilidosa, o gozo não veio. A loirinha percebeu e perguntou, de forma medrosa, se não estava fazendo direito.
Marília a puxou e, abraçando-a com carinho, lhe encheu de beijinhos e afirmou que ela era ótima, mas que estava muito cansada. Era isso. Ela mesmo quis acreditar na desculpa.
Cris se mostrou compreensiva, embora não conseguisse esconder a frustração naquele momento. Ficaram abraçadas mais um tempinho em silêncio.
Tomaram um banho juntas, se vestiram e saíram para comer alguma coisa antes de levar Cris para casa.
Marília foi muito carinhosa o tempo inteiro e mesmo diante do acontecido, Cris se mostrava feliz. Pararam no drive-thru de um fast food e comeram os sanduíches dentro do carro mesmo enquanto conversavam sobre assuntos aleatórios.
Após deixar a loirinha em casa, ligou para André para combinar a devolução do carro do amigo que ainda estava no bar.
Parou o carro do outro lado da rua do bar onde os amigos estavam e ligou para avisar que já tinha chegado. Enquanto aguardava, viu Isis escorada no muro fumando um cigarro. Não conseguia desviar o olhar e agradeceu às deusas quando André chegou com Marcos, pois sabia que se fosse vista, não conseguiria evitar o contato.
Deixaram Marcos em casa e resolveram tomar a saideira em um bar perto do apartamento de Marília. Ela sabia que o amigo queria ficar só com ela para saber de todos os detalhes da noite.
Pediram uma cerveja e André não perdeu tempo.
- Quero todos os detalhes sórdidos. Me conta. A novinha entende do assunto?
Perguntou gargalhando.
- Foi bom. Ela é linda, carinhosa.
- Bom? Só isso?
- Não consegui goz*r.
André colocou a mão na boca admirado
- Queeee? Como assim?
- Amigo, não sei. Eu estava excitada, comi a loirinha direitinho, mas quando ela começou a me ch*par me deu uma agonia, uma vontade de sair dali. Não sei explicar.
- Será que isso tem a ver com uma certa morena que saiu do bar pisando duro quando soube que vocês foram pro motel?
Marília arregalou os olhos cheios de reprovação.
- Puta que pariu. Que bichas fofoqueiras essas que eu me acompanho.
Ficou curiosa, mas não quis demonstrar interesse na reação de Isis.
***
Passou o sábado em casa e, no domingo, chamou Cris para pegar uma praia, mas ela disse que tinha que almoçar com os pais. Decidiu, também, por ficar em casa curtindo a família.
O almoço foi uma massa que pediram no restaurante Primo Piato, seu italiano preferido na cidade. Sua mãe ao ver as duas filhas sentadas à mesa brincou dizendo que aquele momento era tão raro que estava até emocionada.
Conversaram sobre o TCC, o estágio, a formatura e a prova da OAB. Marília comentou que estava exausta e que pensava em deixar o estágio para se dedicar mais ao cursinho preparatório para a prova da Ordem. Para sua surpresa, seus pais concordaram e ela ficou aliviada em ter mais tempo para estudar.
A semana passou corrida. Comunicou seu desligamento no estágio, teve direito até a festa de despedida com bolo de chocolate com morango, seu preferido. Teve também reunião com sua orientadora.
Na faculdade, reencontrou Beto, um amigo de colégio que cursava Direito à noite, e que há muito tempo não se falavam. Descobriu que ele foi transferido para o turno da manhã e que tinham a mesma orientadora.
Conversaram bastante, colocando os assuntos em dia e marcaram de estudar juntos à tarde. Os estudos em conjunto viraram rotina, algumas tardes na casa de Marília e outras na de Beto. Almoçavam juntos todos os dias e se ajudavam muito, além de conversarem horrores.
Focaram nos estudos, afinal tinham apenas dois meses para entregar a versão final do TCC e não esqueciam da prova da OAB que aconteceria em meados de janeiro do ano seguinte.
Se afastar das saídas foi inevitável. E de Cris também. Depois do acontecido no motel, a loirinha se afastou e Marília não fez o menor esforço para reverter a situação. André vez ou outra era atacado pelos ciúmes, mas a amiga estava decidida a terminar a faculdade de forma laureada.
***
Os meses passaram feito raio. Marília e Beto estavam firmes em atingir os objetivos que traçaram para si e André, sempre pedindo atenção, atualizava Marília sobre as notícias da cena GLS de Fortaleza.
Todas as vezes que se falavam rolava aquele drama queer sobre a usurpação de seu posto de melhor amigo por Beto. Marília ria e sempre tentava, assim como não quer nada, saber de Isis, mas não se viram até dezembro.
No dia da apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso, Marília e Beto estavam ansiosos, mas muito seguros. Sabiam que tinham se esforçado e feito excelentes trabalhos.
Foram aprovados com a nota máxima e muito parabenizados pela banca para orgulho da orientadora.
A comemoração foi um jantar no restaurante português preferido do pai da morena com sua família e seus amigos mais chegados. Comeram e tomaram vinho. Marília já estava altinha quando se despediu de todos e saiu de lá acompanhada por André para curtir a noite na Broadway. Afinal, ela merecia.
Estava com saudades de Isis. Ansiava pelo encontro, embora não admitisse nem para si mesma. Não via a hora de encontrar a morena e a possibilidade de vê-la novamente lhe fazia suspirar.
[1] Eu te devoro, Djavan
Fim do capítulo
Meninas, boa noite!
Mais uma parte da história de Marília e Isis. Com um pouquinho de atraso, é verdade.
Obrigada por acompanharem.
Bjs
Z
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Vih_Benic
Em: 01/10/2021
Simplesmente amando.... Pena que á autora ,nos castiga tanto com o longo intervalo entre um Cap e outro.
Satisfações CEARENSES,dona Moça.
Os: frequentei muito essa boate ........ Rsssss
Xeru!
Vih:)
Resposta do autor:
Fico feliz que esteja gostando da história das meninas!
Quer dizer que você conheceu meu lugar favorito?
Beijo e obrigada pela companhia por aqui!
Z
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