Capitulo 26
Capítulo 26°
Narrador
Quando Alice deu as costas caminhando em direção a saída de sua sala, Isabella deixou o corpo cair pesadamente sobre a cadeira. Sabia bem que não adiantava ir atrás da filha. O melhor era deixar que ela esfriasse a cabeça. Girou na cadeira, tentando acreditar que com toda essa situação as duas iriam se separar de vez, era o que seu íntimo mais desejava. Odiava ver Alice sofrer e ainda mais por conta de alguém cuja irmã foi responsável por um atentado a vida de Larissa.
- Você está bem? – Maísa questionou inclinando a cabeça para dentro do cômodo.
- Oi, entra.
A mulher fez o que ela pediu ao notar que a amiga parecia precisar conversar. Sentou-se à sua frente esperando que a outra se sentisse preparada para contar o que estava acontecendo.
- Acabei de discutir com a Alice.
- O que houve?
- O que vou te falar, nem Larissa sabe ainda.
- Claro, o assunto morre aqui. Não se preocupe. – tranquilizou-a.
- Alice aparentemente está namorando uma garota.
- Nossa! Isso é maravilhoso. – notou a expressão preocupada da advogada. – Não é?
- Sim. Claro. Não me incomoda o fato de ela namorar uma garota.
- Então qual o problema?
- A garota ser a irmã de Alana. – concluiu e a mulher agradeceu por estar sentada.
- Espera! O quê? – questionou desacredita.
- Isso mesmo que você ouviu. Alice está namorando Virgínia, irmã de Alana.
- Caramba! Isso é muita loucura. Alice sabe?
- Acredito que não. Virgínia tem aquele mesmo charme da irmã. Eu a vi com a chefe dentro do carro em frente à casa dela.
- Isabella! Você está perseguindo a garota?
- Não, quer dizer. Talvez. Só precisava ter certeza das minhas suspeitas. – suspirou pesadamente.
- Mas isso incluiu perseguir a menina?
- Eu só fiquei apavorada quando minhas suspeitas se confirmaram, fui até lá para conversar com ela. E tentar fazer com que esse envolvimento acabe.
- Continua sendo perseguição.
- Eu sei! Mas não sei o que fazer. Ao menos consegui colocar a dúvida na cabeça da Alice. Virgínia gosta da chefe dela.
- Como pode ter certeza?
- Eu vi o clima entre as duas, e Alice deve suspeitar. Afinal acreditou quando contei sobre o que vi.
- Vai contar a Larissa?
- Preciso, ela consegue lidar melhor com as coisas nessas ocasiões.
- Amiga, você precisa se acalmar. Lembra o que fez quando sua mãe deixou claro que não gostava de Alana?
- Lembro. Acabei casando com ela.
- Então, a melhor coisa a fazer é deixar que Alice tome as próprias decisões. – tocou sua mão com carinho.
Apesar de acreditar que essa era a única coisa a ser feita, Isabella detestava a ideia de não tomar alguma atitude. Precisava mesmo seguir o conselho da amiga, afinal proibir Alice de ver Virgínia talvez só as aproximasse ainda mais e isso não era o que ela queria.
Enquanto isso no Pub, Alice estava na companhia de Rebeca o que era sem dúvidas algo que a garota nunca imaginou que fosse acontecer, já que quando se conheceram a mais velha não foi nada educada. Porém naquele momento Rebeca se mostrou uma pessoa completamente diferente da imagem que Alice fez dela no primeiro momento.
A conversa entre elas surgia de forma tão natural e divertida que aparentava uma amizade de longa data. Alice resolveu deixar o acontecido anterior de lado, dando assim uma chance de conhecer de fato quem era Rebeca. Para sua surpresa descobriu que a mulher havia sido noiva. E aparentemente foi traída, isso elas tinham em comum. Mas não arriscou perguntar se o noivo dela também ficava com homens, tal qual Matheus. Achou melhor deixar a brincadeira para quando as duas tiverem um pouco mais de intimidade.
Ao notar uma mulher fitando Alice insistentemente, Rebeca resolveu perguntar se as duas se conheciam. Assim descobriu que a mulher se chamava Heloísa, e que havia paquerado a garota mais cedo. Movida pela promessa que havia feito a Amélia, de que ajudaria a separar Alice e Virgínia. Acabou incentivando a loira a ir falar com Heloísa.
Insegura do que estava fazendo Alice acabou indo. Quando pensou em dar meia volta e ir sentar-se, lembrou do que Isabella havia contado sobre Virgínia e Alice, havia sido feita de boba. Estava ferida, cansada de ser enganada. Decidiu naquele momento que não iria mais permitir que seus sentimentos tomassem conta de suas emoções.
- Oi. – Heloísa sorriu ao vê-la se aproximar.
- Oi. – respondeu sem graça. Não sabia o que dizer.
- Fico feliz que tenha vindo. Mas triste por estar acompanhada. – comentou sincera.
- Eu... Nós... Droga! Vou começar de novo. – respirou fundo tentando acalmar as ideias e a mulher deu um largo sorriso ao notar o nervosismo da garota. – Aquela é a Rebeca. – apontou na direção e notou Heloísa cumprimentar a outra. – Ela é apenas uma conhecida. Não estamos juntas.
- Que maravilha! – comentou satisfeita. – Desculpa. Só fico feliz que não tenha ninguém com você, digo, romanticamente. Você tem?
- Não! – respondeu rapidamente.
- Podemos conversar em um lugar mais tranquilo?
Alice assentiu e a mulher saiu de trás do balcão e segurou sua mão conduzindo-a. Caminharam até uma sala que a loira deduziu que era o escritório de Heloísa. A decoração era meio rustica, assim como a do pub. De forma curiosa os olhos de Alice percorreram o lugar.
- Gostou?
- Sim. Bem diferente, combina com a decoração lá de fora. – sorriu.
- Você vai me desculpar pelo que eu vou fazer.
- O que você....
Não teve tempo de completar a frase. Heloísa agarrou sua cintura, selando suas bocas em um beijo arrebatador. Pega totalmente de surpresa Alice aos poucos retribuiu os beijos, soltando gemidos em meio ao contato. A barista tinha uma pegada incrível, que deixou Alice com as pernas bambas e completamente excitada apenas com aquele beijo. A mulher mordia, puxando o lábio inferior da loira sem tirar seus olhos dos de Alice. O que a enlouquecia ainda mais.
Com as mãos ágeis Heloísa acariciou a barriga de pele clara por baixo da blusa, sorrindo com malicia ao ver os pelos de Alice se arrepiarem. Satisfeita com as sensações que causa na garota. Os olhares de cruzaram, o desejo sem dúvidas era latente. Domada pela necessidade de aplacar o que sentia, Alice retirou a blusa de Heloísa, em seguida tirou a sua.
O sutiã branco contrastava com a pele negra de Heloísa, Alice se sentiu paralisada com toda a beleza da mulher. Ela lhe sorriu, puxando-a para ficar por cima. Tirando-a do transe de completa admiração que a loira se perdeu. Os beijos e caricias se intensificaram. Os gemidos em meio aos beijos, desesperados, sedentos.
Sem pedir permissão ou passagem, Heloísa desabotoou a calça de Alice, sem retira-la. Abriu apenas o espaço para que pudesse colocar sua mão entre as pernas da garota que gem*u mordendo seu ombro ao sentir seus dedos a preencherem.
- Você está completamente molhada. – sussurrou passando a ponta da língua em sua orelha.
- Com esses beijos, o que você esperava? – sorriram voltando a se beijar.
Alice queria sentir o ponto de prazer de Heloísa. Abriu sua calça, e a tocou. Sorrindo satisfeita ao notar que a mulher também estava excitada. Entraram em movimentos sincronizados, arfando, gem*ndo, desejosas do ápice do prazer. Que não demorou a chegar e conseguiram goz*r simultaneamente. Ofegante, Alice deixou seu corpo cair sobre o da negra, que tentava acalmar sua respiração e batimentos.
- Isso foi bem intenso. – comentou a dona do pub.
- Concordo. – sorriu. – Podemos repetir?
- Sim, mas não agora. Tenho que voltar a trabalhar. – sorriu para ela. – O que vai ser um grande sacrifício.
- Então anota meu número. E quando você tiver um tempo livre, a gente repete o que aconteceu aqui. – comentou se levantando, vestindo a blusa.
- Seria ótimo.
Trocaram os números de telefone. Usaram o banheiro do escritório para se higienizar e voltaram ao salão. Alice ficou completamente abobada com a possibilidade do sex* sem envolvimento. Sem complicações, apenas sex*. Quando voltou para junto de Rebeca decidiu que não queria dormir em casa, e Rebeca deu a ideia de que ela poderia dormir em um hotel. A proposta foi aceita, não sem antes fazer a mulher aceitar dormir com ela.
Já passava das dez e Isabella continuava na sala esperando a filha aparecer. Já havia ligado para Anna na esperança de que as duas estivessem juntas. Mas a garota disse que não via Alice desde cedo. Fitou o relógio mais uma vez.
- Amor, vamos para cama. – Larissa comentou agarrando-a por trás. Ela estava trabalhando em um novo projeto e quando foi para o quarto viu que a mulher não estava deitada ainda.
- A Alice ainda não chegou. Estou preocupada.
- Aposto que ela deve estar com a Virgínia e esqueceu de avisar. – comentou sentando ao lado da esposa.
Foi impossível Isabella disfarçar sua cara de insatisfação por pensar que as duas poderiam ter se entendido. Essa de longe seria a pior coisa que poderia acontecer.
- O que foi? Não gosta da garota?
- Não.
- Você nem a conhece. – tentou argumentar.
- Mas sei que ela está brincando com a Alice.
- Como você sabe?
- Isso não importa. Não quero vê-la sofrer mais uma vez.
- Você está estranha. Tem algo acontecendo e eu não sei? – questionou fitando-a de forma curiosa.
- Sim.
- Então me diz o que é.
- Virgínia é irmã da Alana.
- Oi?
- Isso mesmo que você ouviu. Virgínia é irmã da Alana. Por isso não quero Alice com ela.
- Mas essa decisão não cabe a nós. Tudo bem que entendo sua preocupação e cuidado com nossa filha, mas ela já é uma adulta e responsável por sua vida e escolhas.
- Eu sei. Mas precisamos impedir isso. Imagina você ter que conviver com a irmã da mulher que quase tirou sua vida.
- Amor, o que Alana fez não tem nada a ver com a Virgínia. Você está apenas sendo superprotetora com a Alice, imaginando que a Virgínia é igual a Alana.
- Mas ela é. Eu vi a forma que ela conversava com a irmã da Rebeca.
- Espera um segundo! Por isso você foi falar com a Rebeca?
- Sim. Vi as duas de longe e pareceu ser a Rebeca.
- E com que direito você foi questioná-la sobre um assunto tão pessoal?
- Com o direito de uma mãe preocupada. Virgínia claramente está enganando a Alice.
- Amor, você precisa respirar. – segurou suas mãos, tentando acalmá-la. – Isso tudo está trazendo muita coisa do passado, o que impossibilita que você pense com clareza. Alice é esperta. E Virgínia me parece uma boa pessoa, então até que algo aconteça para que precisemos tomar um lado, ficaremos ao lado da nossa filha. Mas até lá, precisamos deixar as coisas como estão.
- Você tem razão. Mas no momento estou preocupada. Ela saiu transtornada da empresa. Depois que eu contei o que vi.
- Ela deve estar bem. Notícia ruim chega logo. Agora vamos para cama? – mesmo a contra gosto a mulher concordou e foram para o quarto.
Isabella recebeu todo cuidado e atenção da esposa que fez de tudo para que ela conseguisse esquecer toda a história de Alice. Larissa aproveitou quando Isabella foi para o banho e tentou ligar para a filha, na esperança de que tivesse alguma notícia. Não queria deixar transparecer que também estava preocupada. Resolveram assistir um filme e logo adormeceram juntas.
Logo cedo na manhã seguinte, a primeira coisa que Larissa fez foi ir até o quarto de Alice. Mas se frustrou ao encontrar a cama do mesmo jeito da noite anterior. Fechou a porta e foi para o banho.
- Nada dela? – questionou Isabella fitando-a pelo reflexo do espelho.
- Ainda não.
- Vou espera mais algumas horas, se ela não aparecer vamos chamar a polícia.
- Tudo bem. – concordou entrando no box em seguida.
Após o café da manhã. Isabella foi deixar os filhos na escola, os meninos notaram que algo estava errado, mas decidiram não perguntar o que era. Se despediram no portão e Isabella checou mais uma vez o celular. Olhou o relógio e pelo horário Virgínia deveria estar em casa ainda. Tomou a direção do apartamento da fotografa. Desceu do carro e caminhou até a recepção.
- Bom dia, o senhor pode me informar se Virgínia está?
- Bom dia senhora, infelizmente não posso dar informações dos moradores.
- Ah! Claro, é que sou tia dela. E vim de surpresa. Mas posso esperar ela sair para trabalhar. – deu as costas na esperança que o senhor se comovesse com a história.
- Senhora! – sorriu satisfeita, virou na direção do homem.
- Sim.
- Ela saiu mais cedo hoje.
- Claro. Sei aonde ela trabalha, vou até lá. Muito obrigada.
De fato, Isabella sabia aonde a fotografa trabalhava, devido a sua extensa investigação. Dirigiu até a agência. Respirou fundo e desceu do carro decidida a colocar um fim naquela história de uma vez por todas.
As portas do elevador se abriram, atravessou-as. Olhou em todas as direções em busca de encontrar Virgínia. O local ainda estava um tanto quanto vazio. Foi então que seus olhos avistaram a fotografa. A passos firmes, foi até ela.
- Isabella, o que faz aqui? – indagou surpresa.
- Eu vim dizer que sei quem você é.
- Eu imaginei que soubesse, mesmo assim não sei o que veio fazer aqui.
- Vim dizer para você ficar longe da minha filha. – Virgínia sorriu de forma sarcástica.
- Você não acha que isso tem que ser decidido por ela?
- Alice não sabe quem você é. – Virgínia gargalhou o que fez com que a ira da advogada aumentasse ainda mais.
- Pelo contrário. Ela sabe sim quem eu sou.
- ALÉM DE TUDO É UMA MENTIROSA!
- Eu, mentirosa? Pergunte a ela sobre mim. Ela vai confirmar o que estou dizendo. Alice é bem diferente de você.
- Garota, você não sabe nada sobre mim.
- SEI QUE POR SUA CULPA A MINHA IRMÃ ESTÁ MORTA. – cuspiu as palavras e Isabella sentiu o peso de cada uma delas.
- VOCÊ É MUITO PETULANTE.
- O que está acontecendo aqui? – Virgínia fitou Amélia quase que pedindo socorro. A mulher estava com o ar preocupado.
- Deveria verificar melhor sua grade de funcionários. Ah! Esqueci que fora daqui ela faz hora extra na sua cama. – provocou e Virgínia sentiu o rosto corar, já que metade dos funcionários acabava de chegar. Todos os olhares foram para ela. Em seguida para Amélia.
- Vocês não têm um trabalho a fazer? – indagou com a voz firme e logo cada um tomou seu rumo. – E quanto a você. – olhou para Isabella. – Não me importo quem você é. Mas não te dei autorização nenhuma para vir até aqui, ofender e ameaçar minha funcionária. Fora a calúnia. Então, peço educadamente que você se retire. Antes que eu chame os seguranças para lhe acompanhar.
- Não precisa de segurança. Estou indo embora.
Deu as costas e saiu pisando firme, completamente desestruturada e envergonhada pela cena. Amélia fitou Virgínia, incerta se deveria se aproximar.
- Vem, vamos para a minha sala.
- Acho melhor não. – comentou envergonhada.
- Vem. Não se importe com os olhares. – esticou a mão esperando que ela a segurasse.
Ponderando internamente se deveria ir ou não, mas acabou aceitando. Amélia fechou as cortinas, tentando ao máximo deixar Virgínia menos constrangida e longe dos olhares curiosos. Mesmo sabendo que as fofocas com certeza continuariam ainda mais depois que as duas estivessem sozinhas em sua sala. Fitou Virgínia que estava com a cabeça baixa e os olhos cheios de lágrimas.
- Não fica assim. É justamente isso que ela quer. – se pôs de joelhos em sua frente. Tocando suas mãos.
- Nunca imaginei que ela fosse capaz de fazer algo desse tipo. Vir até aqui, pensei que ela pudesse ter limites. – falou entre soluços.
- Meu bem, você faz com que ela se lembre do pior momento da vida dela. Com certeza nem deve ter pensado direito ao vir até aqui. Mas a culpa não é sua. Está me ouvindo?
- Sim. Eu sinto muito por isso tudo.
- Você não tem culpa de nada. – acariciou seu rosto. – Mas isso só faz com que eu pense ainda mais que essa coisa com a Alice não vai te fazer bem. Deveria ficar comigo. – brincou e conseguiu arrancar um sorriso dela.
- Eu preciso voltar ao trabalho. - tentou se levantar.
- Não. Você deveria ir para casa.
- Tenho muita coisa para fazer. E preciso encarar os olhares agora.
- Vem trabalhar aqui na minha sala então.
- Sério?
- Sim, eu vou adorar ter sua companhia. E prometo deixar as cortinas fechadas. Sabe, evitar os olhares.
- Obrigada. – a abraçou.
Sorriu agradecida por saber que poderia contar com a mais velha. Amélia sentia seu corpo inteiro reagir ao simples toque da fotografa, mas aquele não era o melhor momento. Precisava apenas estar ao lado da garota, garantindo que ela estivesse bem. Mas não poderia negar que esperava uma nova postura de Virgínia em relação a Alice, já que a mãe da garota pareceu determinada em separar as duas.
Ao sair da agência Isabella dirigiu até a empresa. Ainda não conseguia acreditar no que havia feito. Nunca foi capaz de fazer uma cena daquelas, mas além da preocupação com a filha, tinha toda essa relação das duas que em nada lhe agradava.
Parou o carro em sua vaga no estacionamento. E antes de sair viu a alguns metros Rebeca descer do carro de Alice. As duas se despediram com um aceno de cabeça e um sorriso. Isabella forçou os olhos imaginando se tratar de uma miragem. Observou Rebeca passar pelas portas de entrada e em seguida Alice deu partida no carro.
- O que diabos está acontecendo? – indagou em voz alta.
Saiu do carro e caminhou apressada até o elevador. Antes que as portas se fechassem viu que Rebeca estava sozinha.
- Bom dia, Isabella. – cumprimentou-a.
- Bom dia, Rebeca. Eu posso até estar ficando louca, mas aquele carro que te deixou aqui era a Alice?
- Sim. – antes que pudesse explicar entraram mais algumas pessoas. – Podemos ir até minha sala?
Rebeca entrou e deu passagem para a Isabella. A mulher sentou-se com um olhar questionador.
- Alice está bem. Se é isso que quer saber.
- Que ela está bem eu já vi. Quero saber o que ela fazia com você!?
- Depois da discussão de vocês ontem, eu vi que ela não estava bem. Conversamos um pouco e ela queria ir para algum lugar. Percebi que ela não tinha condições nenhuma de dirigir. Então me ofereci para leva-la aonde ela quisesse. O que resultou em uma garrafa de uísque vazia. Ela se recusou a ir para casa. E eu ofereci um quarto de hotel. Ela aceitou. Dormimos juntas.
- Vocês...
- Apenas dormimos, conversamos. Eu sou heterossexual. Então, não precisa pensar que algo aconteceu. Ao menos não entre nós duas.
- Como assim?
- Alice transou com a dona do pub. – Isabella abriu e fechou a boca diversas vezes tentando formular uma frase. – Isabella, isso é bom. Significa que ela pode deixar a Virgínia.
- Eu sei. Por falar nela. Eu fui até a agência da sua irmã.
- Não! Não me diz que você foi dar show lá.
- Fui. Estava desesperada sem saber aonde Alice estava.
- E por que acha que ela estaria na agência com a Virgínia?
- Eu não pensei direito. Tá bem?!
- Percebi. Mas olha, você precisa relaxar. Com essa sua atitude pode fazer Alice ficar com raiva de você. O que pode aproxima-la de Virgínia novamente.
- Vou tentar não meter os pés pelas mãos. Eu preciso ir. – deu as costas, pegando a bolsa. – Rebeca. – falou antes de sair.
- Sim.
- Obrigada por cuidar de Alice.
- Sem problemas. – sorriu.
Do lado de fora Tália aguardava ansiosa pela saída da advogada para ir interrogar a amiga sobre seu sumiço.
- Aonde você se enfiou?
- Bom dia para você também. – sorriu divertida.
- Que bom humor é esse, transou?
- Por que tudo tem que ser relacionado ao sex*? – rolou os olhos. – Se vai ficar com gracinhas, não vou te contar nada.
- Tá! Desculpa. Mas me diz, aonde você dormiu e com quem?
- Dormi com a Alice.
- Rebeca!!!! Não acredito que você ficou com a Alice, por isso a Isabella veio aqui? Ela te demitiu?
- Novamente, porque tudo tem que ser relacionado ao sex*? Nós apenas dormimos. Ela não estava bem depois de descobrir um possível envolvimento entre Virgínia e Amélia. Então eu a ajudei a se distrair. Como prometi que ajudaria a Mellie, reforcei a ideia que existe algo entre elas.
- Você é uma gênia.
- Eu sei. – sorriu. – Mas tenho que admitir que Alice é uma ótima pessoa, e não merece ser enganada.
- Quando você virou amiga dela?
- Dividimos uma garrafa de uísque, depois uma banheira de espumas, fora a mesma cama. Então acredito que somos amigas.
- Tudo isso, e nem um beijo?
- Nenhum. – Rebeca desviou o olhar. Não queria assumir para a amiga que sentiu coisas estranhas ao estar ao lado da garota.
- Sei. Super hetero. – comentou com um sorriso.
- Isso mesmo, agora chega disso. O que temos para hoje?
Logo estavam imersas em vários papéis. O que fez com que Rebeca se desligasse um pouco de Alice. Que mesmo assim, volta e meia povoava seus pensamentos. Mas sempre que isso acontecia a mulher tentava se convencer de que era apenas por lembrar da promessa que fez a irmã de que iria separar Virgínia e Alice. Isso era o que ela tentava acreditar. Mas no fundo sabia que poderia não apenas aquilo e de alguma forma isso a assustava.
Fim do capítulo
Amei decepcionar algumas leitoras. kkk Num é que nem foi Amélia e muito menos Alice a narrar o capítulo. Isso serve para mostrar que eu não sou tão previsivel assim.
Me digam o que acharam dessa atitude da nossa advogada preferida.
Beijos e boa leitura.
Volto na quinta.
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amoler
Em: 08/07/2022
Então tchê...
Desde o início tá rolando traição de todos os lados... se bem que ninguém firmou compromisso, então tecnicamente não é traição...
Entretanto eu deixei de me importar/torcer por qualquer que seja o casal...
Tô lendo pelo "foda-se". Se qualquer uma morrer atropelada eu nem ligo.
Isso é meio chato... tu fez eu perder qualquer elo com as personagens...
Mille
Em: 29/09/2021
Doutora Bella saiu do salto kkkkk é Virgínia agora será motivo de fofoca e ainda tem a ex da Amélia.
Olha aí a Rebeca pensando na lorinha, logo elas serão amigas e Anna vai colocar lenha na fogueira.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Na verdade quase tacou o salto na cabeça de Virgínia. E ia acertando Amélia de tabela. kkk
Obga por comentarrr.
Beijosss e até já.
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SPINDOLA
Em: 28/09/2021
Boa noite, caríssima.
E a Isa surtou legal heim,kkk, virou barraqueira e está chata demais, vacilou além da conta.
Gostei das palavras da Amélia pra Virginia, e a Vi culpar a mamãe urso da morte da irmã também foi de lascar, as duas estão precisando ir pescar por um mês pra ver se acalmam, kkk.
Rebeca ficar incentivando a loirinha a distrair com outras sapinhas pra ajudar a irmã vai prestar não,kkk, quero ver quando descobrir que está com os 4 pneus arriados mais o estepe pela Alice e a loirinha estiver pegando geral, vai ser complicado conquistar a monstrinha fogosa, kkk.
Bjs
Resposta do autor:
Boa noite, dignissima. kkk
Eu acho que Virgína só quis atacar Isabella de volta, tentando fazer com que ela se contesse.
e vamos ver aonde essa amizade das duas vai dar.
Obga por comentar.
Beijos e até já.
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Baiana
Em: 28/09/2021
A Isabela dando uma de mãe urso para proteger a cria,o medo dela é justificado. Quer dizer que a Virgínia acha que indiretamente a ex quase sogra é culpada pela morte da irmã...
Só acho que vai dá ruim para a Rebeca quando a Alice descobrir que ela também a enganou para que a Amélia tivesse chances com a Virgínia. Primeiro foi o Mateus,depois a Virgínia,e agora a nova amiga da onça,sei não,mas algo me diz que essa decepção toda será curada em muitas bocas e muitas camas,já que a Alice acabou de descobrir o lado bom da vida,e pelo jeito adorou.
Resposta do autor:
Acho que faria igual, mãe tem essa ideia de que sabe o que é o melhor para os filhos. E quanto a Vi ter falado sobre a morte da irmã e culpar Isabella, foi apenas uma forma de atacar a advogada.
OBga por comentar.
Beijos e até já.
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preguicella
Em: 28/09/2021
Então a culpa não foi minha. Enviei mas o site tá doido.
Recebi 2 notificações de capítulo publicado. Pensei comigo. A moça pirou. hahaha
Resposta do autor:
Ainda não pirei, mas to por um fio. kkk
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preguicella
Em: 28/09/2021
Aff, escrevi um comentário grandão que não foi e nem vai, pq não lembro mais.
Só sei que Rebeca tá ferrada e nem tem como fugir, pq depois que a sapatice chega por até tentar fugir, mas não vai conseguir.
Tb disse que gostava de Amélia e chamei Isa de vacilona, mas que é coisa de mãe doida. haha
Bjuuu
Resposta do autor:
mulher o site da doido. kk
o capítulo foi postado 3 vezes, sendo que so coloquei uma. kkk
E eu aqui doidinha achando que eu tinha apagado os comentarios. mortah
Beijosss
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