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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
  • Capitulo 25

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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 10

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Palavras: 4165
Acessos: 3154   |  Postado em: 25/09/2021

Capitulo 25

 

Capítulo 25°

Rebeca

            Assim que me despedi de Amélia no restaurante voltei para a empresa. Estacionei o carro e enquanto procurava meu celular no banco fitei a imagem de Alice do lado de fora. A garota parecia distraída. Se aquela era uma chance do destino para que eu consertasse o que havia feito com ela eu aproveitaria. Sai apressada do carro.

- Visitantes não estacionam aqui. Sabia? – comentei em tom divertido e a vi girar nos calcanhares ficando de frente para mim.

            Sua cara era de poucos amigos quase me assustou. Jurei que seu humor até piorou quando percebeu que era eu. O que me fez sentir vontade de rir. A garota parecia uma criança irritada, chegava até a ficar com a pele rosada.

- Não sei se sabe, mas não sou visitante. – revidou com ar de superioridade. – E você o que faz aqui?

- Trabalho aqui. – respondi e ela revirou os olhos com enfado.  os olhos. – Então você é a Rebeca que as minhas mães contrataram.

- Exato. – sorri dando dois passos em sua direção. Ela me olhou de cima a baixo, me analisando. – Olha, sobre aquele dia. Eu sinto muito.

- Não, você não sente. Só está com medo de perder o emprego. – sorriu maldosa, me fazendo perceber que não seria uma tarefa fácil convencê-la que foi apenas um engano.  

- Sou boa no que faço. – afirmei fitando-a.

- Espero que seja mesmo, afinal minha mãe não gostou nada do valor do seu salário. Se eu fosse você mostrava serviço. Agora se me dá licença, eu preciso ir.

- Filha da mãe! – resmunguei sozinha sabendo que ela não me escutaria.

            Voltei até o carro e peguei minhas coisas. A alcancei antes que pudesse entrar no elevador.  Ocupei o lugar atrás dela e quando me inclinei para apertar o número do andar meu braço tocou o seu.  Alice desceu no andar de Isabella o que me fez acreditar que as duas teriam uma conversa séria, possivelmente a respeito de Virgínia. Assim que as portas se abriram vi Tália conversando animadamente com a secretária de Larissa. Minha amiga me seguiu até a sala da presidência.

- Como foi o almoço, conseguiu descobrir alguma coisa?

- Não. – suspirei me sentando. – Amélia não quis me contar o que faz com que Isabella não queira a Virgínia com Alice. – batuquei a caneta na mesa. – Por falar em Alice, esbarrei nela agora a pouco no estacionamento.

- Não vai me dizer que a tratou mal mais uma vez?

- Na verdade fui até simpática. Mas ela é um tanto fechada.

- O que você queria? Quase bateu na garota.

- É! Mesmo assim me desculpei por aquele dia, mas ela percebeu que se trata apenas de medo de perder o emprego.

- Esperta. Gostei dela. – fitei-a séria. – O quê? A garota tem personalidade. -afirmou.

- Eu sei. Enfim. Vamos trabalhar. Será que poderia ir buscar uns documentos no RH?

- Claro, vou sim. – saiu me deixando sozinha.

            Estava entretida com os papéis em minha mesa e quase não consegui enxergar quando Alice passou rapidamente em direção ao heliponto. Ponderei se deveria segui-la para saber se estava tudo bem. Meu lado racional me mandava continuar ignorando a presença da outra no último andar do prédio. Mas meu lado emocional me fez lembrar que aparentemente ela estava chorando quando passou pela sala. Suspirei deixando meu medo de lado e fiz o mesmo percurso que ela.

Senti o vento frio por conta da altura. Meus pés logo ficaram pesados, tenho pavor de altura. Desde que me entendo por gente. Fitei Alice que estava encostada na beirada. Precisava me fazer ser notada, sem assustá-la.

- Você não vai se atirar, né? – falei com a voz baixa, mas em tom de brincadeira.

- Não estou com paciência para as suas gracinhas. E se você se aproximar mais, alguém vai cair, mas não serei eu. – resmungou com raiva.

- Tudo bem. – ergui minhas mãos em sinal de rendição. – Só queria saber se está tudo bem.

- Você acha que eu estou bem? – gritou.

- Não. – sussurrei – Posso me aproximar?

            Sacudiu a cabeça permitindo que eu me aproximasse. Coisa que fiz vagarosamente. Toda aquela altura já estava me dando náuseas.

- O que aconteceu?

- Você mal me conhece, foi rude comigo e agora está sendo empática?

- Começamos com o pé esquerdo. Geralmente eu sou uma pessoa divertida. – brinquei e ela esboçou um sorriso. – Será que você pode vir um pouco mais para cá? – minha voz saiu tão apavorada quanto eu estava.

- Você tem medo de altura?

- O que te fez pensar isso?

- Você literalmente está agarrada a parede. – apontou na minha direção e só então percebi o que ela falava. Aparentemente meu corpo tem um mecanismo próprio para se proteger nesse tipo de ocasião.

- Tenho. E você ficar aí, não facilita a minha tentativa de te ajudar. Então eu peço, educadamente, que você dê alguns passos na minha direção. – estiquei minha mão torcendo para que ela segurasse.

            Respirei aliviada quando senti o contato entre nossas mãos. Logo que notei que ela estava em segurança senti minhas pernas perderem as forças e escorreguei próxima a parede. Ao meu lado, Alice fez o mesmo.

- Se eu posso deduzir o que aconteceu. Diria que tem algo a ver com uma certa acusação que sua mãe me fez hoje mais cedo. Estou certa?

- Sim. Será que posso te perguntar uma coisa?

- Tecnicamente você já perguntou, mas vou te dar mais uma chance.

- O que aconteceu entre a sua irmã e a Virgínia? – eu sabia que a pergunta seria essa e precisava pensar bem no que iria responder.

- Que eu saiba nada. Mas, a Amélia supostamente, pode ter comentado comigo que disse a Virgínia que gosta dela. Mas isso, supostamente aconteceu.

- Entendi. Então o que a minha mãe viu foi verdade.

- Acredito que sim. – notei uma lágrima escorrer de seus olhos e aquilo doeu como se fosse em mim. – Sinto muito. – minha voz saiu baixa.

- Eu sou idiota. Primeiro fui humilhada publicamente pelo meu namorado, agora sou feita de trouxa mais uma vez. – parecia revoltada, e eu entendo perfeitamente o que era esse sentimento de se sentir um nada.

- Não é sua culpa. – afirmei, recordando que Tália havia me dito isso quando descobri as traições do meu ex-noivo.

- Acho melhor eu ir embora. – comentou se ponde de pé.

- Você não pode dirigir assim.

- O que vai fazer, ligar para minha mãe?

- Alice. Eu dirijo. Só me diz para aonde quer ir. E me dá as chaves. –estiquei a mão.

            Com uma cara nada agradável me deu a chave. Fomos direto para o estacionamento. Depois de colocar a rota que eu deveria seguir no GPS, seguimos rumo ao destino.

- Você gosta desse pub. – comentei desligando o veículo.

- Sim. Você já me deixou em segurança, agora pode ir. – saiu batendo a porta do carro com força. Rolei os olhos pedindo força e paciência a Deus.

- Não vou te deixar sozinha. Sua mãe quase me matou de manhã, imagina o que ela vai fazer comigo se souber que te deixei sozinha nesse lugar. – falei tentando acompanha-la.

            Conferi o local e me arrependi de ter saído do carro. Muitos jovens conversavam alto e bebiam. Aquele ponto sem dúvidas era o local de encontro dos universitários. Alice escolheu uma mesa um pouco mais afastada, longe do barulho.  

- Vai mesmo ser minha babá hoje? – me questionou assim que sentei em sua frente.

- Sim. – respondi sem me importar com sua provocação.

- Ótimo, então vou beber. – chamou o garçom. – Uísque, duplo, sem gelo. Por favor.

- Você só pode estar de brincadeira. – comentei assustada pela preferência dela.

- Babás não julgam. – provocou com ar de riso. – E se não concorda basta ir embora. Não pedi que ficasse. – mais uma vez foi rude.

- Se eu tivesse sentimentos, eles estariam feridos com suas palavras duras. – falei divertida. – Vou deixar passar por que você está com raiva e sei que não é de mim.

- Não estou com raiva. Estou...- fez uma pausa encarando as mãos. -... furiosa.

- Dá no mesmo.

- Obrigada. – sorriu para o garçom. E tomou todo o líquido de uma vez. – Pode trazer a garrafa?

- Claro. – o rapaz sorriu.

- Você só pode estar de brincadeira. – falei mais uma vez sem acreditar. – Qual sua idade garota?

- Dezoito.

- Deveria estar tomando leite com toddy.

- Não me provoca. Se quer me controlar, pode ir embora. Já falei.

- Crianças. – resmunguei sabendo que teria que ficar com ela. Mandei mensagem para Tália avisando que aconteceu um imprevisto e que eu não voltaria mais para a empresa hoje.– Pronto. Agora posso enfiar o pé na jaca com você.

            Comentei já tirando meu terninho. Dobrei as mangas da blusa na tentativa de parecer menos social com aquela roupa de quem acaba de sair do trabalho. Em seguida servi uma generosa dose de uísque, virando-a na boca em seguida. Senti minha garganta arder sacudi a cabeça na esperança de que aquela sensação passasse.

            Me recordo bem do meu pai me dizer que o ruim é só a primeira dose. A partir da segunda você nem sente o sabor tão forte quanto a primeira. E isso era a mais pura verdade.

- Um brinde ao seu coração partido.

- Você é uma vaca. – falou me fitando.  

- Tecnicamente você também. Dois chifres. – provoquei me lembrando da história com o namorado e Virgínia. Já estava esperando uma resposta à altura, mas tudo que ela fez foi sorrir.  

- Touche! – ela me observava curiosa. – Foi noiva?

- Como sabe? – questionei confusa.

- A marca ainda não saiu. – apontou meu dedo anelar da mão direita.

- Sim. Fui noiva. E traída.

- Como eu disse, vaca. – nos fitamos e caímos na risada. – Descobri antes de casar, é o que importa. Essa sensação que você está sentindo, eu sei bem como é. – mesmo depois de tanto tempo, era impossível não pensar nisso e sentir um nó na garganta. – Mas se serve de consolo, passa.

- Um brinde a isso. – tocamos os copos. – Está solteira?

- Espero que não esteja dando em cima de mim. Sou heterossexual. – comentei rapidamente. Nem sei por que fiz isso. Pareci aquelas heteros que pensam que por uma mulher ser lésbica vai ter interesse nela. Antes que eu pudesse explicar Alice continuou: 

- Acredito que tenho carma suficiente com alguém que é basicamente a sua cara. Então não, não estou dando em cima de você. Apesar de te achar bem atraente. – a última parte me pareceu que ela externalizou seu pensamento. Senti meu rosto corar.

- Fico lisonjeada. E talvez um pouco ofendida. – sorri tentando amenizar o clima. – Mas respondendo à sua pergunta, estou solteira há seis meses.

- E a marca ainda não saiu?

- Só consegui tirar recente. Não foi fácil. – contei lembrando o quanto foi dolorosa a ideia de que de fato havia acabado. Passei os dedos pela borda do copo tentando não lembrar nada daquilo. – Mas estamos aqui por seu coração partido, não o meu. – forçou um riso.

- E se a gente esquecer os corações partidos, bebermos e conhecermos pessoas novas?

- Gostei dessa sua ideia.

- Alguma preferência? Homem ou mulher? – questionei mesmo sabendo a resposta.

- Os dois. – confirmou de forma firme. – Poderia perguntar qual sua preferência, mas você já deixou bem claro que gosta de homem.

- Isso. Super hetero. – conclui.

- Vejamos quais as opções masculinas. – ela girou os olhos pelo lugar, parecia analisar as pessoas cuidadosamente. – Aquele cara parece interessante.

- O de sapatênis que parece morar com a mãe?  Nem pensar. – não consegui conter o riso.

- Exigente. E só para constar eu ainda moro com as minhas mães.

- Como eu disse, crianças. – brinquei novamente. 

- Se me chamar de criança mais uma vez, juro que vou chamar o cara do sapatênis e dizer que você está afim dele. – comentou séria arqueando uma das sobrancelhas.

            Brincamos mais um pouco sobre quem deveríamos pegar aquela noite. Nisso a garrafa em cima da mesa já estava pela metade. Alice já não parecia mais ter tanto controle de seus movimentos e muito menos de sua fala que já estava um pouco enrolada.

            Claro que comigo também não era diferente. Vez ou outra enxergava um par de Alice em minha frente. Decide então que já era hora de começar a tomar água e tentar ficar sóbria de novo.

- Águaaa? Sériooo? – questinou Alice com a voz arrastada. Ao me ouvir pedir ao garçom que me trouxesse água.

- Sim. E você também vai beber dela. – afirmei sem dar margem para que ela reclamasse.- Você está melhor?

- Vou ficar melhor quando eu der um beijo na bocaaa. E esquecer que eu sou cornaa. – rimou caindo na risada. – Só fui corna com o Matheus, Virgínia e eu não namoramos. – falou como se tentasse se convencer daquilo.

- Acho que faltou uma conversa para acertar o status do relacionamento de vocês duas.

- Não tive tempo para isso. Precisei esconder que estava ficando com ela. Primeiro da imprensa, que iria adorarrr ver que além do Matheus ser gay eu ainda sou lésbica, ou bissexual, pansexual. – pensou por um segundo. – Não sei em qual letra me enquadro, mas estou em uma delas.

- Você tem tempo para descobrir. – afirmei. – Ainda é nova.

- Você adora falar de idade. Quero saber quantos anos você tem! – pareceu uma ordem.

- Trinta e dois.

- Caramba. Não parece. – ela pensou por um segundo. – E sua irmã?

- Quarenta e um.

- Filha da mãe! A desgraçada dorme no formol. – concluiu arregalando os olhos surpresa. E eu gargalhei pensando que sempre que olhar Amélia vou lembrar do que Alice disse. – Sabe, não culpo a Virgínia. Sua irmã é linda, bem sucedida, sexy, inteligente, poderosa, gostosa. – Alice parou o que falava e gargalhou. – Falando assim até parece que também estou apaixonada por ela. – concluiu com pesar ao notar que possivelmente era isso que a fotografa sentia a respeito dela.

- Você conhece aquela mulher? – questionei apontando para uma negra que não parava de nos olhar.

- Heloísa. Linda, não é? – me fitou esperando uma resposta.

- Sim. Ela é linda. Então você a conhece?

- A dona daqui. Que por sinal deu em cima de mim mais cedo. – comentou baixo, como se fosse um segredo.

- Aparentemente o interesse continua.

- Acha devo ir falar com ela?!

- Você quer?

- Sua mãe nunca te ensinou que é falta de educação responder uma pergunta com outra pergunta? – meneei a cabeça tentando segurar o riso. – Eu vou falar com ela.

            Se pôs de pé e eu agradeci por ela nem ter notado que havia bebido bastante água enquanto conversávamos. Alice caminhou com dificuldade até que se encostou no bar. Falou algo para a mulher que me acenou sorrindo e eu retribui o gesto.

            Assisti de longe as duas conversarem por alguns minutos. Até que a tal Heloísa saiu de trás do balcão e caminhou de mãos dadas com Alice. Que me sorriu com ar de criança que recebe dinheiro escondido da avó. Sacudi a cabeça sabendo bem que possivelmente as duas iriam se agarrar em alguma parte do pub.

            Continuei tomando minha água, enquanto encarava os diferentes rostos que estavam ali. Dispensei alguns garotos que tentavam uma noite de sex* com uma mulher mais velha, no caso eu era a mulher mais velha. Esse sem dúvida era um dos motivos que me fez desistir de ir a boates. Os homens mais novos sempre acham que por eu ser uma mulher mais velha o sex* é mais fácil.

            Suspirei tentando não pensar em quanto tempo já faz desde que tive um orgasmo. Depois que meu noivado acabou, decidi que precisava de um tempo para mim. E isso já faz seis meses. Não que o sex* com ele fosse algo que acontecesse com frequência, afinal sempre passava muito tempo em viagens de negócios. O que eu não imaginava é que durante essas viagens ele tinha outras mulheres. Que inclusive uma delas acabou indo até minha casa.

- Voltei. – fui tirada dos meus desvaneios pela chegada repentina de Alice. Que exibia um largo sorriso.

- Percebi. Tem batom bem aqui. – aproximei minha mão de seu rosto.

- Eu não acredito que acabei de fazer isso. – passou a mão nos cabelos em desalinho.

- Ficar com a dona do pub?

- Não só isso. Eu acabei de trans*r com ela. – se antes ela parecia uma criança que recebe dinheiro da avó.  Naquele momento era uma adulta que acaba de ganhar um prêmio milionário.

- Mandou bem. – estiquei minha mão com os dedos fechados. Ela encarou por alguns segundos e repetindo o mesmo gesto tocou nossas mãos. – Se sente melhor?

- Com certeza. – afirmou extasiada. – Quero de novo.

- Vai com calma. – comentei rindo.

- Calma? Tive calma quando o Matheus não quis trans*r comigo, aí descobri que ele era gay. Tive calma com a Virgínia e ela está ficando com a sua irmã. Tudo o que eu não preciso é calma.

- Eu sei. Mas não precisa de sex* com outra pessoa hoje. É isso que estou falando. Se quiser ficar com a Heloísa, tudo bem. Mas o que você está sentindo não pode ser afogado com sex* com desconhecidos em lugares públicos.

- Até que eu estava começando a gostar de você. Mas agora não mais. – riu tomando um longo gole de água.

- Só estou falando para o seu bem. – ela meneou a cabeça em negação. – Acho que deveríamos ir embora. Você tem aula amanhã e eu preciso trabalhar.

- Se quiser ir para casa pode ir. Não estou afim de dar de cara com a Dona Isabella me esperando na sala. Logo, vou ficar por aqui.

- Não vou te deixar sozinha. Nem posso te levar para casa, já que não tenho uma e estou ficando na minha irmã. – ela fez careta e eu sorri da birra. – E se a gente dormir em um hotel?

- Motel? Pensei que era heterossexual. – sei bem que ela escutou o que eu falei, estava fazendo aquilo apenas para me provocar.

- Falei HOTEL.

- Vai dormir comigo em um hotel?

- Quer ficar sozinha?

- Uma pergunta com uma pergunta. – riu de canto. Eu revirei os olhos.

- Se não quer ir para casa, e eu não posso te levar para casa da Amélia. A única alternativa é um HOTEL. Posso te deixar em um e depois vou para casa de Uber.

- Nada disso. Se eu vou dormir fora de casa, você também vai. E comigo. – sorriu com malicia. Que garota idiota. Pensei sorrindo.

            Fechamos a comanda e saímos para o estacionamento. Alice estava sonolenta. Acho que todas as emoções do dia haviam esgotado quase todas suas energias. Escolhi um hotel no centro. Peguei a chave do quarto. Alice pediu serviço de quarto dizendo que íamos tomar champanhe na banheira de hidromassagem. Já que a garota fez questão de pagar pela suíte mais cara.

            Tirou a roupa sem se importar com a minha presença. Ficando apenas de sutiã e calcinha, as peças eram de renda, na cor preta. Entrou na água e soltou um gemido de alivio sentindo o calor dos jatos.

- Você vem? – questionou de olhos fechados. – Não vai me dizer que está com vergonha de ficar de calcinha e sutiã na minha frente?!

            Sorri de canto incerta se deveria ceder a provocação da garota. Nunca tive insegurança com o meu corpo, mas depois de ver toda a beleza e boa forma da mais nova me senti um pouco intimidade.

- Beca, tem espaço para nós duas. – falou sem aquele tom de provocação.

            Abri os botões da blusa, deixando-a cair ao chão. Em seguida desabotoei a calça. Vi que Alice mantinha os olhos fechados, talvez para me deixar mais confortável. Sorri por perceber que ela se importa em como me sinto. Logo meu corpo foi imerso na água. Senti meus músculos relaxarem de imediato. Ao notar que eu já estava ao seu lado Alice abriu os olhos e sorriu.

- Deliciosa, não é? – questionou se referindo a água.

- Sim. Perfeita. – comentei, sem perceber que talvez não estivesse me referindo a mesma coisa que ela. Meus olhos estavam presos na pele alva de Alice. No contraste do preto da peça íntima com seu tom mais claro.

            Sacudi a cabeça tentando focar em algo que não fosse a menina. Isso mesmo, M-E-N-I-N-A, é isso que ela é. Uma menina que teve o coração partido por duas pessoas que possivelmente não souberam valorizar seu amor.

- Como foi o sex*?

- Com a Heloísa?

- Sim.

- Quente e intenso. – comentou com um sorriso safado. – Sempre achei que para que o sex* acontecesse, precisa existir sentimento. Vejo que estava errada.

- É normal pensar assim quando você é virgem. Coisa que você não é.

- Mas nem faz tanto tempo assim. Na verdade, foi com a Virgínia. – confessou.

- Agora entendi todo esse turbilhão de sentimentos.

- O que importa é que agora eu sei que não preciso envolver sentimentos para goz*r. – comentou a última parte gargalhando.

- Acho que precisa de um banho frio. – ri espirrando um pouco de água nela.

- Talvez. – ficou em silêncio. – Obrigada.

- Pelo quê?

- Por me fazer companhia no que sem dúvida foi o pior dia da minha vida. – tocou minha mão e eu senti verdade em suas palavras.

- Não precisa agradecer. Isso quer dizer que somos amigas?

- Sim, desde que você mantenha sua irmã longe de mim. – riu mais uma vez.

            Alice tem um jeito meio bipolar de lidar com as coisas. Em um momento ela sente toda a dor possível, mas no seguinte parece que tudo se foi. Faz piada sobre o assunto. Quem dera eu pudesse ter metade dessa leveza que a garota tem, assim teria levado as desgraças da minha vida de uma forma mais alegre.

            Passamos alguns longos minutos apenas curtindo a água relaxando nossos corpos. Comecei a sentir meus dedos enrugarem e decidi que era hora de sair. Diferente do primeiro momento não tive vergonha de sair quase nua na frente de Alice. Que mais uma vez, respeitosamente fechou os olhos.

            Tomei um banho, enrolei meus cabelos em uma toalha e vesti o roupão. Alice continuava no mesmo lugar que antes. Seus olhos permaneciam fechados e ela respirava pesadamente.

- Não estou dormindo. Ainda. – comentou quando me aproximei.

- Eu preciso descansar.

- Já estou indo para o banho. Pode ir deitar.

- Vamos dividir a cama?

- Vai querer dormir no tapete? – brincou. – Aquela cama cabe cinco pessoas. O que não seria uma má ideia. – riu divertida.

- Alice, vai controlar esse fogo no cu debaixo do chuveiro. – atirei uma almofada em sua direção.

            Depois do banho precisei deixar minhas peças intimas secando, o que significa que preciso dormir apenas com o roupão sem nada por baixo. Deitei em uma ponta da cama esperando que Alice voltasse do banho.

            Sorri imaginando que Tália sem dúvidas daria qualquer coisa para estar no meu lugar. Fui tirada dos meus pensamentos quando Alice apareceu na porta do banheiro, apagou as luzes e deitou bem ao meu lado.

            Sem perceber aspirei todo seu cheiro de banho recém tomado. E mesmo que todos os produtos que ela usou tenham sido os mesmos que eu usei em sua pela tinha um cheiro completamente diferente. Suspirei tentando focar no sono que pareceu desaparecer magicamente. Conclui que sem dúvidas alguma teria sido melhor ter dormido no tapete.

- Boa noite, Beca. – desejou bocejando e deitando quase colada ao meu corpo.

- Boa noite, Alice.

            Respondi deixando o cansaço me vencer e desejando que o dia logo amanhecesse. Afinal estar perto de Alice me faz pensar e sentir coisas que nunca antes o fiz. E mesmo que eu tente me convencer que foi o álcool. Algo no fundo me faz duvidar.

 

 

 

           

Fim do capítulo

Notas finais:

Oiê. Voltei como prometido. E com POV da Rebeca que pelo que percebi está sendo a favorita da galera.

bom final de semana a todas. BEijos no coração.

 


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Comentários para 25 - Capitulo 25:
Lea
Lea

Em: 13/01/2022

Amei esse jeito decontraido da Alice,sei que ela está "sofrendo",mas gostei dela assim! Rebecca saiu melhor que encomenda! 

AUTORA,diz aí,podemos cogitar e ter esperança que algo saia dai,tipo uma ficada, talvez algo a mais?? A Rebecca ficou balançada e cuidou da "criança"!!!


Resposta do autor:

kkk. A essa altura já descobriu que a ficadinha deu em algo mais. kkk

Responder

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barbara7
barbara7

Em: 27/09/2021

verdade, melhor comentario. com toda CERTEZA O PROXIMO VAI SER UMA DAS DUAS NARRANDO, VIRGINA OU AMALIA. EU NEM VOU COMENTAR, SÓ VOU QUANDO TIVER ALICE.

e foi dada a largada, alice transou primeiro e ja esta de olho em rebeca.

que virgina fique logo com a amalia e que vao pra longe e sumam da historia logo


Resposta do autor:

Outra sofredora por antecedencia. kkk

Obga por comentar.

Responder

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izamoretti30
izamoretti30

Em: 27/09/2021

já prevejo o cap de hj narrado por uma das outras duas, aff. cap perdido!!!!!

Amei a alice ficando com a dona do pub, pena que não rolou nada com rebeca!

bjsssss


Resposta do autor:

Sofrendo por antecedencia. kkkk Vocês são demais.

Já queria a menina ficando com duas na mesma noite???? Que babado. kk

OBga por comentar.

Responder

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CatarinaAlvesP
CatarinaAlvesP

Em: 27/09/2021

alice não foi se humilhar pra virginia, caiu na farra, transou com outra... isso que eu chamo de reviravolta, já quero a virginia sabendo e morrendo. ...


Resposta do autor:

Errada ela nao está, né? kkk

Vcs querem o coração da Virgínia em um espeto. kkk

Obga por comentar.

Responder

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laisrezende
laisrezende

Em: 27/09/2021

como assim não rolou nada ? está fazendo um jogo com a gente autora ? alice toda soltinha, amei demais


Resposta do autor:

Eu????Jamais. Longe de mim jogar com minhas amadas leitoras.

Obga por comentar.

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 26/09/2021

Caraca! A Alice está superando a Anna no quesito safadeza e sedução. O chifre duplo criou um monstro que vai assombrar a não tão convicta hétero kkkk


Resposta do autor:

Num é. kkk Anna deve estar orgulhosa da amiga. Afinal sempre quis que ela soltasse o monstrinho.

Obga por comentar.

Responder

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lay colombo
lay colombo

Em: 26/09/2021

Uma puxando a outra pro vale e assim a lagoa vai enchendo kkkkkkkkk

Responder

[Faça o login para poder comentar]

SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 25/09/2021

Boa noite, caríssima.

 

Eita que o treim está ficando cada vez melhor, kkk, Alice vai se tornar uma pegadora e vai sobrar pra Rebeca, ficar enlouquecidamente de quatro pela loirinha e mortinha de ciúmes dela, kkk, por que vai ser dificil conquistar a sapinha depois de duas trairagem, e nós ficamos como, de camarote e adorando ver o circo pegar fogo, kkk

Bora botar fogo no cabaré com muitos embates verbais e corporais entre Alice e Rebeca, adorooooooooooo.

O legal seria a Virginia se arrepender da trairagem, levar um fora daqueles da loirinha e ainda assistir ela feliz e casada com a Rebeca no fim.

 

#alicerebecaforever

Bjs 

Responder

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preguicella
preguicella

Em: 25/09/2021

Adoroooooo! Beca já está sentindo coisas estranhas e Alice toda solta! Isso não vai prestar! haha

Bjão
Resposta do autor:

kkkk. BOra ver o que vai dar.

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 25/09/2021

Alice arrasando kkkkk


Resposta do autor:

soltou a fera que estava adormecida.

obga por comentar.

beijos.

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