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Tela em cinza por shoegazer

Ver comentários: 3

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Palavras: 1464
Acessos: 634   |  Postado em: 13/09/2021

Notas iniciais:

Capítulo bem tenso... :( 

Machuque-me, mais uma vez

— Hǎi yún...

Uma voz vinha de longe, e sentia um toque leve e ao mesmo tempo pesado passar pelo meu rosto. Abri os olhos e vi Amanda, que me encarava. Olhei para o redor e quando encarei a janela, vi que já estava anoitecendo.

— Desculpe, eu...

— Tudo bem, eu não queria te acordar.

Ela já estava vestida, e me encarava serenamente de onde estava.

— Você é a garota mais linda que existe – ela sussurrava para mim, beijando meus lábios, me deixando totalmente desconcertada – E não teria que deixar você, mas já vou ter que ir.

— Não tem problema – disse juntando minha mão com a dela – O tempo que você passa comigo sempre é ótimo.

Ela se aproximou de mim, séria e segurou o meu queixo, olhando-me compenetrado.

— Hǎi yún, eu te amo. Nunca esqueça disso.

Segurei sua mão sob meu rosto, e a encarei de volta.

— Não me esquecerei disso.

— Até amanhã?

Beijei-a ternamente, e ao abrir os olhos e acariciar seu rosto tão próximo ao meu, murmurei.

— Até amanhã.

Mas antes que ela fosse embora, hesitei.

— Amanda, eu...

Ela virou e me encarou novamente, com as sobrancelhas levantadas, esperando pelo que eu diria.

— Eu...

Abaixei a cabeça, balançando-a.

— Não é nada não.

— Tem certeza, Hǎi yún? – ela se aproximava de mim novamente, dando passos lentos.

— Tenho, não se preocupa. Até amanhã.

Ela assentiu com a cabeça e, ao dar seu tímido sorriso ao acenar se despedindo de mim, se foi.

No meio da noite, eu pensava em como tudo estava perfeito. Eu tinha uma vida confortável, uma relação estável com minha mãe, tinha colegas, uma grande amiga e agora alguém que me amava pelo que eu era.

Mas por que ainda assim eu me sentia tão vazia e insignificante? Quando Amanda se foi, percebi como eu tentava mascarar o que sentia. Eu me sentia uma mal agradecida, ingrata e agora, mesquinha.

Ela me preenchia de todas as formas, mas eu sabia que a Amanda era uma pessoa totalmente à parte do que eu sou. Não podia colocar todos meus problemas em sua costa, nem no de Jude, nem na minha mãe, nem de ninguém. Aquele peso era todo meu, e era o fardo que carregada que tinha um gosto amargo na boca.

Se a minha vida parecia ser o “O Beijo”, de Klimt[1], na verdade na maioria das vezes era “A coluna partida”, de Frida Kahlo.[2]

Eu deveria estar feliz, mas nada daquilo fazia sentido. Eu deveria estar rindo, alegre ao saber que passei uma tarde com a pessoa que gosto, e que tivemos um incrível, se não o melhor, sex* de toda a minha vida. Meu corpo ainda vibrava por aquele momento, mas a minha mente não parecia mais estar ali.

Eu estava suja, mas não tomava banho, eu estava com fome mas não comia, eu estava cansada e não conseguia descansar. Tudo parecia demandar um esforço tremendo, e eu olhava as pessoas ao meu redor fazer isso com tanta naturalidade e maestria...

Minha mãe trabalhava em tempo integral, chegava em casa e ainda trabalhava. Nunca parecia estar cansada. Nunca vi meu pai parado, sempre viajando a negócios e quando estava em casa, ainda trabalhava.

Jude sempre estava entusiasmada com um projeto novo. Tinha ímpeto de ir atrás, Natália trabalhava com o que gostava e Sofia, assim como Jude, sempre estava envolvida em alguma coisa e Amanda, era até covarde fazer uma comparação de uma pessoa que trabalha e estuda e ainda assim, tira uma parte do seu tempo para estar comigo.

O que eu fazia? Eu apenas existia, e nem isso eu estava fazendo direito. Eu não sabia o que tinha de errado comigo, mas a cada vez que olhava meu reflexo no espelho eu me odiava ainda mais.

As pessoas se sentiam assim normalmente? Como elas conseguiam viver com esse peso horrível e seguir a vida? Ou no final das contas, eu sou defeituosa mesmo.

Às vezes, não conseguimos nos adequar ao mundo mesmo. Eu já não me adequava a anos, e sequer lembrava, se algum momento eu tive, algum vislumbre do que é realmente viver. Viver é isso? Sentir uma angústia tremenda sobre si mesmo e se afastar dos outros o máximo que pode até se ver sozinha? Viver é sempre se machucar para que a dor suma para que você não consegue seguir com ela?

Por que eu me sentia tão fraca e vulnerável? Eu não deveria ser assim. Eu devia seguir em frente apesar das adversidade, assim como eu fui criada, mas...

Eu não conseguia mais.

Minhas mãos tremiam, meu corpo e meus ombros também. Olhei para meu reflexo no espelho, totalmente despido, e tive vontade de vomitar ao me ver assim. Eu era marcada pela vergonha e pela fraqueza, e sabia que não ia ser diferente. Nada seria diferente.

Vai ver aquele era o momento ao qual eu estive esperando por esse tempo todo.

Aquele em que você não consegue pensar em nada ao seu redor e nem em ninguém a que não seja você e tudo aquilo que vai acontecer com você. Aquela era a hora, e eu sabia como ia fazer.

Coloquei meu som para tocar, em um som relativamente alto. Ninguém estaria ali para reclamar do som mesmo, então aumentei ainda mais.

Meus pais não estariam em casa. Passei pela cozinha sem roupa e peguei o sorvete que estava na geladeira, e passei o tomando pela casa dançando no ritmo da música.[3]De olhos fechados, voltei para meu quarto e olhei para as paredes.

— Nunca gostei dessa cor mesmo.

Peguei meu pote de nanquim e despejei pelo quarto, respingando por todas as paredes e, sem pensar no que fazia, rasguei todos os desenhos que tinham ali colados, assim como derrubei minha mesa no chão.

Ria, sentindo meu corpo ser tomado por um frenesi que não tinha sentido fazia há muito tempo e com a tinta que sobrara no pote, escrevi uma icônica frase que meus pais tinham apagado do meu quarto na última reforma.

— “Morrer é uma arte, como tudo o mais. Nisso sou excepcional.”[4]

E de repente a música mudou. Cerrei os olhos estranhando aquilo, e percebi que minhas músicas se misturavam com as de Jude, que não poderia ter caído em um momento mais oportuno.[5]

Respirei fundo, lembrando do quanto ela gostava dessa banda e dessa música. Lembrava exatamente do momento que ela me mostrou animada, falando que eu adoraria mesmo não sendo muito o que eu costumava ouvir.

E também lembrava dela chorando pedindo para que eu não me machucasse mais.

Olhei para o redor, e tudo estava frio.

Encarei minha face no espelho. Apática, com as olheiras profundas, os óculos que caíam no rosto pelo peso da lente, o cabelo desgrenhado, o corpo notavelmente magro e sobretudo as marcas que ele carregava.

E mesmo com a música de fundo, um eco surdo ressoou em minha mente. Nisso, eu seria excepcional.

Tudo finalmente vai acabar. Ri em meio as lágrimas, e lembrei da Amanda, sorrindo para mim. Eu não havia esquecido que ela me amava. Eu lembrava de tudo.

E por lembrar de tudo, eu sabia o que fazer.

— O inferno não existe... – murmurava comigo mesmo – O inferno está aqui.

Soquei o espelho com toda a força que me restava, e com o maior caco que havia sobrado, envolto no sangue das minhas mãos, os enfiei contra meus braços.

O sangue jorrava por todo o meu braço e eu, tonta e vendo toda aquela sujeira, continuei a fazer aquilo até perder as forças e, me arrastando para o banheiro, onde eu caí.

Encarei o teto enquanto sentia meu corpo gélido se misturar com o frio que fazia o chão. Eu sentia uma dor lancinante, mas não importava, já que ela ia desaparecer para sempre.

O que eu queria lembrar era das risadas que eu dei, das pessoas que estiveram na minha vida e aquelas que me ensinaram o que era amar até mesmo quando eu desisti de fazer isso por mim.

Meus olhos pesavam e meu corpo tremia. Estava perdendo muito sangue mesmo, podia sentir descer pelos meus braços. E enquanto meus olhos pendiam a fechar, lembrei de Jude e de Amanda. Elas não teriam mais com quem se preocupar e minha mãe também estaria livre de um peso como eu.

Era o fim e, envolta de lágrimas, fechei os olhos.



[1] “O Beijo”, Gustav Klimt, óleo e folha de ouro sobre tela,1908.

[2] “A Coluna Partida”, Frida Kahlo, telas de fibras e tinta a óleo, 1944.

[3] Psycho Therapy, Ramones

[4] Trecho traduzido do poema “Lady Lazarus”, de Sylvia Plath.

[5] “Hurt”, de Nine Inch Nails.

Fim do capítulo


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Comentários para 38 - Machuque-me, mais uma vez:
naoseimeulogin
naoseimeulogin

Em: 16/05/2022

Acho que essa personagem tem Transtorno de Personalidade Borderline, conheço alguém assim

 

Sara

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Nayara28
Nayara28

Em: 18/11/2021

Nossa, que pesado! E saber que tantas pessoas sentem isso, esse vazio, essa dor que parece que nunca vai acabar... Que tristeza

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 13/09/2021

De repente tudo em volta perde as cores e o que resta não faz sentido, então pra que continuar?

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