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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 5

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Palavras: 3927
Acessos: 3051   |  Postado em: 04/09/2021

Capitulo 19

 

Capítulo 19°

Virgínia

            Como tudo que é bom dura pouco, o final de semana ao lado de Alice acabou mais rápido do que eu desejava. A triste realidade da segunda feira me acertou em cheio quando o despertador tocou e eu precisei levantar para trabalhar. Sorri lembrando da cena.

Horas antes

            Alice dormia tranquilamente, com sua cabeça apoiada em meu peito. Mesmo que meu braço começasse a dar sinais de dormência eu não me importo em perde-lo daquela maneira. Admirei a face alva a minha frente. Passei o dedo em um pequeno sinal que tem próxima ao lábio superior. Com o contato ela enruga o nariz, como se tivesse sentindo cocegas.

            Mas o barulho ensurdecedor do despertador fez com que ela se mexesse puxando o travesseiro para cobrir os ouvidos tentando abafar o som.

- Desliga isso. – resmungou com a voz rouca.

- Já estou desligando, e levantando. Eu precioso ir trabalhar, você tem aula hoje?

- Isso é muita informação para essa hora da manhã, baby. Eu ainda nem acordei. – resmungou. E eu sorri do apelido carinho.

- Então vou te deixar acordar ou dormir de novo, não sei ao certo. – beijei seu ombro e sai do quarto.

            Iniciei meu banho. Quando fechei os olhos sentindo a água quente percorrer meu corpo cansado da intensa noite de sex*, as mãos de Alice me envolveram em um abraço. Beijou meu pescoço, enquanto acariciava meu seio direito.

- Eu não posso me atrasar. – falei com a voz entrecortada.

- Podemos ser rápidas. – sorriu com malicia já tocando meu sex* completamente molhado.

- Ahhh! Você é um monstro insaciável. – falei de olhos fechados sentindo a língua quente deslizando em meus seios.

- Unrum! – foi tudo que ela conseguiu dizer. E logo eu arranhava suas costas em uma intensa sensação de prazer.

Atualmente

            Parei o carro em frente à agência. Hoje teríamos que escolher as roupas que as modelos usariam na campanha. O que significa passar longas horas até que tudo seja aprovado por minha chefe. As portas do elevador se abriram e eu fui direto para minha mesa.

            Deixei minha bolsa na cadeira ao meu lado e iniciei meu trabalho até que a reunião fosse iniciada. Apertei o play e as primeiras estrofes da música “There’s nothing holding’me back” na voz de Shawn Mendes invadiu meus ouvidos.

            De uma forma estranha aquela música parecia falar exatamente como eu me sinto quando fico perto de Alice, na forma que ela toma o controle de tudo. Tal qual fez na noite do sábado quando decidida se entregou para mim. Volta e meia o fantasma da responsabilidade em ter sido a sua primeira me assombra. Ainda lembro quando me apaixonei a primeira vez, quando me entreguei por completo para alguém. Mas como dizem, a primeira paixão sempre é a que mais faz sofrer.

            Não é que eu tenha intensão nenhuma em brincar com os sentimentos de Alice, entretanto tem todo a questão da mãe dela. Fechei os olhos e me lembrei do olhar curioso da mulher me fitando quando nos vimos.

- Terra chamando! – me assustei ao ver diante de mim Amélia.

            Ela havia se aproximado tirando um dos meus fones. Nós estávamos muito próximas, eu consegui sentir o cheiro do seu perfume importado. Pode até ter sido impressão minha, mas juro que ela mesclou seu olhar dos meus olhos para os meus lábios o que me incomodou me fazendo se afastar dela.

- Bom dia. Você parece animada hoje. – concluiu sentando-se na minha mesa.

            Passei os olhos pelo local e pelo horário ainda estava vazio. Encarei a figura de Amélia me observando curiosa. Usava uma saia social na cor cinza, o blazer de mesma cor, e por baixo uma blusa de seda vermelha.

- Você está aí? – se inclinou um pouco mais.

- Sim, sim! Desculpa eu estava distraída.

- Percebi. – arqueou a sobrancelha. – Pronta para reunião?

- Estou.

            Se pôs de pé e foi em direção a sua sala. Eu acompanhei todo o trajeto que ela fez, eu estava assustada com a forma intima que me tratou. Talvez o fato de não ter ninguém por perto para nos ver.

            Passamos a manhã inteira conversando e acertando os últimos detalhes sobre as fotos. Amélia dispensou todos nós, porém antes que eu saísse, ela me chamou:

- Virgínia. Pode esperar um minuto? – falou sem nem ao menos tirar os olhos da tela a sua frente.

            As pessoas olharam para mim como se sentisse pena por algo. Como seu eu fosse ser demitida. E nesse momento cheguei a pensar que havia dito ou feito algo durante a reunião que acarretaria na minha demissão.

- Fecha a porta. – apontou e eu fiz o que ela me pediu.

- Algum problema?

- Não, nenhum. Só queria dizer que você está indo bem. – sorriu tirando seus óculos.

- Obrigada. – nossos olhares se cruzaram e ela olhou em outra direção.

- Você gostou mesmo da cesta? – questionou.

- Sim. Mais uma vez muito obrigada. – sorri lembrando que Alice havia devorado tudo depois que passamos horas trans*ndo.

- Não foi nada demais. Fico feliz que tenha gostado. – houve um silêncio constrangedor. Até que ela prosseguiu. – Tem planos para o almoço?

            Antes que eu pudesse responder qualquer coisa escutei passos se aproximando da sala.

- Aqui está você, não atende mais telefone? – me virei em direção a voz.

            A mulher era loira, com cabelos curtos em corte moderno. Usava um vestido justo vermelho. Os óculos impediam que eu pudesse ver a cor de seus olhos. Mas diante de mim Amélia estava sem nenhuma reação.

- Perdeu a voz, Mel? – insistiu a estranha.

            Fui levada em um relógio do tempo até o dia em que sai com Amélia e me lembrei de Carmem comentar que a única que a chamava de Mel além dela era Jordana. Eu não faço a menor ideia de quem seja, mas foi bom dar uma imagem para a pessoa que eu fiz um brinde sem nem ao menos saber quem era.

- O que você faz aqui? – questionou entre dentes.

- Nós precisamos conversar. – deu um passo à frente mas Amélia mesmo sentada recuou sua cadeira ao mínimo sinal de aproximação dela.

- Amélia não tem tempo. Estamos no meio de uma campanha importante. – olhei para ela esperando se deveria continuar. Mas a mulher parecia estar em outra dimensão. – Inclusive estamos saindo para encontrar o cliente agora. Não é?

- Sim! – falou rapidamente e se pôs de pé. – Não tenho tempo para conversar com você.

            Pegou sua bolsa e caminhou em direção a saída. Mas Jordana tomou sua frente. Que mulher petulante e insistente.

- Eu não vou a lugar nenhum, vou te esperar. Nem que para isso tenha que passar o dia inteiro aqui.

- Fique à vontade. Afinal isso aqui também é seu.

            Amélia caminhou para o elevador e eu só tive tempo de pegar minha mochila para acompanha-la. Não arisquei olhar em sua direção, o que houvesse acontecido entre as duas era algo que ainda mexia com Amélia, e não de uma forma boa.

- Para aonde você está indo? – indaguei ao vê-la ir em direção ao seu carro.

- Virgínia, obrigada por me tirar daquela situação. Mas não precisa se preocupar comigo. – destravou o carro.

- Você não pode dirigir nesse estado. – protestei.

- Eu estou bem. – falou de costas.

- Não, você não está bem. – me aproximei. – Sei que você é minha chefe, mas nesse momento, apenas nesse momento você precisa de uma amiga. Então me deixa dirigir seu carro, prometo te levar para aonde você quiser ir.

            Respirou pesadamente deixando os ombros caírem. Era notória a sua exaustão apenas por ter encontrado aquela mulher. Me deu passagem e foi para o lado do motorista.

- Pode seguir o GPS. – falou e virou-se encarando a janela.

            Fiz todo o percurso que o GPS indicou. Parei em frente a uma linda casa com a fachada azul e branca, assim que o carro se aproximou o portão se abriu. Na garagem Amélia tirou o cinto, e antes de descer falou:

- Você vem?

            Não tive tempo de responder, apenas a segui. Sem conseguir acreditar que estava em sua casa. Estava aflita por não saber o que se passava com minha chefe. Sem saber ao certo se devo ir embora e deixar que ela ficasse sozinha ou se fico e me certifico de que esteja bem.

- Quer beber algo? – indagou se servindo.

- Não. – observei-a tirar o blazer e atirar sobre o sofá. Tomou o líquido de uma única vez. – Você está bem? – questionei incerta.

- O que você acha? – falou arrogante. E eu me senti uma burra por acreditar que não deveria deixa-la sozinha.

- Tudo bem. Você está segura, então acho melhor eu ir. – peguei a bolsa.

- Não! Me desculpa, não deveria ter falado assim com você. Está apenas tentando me ajudar. – suspirou.

            Eu parei. Por mais que minha razão me mandasse ir embora eu não conseguia. Me virei em sua direção.

- Olha! Eu não sei o que aconteceu entre vocês, mas acho que você não deveria deixar que isso te afetasse tanto.

- Uma traição. – eu abri e fechei a boca. – Isso foi o que aconteceu entre nós.

- Você a traiu?

- Não. Ela me traiu. – confessou. – Virgínia, não vou contar como aquela vadia quebrou meu coração para alguém tão sóbria quanto você.

            Era isso que ela precisava, alguém para beber e desabafar. Peguei seu copo, fui até o bar e nos servi.

- Traz a garrafa.  – falou de costas acenando com a mão.

            Me sentei ao seu lado, entregando o copo. Ela encarava o nada, como se revisse todos os fantasmas do passado.

- Fui casada por dez anos com Jordana.

- Nossa! Pensei que você vivesse para o trabalho. – comentei lembrando do que ela havia me dito uma vez.

- Prefiro que as pessoas pensem assim. Imagina dizer que só um dos finas dos casamentos foi por trabalhar demais, o outro na verdade acabou por que eu levei um belo par de chifres. – concluiu com um sorriso de mágoa.

- Eu sinto muito.

- Não precisa. Isso já faz anos. Passou.

- Tem certeza? Seu estado ao vê-la não parece algo que ficou no passado.

- Eu a amei. Muito. Mais que o meu trabalho. Me doei por inteira, sem medos, sem receios. Apenas me entreguei de bandeja.

 - Isso é normal quando amamos. – comentei me lembrando que me sinto assim em relação a Alice.

- Amar nos deixa burros. Cegos e burros. – concluiu com pesar.

- Você não tem culpa. Ela que traiu.

- Não é assim que me sinto desde que tudo aconteceu. – sua voz falhou. – Eu fui enganada, por anos. Acreditando em um amor que nunca existiu. Acreditei que éramos felizes, mas aparentemente essa felicidade só existia na minha cabeça. – tomou todo o líquido de uma vez.

            Se serviu novamente, e fez o mesmo com o meu copo. Me fitou e eu pude ver seus olhos úmidos. Amélia tinha um coração em pedaços, e de alguma forma eu senti que ela era tão normal e humana quanto eu.

- Não precisamos falar disso. – segurei sua mão.

- Não me importo em falar.  Na verdade, é a primeira vez que conto sobre o real motivo do meu divórcio.

- Uau! Nem sua irmã sabe? – questionei surpresa.

- Ninguém além de você e minha psicóloga.

- Você fez terapia depois que se separou?

- Jordana me destruiu. E aparentemente voltou para completar o serviço.

- Não vou permitir isso. – segurei sua mão e ela me fitou. – Se ela aparecer de novo a gente inventa mais uma reunião, e quantas forem necessárias. Vamos viver de reuniões. – ela esboçou um sorriso e eu sorri junto.

- Você é uma peça rara, Morais.

- Acho que se eu já sei do seu chifre, você pode me chamar apenas de Virgínia. – ela fez careta. – Cedo demais?

- Sim, cedo demais. – soltou minha mão. – Agora estamos quites. Eu conheço sua casa e você a minha.

- Fato.

- Você me dá licença um minuto?

- Claro.

- Fique à vontade. – saiu me deixando sozinha.

            Olhei o relógio e já estava atrasada para almoçar com Alice. Procurei meu celular e não o encontrei. Foi então que eu me lembrei que na pressa em acompanhar Amélia, ele acabou ficando em cima da minha mesa.

- Está tudo bem? – questionou ao ver meu ar preocupado.

- Eu esqueci meu celular na agência.

- Precisa falar com alguém?

- Sim. Mas pelo visto não terei como.

- Pode usar o meu.

- Não tenho o número decorado. – sorri sem graça.

- Essa geração não sobreviveria dois dias sem o celular. – brincou com ar de riso.

- É que conheço essa pessoa a pouco tempo.

- Uma namorada?

 - Não! Quer dizer, não sei ainda o que somos. Ficamos apenas algumas vezes.

- Isso explica sua cara de pateta hoje. – provocou. – Se bem que você sempre é assim. Então você se apaixona com muita frequência. Devo me preocupar?

- Não é nada disso. Só é complicado.

- Tão complicado quanto uma traição?

- Não. Tão complicado quanto a minha irmã ter atentado contra a vida da mãe dela. – falei de uma só vez.

- Espera! Você está ficando com a filha da Larissa Rodrigues? – questionou surpresa. Concordei com a cabeça. – Tem razão, bem mais complicado que uma traição. Mas pensei que ela namorasse o filho do Sodré.

- Você viu as fotos dele naquele bar que fomos?

- Sim.

- Como ela poderia ainda estar namorando com ele?

- Sei lá, essa juventude é complicada. Afinal ela mal terminou o namoro e correu para sua cama. – falou como se soubesse de tudo o que fizemos no final de semana.

- Como você sabe? – ela corou com meu questionamento.

- Eu fui deixar a cesta, mas vi vocês chegando de mãos dadas. Não quis atrapalhar, então resolvi deixar na portaria.

- Deveria ter ido até o meu apartamento. – conclui incrédula.

- Como eu disse...- me serviu mais uma vez. – Não quis atrapalhar.

- Você não atrapalharia.

- Pelo clima entre vocês, eu atrapalharia sim. – riu em minha direção. – Isabella está de acordo com esse relacionamento de vocês? – encarei minhas mãos. – Não acredito! Ela não sabe? – neguei. – Mas a Alice sabe sobre a sua irmã, não é?

- Sim, eu contei. E para minha surpresa a reação dela foi melhor do que eu esperava. Foi compreensiva e empática.

- Maduro da parte dela. Apesar de parecer ter doze anos. – fez careta e gargalhou em seguida. – Pensei que gostasse de pessoas mais velhas. – concluiu me olhando de soslaio.

- Eu gosto de pessoas. Não me importo com idade. – respondi séria.

- Bom saber. – me sorriu de um jeito que não consegui decifrar.

            Ficamos em silêncio apenas nos encarando. Amélia estava mais relaxada, não sei se pela conversa ou o álcool que já havia ingerido. Eu continuava pensando em como iria explicar meu sumiço para Alice. Tenho esperanças de que quando disser o que aconteceu ela seja tão compreensiva quanto foi com a história da minha irmã.

- O que você acha que sua ex quer?

- Espero que assinar os papéis do divórcio.

- Vocês ainda são legalmente casadas?

- Sim. Ela se recusou a assinar os documentos do divórcio. Depois passou anos na Itália. Com o novo namorado.

- Que vaca! – soltei sem querer e Amélia virou em minha direção. – Desculpa, não quis dizer isso.

- Esse com certeza foi o único nome ao qual eu não a chamei. Mas gostei. VACA! Soa quase poético.

- Acho que você já bebeu demais.

- Ainda não foi o suficiente para esquecer.

- Não pode beber até esquecer. Pode cuidar dessa dor de outra forma.

- Você parece minha psicóloga falando. – me fitou com ar de riso.

- Estou falando sério. Jordana não pode ter todo esse controle sobre você, ela não merece tanto poder. – Amélia me fitou pensativa.

- Você tem razão. Vou ligar para ela, e saber de uma vez o que ela quer comigo. – levantou-se.

- Não! – falei em pulando do sofá. Tomei o celular de suas mãos.

- Você me disse para não dar todo esse poder a ela. – comentou com as mãos na cintura.

- Falei. Só não quis dizer para você ligar bêbada, e correr o risco de cair na teia da aranha má.

- Eu não...é possivelmente. – concordou. – Obrigada. – sorriu sem graça.

- De nada.

            Fui pega de surpresa quando seus braços me envolveram em um abraço apertado. Amélia era um pouco mais alta que eu e com isso meu rosto se perdeu na curva de seu pescoço. Respirei fundo, completamente tensa pela proximidade e pelo contato inesperado. Minha chefe se afastou, mas sem tirar suas mãos de minha cintura.

            Seus olhos percorrendo meus lábios. Um clima se instalou entre nós, não tive como não perceber. Minhas pernas pareciam pesar toneladas e eu não consegui me mexer. Nossa troca de olhares era intensa, talvez por eu entender a dor que ela estava sentindo ao dar de cara com o passado.

- Mellie, pode nos ajudar com as caixas? Vi seu carro lá fora. – uma voz fez com que nos afastássemos. – Desculpa, não sabia que estava acompanhada. – comentou sem graça.

- Rebeca, não sabia que você viria hoje.

- Eu tentei te avisar, mas você não atende ao telefone.

- Acabei nem vendo. – me olhou.

- Bom, já que você não está mais sozinha eu vou indo.

- Vou pedir um Uber.

- Obrigada.

- Becka, você disse que... Uau! Que casa linda...Uau 2! Que gata. – uma mulher de cabelos ruivos e pele alva falou me fitando da porta. – Prazer eu sou Tália. – me esticou a mão.

- Virgínia.

- Me diz que você é solteira, por favor. – comentou divertida e eu vi Amélia revirar os olhos.

- Sim. Eu sou solteira.

- Acabei de gostar dessa cidade. – sorriu com malícia.

- Seu Uber chegou. – Amélia anunciou. – Vou acompanha-la até lá fora, fiquem à vontade e não quebrem nada. Por favor. – pediu olhando Rebeca.

- Pode deixar, maninha.

- Vou pegar seu número com a Amélia quem sabe a gente não possa tomar uns drinks algum dia desses. – ela gritou já que a mulher me empurrava porta à fora.

- Desculpa pela interrupção.

- Sem problemas, fico mais tranquila por você agora está acompanhada.

- Preferia sua companhia. Acredite. – falou sincera.

- Eu preciso ir.

- Até amanhã. – dei um passo em direção ao carro. – Virgínia. – me virei para fita-la. – Obrigada por hoje.

- Não precisa agradecer. Me importo com você. – ela sorriu.

            Entrei no carro e fui para a agência. Assim que as portas do elevador se abriram vi Jordana sentada na sala de Amélia, adorei a ideia de que ela iria esperar o dia todo. Não é como se ela fosse alguém ocupada, afinal seu perfil era de mulheres que passam o dia fazendo compras.

            Tentei ir até minha mesa sem ser notada por ela. Mas ao procurar meu celular acabei não o encontrando. Foi então que me virei para a sala e ela exibia o meu aparelho em sua mão.

- Filha da mãe! – resmunguei indo até ela.

- Acho que está procurando isso. – colocou o objeto em cima da mesa.

- Obrigada. – forcei um sorriso e dei as costas saindo.

- A propósito, sua namorada ligou. – rodei nos calcanhares contendo a minha vontade de arrancar cada fio daquele cabelo de tintura barata. – Mas não se preocupe, avisei que você havia saído com sua chefe. – sorriu com malicia e posso até imaginar o tom que ela deve ter comunicado a Alice.

            Apesar de pensar em muitos palavrões para dizer aquela fulana, decidi me calar. Sai fechando a porta e indo para o carro. Me sentei, mas logo tomei consciência de que não poderia dirigir naquele estado. Disquei para Alice, mas como eu esperava ela não me atendeu. Em seguida liguei para o Cadu.

- O que houve?

- Como sabe que aconteceu alguma coisa?

- Eu te conheço. – falou bocejando.

- Você por acaso ainda está dormindo?

- Sim. Não me julga. A noite ontem foi puxada.

- Imagino, sex* a três requer muita energia. – brinquei.

- O que você quer?

- Preciso que vá me deixar em casa, não tenho condições de dirigir.

- Aconteceu alguma coisa?

- Sim, estou bêbada.

- Virgínia, isso são horas.

- Cadu, não preciso de sermão. Preciso de sua ajuda.

- Tá. Em vinte minutos chego aí.

            Agradeci e encerrei a ligação. Disquei mais uma vez o número de Alice, mas ela continuava me ignorando. Esperei alguns minutos até que meu amigo bateu no vidro do carro.

- O que deu em você?

- Amélia.

- O que tem a sua chefe? – questionou dando partida.

- A ex-esposa dela apareceu e eu intervi para ajuda-la, mas acabamos indo para casa dela...

- Para! Se você ficou com outra pessoa depois de passar o final de semana com a minha prima eu prefiro não saber. – bati em sua cabeça. – Aí! Tá maluca?

- Você que pirou. Acha mesmo que faria isso com a Alice? Você mais do que ninguém sabe o quanto estou apaixonada por ela.

- Tudo bem, desculpa.

- Fui deixar Amélia em casa, mas acabamos bebendo. Por isso estou assim.

- Certo. – ele me olhava de canto, tentando manter a atenção na pista. – O que mais?

- Acho que você tinha razão.

- Sobre o que exatamente?

- Amélia.

- Ah! Sobre ela querer te comer. Isso já é meio óbvio.

- Senti um clima entre a gente. Ela me olha de uma forma que...

- Te deixa excitada?

- Não! Que me deixa sem graça.

- Pior, tesão a gente acaba na cama. Esse tipo de sensação é paixão.

- Eu estou apaixonada pela Alice.

- Eu sei, mas isso não quer dizer que não possa estar com interesse na gostosa da sua chefe.

- Desisto de falar com você.

            Fiquei em silêncio apenas observando o vai e vem dos carros. Entrei sozinha no apartamento. Carlos comentou que tinha outro compromisso e por isso não poderia ficar comigo. Tirei minha roupa e fui para o quarto. O perfume de Alice ainda estava presente no cômodo. Sorri indo para o banho. E senti falta dela comigo.

            Após o banho me atirei na cama e mandei uma foto para ela. Dizendo que estava com saudade e a queria ao meu lado. Em seguida adormeci pesadamente. Mas ainda fiquei com esperanças de que ela me respondesse ou viesse até mim. Seria pedir demais depois que dei um bolo nela para ajudar a Amélia? Talvez sim.   

Fim do capítulo

Notas finais:

Oiê. Como estão as minhas sapekas nesse super feriadão?

Espero que apreciem sem moderação esse no capítulo. E o que me dizem de uma postagem extra por esses dias para vocês terem algo para se distrair?Me contem ai nos comentários.

Beijokasss


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Comentários para 19 - Capitulo 19:
Lea
Lea

Em: 12/01/2022

Só para constar,acho que ela ficaria coma Amélia se a Rebecca não tivesse chegado! Isso é mal de família,trair???!!!!!


Resposta do autor:

Vai ver que no fim Isabella tem razão sobre o caráter dela.

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 12/09/2021

Será que o Cadu tem razão e a Virgínia no fundo tem interesse na chefe? Espero que não... E por falar na chefe,foi só a Virgínia mencionar o ocorrido no passado que ela já fez a ligação com a Larissa,mundo minúsculo esse kkkk

Com a irmã morando com ela e trabalhando na empresa das mães da Alice,acho que a Amélia vai querer tirar algum proveito disso.

 

Responder

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lay colombo
lay colombo

Em: 10/09/2021

Esse rolê não vai dar certo, Virgínia tá dando muita brecha pra Amélia, e embora ela esteja apaixonada pela Alice, a Chefona mexe com ela


Resposta do autor:

Amélia sabe aonde investir. Kk

Responder

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Mille
Mille

Em: 05/09/2021

Virgínia você está dando entrada para Amélia atrapalhar o seu recente namoro com a Alice. 

Está na hora de ser só profissional depois do clima na casa dela é fugir ainda mais que não quer magoar a Alice.

Parece que a autora colocou mel na Virgínia kkkk

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

kkkk. Amando seus comentários. kkk

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 05/09/2021

Essa Amélia vai ferrar com o namoro da Virgínia e Alice.


Resposta do autor:

E isso seria tão ruim? kkkk

Responder

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