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Entre Cosmos e Nanquim por shoegazer

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Palavras: 1706
Acessos: 1292   |  Postado em: 21/08/2021

Paraíso Perdido

 

— Paula?

Não podia acreditar no que estava acontecendo ali. Não, não fazia sentido nenhuma, não poderia ser...

— Não pode...

— Por que não seria?

— Não faz...

Minha cabeça girava muito. Tinha vontade de vomitar, meu ar faltava, meu corpo tremia de pavor misturado com descrença. Quanto mais olhava para ela, menos eu acreditava no que via.

— Por que?

— O quê, Alana?

Ela se sentou novamente na cadeira, virada para mim. Eu mal conseguia dizer alguma coisa, mas havia um único questionamento.

— Por que você fez...isso? – dizia murmurando, com os lábios secos.

— Não foi intencional – ela deu os ombros despreocupadamente – Eu já havia fazendo isso há algum tempo, então vi que um dia você veio com Matheus e, bem...Foi mais forte que eu.

— Mais forte que você?

— Sim, afinal você continua bonita como sempre, acho que até mais.

— Não... – coloquei as mãos na cabeça – Eu não consigo compreender.

— E estava ficando um lance legal, mas aconteceu uns contratempos e...

— O único contratempo que vejo é que você é uma filha da puta maluca, Paula.

Fechei os olhos e me voltei para a parede, batendo nela. A ficha, aos poucos, começava a cair.

— Por que você fez isso comigo? – voltei-me para ela, sentindo as primeiras lágrimas descendo.

— Porque ficar com você sempre foi um lance bacana, Alana, mas você sempre levou tudo isso a sério demais...

— Eu estava vivendo a porr* da minha vida – aproximei-me dela, tomada pelo ódio – Por que diabos você voltou do inferno pra me assombrar?

— Porque eu sabia que você não tinha esquecido de mim no momento em que vi sua reação na festa.

— E o que isso tem a ver, sua infeliz desgraçada?

— E o que tem a ver é que eu gosto de ficar com você – ela se levantou com ironia no olhar – Só isso.

— Só isso? Tem prazer em foder comigo?

— Como se você não tivesse prazer em foder comigo também.

— Vai se foder – dizia, sentindo que a qualquer momento eu iria cair – Me deixa em paz...

— Você não quer nada disso, Alana – ela segurou meu pulso – Nunca quis. Sua vida não é essa.

— Que vida está falando?

— Essa vida medíocre que você leva – ela deu um sorriso sarcástico – De viver em paz, você não nasceu pra essas coisas.

— E quem você pensa que é pra falar alguma coisa, Paula? – empurrei meu braço contra ela, desvencilhando-me do seu toque.

— Conheço você melhor do que ninguém – ela gesticulava apontando para mim – Sei que não se contenta com essa vida de moça direita e reabilitada que vive com a namorada e vive a vida ordinária e feliz.

— Diferente de você, eu estou bem do jeito que estou e não preciso viver dessa maneira infeliz que você vive.

— Ah, jura? – ela ainda dizia com acidez – A garota que se prostituía para mulheres mais velhas em troca de drogas?

Avancei em direção a Paula, que continuou com o malicioso sorriso no rosto.

— Você não tem coragem de fazer nada – ela pressionava os lábios um contra o outro, me encarando.

Segurei meus pulsos com firmeza, deixando o ar escapar dos meus pulmões e caindo no chão de joelhos. Minha cabeça não parava de girar, e eu mal conseguia respirar. Sentia-me sufocada, me afogando no seco diante do mar de palavras que vinha em minha direção.

Paula se abaixou, apagando o cigarro e soprando a fumaça em minha direção.

— Alana, você não é tão forte quanto diz que é – ela disse, passando a mão na minha cabeça – Ainda é a mesma garotinha assustada de quando eu te conheci, querendo ser aceita de qualquer forma.

As lágrimas desciam junto ao soluçar intenso que saía do meu peito, que se rasgava na medida em que recuperava meu ar.

— Você gosta disso, não é? – ela gesticulou para os lados – Essa vida mundana é o que te confortou, e é o lugar de onde nunca deveria ter saído.

— Cala a boca, vagabunda. Vai se foder! – eu gritava, mas meu grito parecia mudo.

— Se machuca ainda, é porque é a verdade – ela se levantou – E bem, assim eu sigo a minha vida muito bem, já você...Por que continua triste assim?

Meu mundo desabava cada vez mais, e eu só conseguia ficar de cabeça baixa, chorando por pecados que não cometi, pagando uma pena que nunca consumi. Chorava porque quanto mais Paula falava, além de raiva que sentia, tudo parecia ter ainda mais sentido.

Eu queria que ela calasse a boca. Só calasse a boca e sumisse após isso pra sempre da minha vida, mas aquilo me percorria forte como um tsunami infernal.

Minha boca secava cada vez mais, sentia meus olhos praticamente saltarem e meus ombros pesavam, além dos meus braços que tremiam freneticamente ao segurar minha cabeça.

Paula caminhou de um lado para o outro, e depois voltou a se sentar, e eu a encarei de onde estava, ali, ajoelhada.

— Alguém precisava te mostrar a verdade.

Fiquei em silêncio. Ela aproximou a ponta dos dedos no meu queixo, me encarando.

— Quer saber qual?

Concordei com a cabeça. Era a única coisa que eu poderia fazer.

— Que as coisas não funcionam como a gente quer.

— O que você quer de mim? – consegui finalmente dizer.

— O que eu queria eu acabei de ter.

Ela se levantou, indo em direção a porta, com meu olhar acompanhando.

— Que era ver que você continua a mesma garota quebrada de sempre que volta para mim, querendo ou não.

E assim, fechou a porta.

Estava em êxtase, mas de temor. Sentia como se ela tivesse pego um concreto e jogado contra o meu peito, me rachando em duas partes podres ao mesmo tempo.

Vomitei ali mesmo. Não sei se por nervosismo ou repulsa de mim mesmo em relação a tudo aquilo. Como pude acreditar naquelas coisas? Vi a poça de vômito formada ali e me joguei para trás, sentindo minhas mãos frias.

Eu queria morrer ali mesmo. Eu queria que tudo aquilo tivesse um fim naquele instante.

Por que minha vida sempre seria assim? Eu quis fazer diferente, e agora, pior do que antes, fui desestruturada.

Eu tinha a prova cabal, ali mesmo, de que as coisas não seriam diferentes.

Por que ela tinha feito aquilo comigo? Porque eu era uma péssima pessoa que não merecia ser feliz.

As coisas não funcionam como a gente quer. Eu quis tanto ser feliz e ter paz, e nunca a conseguirei, a não ser que eu suma.

Quando eu sumi e segui minha vida, pensando que tudo estava resolvido, Paula vem e mostra que as coisas não são assim. As coisas são sujas, feias, banais, horrorosas, horrendas. Ninguém é merecedor das coisas boas, principalmente eu.

Eu, que tanto procurei ter paz, nunca a iria encontrar, por mais que eu corresse atrás.

O problema era todo comigo, e se alguma coisa tinha que acabar, seria eu.

Peguei o telefone e fiz uma ligação.

— Alô, Peralta? Sim, sou eu. Posso passar aí pra pegar um material? Sim, beleza então, já passo aí.

*

Maconha. Cocaína. Ecstasy. Ketamina. Ansiolíticos.

Todos eles disposto na mesa da festa que Peralta, o maior traficante da cidade e colega de faculdade, estava dando.

— Pode se servir, Nana. Sei que tu gostas dessa onda.

Ele disse isso assim que eu cheguei, batendo no meu ombro.

Mordi os lábios devagar, fechando os olhos. Calma, não vai doer. Pelo menos não no começo.

A imagem de Catarina veio na minha mente, a de Alan também, mas a dor era mais forte do que qualquer outra coisa que me importava naquele momento, ou pessoa.

Forte? Ser forte? Eu fui forte e recebi isso em troca.

Foda-se.

Enrolei a nota que eu tinha e após arrumar uma generosa fileira do pó, cheirei. Sem miséria de teco, e sim a carreira inteira.

Meu nariz adormeceu no mesmo instante. Fechei os olhos e senti aquela excitação percorrer todo meu corpo, e deixei um sorriso escapar do meu rosto.

Tinha esquecido o quão gostoso era aquilo.

A noite tinha começado.

*

Eu estava tão alucinada que dividia Ecstasy com as garotas da festa, que mal conhecia. Elas dividiam sua metade em minha língua.

Eu não tinha mais controle do meu corpo. Eu e as drogas nos tornamos uma coisa só.

Aquilo era uma experiência quase divina.

— Ei, Nana, vai com calma – disse Peralta, segurando meu ombro.

— Vai se foder, Carlos Alberto – mostrei meu dedo do meio para ele, sem medo algum.

— Seu nariz tá sangrando, porr* – disse ele, encarando-me.

Passei a mão entre meu nariz e minha boca, e vi o vermelho cobrir parte dos meus dedos.

— E daí?

— E aí que é pra ir com calma. Você tá misturando muita coisa.

— E aí que isso significa que tenho que cheirar mais.

— Não, já deu – ele segurou minha mão com firmeza – Não quero ninguém morto na minha festa.

— Eu já morri faz tempo – desvencilhei meu braço dele – Me deixa em paz.

Ele revirou os olhos, e saiu batendo o pé. Voltei para a mesa e cheirei uma mistura do pó que tinha na mesa com o Ecstasy, mas ainda não tinha misturado com a outra coisa que tinha ali.

Sabe quando você sabe que alguma coisa vai dar errado e mesmo assim você a faz porque nada mais importa pra você? Foi o que fiz quando misturei de uma vez 5 comprimidos de Amytril de uma vez.

Dei um largo sorriso quando meu corpo entrou em estado de torpor inteiro. Tudo tinha se silenciado.

Meus pensamentos tinham emudecido, minhas paranoias, meus medos, meus anseios...Eu não sentia mais nada, como se tudo tivesse congelado e parado.

E assim também foi com minha respiração, e consequentemente com o meu peito. Minha cabeça ficou pesada e enquanto tudo parava, aos poucos as coisas foram escurecendo enquanto eu caía, até que tudo ficou escuro.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 27 - Paraíso Perdido :
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 21/08/2021

Vixe partiu!

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