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Entre Cosmos e Nanquim por shoegazer

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Palavras: 2525
Acessos: 1371   |  Postado em: 16/08/2021

Meu futuro é estático

— Você anda muito bem, Alana.

Haviam-se passado dias desde os últimos acontecimentos, e não via uma estabilidade na minha vida como essa há anos, provavelmente desde a minha infância com a falsidade de família feliz.

Sobre família, não quis contato mais com os meus pais, e sequer toquei mais no assunto. Alan fez o mesmo.

Sentia-me feliz de estar com Catarina em meio a nosso lance, ao qual vez ou outra ela vinha me ver ou eu ia até a sua casa com frequência, mas, ainda assim, não conseguia esquecer Lavínia, ou me questionar que fim tinha a levado, ou se ela voltaria alguma vez. Eu fui lá por dias seguidos, depois alguns dias na semana, depois não fui mais.

— Estou?

— Aparentemente, sim. Até entregou nosso fichamento.

Matheus era meu melhor amigo, sem dúvidas. Se eu falasse que não quis ter recaídas, estaria mentindo, e ele, assim como as outras duas pessoas ao meu redor, mantiveram-se firme junto a mim para que isso não acontecesse. Quando eu pensava em fazê-lo, corria o mais rápido que eu podia e minha cabeça se ocupava com outras coisas. Quando meu corpo clamava por alguma coisa, eu me medicava.

Pelo visto, tudo estava indo bem.

— Fico feliz por você, Nana.

— Obrigada Teteus, eu acho.

— E você e a doutora?

— Tudo em paz, acho.

— O que você pretende fazer depois de tudo isso?

— Tipo?

— Vai ficar com ela, vai atrás da dançarina, não vai fazer nada...Qual é o papo?

— Não ando pensando sobre isso pra falar a verdade – suspirei – Estou mais focando em não morrer ou ter uma recaída feia.

— Desde quando você não está ansiando pelo futuro e tendo crises sobre isso, como bem lhe conheço? – ele arqueou uma das sobrancelhas.

— Desde quando começaram a me treinar para que eu focasse mais nas coisas do presente.

— E ela pode fazer isso?

— Eu não sei, mas eu estou usando.

— Ela te chamou pra um jantar importante, não foi?

— Sim, que ela vai fazer, inclusive.

— Será que é pra apresentar a família?

— Duvido – ri com certo nervosismo – Ela não parece ser próxima da família.

— Mas e se for? Vai ter que usar outro visual que não consista em uma camisa de botão e bermuda.

— Nada de vestido, por favor.

— Não, não combina com você, mas ao menos coloque uma calça dessa vez e não use uma camisa xadrez, já deu.

— E quando você vai jantar com meu irmão? – rebati com um sorriso irônico, o que fez Matheus se enrubescer.

— Não estamos falando sobre mim, Alana Maria.

— Tudo bem – dei os ombros – Vamos discutir sobre o Existencialismo, então.

— Por que não usamos a moralidade da sua amada como objeto de estudo? – Matheus dizia, rindo – Sobre como estudar psicologia e usar a pessoa amada como objeto de estudo...

— Para de falar merd*, Matheus – disse revirando os olhos – Me passa o livro aí.

*

Toquei o interfone na hora marcado, me certificando de que não iria chegar atrasada. Estava ansiosa e curiosa pelo jantar marcado por Catarina. Era um pensamento que vez ou outra permeava a minha cabeça: como deveria me portar? Isso tinha um significado a mais e eu teria que perceber nas entrelinhas? Não, ela era o tipo de garota mais objetiva, mas...

— Pode entrar, Alana.

E o portão foi destrancado. Certifiquei-me de que estava cheirando bem e minha roupa estava alinhada. Bati na porta que indicava o número do seu apartamento, e ela me recepcionou.

Ela estava magnífica, estonteante. Usava um vestido plissado com flores estampadas e estava descalça. Seu cabelo estava preso de modo a tirar o cabelo de seu rosto, mas ainda assim solto. Ela mantinha um sorriso largo e o perfume adocicado vinha até mim.

— Chegou bem na hora.

Atrevi-me a dar um selinho nela, que correspondeu segurando meus ombros e após isso, olhei de relance para a casa. Estavam só nós duas, e uma música ambiente entornava o lugar.

— Você está linda, Catarina.

— Impressão sua – ela se enrubescia, segurando minhas mãos e me levando para adentrar em sua casa – Vem, pode se sentar aqui na sala ou na cozinha. Estou terminando de fazer o jantar.

— Irei ficar com você.

 Peguei uma das cadeiras da cozinha e sentei, enquanto ela voltava a olhar para o forno.

— Quer ajuda? – perguntei.

— Não, não precisa.

Um silêncio tímido tomou conta do lugar. Ela me olhava de relance e depois pro forno. Batia os pés no chão, olhando ao meu redor, vendo sua organização e metodismo presentes nas mínimas coisas: seja na organização da pequena pilha de pratos ou da sequência de panos de pratos.

Mas algo em meio a aquelas similaridades parecia estar indo contra elas. Catarina parecia apreensiva com alguma coisa que estava prestes a eclodir.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não, nada.

Realmente, ela não estava bem. Não tínhamos nos afrontado em nenhum momento.

— Vem cá, senta aqui comigo. Ajudo você a reparar o que você estar fazendo.

— Você diz sentar com você...? – ela cerrou os olhos.

Estendi minhas mãos até a sua cintura, levando-a a sentar no meu colo. De primeira, ela permaneceu tensa, mas no momento em que apoiei meu rosto nas suas costas e suspirei, ela relaxou mais.

 — O que aflige você?

Catarina ficou em silêncio. Sentia que ela tocava em suas mãos apreensivas.

Nunca tinha a visto nessa posição frágil, temerosa, como um animal que tinha medo da repreensão que levaria. Sentia que era algo do tipo porque eu tinha experiência o suficiente para saber como é que se sentia assim.

E sei que nessas horas, um abraço, um toque diz mais do que qualquer palavras que as pessoas podem te dizer para te acalentar. Pressionei ela mais contra meu abraço, e ela suspirava pesadamente tocando em minhas mãos, e passamos por longos minutos assim, sem dizer nada.

Um alarme tocou e ela se levantou.

— O jantar está pronto, vamos?

Ela se levantou e pegou o pano de prato, puxando do forno uma travessa que cheirava incrivelmente bem, despertando uma fome em mim a qual nem sentia.

— Vou ajeitar os pratos e você pega o vinho ali em baixo?

— Claro.

Abri o armário, e lá estava ele.

— Um Cabernet Sauvignon? – disse surpresa – Parece que hoje é um evento importante.

— Talvez – ela respondeu organizando as coisas.

Peguei as taças e servi o vinho para nós. Nos sentamos e servimos nosso jantar, e brindamos. Quando Catarina cortou o conteúdo da travessa, mostrou uma lasanha de molho branco bastante recheada que, assim que comi, fiquei extasiada.

— Nossa, isso está incrível.

Ela deu um sorriso de canto, e bebeu o vinho, virando a taça. Franzi o cenho, dei os ombros e continuei comendo, olhando para Catarina de relance. A apreensão no seu olhar ainda era latente, já que mal pegava na comida.

— Catarina – comecei a dizer enquanto pegava mais vinho – Tem certeza que está tudo bem?

— Não.

Ela disse com uma naturalidade que me chocou em um primeiro momento, mas ainda assim continuei.

— E o que aconteceu?

— Tem coisas que eu não disse a você.

Catarina se mantinha com uma polidez invejável, se levasse em consideração o tom de sua voz que continha uma melancolia intensa.

— Sobre o quê?

Nesse momento, mantive-me a olhar diretamente para ela, que desviava o olhar.

— Não sou bem o que você imagina que eu sou.

E quando ela proferiu essas palavras, senti um mar de angústia me atingir. O temor de que meu maior receio se tornasse realidade parecia estar a um passo de se concretizar, e era um passo o qual não podia recuar.

Respirei fundo, e mantive uma das sobrancelhas levantadas, carregando dúvida.

— Você pode me explicar como?

Ela voltou a olhar para mim, e suspirou, voltando a beber.

— Eu ando escondendo uma coisa de você...Na verdade, de muitas pessoas.

Merda, por favor, não...

Minhas mãos começaram a tremer e senti o suor formado em minha testa, mas ainda assim mantive-me firme como podia.

Ela olhava pesarosa para o chão, e engolia em seco. Catarina parecia estar presa em um intenso turbilhão como uma criança presa na chuva intensa, sozinha.

Era assim como eu me sentia, e ela me deu as mãos. Não me largou, cuidou de mim como podia e está aqui comigo, abrindo uma parte sua bem íntima. No fundo eu não queria saber o que era, queria me manter ignorante.

Mas ela está ali, na minha frente, com um olhar perdido entre seus óculos levemente embaçados.

Enxuguei minhas mãos e estendi uma delas para ela, que olhou surpresa.

— Não tem problemas, todos nós temos segredos.

— Mas, eu...

— Você me aceitou do jeito que sou, permita que eu faça o mesmo por você.

E uma faísca de esperança voltou ao seu olhar, mas ainda tomado por medo. Ela estendeu sua mão trêmula até a minha e a segurou, e assim eu a apertei com firmeza.

O silêncio apareceu mais uma vez. Ela organizava as palavras, tentava as dizer, e voltava atrás. Segurei sua mão com firmeza em um recado de que ela podia acreditar em mim e que eu estaria ali para qualquer coisa. Acariciava seus dedos e mantinha-os presos ao meu, e Catarina mordia os lábios, com a respiração pesada, até que suspirou. O peso parecia ter sumido.

— Eu sou bipolar, Alana.

Olhei com seriedade.

— O quê?

— Eu sou bipolar – ela repetiu – Sou diagnosticada com esse transtorno maníaco-depressivo.

Eu não esperava por isso, então fiquei em silêncio, tentando processar a ideia.

— Eu... – comecei a murmurar as palavras – Nunca imaginei.

— Pois é – ela respondeu com pesar, soltando minha mão, mas a segurei de novo.

— E o que tem de mais?

Catarina riu, em um misto de indignação e ironia.

— É sério que você está me perguntando o que tem demais em ser bipolar?

— Sim – respondi franzindo o cenho – O que tem?

— Nossa, eu não posso listar os problemas que isso causou na minha vida – ela soltou a mão para começar a gesticular – Isso afetou meu rendimento escolar uma vida toda, todas minhas relações, fui colocada à prova do meu trabalho o tempo todo e...

Ela parou para me olhar, e voltou a rir de forma irônica.

— Você não tem noção do que é uma pessoa bipolar.

— Não, mas eu posso aprender como é.

— Alana – seu tom de voz era urgente – Tem semanas que eu não me levanto da cama querendo me matar e tem semanas que se eu não agir por impulso, eu quero morrer.

— Você está se cuidando?

— É claro – ela se levantou, gesticulando enquanto andava de um lado para o outro, como fazia quando estava pensando em alguma questão – Se não, nem iria conseguir trabalhar.

— E o que tem de errado?

— O que tem de errado é que serei um problema a longo prazo pra você, Alana.

Catarina cruzou os braços, me olhando.

— Você não é um problema – dizia olhando para ela, que andava de um lado para o outro.

— Claro que não é, você diz isso agora, depois... – ela passava os dedos entre os cabelos – Depois quando eu começar a entrar em crise, eu não vou te fazer bem... – ela desviava o olhar, encarando o chão enquanto passava os dedos com ainda mais firmeza em seus cabelos – Uma bela herança, eu diria.

Servi mais vinho para mim, e continuei bebendo olhando para ela. Parecia que para ela, eu não tinha me tocado do problema em que tinha me metido.

— Como você consegue ficar tão tranquila em relação a isso?

— Porque pra mim isso não muda nada em relação a você...

— É esse o problema, Alana! – ela gesticulava firme – Você ainda não entende o problema que é isso, e eu estou te avisando antes que começamos a nos envolver de forma mais...Profunda.

Terminei meu vinho, e suspirei. Levantei e fiquei à sua frente, com a mão na cintura. Olhei para o chão, e voltei a olhar para ela.

— Eu não acho que você seja um problema nem nada do tipo. A única coisa que eu vejo agora é que quando você tiver com um problema do tipo, sabe a quem contar.

— Alana, não é bem assim...

— Não? Ou é você que não acredita que não pode ser assim?

Catarina manteve-se em silêncio, então continuei.

— Se você não normalizar isso a si mesmo, como isso vai ficar mais fácil?

Segurei em seus ombros, e o temor em seus olhos e gestos voltou, então tentei falar de forma mais suave.

— Catarina, eu estou em processo de reabilitação. Eu nunca acreditei que poderia ficar bem, mas eu estou ficando graças a sua ajuda e de outras pessoas. Você é uma pessoa incrível, eu estou apaixonada por você, estou gostando de você de verdade e você me dizer isso não me faz ter medo ou receio de você, me faz querer te ajudar assim como você me ajuda.

Catarina olhava para os lados, tentando se desvencilhar.

— Alana, isso tudo é uma reação do nosso corpo que...

— E se for? É a melhor que eu já senti na minha vida. Melhor de qualquer coisa que já consumi. Eu quero ficar com você, Catarina, não importa se você não querer levantar da cama ou explodir, eu estarei com você em qualquer momento.

Enquanto eu falava isso ela abaixou o olhar, pressionando os lábios. Quando voltou a olhar para mim, seus olhos estavam marejados, querendo chorar.

— Isso tudo vai passar, Alana. Não faz isso comigo... – sua voz era arrastada, tentando conter aquilo que vinha de encontro a ela.

— Isso o quê?

— Eu me apaixonar ainda mais por você a ponto de que quando você for embora, eu irei sofrer.

— Eu não vou embora, está entendendo? – segurei seus ombros com firmeza – Não diga isso.

Deixei-me levar pelos sentimentos que ela estava demonstrando, e quando vi, também sentia meus olhos marejados.

— Eu...Eu não quero ir embora da sua vida, eu quero ficar.

Senti a primeira lágrima descendo, assim como a dela. Fechei os olhos e a abracei com firmeza mais uma vez, e ali ela começou a chorar, indefesa, um lado totalmente diferente ao qual estava acostumada. Catarina era uma mulher tão frágil quanto eu, tão perdida quanto eu, tão humana quanto eu, só que escondia suas nuances melhor do que ninguém.

Queria que todos seus medos e anseios sumissem e só lhe restasse a felicidade que ela merecia. Eu era uma pessoa quebrada e perdida, mas, naquele momento, eu não pensaria duas vezes em dar qualquer coisa para lhe ver sorrindo.

Eu dizia estar apaixonada por Catarina, mas era mentira.

Eu começava a amar Catarina.

Fim do capítulo


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Comentários para 25 - Meu futuro é estático:
naoseimeulogin
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Em: 17/08/2021

Adorei

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 17/08/2021

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Marta Andrade dos Santos
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Marta Andrade dos Santos
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