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Entre Cosmos e Nanquim por shoegazer

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Palavras: 1490
Acessos: 1395   |  Postado em: 14/08/2021

Continuo a respirar

 

Estava dividindo um cigarro com o Matheus após a aula. Por mais incrível que pareça, fazia tempo que não faltava aula, mas isso não quer dizer que eu tenha me tornado a aluna mais estudiosa de todas, só que meu corpo estava mais presente. 

— Seu pai está morrendo mesmo ou é tudo encenação? – ele pergunta de forma descompromissada para mim. Não havia comentado com afinco do acontecido, só o necessário, tentando excluir a parte de relembrar memórias passadas ou de chorar no ombro do meu irmão copiosamente. 

— Vindo dele, não duvido mais nada – dei os ombros – Se falarem que eles voltaram e foram se amar depois o show de horrores que foi o jantar, acreditaria. 

— E como está sua mão? – perguntou-me Matheus, tocando nela. 

— De boa, não foi nada de mais, só uns arranhões mesmo.

—  E o Alan? 

— Está na fossa, mas compreensível. Não foi tirado do armário, e sim arrancado de lá a chutes. 

— Deve ter sido uma merd* – comentou, passando-me o cigarro. 

— Acho que ele ainda gosta de você, Teus. 

Matheus se engasgou com a fumaça do cigarro. Olhei para ele de soslaio. 

— Você não engana a ninguém, seu boiola.

— Deixe-me em paz, caramba – logo ele ficou emburrado – Já disse, não quero mais papo com o Alan, ele consegue ser mais otário do que você. 

— Ele tem um coração, sei disso – dei um sorriso sarcástico – Mas é porque você usa os parâmetros errados. Quer comparar o Alan comigo, que sou claramente emocionada. 

— Existe alguma lésbica que não seja? 

Bati com a ponta do cigarro na parede, rindo. 

— É, você tem razão. 

— Falando em emoção, e sua vida com a doutora? Ela já te mostrou todas as habilidades dela? 

— Acho que ainda não – levantei as sobrancelhas – Acabando a aula, passarei por lá. 

— Por que vocês não fazem como pessoas normais e trocam números? Seria mais fácil. 

— Porque aí não teria graça, e acho que nem telefone ela tem. Pelo menos nunca a vi com um. 

— E por que você não vai até a casa dela, ou aqui mesmo no serviço?

— Não sou bem-vinda no serviço, e não quero atrapalhar ela em casa

— Você que gosta de complicar as coisas – ele disse, suspirando – Mas e aí, e sua dançarina de boate, esqueceu mesmo? 

— Claro que não – balancei a cabeça – Mas ela está sumida. Só me resta a saudade – e fiz menção de choro, e logo Matheus deu um empurrão de leve. 

— Deixa de ser sem-vergonha, Alana. 

— Fazer o quê? Gosto de garotas misteriosas que tentam mandar em mim.

— Já parou pra pensar que sua questão de domínio vem da sua figura materna autoritária? 

Entreolhamo-nos em silêncio, e Matheus deu uma gargalhada ao ver a expressão que fazia. 

— Para de falar besteira, nós fazemos filosofia, não psicologia, palhaço. 

— Tudo bem, tudo bem – ele gesticulava se rendendo, e passando a mão entre meu pescoço – Não falo mais nada, vamos pra sala que é melhor. 

*

Ao final da aula, quando as pessoas se levantavam, mantive-me distraída rabiscando o caderno quando uma pequena comoção se formava entre as pessoas da sala, cochichando alguma coisa. Matheus deu uma cotovelada com força ao meu lado. 

— O que foi? – perguntei levantando a cabeça olhando pra ele. Matheus mantinha a feição de diversão. 

— Olha lá pra fora. 

Quando levantei a vista, pude ver o que causava os comentários. Catarina, sem seu habitual jaleco, usando uma calça social e camisa do mesmo porte fechada até o pescoço esperava do lado de fora da sala, portando um ramalhete em suas mãos. 

Nunca tinha ficado tão envergonhada como me senti naquele momento, nem quando dormi na primeira vez que transei com Paula, ou quando minha roupa caiu no meio da apresentação na primeira série. Porém não era a vergonha de constrangimento, e sim a vergonha que suas bochechas ficam quentes e você sorri. 

Caminhei até ela, que esperava com um sorriso na porta. 

— Realmente, essa foi uma surpresa. 

— Parabéns pelo seu mesário de recuperação - ela entregou-me as flores – Eu estou muito feliz por você. 

— Mesário? – perguntei com certa curiosidade. Olhei para as flores, não sabiam quais eram, mas cheiravam muito bem. 

— Segundo minha ficha, já faz mais de um mês no qual você está sem consumir nenhuma droga ilícita. 

— É sério? 

— Sim, senhora – ela dizia com um sorriso no rosto – E como forma de reconhecimento do seu esforço, quero convidar você para sair comigo. 

— Como cobaia ou de outra forma? 

Ela aproximou-se de mim, e falou colocando a mão em meu torso. 

— De outra forma.

— Então, Nana, conversamos depois, né? – disse Matheus atrás de mim – Tchau, garotas. 

Acenamos para ele, e ri. Ela deu uma piscadinha mal-intencionada e virou, segurando minha mão, e assim segui seus passos. 

*

Fomos até o parque da cidade, lugar que pouco tinha ido desde que começara a morar lá. O primeiro motivo era que eu não tinha companhia para ir, já que Alan vivia muito ocupado quando estava de folga, e segundo porque essas caminhadas lembravam da minha vida falsa e feliz, quando caminhava com meu pai no dia de folga dele e ele pagava um picolé de morango.

Catarina estava silenciosa, e tocava meus dedos com as pontas dos seus. Carregava consigo sua mochila, os óculos caídos entre os olhos, que constantemente arrumava, e um ar sereno. Seja lá o que estivesse aprontando, parecia estar satisfeita com aquilo, e eu me mantinha carregando o ramalhete entre as mãos.

Paramos em uma área gramada, vasta, no qual tinham poucas pessoas passando aquela tarde amena. Fazia sol, porém não incomodava aqueles raios que sucedem ao começo do fim da tarde. Catarina colocou sua mochila no chão e tirou de dentro uma toalha xadrez azul, colocou-a no chão e gesticulou para que eu sentasse ali. Logo o fiz, colocando as flores de lado enquanto ela tirava outras coisas da mochila. Alguns potes coloridos foram dispostos, e quando ela abriu, um cheiro bom veio deles. Ela puxou novamente uma garrafa que gotejava, suada e colocou ao lado dos potes e limpou as mãos, sorrindo.

— Pode comer, fique à vontade.

— Mereço mesmo tudo isso? – perguntei enquanto pegava pães de queijo ainda mornos.

— Merece sim – ela respondia, prendendo o cabelo e abanando o pescoço.

— Não consigo acreditar que já passou tudo isso – mordi o pão de queijo e peguei os pastéis – Como foi para isso acontecer?

— Sua pulsão só foi direcionada a outras coisas – ela comentou pegando alguns salgados para si.

— O quê?

— Impulso de comportamento, aquilo que vem dentro de si mesmo, essas coisas.

— Já começou a falar difícil...

— Resumindo, em vez de você gastar seu tempo usando drogas, está ocupando-o a ponto de que te faça esquecer que tem que usá-las.

— Então quer dizer que a minha solução era me meter em outra enrascada amorosa? – pergunto com certa ironia.

— Não – ela diz, terminando de mastigar – Não isso. Seria mais como se fosse um empurrão. O que costuma fazer agora?

— Não sei, acordo, leio, ajudo a arrumar a casa...Caminho de noite.

— Você fazia isso antes?

— Não – respondo pensativa. Catarina dá um sorriso como se a conversa tivesse sido encerrada, porém algo veio à tona.

— Se nosso relacionamento acabar, vai voltar tudo de novo?

Catarina abre a garrafa e serve suco para nós duas. Era de abacaxi e dava pra sentir o cheiro do hortelã. Ela deu alguns goles e voltou a falar.

— Você acha que vai?

Pensei um pouco antes de responder.

— Não sei.

— Sua felicidade necessita de um relacionamento?

Ela olhou sério para mim, e suspirei.

— Não.

— Então já sabe a resposta.

— Mas não quero que isso acabe.

E segurei sua mão. Ela deu um sorriso tímido e afagou a minha.

— Nunca queremos que acabe.

— Você quer que acabe?

Senti-me acuada, não gostava de demonstrar meus sentimentos assim. Nunca acabava bem, minhas experiências anteriores deixavam isso bem claro.

Porém, Catarina se aproximou de mim e tocou meus lábios, afastando-se devagar.

— Não.

Segurei-a em meus braços, e a tomei para outro beijo. Ela segurava meu rosto beijando-me suavemente, mas após isso, nosso beijo se intensificou. Eu gostava disso, gostava de que podia me permitir perder o controle do que sentia vez ou outra, e Catarina me trazia a segurança de uma sensatez que ainda não tinha experimentado.

Quando olhei em seus olhos, pude sentir a sensação do seu sorriso tão tímido e convidativo comigo. Catarina acariciava meu rosto com sua mão, e abria ainda mais seu sorriso ao me ver sorrindo.

Esse era um daqueles momentos que eu nunca queria que acabasse.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 24 - Continuo a respirar:
Socorro
Socorro

Em: 15/08/2021

Autora,

podemos ter um final alternativo!?? Pfv


Resposta do autor:

oi! 

final alternativo? ah, mas ainda falta alguns capítulos, e nesses ainda vai rolar muitas coisas.... ????

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