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Às escuras por Areiadapraia

Ver comentários: 2

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Palavras: 2319
Acessos: 1038   |  Postado em: 13/08/2021

Capitulo 3. De novo?

 

Alguns dias depois, Navy e eu estávamos tendo problemas com o sistema dos computadores da clínica. A secretária, que também vinha reclamando havia uns dias, nos indicou os serviços de alguém que ela conhecia.

- Você pode receber o técnico, Gorman? A patroa e eu temos uma consulta com a ginecologista hoje - Navy perguntou logo de manhã.

- Claro. Você falou dessa consulta. Então, vocês estão mesmo programando esse bebê?

- Pode apostar.

Depois do último paciente da manhã, a secretária anunciou que o técnico chegou e pedi que entrasse.

- Gorman, essa é a programadora, sócia do meu amigo que te falei, Tracy.

Fitamo-nos. Ela vestia uma blusa azul com a logomarca da empresa, uns jeans destroyed apertados e um par de all star.

- Tracy Lauren...

- Jacqueline...

- Vocês se conhecem, né? - a secretária perguntou com ar inocente.

- Ligeiramente - respondi, divertida e estreitei os olhos, fitando-a. - Mas... aposto que, como a amiga do sócio de Tracy, e sendo quem indicou a empresa para mim e Navy, você já sabia disso, não é?

- Bom... Eu... Eu posso ir almoçar? - ela desconversou. - Meu gato tá me esperando.

- Tudo bem. Não se deve deixar o gato esperando. Bon appetit.

- Obrigada.

- Mas não pense que não falaremos disso mais tarde.

Ela se despediu rindo e saiu. Minha atenção se voltou para Reed.

- E se for uma gata em vez de um gato? - ela devolvia o desafio que via no meu olhar. - Pode deixar esperando?

Eu dei um meio sorriso para ela e lhe apontei a cadeira à frente da minha mesa, enquanto eu voltava a me sentar.

- Por favor?

Agradeceu e se sentou.

- Gostei da clínica de vocês. E esse seu consultório... é uma graça.

- Obrigada.

Navy atendia adultos e eu, como odontopediatra, tinha decorado minha sala com brinquedos e personagens infantis. Na sala de espera da clínica também havia alguns brinquedos.

- As crianças devem até ter menos medo...

- É... Pelo menos a gente tenta, né?...

Sorrimos e ficamos um pouco em silêncio.

- Então... você é a técnica, Reed?

- É o que eu faço de melhor, Gorman.

- Ok.

- A não ser que você prefira chamar outra pessoa...

- Claro que não. Sua firma me foi muito bem recomendada. A não ser que você prefira não me atender.

- Claro que não. Eu nunca misturo negócios com... problemas pessoais.

- Certo. Deixe-me então te mostrar o que vem acontecendo...

 

¤¤¤¤¤¤¤

 

Oh, don't you dare look back

Oh não se atreva a olhar para trás

Just keep your eyes on me

Apenas mantenha seus olhos em mim

I said you're holding back

Eu disse que você está se segurando

She said "shut up and dance with me!"

Ela disse, "Cale a boca e dance comigo!"

This woman is my destiny

Essa mulher é o meu destino

She said, oh, oh, oh

Ela disse, oh, oh, oh

"Shut up and dance with me"

"Cale a boca e dance comigo"

 

Diante de mais aquela coincidência e possível armadilha, senti vontade de dar meia volta, mas eu era profissional, eu estava ali para trabalhar. Assim, resolvi entrar, fazer o meu trabalho e, só aí, ir embora. Ao menos foi o que eu fiquei me repetindo, até avistá-la. Gorman... Tão linda ela naquele jaleco branco... Aí, eu confesso que, por um momento, esqueci-me da história do profissional e tal...

Para com isso, Tracy, concentre-se no que importa.

Enfim, dei meu diagnóstico.

- Não é à toa que vocês têm tido todos esses problemas, Gorman. Esse programa tá bem ultrapassado e, vou te dizer, vocês têm corrido sérios riscos, a segurança é mínima.

- Verdade?

- É sim. Vamos precisar mudar todo esse sistema.

- Certo...

Comecei a explicar o que eu faria, mas ela me interrompeu.

- Você já almoçou?

- Não.

- Quer almoçar comigo? Eu ainda tenho uma hora, até o próximo paciente...

Pensei por um momento e ela resolveu se justificar.

- Ahhh... assim... pra você me explicar tudo e acertarmos os detalhes. Assim eu ganho tempo, te ouço e não perco meu almoço.

- Ok, então.

Ela retirou o jaleco e deixou a calça branca e a blusa vermelha à mostra. Deus... ela era um arraso...

Fomos a um pequeno restaurante perto do consultório, onde ela era bem conhecida.

Falamos sobre o trabalho que eu ia fazer nos computadores do consultório e nos sobrou algum tempo para jogar conversa fora.

- Como vai sua namorada, Gorman?

- Acho que está bem.

- Acha?

- Não a vi mais. Terminamos logo em seguida.

- Ahhh... eu sinto muito... - menti.

- Tudo bem, ruiva, não era pra ser.

Gostei de ouvi-la me chamando de ruiva novamente.

- Entendi.

- E você e... aquela garota com quem estava dançando?

- Nem me lembro do nome dela.

Ela riu. Pensei que diria mais alguma coisa, mas pareceu desistir.

Ficamos em silêncio, até que ela o quebrou.

- Na noite em que nos conhecemos e nas seguintes, não chegamos a falar em nada pessoal, primeiro nome, profissão...

- É. E por isso não houve pistas...

- Nunca imaginaria que fosse uma especialista em computadores, Reed.

- Nunca imaginaria que fosse uma dentista de crianças, Gorman, embora já soubesse que Jacqueline fosse.

Ela apenas balançou a cabeça para os lados, divertida.

- Paul, o amigo de sua secretária, é meu amigo desde a escola. Quando éramos adolescentes, ele bancava o meu namorado, naquela época em que eu ainda fingia não ser sapa e meus pais fingiam não saber.

Ela sorriu. Era difícil olhar aquele sorriso, sem pensar na minha língua dentro de sua boca.

- Nós trabalhávamos para empresas grandes, mas cansamos, gostamos mais de fazer as coisas do nosso jeito. Então quando o convidei para trabalhar por conta, ele aceitou na hora.

- Navy e eu nos conhecemos na faculdade e nos tornamos inseparáveis. Sempre pensamos em abrir uma clínica juntas.

- Coincidências e mais coincidências. Na faculdade, também conheci uma garota que se tornou minha melhor amiga, Hilary. Apresentei-a ao Paul. Que inferno, fui mesmo a alcoviteira... Eles se apaixonaram mesmo e estão juntos até hoje. Meu melhor amigo e minha melhor amiga.

- Muito legal isso.

- É sim. O problema era quando eles brigavam porque eu não podia tomar partido.

Rimos.

- Posso imaginar.

- Foi ele quem me passou esse trabalho, me pediu uma atenção especial porque se tratava de um amigo...

- Veio às escuras - ela afirmou.

- Vim. Só percebi quando cheguei à porta da clínica e vi o seu nome na placa.

- Não pensou em dar meia volta, ruiva?

- Na verdade, pensei.

Aquele sorriso de novo... Sorri também.

Olhei para o meu celular.

- Sabe quantas mensagens e telefonemas já têm aqui pra eu responder? - perguntei. 

- Eu também. Povo louco... - ela balançou a cabeça para os lados, com um delicioso ar sorridente.

Referíamo-nos aos nossos amigos e, claro, às nossas mães.

Acertamos que eu voltaria no dia seguinte pela manhã, para começar o trabalho. Expliquei que seria algo simples de usar, mas complexo de fazer e, instintivamente, aumentei a dificuldade do trabalho, dizendo precisar de mais dias do que o realmente necessário.

 

Quase duas semanas indo até o consultório e almoçando com ela e, algumas vezes, com Navy também.

Vi que a rotina delas era meio louca, nem sempre o dia era calmo como aquele primeiro. Às vezes, o almoço era bem tarde e se compunha de apenas um ou dois sanduíches.

Notei outras coisas: Gorman também tinha alguns pacientes adultos, a maior parte mulheres. Algumas pacientes e mães de pacientes mirins demonstravam um interesse particular nas dentistas.

Durante nossos almoços, aprendemos um pouquinho sobre a vida uma da outra. Entendi, por exemplo, porque a mãe dela que, ao contrário da minha, não costumava se meter na vida dela, tinha feito de um tudo para que nos conhecêssemos.

- Então, da segunda vez que você me deu o bolo, você foi socorrer sua ex? Elsie?

- É. Ela me ligou, estava bêbada, chorando...

- Então vocês se dão bem?

Ela levantou os ombros.

- Estávamos juntas havia um tempo e, até onde eu sabia, éramos apaixonadas. Fazíamos planos, casamento, filhos e tal. Então eu lhe dei um anel e a pedi. Ela aceitou. Mas depois disso, algo começou a acontecer, ela adiava a marcação da data, eu a sentia distanciando-se cada vez mais. Aí eu perguntei o que estava havendo e pedi sinceridade - suspirou. - E tive sinceridade. Disse que não sabia mais se ainda era aquilo que ela queria...

- Dureza...

- É... E você, ruiva? Qual é a sua história? Desilusão ou apenas descrença no amor?

Eu ri.

 

¤¤¤¤¤¤¤

 

Deep in her eyes

No fundo de seus olhos

I think I see the future

Eu acho que vejo o futuro

I realize this is my last chance

Eu percebi que esta é a minha última chance

She took my arm

Ela pegou meu braço

I don't know how it happened

Eu não sei como isso aconteceu

We took the floor and she said

Nós tomamos a pista e ela disse

 

 

Reed era do tipo "não tô nem aí", mas eu desconfiava haver um motivo por trás daquela atitude.

Quando perguntei, ela riu, mas seus olhos percorreram o nada e o olhar ficou triste.

- Meu problema com tempo não é só de atrasar, é também com datas. Cadence, a "falecida". Ela ficava louca comigo porque eu nunca me lembrava das datas. Ela lembrava de todas. Com um ano e cinco meses de namoro, quis surpreendê-la e cheguei cedo ao apê dela, a gente tinha a chave uma da outra. Eu ia fazer uma surpresa romântica pra quando ela chegasse do trabalho.

Riu de novo, um riso nervoso, a cabeça balançando para os lados. Olhou para cima e suspirou.

- Fiquei parada com a porta aberta, assistindo aquele espetáculo grotesco. Pode imaginar? Cadence tava trans*ndo com outra no meio da sala. Tinha roupas espalhadas por todo lado. Nem fechei a porta. Voltei correndo pelo corredor com os gritos dela me chamando às minhas costas. O elevador chegou e enquanto a porta fechava eu a vi esbaforida enrolada numa toalha, implorando que a esperasse.

Respirou profundamente.

- Dureza... - repeti o comentário dela para mim.

Ela mostrou um meio sorriso.

- Ela ainda passou um tempo me procurando, tentando se explicar.

- Você a amava - afirmei.

- Amava. E não pude mais... Não somente porque a amava, mas porque não me senti mais amada. Não pude entender a atitude dela. Eu ainda a deixei se explicar uma vez e... sinceramente, não entendo "só um deslize" quando você ama.

- Eu também não. Você não namorou mais, desde então?

- Algumas semanas aqui e ali. No mais, eu gosto de curtir. Beber, dançar, beijar...

Aquilo explicava tudo, éramos bem diferentes.

- Eu me tornei reclusa, desde Elsie.

- E eu voltei a sair direto, como não fazia mais, quando estava com ela. A gente já não saía tanto e, quando saía, era pra estar juntas.

- Coisa de casal - sorri.

- É - ela sorriu também.

Uma vez, eu toquei no assunto dos nossos encontros, ou melhor, desencontros.

- Diga-me, ruiva, você não foi àqueles encontros às escuras pra me dar o troco, não foi?

Ela sorriu.

- Você provocou...

Eu sorri também e foi a vez de ela me questionar.

- Diga-me, Gorman, por que você nunca foi àquela noite na boate?

- Eu fui.

- Foi?

- Fui e te vi beijando outra.

- Ahhh... Nem pensei nisso. Você demorou e achei que tinha me sacaneado...

- Não demorei tanto assim, era uma balada, não precisava chegar às vinte.

Revirei os olhos.

- Eu não cheguei às vinte, mas...

- Eu queria ir embora, mas nossas mães ficaram me segurando. Sua mãe dizia que você ainda ia chegar, que te ligou e você disse que iria...

- Deus, Gorman... Mamãe, às vezes, precisa ouvir o que ela quer ouvir.

- Entendi.

- Mas... Você foi embora só porque me viu beijando outra?

- Mas... Você beijou outra só porque eu não cheguei?

Eu ri.

- Ok... Mas só pra constar, eu nem me lembro do nome dela também.

- Ok, só pra constar, Tracy Reed, foi bom esclarecermos o que realmente aconteceu naquela noite.

Enfim, Tracy terminou o trabalho. Navy e eu gostamos do resultado.

Era fim de manhã de uma sexta. Reed esperou que eu atendesse o último paciente, para me pedir algo. Navy saíra um pouco antes, a secretária perguntou se podia ir almoçar e a dispensei.

Finalmente, terminei e me despedi da criança e da mãe à porta da clínica, trancando-a.

- Prontinho. Podemos falar agora.

- Não sei se devia, não quero abusar, mas...

- O quê? Pode falar, ruiva.

- Eu tô com um dente me incomodando, desde cedo...

- Ei, claro que devia. Por que não disse antes? Podia já ter visto. Vamos ver, vem cá.

Levei-a até minha sala, troquei o papel de maca que cobria a cadeira, coloquei máscara e um par de luvas descartáveis.

- Sente-se aqui. Vamos ver... qual é o dente?

- Esse. Acho que é esse que dói.

- Certo. Assim dói? Não? E assim?

- Hã hã hããã...

- Pode falar.

- Acho que... acho que não é bem o dente que tá doendo...

- Não? O que então? A gengiva parece bem saudável.

- Não sei direito - ela puxou minha máscara. - Acho que é a língua... aqui na pontinha... olha bem de pertinho...

- Ah... sei... - sorri - Na língua?...

- É...

- Deixa eu ver, então. Abre a boca - tirei as luvas enquanto falava.

Obedeceu-me.

- Põe essa língua pra fora, ruiva - sussurrei junto ao seu ouvido.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 3 - Capitulo 3. De novo?:
patty-321
patty-321

Em: 24/08/2021

Show


Resposta do autor:

Obrigaga!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Dessinha
Dessinha

Em: 24/08/2021

Muito legal, muito bem escrita e bem direta... legal mesmo, parabéns. Já me tornei fã


Resposta do autor:

Obrigada!

Responder

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