Quem tiver interesse em acompanhar minha rotina de escrita e saber mais sobre o processo de lançamento desse livro (pois vai virar livro físico ><), me segue no insta: diario_deumaescritora_
BOA LEITURA! ><
CAPÍTULO 10 - PARTE I
LORENA
- Ansiosa?
- Não, estou com sono demais para me sentir ansiosa para alguma coisa. - Hera sorri ao volante. - Você parece mais ansiosa que eu, aliás, por que está com esse sorriso no rosto? Até onde sei você não queria que eu treinasse com as bruxas.
Ela dá de ombros.
- Só acordei animada. - Semicerro os olhos em sua direção.
- Certo. - Volto minha atenção para as ruas pela qual passávamos. Quatro Guardas Reais estão em motos escoltando o carro de Hera para a floresta. Hoje será meu primeiro dia de treinamento com Aliandra, até ontem estava ansiosa para ele, hoje? Só consigo pensar na cama quente e confortável que deixei a quilômetros atrás.
"Pelo menos não são sete horas da manhã, levantar cedo é uma lástima."
Tentei distrair minha mente com pensamentos fúteis como "odeio acordar cedo", quando na verdade, minha mente insistiu em voltar nos assuntos "Lorena irá unir as espécies". No começo, isso foi um palpite de Miranda, mas agora ela tem agido como se tivesse certeza de que esse é o meu "destino". Aos poucos, estou aceitando minha nova realidade, sou uma híbrida de três espécies, a filha do Supremo Alfa é minha companheira, moro com a Família Real, bebo sangue, mas, aceitar que sou uma possível "salvação" é inadmissível para mim. Mesmo que exista a mínima possibilidade disso ser verdade, sinto que Gaia quer jogar em minhas costas uma responsabilidade que não é minha. A criação é dela, ela que se resolva com isso. Disse a Hera que ajudarei, se puder, mas isso não significa que quero usar o papel de salvadora do mundo, e que goste dele.
Depois da última reunião com a rainha bruxa e Aliandra, todos chegamos num consenso de que devo começar a treinar meus dons com as bruxas - não só para o meu bem, mas para a possível guerra -, e apesar de todos estarem se perguntando se não é uma armadilha para me sequestrar e se realmente é ou não necessário que eu treine com ela, o Supremo deixou que eu fizesse a escolha final. A decisão é minha, e eu escolhi aprender com elas. Por mais que ainda ache essa história de ser uma bruxa suspeita, é fato que preciso aprender sobre os meus poderes, e se Aliandra tem as respostas para isso, vou fingir que acredito. Como disse à Hera, não pretendo sair disparando luz sempre que me sentir nervosa, ansiosa ou com medo. Hera, claro, escolheu o máximo de Guardas Reais e seguranças a disposição para me escoltar.
- Você não tem reuniões para participar? - Hera fez mudanças demais na sua agenda para me acompanhar para cima e para baixo, e isso me incomoda todas as vezes que vejo o Supremo indo para o Centro Empresarial e ela ficando em casa para me acompanhar nos treinamentos.
Ela sorri.
- A partir de agora vou trabalhar somente três dias na semana ajudando meu pai nas reuniões e em outros assuntos, passei parte das minhas tarefas para Matheus, ele gosta dessas coisas então não se importou, além disso, estou tendo que ceder mais tempo para ajudar Luís a recrutar e treinar mais pessoas para as equipes daqui do condomínio, teria que passar o trabalho burocrático para o Matheus de qualquer jeito.
- Então, você não teria que estar nesses recrutamentos com Luís? - Hera me encara emburrada.
- Tinha, mas quero estar com você, está me enxotando? - Ela arqueia uma sobrancelha com os lábios comprimidos.
- Não estou te enxotando só estou incomodada que você está fazendo alterações demais na sua rotina por minha causa, você não falta a nenhum treinamento meu. - Hera mantem os olhos na rua. - Não quero que fique fazendo mudanças por minha causa.
- Para o seu azar Lorena, querer não é poder. - Ela pisca de maneira charmosa com um sorriso sapeca. Reviro os olhos. - Essa semana alguns amigos meus da Alcateia Suprema vão chegar para me ajudar em algumas coisas, vou te apresentar a eles, ai sim, talvez, eu volte para minha rotina normal, mesmo assim vou participar de alguns treinamentos seus, mas por enquanto, como não temos pessoas o suficiente para fazer sua escolta e da Miranda na floresta eu estarei junto, quando minha equipe chegar vou me sentir mais tranquila em deixá-la com eles. - Estremeci ao imaginar sendo apresentada aos "amigos" Hera. O que será que vão pensar de mim? Balancei a cabeça para espantar esses pensamentos.
"Não me importa o que vão pensar de mim, tenho outros problemas, problemas de verdade."
Quando chegamos ao portão da floresta Miranda e Elisângela já estavam lá com outros quatro seguranças. Miguel, Roger, Geovani e um Guarda Real que ainda não fui apresentada chamado Adyson, desmontaram as motos com os olhos nos arredores em busca de ameaças. Um dos seguranças de Miranda e Elisângela se aproximou.
- Já fiz a varredura do local, tudo limpo.
- Certo, então vamos antes que chamemos atenção. - Hera toma a frente do grupo deixando Miranda, Eli e eu no centro com os Guardas e seguranças ao redor.
Quando chegamos a mesma clareira em que encontramos as bruxas pela primeira vez, Hera ordenou que Pedro e Roger se transformassem para olhar o perímetro enquanto os outros seguranças e Guardas se espalhavam.
- Acho que nunca vou me acostumar com essa floresta. - Ela chuta um galho de árvore no chão.
- Por quê? - Me sento no mesmo toco de árvore que Eli se sentou no outro dia.
- As florestas do Brasil são úmidas demais, inapropriada para lycans.
- Diz isso porque não cresceu aqui. - Miranda entra na conversa. - Nós estamos bastante acostumados com a floresta amazônica, a umidade do solo, os animais e a vegetação não incomodam.
- Eu adoraria ter nascido no Canadá. - Elisângela suspira contemplativa e contenho um sorriso. - Ainda não tive a oportunidade de sair dessa alcateia, mas quando tiver a chance a Alcateia Suprema será a primeira que vou visitar, tenho amigos que são de lá e as fotos que mandam são incríveis.
- Sim, lá é perfeito para nós. - Hera olha ao redor se certificando dos seguranças e Guardas ainda em seus lugares, Miguel e Roger ainda não voltaram da supervisão.
- A propósito, seu sotaque é ótimo para alguém que não é daqui, quantas vezes veio ao Brasil? - Eli pergunta a Hera, que pensa durante um tempo antes de responder. Para alguém com quase dois milênios de vida, se lembrar de todos os lugares que esteve não deve ser fácil.
- Bom, tive alguns milênios para aprender quantas línguas quisesse, mas aqui no Brasil só vim algumas vezes, em reuniões, nunca para ficar mais que poucos dias. - Miguel e Roger aparecem entre as folhagens ainda transformados, e se juntam ao circulo, com os outros.
- É, em milênios da para aprender muitas línguas mesmo. - Elisângela dá de ombros. - Espero que tenha essa chance de conhecer o mundo. - Eli lança um rápido olhar nada amigável para Miranda, que ignora.
Mesmo não tendo conversado com Elisângela sobre sua vida pessoal, entendi do que se trata sua declaração. É esperado que ela suceda Miranda no cargo de Profeta nessa alcateia, sua alegação e expressão deixam claros que talvez, ela não queira isso tanto assim.
- Sente alguma coisa Lorena? - Respondo à pergunta de Miranda com um aceno negativo. - Quando sentir nos avise. - Hera, assim como eu, percebeu o clima tenso entre as duas.
- Estou aqui a quatro anos e ainda estou me acostumando com o clima e a floresta daqui, mas também acho que vai levar um tempo até me acostumar. - Comento, me lembrando da floresta em que cresci.
- Você nasceu na Alcateia Sul não é? - Elisângela volta sua atenção para nós.
- Sim.
- Que privilégio, o clima lá parece ser maravilhoso, sempre frio. - Deixo uma risada baixa sair dos meus lábios.
- Lá não é tão frio assim, mas com certeza não é quente como aqui. - Hera voltou a olhar ao redor, enquanto Miranda fazia o mesmo, Elisângela chutava algo no chão, quando senti.
A mesma sensação de todas as vezes em que estive com Aliandra apareceu e inevitavelmente meu corpo ficou tenso. Hera percebeu minha mudança no mesmo instante, como se ela também tivesse sentido, o que achei muito estranho dado que nossa união não chegou nesse nível, se é que vai chegar algum dia.
- Acho que chegaram. - As posturas de ambas mudam e me levanto de onde estou.
Não muito tempo depois Aliandra surge no centro da clareira com as mesmas bruxas da outra vez, Mia e Misca. Além delas mais quatro bruxos enormes, vestidos com roupas casuais, obviamente, para protegê-las, se posicionam triunfantes. Mia, a garota da direita, com cabelos até a cintura acenou com a cabeça para os seguranças, que se espalharam pelo local assim como nossos guardas. Aliandra tira o capuz azul expondo seu rosto, ela usa um vestido branco colado ao corpo, deixando todas suas curvas a vista. O vestido se abriu na perna esquerda quase chegando a cintura quando ela deu um passo em minha direção. Hera continuou do meu lado e quando a olhei deixando explícito que ela podia me dar espaço, ela se afastou com uma careta.
Aliandra olhou para Miranda e Elisângela dando um pequeno aceno com a cabeça e um sorriso que não chegou aos olhos.
- Profetas. - Ela passa por mim se dirigindo a uma árvore a poucos metros de distância, atrás de mim. - Por aqui Lorena. - Hera cruzou os braços com o cenho franzido, dei de ombros e segui a bruxa.
Debaixo da pequena árvore Aliandra se sentou no chão com as pernas em borboleta, e indicou que me sentasse na sua frente.
- Não vamos treinar? - Ela manteve seu olhar calmo e concentrado em cada gesto meu.
- Sonhei com você muitos dias atrás, levei um tempo pensando se devia ou não ver com meus próprios olhos... ainda bem que vim. - Aliandra suspira. Miranda, Elisângela e Hera continuaram a certa distância, observando. - Não, não vamos treinar hoje, você precisa saber sobre os seus poderes antes de tentar controlá-los. - Engoli em seco. Ela tem toda a razão. Me sentei em sua frente na mesma posição que ela, ansiosa para o que quer que ela tenha planejado me ensinar. - Nós bruxas, sempre nascemos com afinidade a um dos elementos da natureza, que você sabe são quatro, mas muitas lendas antigas se referem a um quinto elemento. Houve pessoas, muitos milênios atrás que nasceram com esse quinto elemento, infelizmente é muito raro, por isso não sabemos muito sobre ele, vou contar o que sei. - Aliandra fecha a capa sobre seu corpo, numa posição ereta. - Apesar de chamarem esse quinto elemento de espírito, ele não está ligado a isso, o chamaram assim pois foi a maneira que encontraram de descrever como ele se parece quando é usado de forma mais visível a todos. Eu ainda não vi seus poderes pessoalmente, mas Gaia me mostrou em uma visão por isso sei que você o possui.
- O que ele é? - Belisquei a palma da minha mão, ansiosa pela resposta de Aliandra. Ela olhou de relance para Hera antes de continuar.
- Vamos por partes. - Concordo com a cabeça, e tento controlar minha animação. As tatuagens em seu rosto parecem mais brilhantes de quando a vi pela primeira vez, ou talvez agora estejam mais chamativas por que estou perto. - Gaia é a mãe natureza, e os nossos poderes vem dela, toda a natureza por mais diferente que seja, em todos os lugares do mundo, está ligada e se comunica entre si. O mesmo acontece com nossos poderes, nós bruxas sentimos o poder um do outro e sabemos que elemento o outro domina sem ele falar, porque estamos ligados por nossos poderes e pela natureza. Mas, isso não significa que você possa controlar o poder de outra pessoa, a nossa ligação vai somente a esse ponto, sentimos uns aos outros e sabemos quando o outro é ou não uma bruxa ou bruxo. - Deixei a notícia adentrar minha mente e tentei acompanhar o raciocínio de Aliandra. - Uma bruxa que não controla mais a natureza perde essa ligação, mas isso é assunto para outro momento. Seu poder é como a energia, você domina, usa e pode transmitir para outros seres também. - Uma enxurrada de perguntas inundou minha mente, e pensei qual deveria fazer primeiro, no entanto, Aliandra deve ter previsto isso, pois tratou de explicar.
"Vou te dar um exemplo, em nosso corpo existem células chamadas neurônios, essas células transmitem impulsos nervosos, energia, para todo nosso corpo. A natureza é a energia e você a transmite e controla. Considerando que tudo ao nosso redor é energia, você pode controlar independente de onde estiver. Se você não tomar cuidado para controlar, o excesso de energia pode te matar, por isso, é essencial que você aprenda a usá-lo, com o treinamento certo."
- Resumindo, Lorena é uma bomba de energia ambulante. - Meu rosto esquenta com a constatação de Elisângela. Miranda a olha irritada, mas Elisângela dá de ombros. - O quê? Foi o que ela disse. - Ela acena para Aliandra.
- Posso ver? - Volto minha atenção para Aliandra, que manteve seu olhar compenetrado em mim. Minha marca de nascença pinicou e a belisquei por cima da alça da regata que uso. Fechei os olhos, e tentei esquecer todas as pessoas ao meu redor. Meu coração pareceu retumbar em meus ouvidos, e esfreguei minhas mãos nas pernas ao senti-las úmidas e frias, numa tentativa de aquecê-las. Depois de alguns segundos soube que não conseguiria como das outras vezes.
- Não consigo.
- Por quê? - Ela arqueou uma sobrancelha.
- Não sei, eu só... - Umedeço os lábios ao senti-los secos. - Não consigo.
Aliandra suspira audivelmente.
"Será um longo dia..."
~*~
Depois de pelo menos duas horas tentando mostrar meus poderes para Aliandra, finalmente nos levantamos para ir embora. Começamos o treino no meio da tarde, e agora, a noite começou a cair ao nosso redor ao passo que os sons de grilos e cigarras aumentam como um coro quase ensurdecedor. Aliandra me contou mais do que sabia sobre meus dons, e enquanto ela contava, guardei cada pergunta que quis fazer para um outro momento, por sorte, Aliandra respondeu todas elas antes que eu perguntasse.
- Amanhã tenho assuntos do meu povo para tratar e não poderei vir, mas no dia seguinte podemos continuar, se não for te atrapalhar.
- Tudo bem. - Bato as mãos em minhas pernas, limpando a terra que já se infiltrava pela calça jeans. Mia e Misca se posicionaram ao lado de Aliandra prontas para partir, os seus seguranças também pararam ao lado delas, no entanto, Misca, a outra bruxa, fixou seu olhar em meu ombro. Olhei para os lados, e para trás, procurando o que ela tanto encarava, sem encontrar nada a olhei de novo, para depois procurar em meu ombro o que ela via, a alça do tamanho de pelo menos três dedos, da regata que uso está caída, expondo a alça fina do meu sutiã vermelho e minha marca de nascença horrorosa do tamanho de dois dedos, que escondo por já terem pensado ser a cicatriz de um tiro, apesar das linhas esquisitas que ela tem.
Arrumei a alça no lugar sentindo meu rosto esquentar.
- Qual o problema? - Mia pergunta, Aliandra, vendo a reação das duas voltou seu olhar para mim, procurando o que Misca via, segundos depois voltou a olhar Misca.
- A marca dela. - Misca apontou o dedo para mim, e Aliandra se aproximou, ou tentou, pois Hera imediatamente se colocou no caminho. Miranda, do meu lado, me inspecionou procurando pela tal marca. Deduzi que falava da minha marca de nascença, mas o que tem ela? Por que o pânico no rosto? - No ombro direito. - Miranda procura em meu ombro.
Já imaginando de que marca Misca falava, puxei a alça da regata, expondo a marca por completo, pois o tecido a cobria quase que completamente. Miranda olhou a marca em meu ombro e empalideceu.
- O que foi? Qual é o problema Miranda? - Hera pergunta sem tirar os olhos de Aliandra e dos outros. Nossos Guardas e seguranças se posicionaram ao nosso redor num piscar de olhos.
- Isso... - Miranda começa a dizer, mas se interrompe. - O que isso significa para vocês? - Ela se volta para Aliandra.
- Se eu puder ver, vou poder responder. - Depois de uma briga de olhares entre Aliandra e Hera, ela abriu espaço desimpedindo a visão da bruxa, que se aproximou com os olhos cerrados na direção da marca em meu ombro.
- É só uma marca de nascença. - Ninguém me respondeu. Olho para Miranda e para Elisângela que tinham seus rostos pálidos e suas bocas entreabertas. - O que tem a minha marca? - Um arrepio sobe pelas minhas costas e meu estômago gela.
- Essa marca significa alguma coisa para o seu povo Aliandra? - Miranda pergunta mais uma vez. Aliandra parece refletir antes de responder.
- É uma runa antiga do meu povo, significa várias coisas, mas as principais eram união e proteção, a séculos atrás era usada para alguns feitiços, mas hoje caiu no esquecimento. - Aliandra se vira para Miranda a enfrentando. - E o que essa marca significa para você Profeta? - Miranda pensa por um tempo antes de responder.
- Essa é a marca que aparentemente vai impedir a guerra e a extinção.
Fim do capítulo
Oiiii genteee! Espero q estejam bem ><
O cap saiu atrasado, mas saiu! kkkk
Peço perdão pelos erros (está revisado só por mim), e pelo atraso, esse cap foi um pouco complicado...
Curtam e comentem p me ajudar! Os comentários de vcs são incríveis <3
Teve gente que já tinha deduzido isso, qro ver vcs aí nos comentários eim!
Espero q tenham gostado! Bjinhos! Até! ><
Comentar este capítulo:
HelOliveira
Em: 13/08/2021
Já tinha imaginado que essa marca seria importante, Lorena sempre sentia ela...
Adorando a história e sempre querendo mais..
Até o proximo
Resposta do autor:
Sim! Finalmente descobrimos sobre a marca kkk
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Marta Andrade dos Santos
Em: 12/08/2021
A marca!
Resposta do autor:
Finalmente soubemos dessa marca kkkk
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praianublada
Em: 12/08/2021
E minha curiosidade só aumenta... Ao mesmo tempo que essa "parte 1" explode a ansiedade.
Resposta do autor:
kkkkk Eu coloco "parte 1", "parte 2", p me ajudar a separar os aconteceimentos kkkk Imagino q p quem lê deve ser agoniante msm kkkk
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