Nara, examinava detalhadamente mais uma vez o resultado dos exames da Amkaly, que foram feitos a partir do sangue colhido por sua tia Bárbara, e levado para o laboratório e clínica da reserva. Não conseguia entender nada, tantas siglas e símbolos, por mais que olhasse, parecia um outro idioma. Sentiu o cheiro da loba antes mesmo de avistar sua silhueta ao longo do corredor. Ficou em pé aguardando-a entrar no seu campo de visão.

           Ananya se aproximou, andando num passo cadenciado, como se executasse passos de uma dança sensual, trajava uma blusa preta de mangas bufantes toda transparente com detalhes de pequenas flores da cor de ouro, aberta até o meio dos seios, passada para dentro de uma saia azul com desenhos geométricos coloridos, o tecido colava ao corpo exibindo suas curvas perfeitas , de quadril largo e uma bunda avantajada, pernas torneadas, nos pés uma escarpim cor de ouro, combinando com os brincos e um colar fino  cujo pingente  em forma de uma pirâmide descansava em seu colo.

          Eu admirava a elegância da loba, mas ela mesma, não se via vestida com tanto requinte, gostava de roupas esportivas, coisas que fosse fácil de arrancar do corpo, e amava tênis. De todos os modelos e cores, tinha uma coleção deles jamais se sentiria bem em cima de um salto fino como esse que Ananya tão lindamente deslizava.

r13; Boa tarde Nara Shiva, desculpe a demora, estava separando umas cepas de vírus, que está devastando uma raça, há deixa pra lá você não deve estar entendendo nada. Ela sorriu, se desculpando da sua falta de tato se bem que eu nem liguei, estava começando a me interessar pelas coisas que aconteciam com meu povo.

r13;Que é isso pode continuar o que estava dizendo, que raça, esses vírus estão matando? Espero que nossa raça não seja atingida. r13; Estava realmente interessada no assunto.

r13; venha vamos conversar na minha sala, tem uma surpresa para vocêr13; Virando para a secretaria que nesse momento agendava uma consulta, ergue a cabeça, continuando falando ao telefone com um paciente do outro lado da linha.r13; peça alguém da copa para levar água, café, e gelo la para sala por favor.r13; fomos para a sala enquanto ela explicava a proliferação do vírus  que estava levando os humanos ao desespero, ainda não sabiam do que se tratava e nem como se chegar a cura por isso alguns cientistas estavam trabalhando em segredo para descobrir uma vacina. Mas nada que pudesse preocupar seu povo.

          Na sala Esther estava bem sentada lendo um livro sobre religião católica, mitos e crenças, ao perceber a chegada das duas marcou a página dobrando um pouco a ponta e fechou o livro depositando na mesa. Mesmo que eu não estivesse entendendo nada, esperei que uma das duas explicasse o que estava acontecendo. Sentei no mesmo sofá que minha madrinha colocando o envelope com os exames junto ao livro ali descansando sobre a mesa de vidro redonda.

r13;O motivo pelo qual eu te chamei aqui, é que primeiro quero te pôr a par do que descobrimos sobre a sua garota e pelo cheiro de sex* em você, digo que agora também sua companheira, estou certa? r13;Ananya piscava o olho em cumplicidade com a bruxinha que balançava a cabeça afirmativamente.

r13;Não ela não é minha companheira, eu não a reivindiquei por que ela pediu para não assumir um compromisso no meio de tudo isso e eu respeito, essas coisas os dois tem que querer, se ela nunca quiser ainda assim vou ficar com ela.

r13;Mas daí vocês duas deixam uma brecha para que qualquer uma das duas seja reivindicada por alguém, no seu caso pelo Cedrick a quem você foi prometidar13;Esther explicava o que a loba branca sabia desde que nasceu.

r13;Para que eu seja reivindicada é preciso eu querer e tudo que quero agora é ficar com a ruiva, e se o Cedrick cair na besteira de me reivindicar será um lobo sem pau faço questão de arrancar, eu jamais vou abrir as pernas para um lobo macho eu tenho certeza que gosto de fêmea.

Ananya e minha madrinha se olharam e a cumplicidade delas e a amizade que nutria conversavam sem som conversa essa que interrompi.

r13;Mas não me chamaram para isso, por que estou aqui Ananya? r13;Desconfiava que algo grande estava acontecendo, para que a trouxessem até ali, então que esclarecessem de vez.

          Ananya olhou para minha madrinha que abriu um notebook, que pegou do seu lado, digitou uma senha e uma tela abriu, abriu umas pastas, e olhou para Ananya que começou.

r13;Lembra do dia na sua casa, quando Amkaly mostrou a marca e falou na da mãe dela, ...

r13; SIM eu sei no dia que você surtou e saiu correndor13; cortou a médica com impaciência. Mas preferiu ficar calma quando lembrou os motivos que poderiam ter desencadeado o surtor13;Desculpe pode continuar.

r13;Bem naquele dia... Não espera. está errado não é assim. Droga eu não estou conseguindo me explicar. r13; Esther levantou e foi até onde a amiga estava, e segurou suas mãos passando confiança,

r13; Você está indo bem, fique tranquila, ela está entendendo. Continue.

r13;Vou do começo, você conhece a história que sou uma loba laçada e abandonada por minha companheira que quebrou o laço, suponho que tenha chegado até você essas informações?

r13;Minha mãe contou por alto junto com a Ermelinda o que elas sabiam.

r13;Bem, a última vez que nos vimos na França foi na noite que fizemos amor, dormimos abraçadas e quando acordei já tinham se passado dois meses, durante dois meses, fiquei no cativeiro, sendo drogada e estuprada toda maldita noite. r13;Parou por um segundo deu uma respirada, bebeu meio copo de água e continuour13;Tinha um cretino que fazia questão de filmar as atrocidades que ele fazia comigo, toda noite era um humano diferente, quando chegava perto do meu período fértil eles chegavam a me estuprar 3 vezes por dia. E a noite um médico vinha colher meus óvulos, acho que eles estavam tentando criar híbridos em laboratórios e esperavam que eu engravidasse, esse mesmo animal que filmava foi encarregado de fazer a minha transferência de cativeiro, parece que o antigo Alfa seu avô estava à minha procura e para  não serem descoberto iam me transferir para Nice uma cidade da França, e nesse dia não me drogaram por causa da viagem, isso levantaria suspeitas quando passássemos na cabine da polícia rodoviária então só me deram um sedativo para dormir, quando saímos e chegamos numa estrada eu fugi, antes porém matei o motorista, rasguei a jugular dele, quando o carro saiu da estrada eu já estava como loba, e matei os dois seguranças, e o canalha que filmava, eu rasguei toda a genitália dele, e comi parte dele, foi horrível, quando a notícia saiu nos jornais. voltei no antigo cativeiro e acabei com todos estraçalhei cada garganta e bebi o sangue de cada um. E me transformei fiquei na floresta escondida e tentando me lembrar dos rostos, e fui lembrando e matando, só restou o médico que colhia meus óvulos, esse eu nunca tinha visto o rosto.

           Um dia seu avô me encontrou e me trouxeram de volta, aí eu já era mais fera do que gente, então eu dormi por muito tempo até conseguir voltar a conviver em sociedade e conviver com a dor de ser abandonada é uma dor que não passa e cada dia fica pior, mas a gente aprende a viver com a dor. r13; Ananya parou de falar perdida nas lembranças e nos fantasmas do passado, mas Nara percebeu que suas mãos estavam tremendo enquanto segurava o copo para beber a água. Esther continuou.

r13;Seu avô me designou para ser a parabatai (alma gêmea em espirito batizada pela Deusa suprema para cuidar da sua outra metade) é uma ligação tão forte como a de uma loba laçada só que sem sex*. A noite quando ela dormia, sua loba chorava chamando sua companheira, procurava por ela em sonho em vão. era como se realmente ela tivesse quebrado o laço como prometeu.

r13; Gente mesmo que eu esteja puta da vida com esses malditos que fizeram isso com você Ananya, eu ainda não estou entendendo o motivo de estarmos aqui, revivendo essas feridas que me parecem ser terríveis para vocêr13; Falei sem entender ainda o motivo.

r13;Você entenderá jaja, veja esses senhoresr13; mostrou várias fotos no computador, fotos em eventos, em hospitais, Nara ficou observando o homem aparentava ter uns oitenta anos, cara de aristocrata e de magnatar13; esse homem é o pai da minha companheira, e na próxima reportagem... mostra a ela Esther. A bruxinha abriu a próxima página, e colocou o notebook no colo da afilhada, que leu a reportagem em silêncio.

“Le monde vint trois November 1980

Cette matim est mort, la jeunne fille du grand Scientifique Astrogildo Mascarenhas dantas, la jeunne fille est mort dún accident de voiture qui est entré en collision après que le conducteur ait perdu la barre direction, la voiture sést renversée plusieurs fois, tombant au dessus du précipice et incendie, le corp, a été reconnu par le père.”

*Cientistas criam embrião com células humana e de lobos*

Modelo de DNA de dois parentes distantes é criado por pesquisadores da Espanha e da China chefiado pelo renomado cientista brasileiro, residente na China desde a morte de sua única filha. A surpreendente comunidade científica. A equipe tem agido dentro da ética, há dúvidas quanto única a qualidade dos experimentos e ao status moral da polêmica quimera.

“Na mitologia Grega Quimera é uma besta híbrida com três cabeças. Desde a década de 1970, cientistas tentam criar em laboratórios, embriões que, assim como a fera assustadora, são formados por mais uma espécie, e são chamados embriões quiméricos.

(Revista Natural cientifique novembro 1990)

“depois de quase um ano de pesquisas o cientista dr, Astrogildo Mascarenhas Dantas, responsável pelo projeto embriões quiméricos, encerra a pesquisa, onde afirma ser inviável o desenvolvimento. A comunidade científica acredita, que o cientista que continuar a pesquisa só.”

(Revista Galileu. Março 1995)

r13;Esse cientista aí é o pai da Amkaly, se ele só tinha uma filha e ele diz que ela morreu, e agora a sua parceira diz que a mãe está viva e doente, isso prova que ele mentiu esse tempo todo, e que a mãe da Amkali é a minha companheira,

r13;A Amkaly me disse que ele não é o pai dela, a mãe dela é mãe solteira, ela nunca conheceu o pai. r13; Confidenciou ainda olhando as fotos em busca de semelhança com a garota.

r13;Ela não se parece em nada com ele, tem alguma foto da mãe dela? r13;procurou em outras pastas não encontrando nada.

r13;Só essas aqui de quando éramos jovensr13;passou para as minhas mãos a foto   de duas jovens, em todas as fotos o olhar delas chamavam atenção era como se estivessem conversando só com os olhos, em outra a jovem sorria os cabelos muito parecidos com os da Amkaly. Bem loiros. espere loiros???? a Amkaly era ruiva. Passou a mão nas fotos, com mil perguntas.

r13;Veja essa fotor13;Ananya me entregou mais  uma foto antiga de uma jovem linda vestindo uma roupa de época, e o cabelo preso com uma fita muitos fios de cabelos caindo na lateral, idêntica a Amkaly, se tivesse vivido nessa época, a foto era muito antiga mais a semelhança era idêntica.

r13;Essa foto é da minha mãe, foi tirada a quinhentos anos atrás eu não era nem n

ascida, e esse exame que você tem aí. Comprova que Amkaly e minha filha legitima.

Fim do capítulo