CAPITULO 24
r13; Eu me perdi, moço - falou, já um pouco mais seguro, vendo que era só um homem do mato, talvez um caçador, já que sua arma era muito parecida com as armas que os caçadores usavam para abater animais de grande porte.
r13; Mas o companheiro está muito longe da estrada e essas terras aqui são particulares. Ninguém pode andar por aí sem permissão. E o que é isso que você tem aí nas mãos? Você não está roubando, está? r13; Sem pressa, chegou bem próximo do homem que estava suando e com o coração batendo acelerado o que não era nada demais quando se tratava de humanos eles sempre ficavam com medo, mas esse tinha uma coisa diferente da maioria dos humanos, esse era um pervertido capaz de vender a própria mãe por alguns trocados AD. Conhecia muito bem humanos igual a esse. o cheiro forte de álcool estava impregnado no suor do humano. r13; Deixe-me ver. O que é isso? - Baixou a arma e, com agilidade, tomou o saco com as coisas que o homem pretendia mandar examinar. Isso o tirou do sério e, sem perceber, começou a falar besteira.
r13; Me devolva isso, seu cretino! Isso são provas.
r13;Provas? posso saber de que prova está falando r13;O lobo sorria mostrando todos os dentes cum a mão desocupada segurando o saco na altura do rosto olhando atentamente para as folhas mastigadas dentro.
r13; Eu vi. Eu vi uma garota virar lobo e aí tem tudo que eu preciso para provar ao mundo que é possível, sim, essa raça existir junto com a nossa
Quando o homem se referiu a ele como sendo humano ele riu com escárnio e brincou .
—Tem certeza que essa garota pode ser lobo e que nós estamos correndo perigo.— Seu olhar de falso espanto convencia qualquer um.
— Tenho sim agora me dê as provas, isso não é uma brincadeira, é um trabalho sério. Ande, me devolva se não quiser ser processado por destruir provas da justiça. Eu sou da polícia, olhe. Veja com seus próprios olhos. Estou a serviço da polícia federal. - Mostrava a insígnia da polícia. AD sabia que era verdadeira, o homem não tinha cara de quem tenha prestado um concurso público para polícia, fosse ela municipal, estadual ou federal. No entanto aquela insígnia era verdadeira, um político deveria estar envolvido nessa sujeira toda e pagando o salário de alguns policiais corruptos.
AD com uma calma letal examinou o distintivo. Devolvendo, pegou a arma novamente e trespassou no ombro por uma correia de couro.
Todo o processo foi feito em silêncio. Olhou dentro do olho do homem intruso, sem baixar a vista ou demonstrar receio. Isso o deixou curioso. Como podia um simples guarda ou caçador não temer um oficial da polícia?
r13; O que faz você acreditar que por essas terras existam lobos? De onde tirou essa insanidade? Já sei, vocês lá na cidade não têm mais o que lhes dê prazer e ficam inventando essas crendices. Isso é lenda, homem. Aliás, eu me chamo A.D. e vivo dentro desses matos e nunca vi uma garota virando lobo, posso lhe assegurar.
r13; Saia da minha frente. O melhor que você faz é fingir que não me viu. - Esticou a mão para pegar o saco, mas, no mesmo instante, o homem desapareceu, surgindo em suas costas. Isso o irritou mais ainda.
Colocou a mão por dentro da blusa para pegar a arma, mas, antes de seus dedos tocarem a coronha fria da arma, o mesmo guarda que estava em suas costas lhe apertava em uma gravata sem chance de soltura. Estava sendo sufocado. Sabia que se não fizesse algo, ia morrer ali mesmo. E adeus gloria e reconhecimento.
r13; Sabe, amigo, acho que as drogas que está usando começaram a destruir seu cérebro, fazendo você ver coisas onde não existem. r13; Tinha um sorriso amedrontador que se espalhava por sua face inteira.
r13; Mas eu vi. Não sou cego, nem bêbado ou drogado. Ela estava cuidando da outra garota, mastigando umas plantas e colocando no corte da menina. Depois ela se transformou numa imensa loba de quase dois metros de altura, toda branca e de olho azul. Aí eu não fiquei pra ver, me escondi e, quando ela foi embora, eu fui buscar o resto das folhas que ela mastigou vou usar como prova do que vi.
—Acho difícil amigo, você conseguir provar essas baboseiras, ninguém vai acreditar.
—Vai sim, eu vou colher seu DNA e mostrar às revistas científicas a diferença no sangue. Entendeu agora? - o homem não estava gostando nadinha daquele guardinha de merd* fazendo perguntas como se ele fosse um lunático.
O intruso olhou bem para o guarda. Ele parecia alguém que já tinha visto, só não sabia onde. O jeito que o guarda florestal olhava lembrava alguém, mas talvez fosse impressão sua. Agora, o guarda estava chamando reforço. Era só o que faltava, demorar mais ali, perdendo tempo, iria interferir na qualidade das amostras, que iriam se infectar com as bactérias e vírus aéreos. Isso era tudo que ele não queria que acontecesse.
r13; Anael, tem um humano aqui, armado e com um saco cheio de folhas, dizendo que são provas contra a princesa.
O homem parou de respirar ao ouvir o guarda-florestal, falar com outro guarda usando um Walktalk se referindo a ele como “um humano” isso não estava o ajudando se ele estava fazendo isso queria dizer que o tal guarda também era outro lobo.
Quando o outro respondeu, ele teve a certeza de que seus minutos estavam contados.
r13; Leve-o para a cela e tranque lá. Estamos resolvendo umas coisas aqui no lado sul e, quando chegarmos, eu mesmo vou querer interrogá-lo.
r13; Bem, ouviu meu patrão. Vamos indo, que você está me fazendo perder meu tempo.
—Escuta vamos entrar num acordo.—Sabia que estava tremendo mas não custava nada tentar convencer o guarda que agora tinha certeza que talvez estivesse na frente de um lobo disfarçado, tudo que ele queria era encontrar uma rota de fuga.
—Minha santa mãezinha deve estar me esperando para o almoço, eu não quero fazer acordo algum com um merd* como você , vou te levar para conhecer nosso hotel de luxo e fazer um carinho em você r13; o homem falava bem próximo a seu ouvido. Isso o apavorou. Com medo de perder suas virtudes no meio do mato com um louco, sentiu o homem rindo muito.
r13; Que é isso, meu amigo? Eu não tenho desejos por bunda de homem, meu negócio é uma mulherzinha. Não se preocupe, comigo essa bundinha batida continuará virgem. Já na cela, eu não garanto. Sempre tem alguém que gosta de comer de tudo, quem sabe esses seus medos não se realizem lá? r13; Ria alto com o medo que via na fisionomia do intruso.
r13; Olha, eu sou um homem rico, muito rico. Posso arrumar sua vida para sempre. Você e sua mãe nunca mais serão pobres. Eu lhe dou uma boa quantia para ir morar onde quiser, você só tem que me deixar ir embora. - O intruso sabia que estava se humilhando, mas não tinha um pingo de vergonha disso, só queria sair dali. Tirou a carteira do bolso com dificuldade e mostrou ao guarda. r13; Olhe, veja meus documentos. Eu posso dar uma boa vida para você e sua esposa.
Soltou a carteira no chão, espalhando alguns documentos. Entre eles, a foto de sua esposa e do filho caiu para o lado. O guarda se abaixou, levando Edmundo junto pela gravata, e juntou tudo, olhando para a foto. Guardou tudo em seu bolso.
r13; Fique com tudo, só me devolva a foto da minha mulher e do meu filho - pediu, mas antes de dizer qualquer outra coisa, sentiu uma picada de agulha no pescoço e tudo escureceu. Não viu mais nada.
r13;Esse é o carinho a que eu estava me referindo, meu amigo. Agora o interrogatório vai ser comigo e espero que sua resposta me agrade. Caso contrário, vou ter muito prazer em fazer da sua vida vazia um inferno.
"AD coloque esse homem na prisão e não tire os olhos dele. Acho que ele tem alguma coisa a ver com o acidente do ônibus escolar. Pelo que podemos descobrir por aqui o verdadeiro motorista não apareceu para o trabalho e o motorista que estava no veículo não é do conhecimento da empresa e nem foi contratado para tal serviço."
" Pode deixar Ziam ele vai ser tratado com as honras da casa
A.D. pegou o homem e jogou em suas costas, como quem joga um saco de batatas. Em poucos segundos, um lobo negro corria na mata com um homem desmaiado em seu lombo. Uivou alto, avisando a todos que estava com o prisioneiro a caminho da prisão. O caminho era um pouco distante e, como passavam por algumas plantas com galhos que se arrastavam pelo chão, em muitos momentos, esses galhos feriam os braços do intruso. Em certo momento, ele sentiu um cheiro forte de fel, de coisa amarga, e ouviu um bichinho caindo. Tomou cuidado para não passar por cima e riu alto, pois sabia que aquela lagartinha bem miudinha tinha deixado uma bela de uma queimadura em alguma parte do corpo do homem desmaiado. Ele ia sentir uma puta dor.
“Anael, nosso homem acaba de ser picado por uma lagarta de fogo. Ele vai ficar todo queimado sem entender nada.”
“Era a taturana preta ou a verde?”
“Era a preta e, pelo cheiro, ela despejou todos os seus espinhos nele.” Todos os lobos uivaram juntos, parecia uma sinfonia de uivos. Mais uma voz se sobressaiu dos outros.
“A.D., bom trabalho. Se encontrar as plantas que queimam, passe rente, para queimar um pouquinho nosso hóspede. Procure uma. plantação de urtiga e esfregue ele nas
folhas” Todos os lobos uivaram ao ouvir o conselho do seu alfa.
Fim do capítulo
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