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Entre Cosmos e Nanquim por shoegazer

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Palavras: 2482
Acessos: 1308   |  Postado em: 30/07/2021

Nunca quero ficar de abstinência

— Oi, Alana.

Não conseguia digerir a cena que estava aos meus olhos. Faziam anos que eu não via o meu pai, e parecia que para ele não tinha se passado nem um mês. Fisicamente ele era o mesmo, a postura, o jeito de falar e o jeito de me olhar. Aquele olhar penetrante, o qual sempre temia encarar. Alan também o temia, mas não deixava transparecer como eu.

— Oi, pai – disse colocando minhas coisas na cadeira da cozinha.

— Aonde estava até tão tarde?

— Resolvendo umas coisas. O que o senhor está fazendo aqui?

— Vim resolver umas coisas como você – ele disse de maneira incisiva – E quis vir ver como vocês estavam.

— Agora está vendo – respondi à mesma altura – Agora se me der licença, tive um dia cheio.

— Mas minha filha, faz anos que não a vejo.

Fechei as mãos em punho, respirando fundo.

— Eu sei disso.

— Fica um pouco conosco, Nana. O pai quer conversar com você.

Virei para eles e caminhei até a sala, sentando ao lado de Alan. Era estranho estar ali com meu pai à minha frente.

— O que foi, pai?

— Qual o problema de eu querer ver como estão os meus filhos?

— Você tem outra família, não tem o que se preocupar com a gente – dei os ombros.

Ele olhou sério e puxou da carteira um cigarro, acendendo.

— Pai, não pode fumar aqui dentro – disse Alan, tentando remediar a situação.

— Dê uma exceção ao seu velho pai, filho.

Ele tragou o cigarro, olhando diretamente para mim, que desviava o olhar.

— Alana, olhe pra mim.

Tento encarar ele o máximo que posso, e com o cigarro nos lábios, falou:

— Eu queria que vocês fossem me visitar semana que vem.

— Pelo seu aniversário? – complementei. Ainda lembrava bem da data, tanto dele quanto o da minha mãe.

— E gostaria que vocês me dessem de presente a presença de vocês.

— Tá certo – comecei a rir – Sua mulher vai deixar de que as sobras do seu casamento entre na festa de vocês?

— Alana, esquece isso...

— É mesmo, pai – Alan cruzou os braços – Por que esse interesse repentino?

— Olha, se vocês não querem ir, eu não vou obriga-los.

— Até porque faz muito sentido você aparecer depois de sei lá, quatro anos sem falar comigo e praticamente sete sem ver o Alan e depois vir arrependido – pressionei os lábios, tentando conter a ironia que saía deles.

— Vocês podem falar com a mãe de vocês e não podem falar comigo?

— Como o senhor sabe que falamos com a mamãe? – Alan retrucou.

— Vocês voltaram a se falar? – complementei – Só faltava essa agora...

— E o que ela falou que fez o senhor amolecer o coração?

— Nada – ele tragava o cigarro, o deixando em seus dedos – A idade que amoleceu mesmo.

Ele se levantou e deu um longo pigarro, apagando o cigarro no chão, e ao caminhar, meu pai colocou a mão no meu ombro e disse:

— Fico feliz que esteja bem, Nana.

Ele cumprimentou Alan e partiu sem dizer nada. Alan, ao conferir ele indo embora, colocou as mãos em meus ombros.

— Está tudo bem? – ele perguntou a mim.

Mas nada eu respondi, até que ele insistiu na pergunta.

— Nana, está tudo bem com você?

— Irá ficar, Alan.

—  Isso foi tudo muito estranho – ele deu umas batidinhas no meu ombro – Mas o que você queria conversar comigo mesmo?

— Nada, eu...converso amanhã sobre, agora só quero deitar e dormir um pouco.

— Está certo, Alana. Sabe que qualquer coisa...

— Você está aqui – abracei-o pelos ombros, dando um beijo na sua cabeça – Sei disso.

Caminhei para o quarto e deitei na cama. Era muita coisa para um dia só, sequer conseguia pensar no que fazer primeiro, mas só queria...

— Não é só porque o papai se separou da mamãe
que ele não ficará mais com vocês, viu?

De alguma forma...

— Como o senhor teve coragem de fazer isso
com o Alan?

— Alana, escuta...

— Você é um monstro!

Silenciar isso...

— Eu sinto falta deles, Alan. Todos os dias.

— Não se preocupa, uma hora vai passar.

Pra mim também doeu.

Da minha cabeça.

— Ei, Nana?

— Fala.

— Está a fim de ficar doidona?

Merda.

*

— Alana, está tudo bem com você? – perguntou Matheus.

— Não, cara.

E de fato não estava. Estava passando por uma crise de abstinência tão pesada que não conseguia sequer segurar a caneta para fazer as anotações do quadro.

Desde que meu pai tinha ido à nossa casa, eu não conseguia parar de pensar no que tinha levado ele a ter ido até lá. Ele não iria sem motivo, eu sei disso, mas queria saber qual motivo o levou ali. Nos ver não era o único motivo.

Eu queria silenciar aquele sentimento de qualquer jeito, aquela ansiedade tremenda que eu sentia de procurar por algo que não existe. Eu sabia que aquilo tudo estava na minha cabeça, mas não conseguia ter controle daquilo por mais que eu me esforçasse.

Tudo no meu ser queria correr e mergulhar no meio do torpor que as drogas me proporcionavam. Eu sabia que aquilo iria estar ali no outro dia, mas só queria correr o mais longe que podia daquilo que estava sentido.

Minha boca salivava, mas tinha um gosto amargo. Eu suava, e tudo ao meu redor era estranho e hostil. Matheus se aproximou de mim e gesticulou para mim.

— Quer sair um pouco daqui?

— Não, pelo menos estou tentando me distrair com o que o professor está falando.

— Você estava bem esses dias...Foi o que rolou com o seu pai?

— Acho que foi, sei lá – batia a caneta no caderno – Não posso falar com certeza.

— Por que você não fala com a Catarina? Ela sabe como te ajudar, não é?

— A Catarina não pode ser minha babá, Teus. Eu preciso fazer alguma coisa por mim.

Eu não conseguia respirar direito, mas não havia comentado nada com ele. Não queria mais preocupar ninguém. Não queria mais ser o estorvo pra ninguém. Não procurei Catarina, Lavínia, nem minha mãe e sequer meu pai. Quero que Alan pense que esteja tudo bem.

Mas meu corpo doía, tinha pesadelos, não conseguia me concentrar em coisas simples e vivia irritada, sem contar que não sabia o que fazer com a tremenda excitação que sentia do nada seguida de uma crise intensa de choro.

— Nana, mas você não está bem – ele segurou na minha mão – Porr*, você está gelada.

— Para de falar que estou mal, se não aí que vou piorar.

— Se vai piorar, sinal que já está ruim.

— Ah, merd*...

Baixei a cabeça no apoio da cadeira e ali mesmo fiquei. Fechei os olhos e tentei voltar a respirar, mas a sensação que eu tinha era de que eu ia morrer. Ia morrer no meio de uma aula sobre existencialismo? No mínimo, irônico. Então é o momento certo.

— Alana, você está bem? – o professor perguntou, mas não tive forças pra perguntar.

— Nana? Nana! – Matheus dizia balançando meu ombro, porém a única coisa que tentava me concentrar era em não morrer ali mesmo.

— Por favor, Alana. Nos responda se você estiver bem – meu professor voltou a falar.

Deveria falar alguma coisa ao menos pra tentar disfarçar ou já estava muito óbvio?

Tentei levantar a cabeça, mas ela estava pesada, e minha visão turva. As pessoas ao meu redor se tornaram apenas vultos rápidos e pisquei algumas vezes. Comecei a me sentir enjoada, então Matheus usou seu peso e altura a favor e me puxou pela cintura, carregando-me.

— Eu vou levar ela pra tomar um ar, professor.

A turma me encarava, mas eu não me importava com os olhares, minha preocupação agora era outra. Meu coração estava acelerado, e não conseguia pensar muito bem.

— Será que vou morrer agora? – disse sussurrando.

— Para de falar besteira, Alana – ele disse ainda me carregando – Vou te levar pra pessoa que entende disso.

— Não, vais se foder – disse, tentando me desvencilhar dele.

— Você não tem querer.

Matheus segurou-me pela cintura e me colocou nos braços, e pela força dele, não tive como ir contra. Eu via as coisas ao meu redor passarem rápido, disformes e escusas. Vi que ele subia escadas comigo, mas meu pensamento estava acelerado demais pra conseguir pensar em outra coisa a não ser das pessoas que deveriam estar se perguntando porque ele estava me levando como se eu estivesse bêbada ou drogada, o que bem poderia ser verdade.

Ele sequer bateu na porta, e foi logo abrindo. Catarina e seu professor nos olharam assustados, principalmente ela.

— O que aconteceu? – ela perguntou indo à nossa direção.

— Eu não sei – ele respondeu, colocando-me em uma das cadeiras.

— Por que não a levou a enfermaria? – disse o professor, cruzando os braços.

— Eu sei lá, doutor – ele respondeu enquanto Catarina se abaixava para me analisar, levantando meus olhos – Vir aqui foi a primeira coisa que pensei.

— Por quê?

Ele olhou para Catarina, que desviou o olhar. Ela pressionou os dedos no meu pescoço e deu mais uma olhada em meus olhos.

— Faz sentido, professor. Ela está tendo uma crise ansiosa por conta da abstinência.

— O que te faz ter essa certeza, Catarina?

— Eu acompanho o caso dela, professor – ela se levantou – Matheus, traz água para mim, por favor.

Ela sentou-se ao meu lado, segurando minha mão.

— Vamos respirar fundo, e devagar – ela começou a puxar o ar devagar e a soltar – Assim...

Tentei acompanhar o mesmo, mas não conseguia, porém ela continuou insistindo.

— Você vai conseguir, vamos tentar de novo.

Repetimos isso, até que o professor dela falou de soslaio, se retirando.

— Conversaremos depois.

Olhei ele ir embora e a sensação foi voltando.

— O que foi? Você estava melhorando...

— Eu só faço merd* – disse entre minha voz abafada – Tudo que eu toco, eu destruo, é incrível...

— Claro que não – ela segurou minha mão com firmeza – Vamos tentar de novo...

— É verdade – disse com os olhos marejados – Eu não deveria nem existir, Catarina.

— É o que seu cérebro quer que você acredite, mas não é verdade, eu te garanto.

Ela olhou firme para mim, voltando a respirar devagar, o que tentei acompanha-la.

— Como você sabe que eu estava abstinente e não drogada?

Ela olhou para mim e deu um tímido sorriso.

— Porque eu acredito em você.

Merda.

— Aqui está a água – disse Matheus, correndo e entregando o copo para mim. No entanto, ele parou e ficou nos olhando.

— O que foi? – perguntei a ele enquanto tomava a água.

— Não é nada – ele cruzou os braços, olhando o lugar – Esse lugar é estranho – e começou a andar pelo espaço.

— A sensação de morrer está passando? – ela perguntou, acariciando minha mão, e a olhei com estranheza.

— Como você sabe disso? – questionei.

— Eu trabalho com isso, esqueceu?

Ela continuou acariciando minha mão, e senti meu corpo se acalmar e ficar quente. Sorri para ela de volta e acariciei sua mão em seguida.

— Obrigada.

— Eu que agradeço.

E nesse momento eu consegui encará-la de fato. Não senti medo de olhar diretamente em seus olhos, mas tive medo do que senti. Quando deparei que estava por tanto tempo mergulhando naquele mar infindável castanho, senti meu corpo arrepiar, assim como meu estômago.

— Catarina.

— O quê?

— Você é a nerd mais bonita que eu conheço.

Ela começou a rir, e deu um sorriso de canto.

— Isso é seu cérebro te enganando mais uma vez.

— Eu acabei de encarar a morte, sei do que estou falando.

Catarina ajeitou uma mecha que caía no meu rosto, e o acariciou.

— Evite olhar pra cara da morte mais uma vez comendo bastante frutas, verduras, fazendo exercício e bebendo bastante água, ajuda evitar comer coisa muito calórica. Garanto que semana que vem você vai estar bem melhor.

— E se eu não estiver?

— Vou prescrever que venha me ver essa semana para poder garantirmos isso.

Dei um sorriso incontido, e concordei com a cabeça.

— É, posso me acostumar bem com isso.

Quando ia me aproximando de Catarina, ouvi uma tossida de fundo. Era Matheus.

— Não queria atrapalhar vocês, mas é que precisamos ir.

Cerrei os olhos, e me levantei.

— Então, nos falamos depois?

— Claro, Alana. Até mais tarde.

Ela acenou para Matheus enquanto saíamos. Ele segurou de leve no meu braço, levando-me para fora.

— Você está melhor?

— Sim, bem melhor – dizia colocando a mão no meu peito – Pensei que dessa vez eu ia encontrar o caminho novamente e...

— Alana, precisamos conversar sobre isso – ele apontou para a porta – O que foi isso?

— O quê? Não foi nada.

— Eu conheço você, Alana. Você não contou a missa completa.

— O que você está falando, velho? – voltei a olhar para ele – Acabei de passar mal e você já está me pilhando?

Ele suspirou alto, e cruzou os braços.

— Não quero ver ninguém saindo magoado disso, principalmente você.

— Tá, Teus – gesticulei para o alto – Agora eu estou apaixonada por ela, uma cientista maluca e não consigo me decidir porque o tesão que sinto pela dançarina é maior que qualquer coisa, e na sua cabeça imaginativa elas são as mesmas pessoas.

— Eu não acho, eu tenho quase certeza que são – ele apontou para mim – Só não sei como provar ainda, daí você vai descobrir e se frustrar de uma forma que...

— Tá, Matheus. Digamos que isso seja verdade, e por que ela faria algo do tipo?

— Porque é a forma dela se expressar, não sei. Vai que ela não queria se envolver com você e acabou acontecendo agora não sabe lidar com isso.

— Não vem botar coisa na minha cabeça agora não – respondi descendo as escadas.

— Beleza, Alana. E se não for, qual das duas você vai escolher?

Paramos no meio da escada, e voltei a descer.

— Você só vai se foder ainda mais assim, Alana Maria!

— Nunca mais me chame assim, palhaço! – desci as escadas com mais rapidez – Nem minha mãe me chama assim.

— Engane a si falando isso, não a mim.

Olhei para Matheus por entre os ombro. Odiava quando ele tinha razão.

Fim do capítulo

Notas finais:

Os negócios estão ficando bem animados por aqui...


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Comentários para 18 - Nunca quero ficar de abstinência:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 30/07/2021

Oxe e agoara como vai ser?


Resposta do autor:

acho que as coisas estão começando a desenrolar na vida dela....espero que seja pra melhor, mas do jeito que a Alana é, é bom ficar de olho...

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