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DESTINO - Série One Wolf - Livro 2 por Ellen Costa

Ver comentários: 3

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Palavras: 4698
Acessos: 2176   |  Postado em: 28/07/2021

Notas iniciais:

Quem tiver interesse em acompanhar minha rotina de escrita e saber mais sobre o processo de lançamento desse livro (pois vai virar livro físico ><), me segue no insta: diario_deumaescritora_


BOA LEITURA! ><

CAPÍTULO 8

LORENA

Ninguém conversou no caminho de volta, todos estão tensos, provavelmente, pensando nas mortes em todos esses séculos e milênios. Imagino que para a Família Real, saber que todo esse tempo eles foram manipulados seja ainda mais difícil, principalmente, quando se pensa nas mortes das pessoas em que o Supremo ordenou ataque, porque sim, apesar de recentemente o Supremo não ter revidado os ataques - pois ele não conhece tão bem o território brasileiro, e também porque Lucas não tem trabalhado em descobrir os esconderijos das bruxas e dos vampiros -, em seu território, na Alcateia Suprema, o Supremo ordena muitos ataques, e todos sabemos deles, pois nosso povo comemora todas as vezes que um grupo é encontrado e todas as pessoas - vampiros ou bruxos -, exterminados.

O clima foi de luto, por todas essas vidas, e raiva. Raiva por quem planejou tudo isso.

Ninguém quis conversar sobre o assunto quando chegamos a mansão, o Supremo e Hera deram instruções rápidas para Lucas e Luís, no entanto, a verdadeira conversa sobre a questão foi adiada para o dia seguinte, dessa forma, cada um foi para o seu quarto não muito tempo depois de chegar.

Hera chegou no quarto minutos depois de mim, ela costuma ser a última a dormir, pois gosta de confirmar se os dispositivos de segurança da casa estão ligados e se os Guardas estão em seus postos. Quando ela saiu do banho eu ainda estava acordada, abraçando as minhas pernas, pensando na repercussão da descoberta.

Hera se sentou do meu lado, depois de alguns minutos em silêncio, pigarreou.

- Depois do que acabamos de descobrir não queria ter que conversar sobre isso agora, mas... também é importante, não vou adiar mais. - Me virei de frente para ela e nos encaramos. O humor animado que sentia com a possibilidade de uma paz, ou uma trégua, foi nublado pela nova descoberta, acrescentando o nosso desentendimento sem explicação.

Hera se aproximou.

- Em algum momento, eu fiz... - Ela aperta os dentes, e seu olhar se desvia do meu rosto. - A vez em que ficamos juntas... - Ela solta o ar que prendia com força, seu cenho franzido e a tensão em seu corpo me deixou preocupada. Percebi a dificuldade que estava sendo para ela falar o que queria. Ela respira fundo, passa as mãos no rosto freneticamente e me encara novamente, decidia. - Eu... sei que ainda é muito recente a nossa relação, e sei que eu passo dos limites também. - Ela segura minhas mãos, as olhando atentamente antes de me encarar outra vez. - Não quero me justificar pelas minhas atitudes, sei que não agi certo várias vezes, sei que errei e vou tentar melhorar, mas eu simplesmente não consigo... eu não conseguiria me perdoar se soubesse que na nossa primeira vez, te fiz lembrar o que passou na casa dos seus pais. - Sua voz se embarga, e a vejo piscar os olhos repetidas vezes, ela voltou a olhar minhas mãos e respirou fundo novamente antes de continuar a falar. - Você é a minha companheira e eu quero cuidar de você, não consigo imaginar o que posso ter te causado quando agi tão brutalmente contigo na nossa primeira vez, considerando tudo o que você passou. Sei que não justifica, mas te peço perdão, se soubesse o que tinha passado não teria agido daquela forma, teria tentado me conter, pelo seu bem. - Agora, eu pisquei os olhos freneticamente enquanto respirava com a boca, pois meu nariz já havia congestionado. - Não quero te forçar a nada, nunca. Não quero fazer você reviver essas coisas, depois que me contou naquele dia o que eles fizeram... - Ela nega, balançando a cabeça, com um olhar sofrido e culpado. - Me perdoa por...

Num impulso, segurei suas mãos com força, chamando sua atenção para mim. Precisava dizer a ela que o que tivemos nunca me lembrou o abuso que sofri. Pigarrei, numa tentativa de firmar a voz. Seu olhar preocupado avaliou meu rosto a procura de uma resposta e tratei de esclarecer aquilo.

- Não Hera, os momentos em que ficamos juntas nunca me lembraram o que passei na casa de Mário. - Ela solta o ar e seus ombros caem, aliviada.

- Depois que me contou o que aconteceu, fiquei com medo de em algum momento ter feito você reviver aquilo. Não fui carinhosa com você quando trans*mos, fiquei pensando se...

- Hera, não, o que acontece entre a gente nunca iria me lembrar o que passei lá. - Digo, enfaticamente, já que ela ainda não parecia convencida.

- Vou ser mais cuidadosa com você.

- Não, eu não quero que seja. Hera... - Pensei nas palavras corretas para explicar os momentos mais assustadores da minha vida. A mera menção aqueles dias fazem meu corpo formigar de repulsa e as lágrimas ameaçam sair. - Não me lembro de todos os detalhes do que acontecia comigo, porque sempre acabava desmaiada, e nos poucos minutos em que estava acordada... eu... Aquilo e nós... - Nego com a cabeça, sem saber quais palavras usar para me expressar. - Não quero que mude, entendeu? - Nos encaramos por um tempo, sem mais palavras a serem ditas. Ela me avaliou com seu olhar dourado fixamente, pareceu indecisa. De repente ela se aproxima, encostando nossas testas. Fecho os olhos sentindo calor do seu corpo devido nossa proximidade, e quando os abro novamente noto suas lágrimas.

- Gostaria de ter te conhecido antes... de ter evitado que você não tivesse passado por isso... - Mordo o lábio inferior, tentando com muito esforço conter a enxurrada de lágrimas que queriam sair de mim, mas o que ela disse me fez pensar: adoraria que tivesse estado lá para me proteger. Sorri entre as lágrimas teimosas que escorreram pelo meu rosto, ao imaginar Hera, um ser milenar protegendo sua futura companheira de dez, onze, doze anos.

- Não vamos pensar assim, não temos mais o que fazer sobre isso. - Minha voz falha.

- Me dói. - Mais lágrimas desceram pelo meu rosto e respirei fundo. - Me dói ouvir você gritar no meio da noite por causa disso. - Me entristeci por saber que não só Hera, mas a mansão toda escuta meus gritos quando tenho pesadelos.

- Não vamos pensar nisso. - Encaro nossas mãos unidas, apertadas tão fortemente uma na outra que os nódulos se embranqueceram pelo esforço. - Eu estou bem agora. - A encaro. - Agora eu tenho você.

Como das outras vezes, Hera me fez deitar em seu peito, me abraçando com mais força do que necessário, não reclamei, pois me senti tão conectada a ela como nunca me senti antes.

- Me perdoa se te fiz pensar que não te queria, ou qualquer coisa assim. - Sua mão levanta meu queixo, me fazendo encará-la. - Desejo você num nível que jamais achei possível existir Lorena, nunca duvide disso. - Ela beija minha testa demoradamente. O sono começou a surgir e fechei meus olhos sabendo que não teria pesadelos dessa vez. Dormimos abraçadas, compartilhando o calor do corpo uma da outra, e compartilhando da compreensão.

~*~

Mesmo já tendo estado algumas vezes no Centro Empresarial da alcateia, nunca fui ao andar do Alfa para tratar sobre qualquer assunto. Nesse momento, pela primeira vez em quatro anos, adentrei o décimo andar do Centro Empresarial com Hera ao meu lado. O Supremo, e os irmãos de Hera estão desde cedo no local com Lucas e Luís, chegamos mais tarde devido ao meu treinamento com Miranda, que logo chegará a reunião também.

Quando a porta do elevador se abriu, me deparei com uma recepção bem arrumada, haviam cadeiras num pequeno local no canto, mostrando ser a sala de espera. Em frente a porta do elevador, a uns quatro metros de distância, um grande balcão de mármore branco se estendeu, mostrando uma recepcionista bem arrumada de terno cinza, com os cabelos presos num coque apertado. Assim que ela nos viu, seu olhar se demorou pouco em mim e se focou em Hera, contive um revirar de olhos, e a vontade quase irresistível de arrancar os olhos da atrevida. Hera deu uma risada baixa, e a encarei irritada, o sorriso sumiu do rosto no mesmo instante.

- Boa Tarde Sra. Hera e Sra. Lorena. - Arqueio uma sobrancelha.

"Sra. Lorena?"

- Todos os aguardam na sala de conferência três.

- Obrigada. - Hera responde sem olhar duas vezes para a jovem, ato que aprecio internamente.

Mesmo desconfortável com o "Sra." usado pela recepcionista, não perdi tempo a corrigindo, afinal, depois da cerimônia de união serei mesmo considerada uma "Sra." na sociedade lycan. Segui Hera para o corredor ao lado do balcão da recepcionista, mostrando diversas portas fechadas, todas com pequenas placas na porta, a maioria com nomes de pessoas que eu não conheço. Ao nos aproximar da sala de conferências três, as vozes masculinas foram aumentando, quando passamos pelo umbral da porta todos voltaram suas atenções para nós.

- Que bom que chegou. - O Supremo se dirige a Hera.

- Qual o problema dessa vez? - Ela pergunta. Depois de uma semana do encontro com as bruxas na floresta, estamos todos exaustos. Ninguém teve uma noite de sono tranquila, nem mesmo a incrível genética lycan impediu as olheiras de aparecerem em todos. Meus treinos estão cada vez mais intensos e mais demorados, mais horas usando meus dons, mais horas no treinamento corporal com Luís e Hera para saber meu limite, e menos horas tendo um sono tranquilo. Hera e a Família Real tem estado em contato com a rainha bruxa desde o dia do encontro, sempre informando um ao outro sobre algum movimento suspeito. 

As Equipes de Segurança e Contenção estão exaustas, somente nessa semana que se passou algumas pessoas começaram a tirar dias de folga, contudo, somente um dia de folga na semana.

No começo da semana conversei com Bruno rapidamente, e pelo pouco tempo que conversamos percebi o cansaço e a exaustão em sua voz, por isso não tomei muito de seu tempo, por mais que quisesse conversar por horas e contar parte do que estava acontecendo comigo. Lia tem estado cada vez mais distante, não por que quer, mas, porque meus treinos têm tomado quase todo o meu dia, e nos poucos dias em que estou livre, Lia tem está descansando da noite de trabalho, nossos horários não batem.

- Lucas acha preferível mandar os novos recrutas para o muro em que tivemos perdas da última vez, para começarem a se habituar ao trabalho. - O Supremo cruza os braços na altura do peito, enquanto Hera franze o cenho.

- Não acho uma boa ideia, eles ainda não estão prontos, sem contar que são muito novos, ainda precisam de mais tempo treinando, eu e Luís ainda não conseguimos prepará-los para os muros, mas talvez possam fazer rondas dentro da alcateia com a Equipe de Contenção. - O Supremo concorda com a cabeça, satisfeito.

- Vamos fazer isso então.

- Ótimo, vou escalar Paula para ensiná-los na Contenção. Também acho a Equipe de Segurança muito agressiva para colocá-los lá agora, a Contenção é mais tranquila. - Luís encara Hera em confirmação, Hera retribui o gesto.

- Então está decidido. - Lucas diz, ele não parecia satisfeito.

- Próximo assunto. - O cheiro de café se espalha pela sala quando o Supremo se levada da ponta da mesa, se dirige ao canto da sala e se serve de café. Ele usa a mesma roupa de quando o vi pela primeira vez, uma calça social preta e uma camisa social branca simples, o vejo se sentar novamente na ponta da mesa, com pastas e folhas ao seu redor.

Três batidas na porta chamam nossa atenção. A recepcionista tinha o rosto vermelho de constrangimento.

- A bruxa chegou.

- Traga ela até aqui Lúcia, e por favor. - A garota para antes de sair da sala, prestando atenção no Supremo. - Chame ela de Freya a partir de agora.

- Sim, senhor. - Com isso a recepcionista se retira rapidamente, de cabeça baixa.

Desde o encontro na floresta, passei a participar de cada reunião, a rainha Freya exigiu minha presença durante elas, segundo ela, se sou o motivo que pode impedir a guerra, devo estar a par de toda a situação, e mesmo não querendo, tive que concordar com ela. Minutos depois, Freya adentrou a sala com Aliandra, Miranda e Elisângela ao seu lado, todas conversando animadamente sobre algum assunto que interromperam assim que nos viram.

Após se acomodarem em seus lugares o Supremo começa a reunião.

- Descobrimos essa semana um grupo de rebeldes instalados no lado Oeste da floresta, estamos preparando uma equipe para invadir o acampamento e conseguir o máximo de informações possíveis.

- Também descobrimos algo. Três noites atrás, uma das minhas sentinelas, flagrou uma espécie de reunião no meio da madrugada, acreditamos que possa ser o informante infiltrado em sua alcateia, mas não pudemos ver os rostos. Deixei uma sentinela vigiando o lugar para o caso de voltarem a se reunir ali. - O Supremo concorda com a cabeça, tenso. Descobrir o informante infiltrado em nossa alcateia é uma das nossas prioridades.

- Estive pensando, vamos combinar de capturar um invasor para a outra espécie interrogar, no caso, vocês capturam o lycan que atacou vocês e nós capturamos o bruxo que nos atacar, e cada um interroga o da sua espécie. - Freya concorda com a cabeça.

- Acho uma boa ideia. - Ela concorda novamente.

- O que descobriram sobre a gravação? - Hera pergunta, chamando a atenção de todos.

- Estudei durante essa semana para entender, e não encontrei nada parecido com aquilo. Não existe um feitiço que eu conheça que possa matar daquela forma. - Aliandra responde, pensativa.

- Magia negra? - Hera os braços cruzados sobre peito da mesma forma que o Supremo faz. Aliandra nega.

- Esse foi o primeiro dos meus palpites, mas não, aquilo foi completamente diferente de como feitiços funcionam, de qualquer forma, ainda não consegui encontrar nada que se pareça com o que vi no vídeo, vou continuar pesquisando.

- Quantas pessoas tem nesse acampamento que encontrou? - Freya pergunta.

- Não mais que trinta, identifiquei de longe alguns lycans e alguns bruxos, mas nenhum vampiro entre eles, apesar de no último ataque terem sido vários vampiros a nos atacar, acredito que nesse acampamento só tenham lycans e bruxos. - Hera é quem responde à pergunta.

- Não existem muitos do nosso grupo que tenham se voltado contra nós, e os poucos que o fizeram tenho informações de que não estão nesse continente, não sei quem podem ser esses bruxos trabalhando com os rebeldes. - Freya suspira, abaixando o olhar para o tampo da mesa. Aparentemente, a espécie bruxa é a que tem menos problemas com rebeldes, pelo menos, é o que se pensou até agora.

Depois de alguns minutos de reunião, falando sobre o mesmo assunto, finalmente saímos para o começo da noite. Ao chegarmos a mansão, o jantar estava prestes a ser servido, e Anna nos esperava na sala de estar.

- Chegaram bem na hora. - Ela se levanta do sofá animada assim que nos vê passar pela porta de entrada. Anna vai em direção ao Supremo, e Hera e eu fomos direto para a sala de jantar, ansiosas para acabar com os resmungos no estômago. Em instantes todos se sentavam ao redor da grande mesa de jantar.

- Como foi a reunião com rainha Freya? Ocorreu tudo bem?

- Sim, nenhuma novidade. - Hera diz entretida com um pedaço de carne no prato.

- Eles não descobriram nada sobre os invasores? - Anna olha para Jeremy, que tinha a boca cheia de comida, assim como Hera, e Matheus e Igor não pareciam interessados em responder.

- Eles flagraram um tipo de encontro durante a madrugada, na floresta, acreditam que seja o informante da nossa alcateia, mas não dá para ter certeza, já que não foi possível ver o rosto da pessoa. - Respondo, vendo Matheus e Igor devorarem a comida assim como Hera e o Supremo.

- Certo. - Anna beberica sua taça de vinho. - Mudando de assunto, você e Hera já pensaram na cerimônia de união de vocês? - Levo uma garfada de comida a boca e olho para Hera, deixando bem entendido que ela deve responder dessa vez.

- Lorena acha que ainda não é um bom momento para a cerimônia. - Hera dá ênfase em meu nome, deixando claro que não compartilhava da minha opinião. Igor ri baixo e o encaro carrancuda.

- Já entendemos que você não concordou Hera. - Ele diz, brincalhão, e é retribuído com um olhar indiferente dela. Igor ri em resposta.

- Se dependesse dela já teria feito essa cerimônia, sendo apropriado ou não. - Matheus me olha.

- A questão não é ser ou não apropriado. Tem alguém próximo o bastante de nós para saber tudo o que fazemos. Se fizermos uma cerimônia de união, quem garante que esse informante não vai se aproveitar da distração para fazer alguma coisa? Algum ataque? - Tento ser óbvia.

- Lorena tem razão. Não podemos nos dar ao luxo de permitir um possível ataque na primeira cerimônia de união em séculos na nossa família. - O Supremo aponta o garfo para ninguém em particular, gesticulando com ele. - Precisamos resolver esses assuntos primeiro. A não ser que Hera queira fazer uma cerimônia privada. - Todos olhamos para Hera.

Ainda não havia pensado na possibilidade de uma cerimônia privada. Quando Jeremy a citou, gostei da ideia, contudo, tenho certeza que Hera não irá concordar. A cerimônia de união na Família Real é aberta a todas alcateias. Todas alcateias são convidadas e por ser um evento importante, todos sempre participam, essa ideia me deixa sufocada somente de imaginar a cena: Hera e eu no meio de centenas pessoas. Nada agradável.

- Não. Não quero uma cerimônia privada. - Hera diz irredutível e Igor e Matheus riem.

- Imaginamos que não. - Igor diz.

Depois do jantar fui para o quarto, Hera chegou pouco tempo depois. Já passam das nove da noite, e meu corpo está exausto pelo dia e pela semana cheia de reuniões. Agora, além dos meus treinos de manhã com Miranda e Luís, minha tarde foi preenchida por reuniões intermináveis sobre a guerra, sobre as invasões, sobre os informantes, e não posso reclamar, na verdade, me sinto satisfeita por estar saindo para alguma coisa, mesmo que eu só fique sentada ouvindo as coisas se desenrolarem, é melhor que estar trancada na mansão. No começo, pensei que Hera não fosse gostar de me ter nas reuniões, mas não foi o que aconteceu, e não resisti a minha curiosidade, quando perguntei se a incomoda o fato de eu ter que sair da mansão com frequência, ela simplesmente respondeu: "Por que me incomodaria? Pelo menos agora vamos passar o dia inteiro juntas, literalmente.", me respondeu com um sorriso malicioso. "Além disso, você vai estar mais segura perto de mim e do Supremo.", fiquei tão surpresa que no momento não soube o que responder, e até agora não sei.

Por isso, o cansaço se abateu sobre mim, e com Hera não pareceu diferente.

- Você precisa se alimentar. - Parei para pensar na última vez em que me alimentei, e conclui que foi semana passada, portanto, não tenho como recusar a oferta de Hera, e repetir a cena de dias atrás não está nos meus planos. Mordi o lábio inferior, desconfortável. Hera tirava as roupas perto da poltrona, enquanto eu tirava as minhas perto do banheiro.

Mesmo já tendo me alimentado de Hera algumas vezes, o momento não deixa de ser constrangedor. A cada alimentação me sinto mais confortável com o sangue, com o gosto dele, e a cada alimentação o meu corpo pede mais disso. Já meu consciente pensa o contrário, o ato em si ainda é desagradável, constrangedor e repulsivo.

Após tomarmos banho, Hera se sentou na beirada cama, me olhando. Entendi o que aquele sinal significa, significa que está na hora de me alimentar. Com passos lentos, me aproximei de onde ela estava sentada. Minha pele se arrepiou quando uma brisa fria entrou pela varanda do quarto, passando pelo meu corpo quase descoberto depois do banho, já que uso somente um short curto e um top para dormir.

Me sentei ao lado de Hera e segurei seu pulso, já sentindo minha boca aguar em expectativa. Ao levar o pulso de Hera a minha boca, sou interrompida, e a olho confusa.

- Quero que se alimente aqui. - Ela pousa a mão no ombro, próximo ao pescoço, e minha boca se abre de surpresa. - Li alguns dos livros que Miranda e Elisângela deixaram para você, diz que os vampiros preferem se alimentar por aqui, o sangue fui mais. - Pisco, sem saber o que dizer.

- Não precisa, o seu pulso me dá...

- Precisa. E eu quero que se alimente aqui. - Seu olhar dourado e firme se fixou em mim, e ficamos numa rápida luta de olhares. - Quero que você sempre tenha o melhor, e o pescoço é melhor para você se alimentar. No livro que li diz que o oxigênio do sangue e os nutrientes no sangue daqui - Ela aponta o pescoço. - é ainda mais satisfatório para um vampiro.

Com um suspiro, e sem saber exatamente como fazer, me sentei em seu colo, com minhas pernas uma de cada lado do seu corpo. Meu consciente não queria dar aquele passo, mas meu corpo, minha sede, me impediram de recusar.

Hera veste somente um top sem alças, com uma calça larga de tecido de viscose. Ela tira os cabelos dos ombros e inclina a cabeça para o lado, deixando seu pescoço e ombro expostos. Molho os lábios com a língua, já ouvindo os batimentos de seu coração em meus ouvidos, vejo sua artéria saltar ritmicamente. Aproximo meu rosto e inalo seu cheiro, um arrepio corre por meu corpo, ao mesmo tempo em que uma fisgada no ventre me chama atenção. Aproximando ainda mais nossos corpos deixo meu corpo colado ao seu. Sinto meus caninos baixarem, e perfurei seu ombro, próximo ao pescoço.

O corpo de Hera tencionou no momento, para segundos depois relaxar. Um suspiro satisfeito deixa seus lábios, suas mãos em minha cintura me puxam, apertando meu corpo contra o seu, sinto o cheiro da excitação de Hera, que automaticamente me deixa pronta. Seu sangue quente e viscoso desce por minha garganta, e bebo devagar, saboreando cada gota, e apreciando seu gosto tão prazeroso.

Minutos depois, quando tiro minha boca do seu ombro, Hera me deita na cama imediatamente, mal tive tempo de limpar os ferimentos com a língua. Sua boca toma a minha num beijo lento e profundo, meu corpo esquenta com a necessidade de tê-la em cima de mim e dentro de mim, por isso, corro as mãos por seu corpo, abaixando a parte superior de sua calça, mas ela aperta sua cintura contra a minha, impedindo que tire sua calça por completo. Sem outra alternativa, minhas mãos voltam a passar por suas costas, braços e barriga, explorando o máximo que conseguia.

Sua boca começou a explorar meu pescoço, dando beijos e mordidas fracas para me agitar, enquanto suas mãos descem e sobem pela minha cintura e coxa, fazendo meu corpo esquentar e meu ventre se contrair de desejo. Levanto a cintura, gem*ndo de necessidade, outra necessidade de que meu corpo precisa a dias. Num movimento rápido tiro meu top expondo meus seios e Hera leva meio segundo os olhando antes de abocanhá-los avidamente. O calor e a umidade da sua língua nos bicos me fizeram fechar os olhos e suspirar de prazer. Segurei a cabeça de Hera com as duas mãos, a apertando contra mim com mais força, ela não reclamou, e depois de quase me fazer goz*r ch*pando um dos seios ela foi para o outro, a essa altura, eu movia minha cintura no mesmo ritmo lento em que meus seios eram sugados.

Quando Hera se deu por satisfeita - e eu também -, meus shorts voaram para alguma parte do quarto junto com a calcinha. Hera se posicionou entre minhas pernas e senti o calor do seu hálito em meu sex*, engoli a saliva, ansiosa para o que virá a seguir. Ouvi quando ela inalou meu cheiro profundamente e meu ventre se contraiu novamente, com os olhos fechados, senti a boca de Hera explorar minha intimidade antes de sua língua me penetrar, não pude segurar o gemido dessa vez.

Quando a língua de Hera passou a fazer círculos em meu clit*ris, gritei ao sentir quatro dedos me penetrando, seguindo o mesmo ritmo que sua língua, não demorou muito para eu alcançar o pico do prazer.

Hera deitou seu corpo sobre o meu, e afundou o rosto em meu pescoço, ofegante apesar de o orgasmo ter sido meu. Sem esperar muito tempo, a empurro invertendo as posições, ela arqueia uma sobrancelha e sorrio, sentindo minhas presas ainda abaixadas. Imagino que não deve ser uma visão excitante, uma mulher com presas te olhando como se quisesse te comer - e eu quero, de outra forma -, mas não me importei, pois meu desejo nublou qualquer pensamento coerente que tentasse me conter nesse momento.

Puxei a cintura da calça de Hera para baixo sem tirar os olhos dos seus, ela mordeu o lábio inferior e repeti o gesto apreciando a visão excitante de dela seminua em minha frente. Senti que ela estava tensa e quis perguntar se alguém chegou naquele ponto com ela, contudo, não achei que fosse o momento, e se ela não me impediu, não tem por que eu parar. Ela não usava uma cueca por baixo da calça e senti minha loba se mexer em meu interior ao ver seu sex* exposto, mas antes que me afogasse nele, tenho outra coisa que quero fazer desde que nos unimos. Segurei seu top fino e rasguei sem nenhuma dificuldade, as mãos de Hera seguraram o lençol da cama em garras, não me surpreenderei se estiverem rasgados quando terminarmos.

- Lorena... - Ela fecha os olhos, e engole em seco.

- Sim? - Quando seus olhos se abrem novamente, ele não está amarelo como de costume, está brilhante, como se estivesse prestes a se transformar, e gosto disso. Ela aperta os dentes e vejo o músculo da sua mandíbula saltando.

Sem esperar mais, passo minha língua entre seus seios sentindo o gosto salgado de seu suor, o saboreio com a língua antes de ir diretamente para os bicos intumescidos. Quando os ch*po vejo Hera fechar os olhos, suas mãos apertam mais os lençóis, sua cabeça cai para trás e sua cintura se levanta. O cheiro da sua excitação misturada com a minha me dá água na boca, e da mesma forma que me sinto dominada pelo desejo de sangue, me senti dominada pelo desejo de sentir seu gosto em minha boca. Desci lentamente por seu abdomem, controlando a loba em mim que quis rosnar ao sentir seu cheiro se intensificar a cada segundo. Quando alcancei seu sex*, travei, extasiada pelo cheiro e pela visão, lambi os lábios, me sentindo sedenta por Hera, e saciei minha sede dela, me afogando em seu centro, sentindo o quão molhada e pronta ela estava. Hera não conseguiu manter as mãos nos lençóis depois disso, e as prendeu entre meus cabelos já emaranhados.

- Porr* Lorena... - Ela balança a cintura tentando aumentar a velocidade do ritmo em que estamos, mas não cumpri com seu desejo até sentir que havia explorado tudo o que queria naquela região, depois, o ritmo ficou mais rápido e mais intenso, aumentei a pressão da minha boca em seu sex* e o corpo de Hera começou a tencionar, até que suas pernas se fecharam ao redor da minha cabeça e sua cintura se levantou, seu grito misturado a um rosnado ecoou pelo quarto e eu soube que, com certeza, escutaram do lado de fora. Só desgrudei minha boca de seu centro quando ela empurrou minha cabeça, indicando que o limite foi atingido.

Nuas e ofegantes, ficamos deitadas por alguns segundos só ouvindo a respiração uma da outra. Os braços de Hera contornaram minha cintura e ficamos de conchinha, apreciando o torpor em nossos corpos. Meus olhos foram pesando e dormi sem nenhuma dificuldade.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

E então gente? O que acharam? Passou pela cabeça de vcs que a Hera hesitou naquela hr por causa disso? Me contem ><


O cap foi revisado só por mim, me perdoem os erros e podem me dizer que eu arrumo >< Me ajuda muito ><


Curtam e comentem (muito) q estou doida p saber o que vcs acharam desse cap ><


Fiquem bem, e até quarta q vem, esse domingo não vou conseguir publicar :(


Se cuidem!


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Comentários para 11 - CAPÍTULO 8:
Irinha
Irinha

Em: 02/08/2021

Felicíssima em poder lê  esse segundo livro. Tu de de bom autora.


Resposta do autor:

Aaaaaiiiii <3 

Q bom! Eu tbm fico mt feliz q vc esteja gostando! ><

Tudo d bom p vc tbm ><

<3 <3 <3 <3 <3 <3

Responder

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roselene
roselene

Em: 28/07/2021

Tem Extra? Espero que sim, pois está muito bom.


Resposta do autor:

Infelizmente esse domingo não T.T

Mas fico mt feliz d saber q está gostando >< 

<3

Responder

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Crika
Crika

Em: 28/07/2021

Glória...aleluia irmã...companheira que é companheira tem que rolar sim...kkk

Muito mais interessante,aliás toda a história é porreta...

Deu pra entender o fora de Hera...mas ainda bem q Lorena tirou isso dá cabeça dela...e cada dia mais ela mostra a Hera pra que Véio. 

Que pena q domingo n poderá postar,esperar uma longa semana  Pro proximo capítulo...

Bjs querida 


Resposta do autor:

Sim! Eu fico ansiosa pra esses momentos, mas espero q a aproximação delas esteja acontecendo de forma natural p vcs, quero muito que seja natural e não forçado.

Eu no lugar da Hera teria me sentido da mesma forma com relação a minha parceira, é um assunto delicado... Lorena é muito foda msm, e muito forte <3

Bjoooo

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