CARMEN POV

Ao abrir o documento, vejo as imagens da Musk, Savannah saindo com o grupo.

-Sheila!!! Ela está envolvida! -  levei as mãos à cabeça. – Meu Deus! – eu coçava as têmporas. 

Eu sentia medo e raiva, vergonha.

-  Carm sinto muito! - falou baixo. A olhei de soslaio.

- Agora mais do que nunca precisamos encontrar Marlone. Ele tem muito o que explicar.. Porque tenar mata-la? O que ele e ela tem em comum? – me levantei para ir falar com ele.

– Quando ela acordar, saberemos de toda verdade. – Darling estava visivelmente envergonhada. Afinal foi ela quem me colocou nessa enrascada. E eu fodi tudo depois com meu tesão desmedido.

- Se prender Justin agora, não vai ficar sabendo da verdade. Deve ter alguém por trás dele. Carmen! Segurou meu rosto.  – Pensa! Ela está envolvida. Precisamos dele para descobrir do porquê tentar matá-la duas vezes. Vou pedir à Sophie que acelere o processo do grampo.

- Ela nem se lembra de fazer parte disso! Ela é uma boa pessoa. –respirei fundo ainda com lágrimas nos olhos.

- Mas antes pode ser que não fosse. Sou sua amiga e preciso que você raciocine. Até para ajudá-la.

Sento novamente, coloco minha arma sobre a mesa. Sentia meu rosto queimar, eu bufava. 

- Vou mostrar para o capitão e fazemos da forma correta. Obrigada. 

Senti um buraco se abrir sobre meus pés, mas eu merecia isso. cedia a meus desejos e estava pagando. Pelo menos era o que eu pensava no momento.

Passei por sua mesa e como de costume ele não estava, o que foi bom, eu poderia não responder por mim.

Na sala dele, ele recebe a notícia como uma bomba. Decidimos grampear o telefone de Justin o mais rápido possível.

JOANE POV

Ao telefone

- Pai! Como você está? .

-  Minha filha uma detetive veio aqui! Ela descobriu que fui quem lhe deu acesso. Mas ela não me prendeu.

- Que detetive?

- Carmen De La Vega

- Eu sabia que isso poderia acontecer.  Olha! Eu não conseguirei entrar em contato novamente. Com certeza minha foto estará nos noticiários ainda essa semana. Mas vai ficar tudo bem. Te prometo. Vocês ficarão bem.

- Savannah já apareceu?

 - Não!  Vou começar a tomar as providencias que ela deixou.  Sem ela eu tenho de resolver. Era seu pedido.

- Veronica cadê?

- Bem por enquanto!

- Volta para casa, vamos resolver daqui.

- Não posso o senhor sabe. Preciso desligar. Amo vocês.

O telefone estranho que recebi possivelmente deve ter sido ela quem fez então. -penso.

Ha dias sozinha nesse quarto de hotel, a emoção vem forte e não consigo conter minhas lágrimas. Sem minha amiga eu estava desamparada. Vou fazer o que você pediu irmã. Assim que Veronica entrar em contato, vou resolver as coisas para você. –falo sozinha tentando conter o choro.

FLASHBACK  ON SAVANNAH

Tempos atrás.

- Savannah, Joane e Marie vocês são as melhores oficias da corporação, tenho uma proposta de trabalho para vocês. Porém.. -  fez uma pausa.

- Porém é perigosa! Isso que você quis dizer? – olhei com certa dúvida para D.J

- Sim! Muito! Vocês trabalharão como infiltradas. Precisamos chegar até um chefão das drogas, ele está saindo de Miami e indo para Los Angeles para fortalecer negócios.

- Nada de novo para nós! Qual a novidade? – Joane deu de ombros sem entender.

Nos olhou preocupado. 

- Se aceitarem o trabalho, precisarei apagar todo histórico de vocês. Vocês serão cidadãs comuns. Só eu terei acesso aos dados originais, quando terminar o caso. Tudo lhes será devolvido.  É para segurança de suas famílias.

- Quer dizer que não teremos jurisdição lá, e se nos prenderem só você pode intervir – respirei fundo.

- Sim!  E se isso acontecer talvez a missão se encerre, seria um risco muito grande. -

- Eu aceito senhor! De todas sou a que menos tem a perder. – Marie se prontificou.

- Nossa família estará segura? – D.J pensava em sua família.

- Com tudo apagado sim. Ninguém terá acesso as informações cruciais. E enquanto eu viver, todos estarão seguros. – eu estava apreensiva.

- Me preocupo pela minha irmã senhor, somos só eu e ela agora. 

- Mas se der tudo certo a entrada de vocês no FBI praticamente estará garantida. Sei o quanto vocês esperam por isso.

Nos olhamos mutuamente, assentimos com a cabeça.

(...)

MESES DEPOIS NUM CANTO QUALQUER EM LOS ANGELES.

- Será que Olly sobreviveu Savannah? – ela olhava a rua pela fresta da janela.

- Deveria ter morrido! Junto com aquela vagabunda da Marie que nos traiu! – eu andava de um lado para outro tentando raciocinar.

-  Mataram  nosso chefe porr*!. – disse com a voz chorosa. – Simon pegou nossas informações. Sem ela não somos nada

- Tudo que fizemos pode vir abaixo. Se conseguimos provas contra Simon, pelo menos teremos como recomeçar.

- Ele sabe de nossa família! – falou praticamente abalada.

- Vou ligar para Veronica, uma amiga que posso confiar. Ela tem recursos para cuidar da Taylor, até resolvermos isso. – eu já buscava na agenda seu telefone.

Com tudo combinado, me jogo no sofá planejando os próximos passos.

- Estamos sozinhas agora. Nossa vida antiga não existe mais. – retirei a arma da cintura. - Joane! -falei baixo.

- Simon já sabe de nós!

- O que fazemos agora? – se aproximou.

- Terminamos a missão. Precisamos arrumar as provas contra ele

FLASHBACK OFF

CARMEN POV

- Carmen!

-  Entra Bruster! – a garota entra apressada.

- Sophie conseguiu grampear Justin. Ele recebeu uma ligação e saiu apressado.

- Vamos segui-lo!  Não vamos no meu carro, melhor não sermos reconhecidas. – pego minhas coisas e rapidamente saímos do DP.

Seguimos seu carro, apesar dele estar correndo, eu conseguia manter uma boa distância.

- O que ele está fazer no porto a essa hora? – notando o caminho que ele estava fazendo.

- Não perde ele de vista. – preocupou-se.

- Não vou! – pisava fundo.

- Soube algo da Savannah?

- Ainda não! Liguei lá, ainda sedada.

- Desculpe! – falou sentida.

- Agora não é hora para isso. – mudo de assunto rapidamente.

Chegamos num armazém afastado, aparentemente vazio. Eu e ela nos esgueiramos, ficando escondidas atrás de umas caixas. Com arma nas mãos, ouvimos vozes.

- Marlone! Vai chegar um carregamento amanhã, dos grandes. Não quero surpresas aqui.

Olhei por cima das caixas, Olly e seus capangas, conversavam com Austin.

- Não vai haver surpresas. A detetive está preocupada com a namoradinha, vai esquecer de você por um tempo. Fizemos um bom trabalho com ela.

Filho da puta! – pensei. Eu queria entrar no mesmo momento, mas precisava pegá-lo com as drogas.

Me virei e acabei esbarrando numa das caixas, fazendo um certo barulho.

- Foi seguido Marlone! – ele gritou . sairam em seguida deixando seus capangas a cargo do serviço de nos caçar.

- Merda! Merda! – Sheila praguejou.

Logo tiros foram disparados, quase nos acertando. 

- Temos de sair daqui! – correndo por detrás das caixas.

Pego meu celular para pedir reforço, de repente um tiro passa de raspão, me fazendo derruba-lo, sem ter completado a ligação. O pego rapidamente e o coloco no bolso.

- Deixa para lá, precisamos sair daqui! – ela me puxa pelo colarinho.

Corremos para o carro, demos a partida, eles vieram em peso atrás de nós.

- Será que fomos reconhecidas? – ela empunhava a arma fazendo mira para acertar.

- Espero que não! Precisamos desse carregamento. – eu olhava a todo momento pelo retrovisor.

Em fuga alucinante com 2 carros atrás de nós, eu fazia zigue zague para fugir dos tiros, Sheila atirava de volta. A perseguição já durava alguns minutos.

- Menos um Carm! Acertei seu pneu. – disse empolgada.

- Eles não vão nos deixar em paz! – ouço um tiro forte no capo de meu carro.

Estávamos quase chegando a estrada, lá seria mais fácil a fuga. Consegui me distanciar, mas o carro começou a soltar fumaça.

- Droga! Filho da puta!– xinguei.

-Estão atrás de nós ainda? – olhei pelo retrovisor.   

- Sim! Precisa despistá-lo.

Acelero o máximo. encontro uma brecha atrás de uma caminhão e escondo o carro, consigo achar uma saída. entramos nessa via, vendo o carro passar. 

- Ufa! - respirou aliviada. - Você deveria ser piloto de prova! - riu

O carro foi parando lentamente.

- Não podemos ficar aqui, eles podem aparecer e esse bairro não é seguro para nós. Pega o seu celular e passe as informações para o capitão.

- Vamos andando um pouco até estarmos seguras. – olhávamos para todos os lados. Tomamos as ruas a caminho de um ponto seguro até chegar ajuda.

- Eles estão a caminho!  - me informou.

(...)

Chegamos no DP, tivemos de repassar tudo novamente. Preencher papéis, nem havia dado conta das horas. Quase havia me esquecido de Savannah.

Pego meu celular e vejo muitas chamadas da Dra. O que me assustou. Quando vou ligar Sheila entra assustada.

-  Que cara é essa? – estranhei.

- Você precisa ir ao hospital agora! Eu vou com você! – ela parecia esconder alguma coisa.

Fim do capítulo