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Criminal por lorenamezza

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Palavras: 1575
Acessos: 1470   |  Postado em: 23/07/2021

CAP 18 PASADENA

CARMEN 

Acordo coloco uma calça jeans nova, camisete branco, sapato de salto confortável, arrumo um pouco meus cabelos. Savannah iria voltar e queria estar bonita. Meu Deus! Disse a mim mesma, sim aquela mulher linda de voz deliciosa, olhos verdes maravilhosos, que me prepara sempre um bom jantar era minha. Lembrei de nossa primeira noite.

“É esse o meu cheiro Savannah?

- Seu cheiro é delicioso!

Não vai esquecer sua regra!

- E se só hoje algumas regras fossem quebradas.

- Eu estou morando aqui, não pode me mandar embora depois!

- Continuaremos como estritamente profissional Savannah.

- Então eu não te aconselho a ficar comigo! Serei sua perdição! ”

(...)

Chego ao DP toda feliz, Savannah estava voltando, meu caso parecia que estava se resolvendo.

- Senhor posso entrar? – abri a porta da sala do capitão lentamente.

- Desde quando você pede permissão Carmen? –me olhou de cima a baixo – O que aconteceu com você? Está diferente? Conheceu alguém graças a Deus! Seu luto estava demorando muito para acabar.

- Russel! Não vim falar da minha vida privada.- fingi braveza. –Precisamos expedir um pedido de prisão para Joane Danvers

- Ela passou por mim aquele dia na Musk, falei com o pai dela. Ele confirmou que foi ele que facilitou o acesso.

- Tem provas físicas Vega? – tragou forte seu cigarro. – lhe mostrei a foto

- Além da quebra de sigilo não autorizada, a confirmação do pai e eu ter visto ela estar no prédio aquele dia. -  Só isso! – dei ombros.

- Ok! Vou expedir! Sabe que se ela for presa, vai refutar todas essas provas? – apontou para a foto.

- Sei sim! Mas estou certa de seu envolvimento.

 - Boa sorte!

-Na minha sala Bruster! – gritei da minha sala.

- Notou algo diferente em Marlone ou Louis? – coloquei o celular na mesa.

-Louis está limpo! Mas Mahone tem levantado suspeitas. Sempre saindo sem avisar, vive no celular. Pedi uma ajuda para Soph, ela vai colocar uma escuta nele. Ele está dando em cima dela. Vamos aproveitar a chance.

- Ok! Estou com um palpite sobre ele também. – eu olhava para mesa dele.

- Estou checando alguns endereços em nome dos Hansan. Encontrando já te trago algo sobre Joane eu te mando.

Estranhamente eu estava mais nervosa que o habitual, uma sensação estranha. Tamborilava os dedos a todo momento, batia os pés, nem o café estava bom.

Pego meu celular e ligo para Savannah. Cai direto na caixa postal

Será que o voo dela não pousou ainda? – pensei.

O dia passou arrastado, fui ver outro informante, mas sem sucesso. Realmente eu estava sem sorte. Já passava das 15 horas. Ligo novamente para Savannah, cai novamente na caixa postal.

- Cadê você!! Começo a estranhar esse sumiço. Mas poderia não ser nada, eu estava parecendo a namorada possessiva.

Darling retorna à minha sala com 2 endereços.

- Vou averiguar um desses, depois vou direto para casa! –ajeito meu coldre. Savannah já deve ter chegado.

- É bom ti ver feliz Carmen! – me abraçou.

- Eu estou! – suspirei.

(...)

Vou ao endereço que ela me passou. Era em Pasadena. Demorei um pouco mais que eu pensava. O apartamento ficava numa rua ampla, bonita. Chamei o zelador, mostrei a foto, ele disse que a conhecia, mas que ela não aparecia lá a tempos.

- Posso verificar?

- Não sem um mandado. - senti que ele queria dificultar meu trabalho.

Resolvo subir e bater na porta. Sem sucesso.

Com certeza esse hoje foi um dia perdido.

(..)

Acelero de volta para casa, incrivelmente, eu estava com saudade. Não via a hora de reencontrá-la.

Assim que entro na Ocean Avenue, vejo algumas pessoas alvoroçadas na porta da minha casa. Sinto um calafrio na espinha. Praticamente salto do carro. Saco minha arma e com o distintivo em mãos afasto a as pessoas. E o que vejo me aterroriza. Savannah toda ensanguentada, jogada no meio fio.

- Meu Deus! Meu Deus! Savannah. – corro para abraçá-la. – O que aconteceu? – perguntei aos gritos.

Um rapaz muito assustado diz que uma van branca, passou e a jogou lá. Sem pensar a coloco em meu carro e disparo para o hospital. Ela estava quase inconsciente, cheia de hematomas.

- Amor! Vai ficar tudo bem já estamos chegando. – coloco o giroflex sob o capô para saírem da minha frente.

Ela tossia sangue, e gemia. Eu não estava conseguindo suportar vê-la daquela forma. Meu consentido voou pelas ruas até chegarmos ao hospital.

A carrego com dificuldade para dentro do hospital.

Socorro! Por favor nos ajude! –enfermeiros correm para socorrê-la.

- O que aconteceu? – vem a médica já tirando seu estetoscópio para checar os batimentos, apressadamente me perguntar

- Não sei, cheguei em casa e a encontrei nesse estado.  –falo segurando uma das mãos dela.

-  O que você é da vítima?

- Doutora ela é minha parceira. – falei enquanto a colocavam na maca. –Amor vai ficar tudo bem! – rapidamente eles a levaram.

Sentei numa das poltronas, enfiei mina cabeça entre os joelhos, coçava as têmporas a todo momento.  Ligo para Sheila, peço que venha a meu encontro.

Mais que depressa ela chega, nos abraçamos e novamente vou as lágrimas.

- Deram uma surra nela! – ela me abraçava.

- Calma! Já estão cuidando dela, vai ficar tudo bem.

- Eu não devia ter deixado ela ir sozinha. – me repreendia.

- Carmen! Não é a primeira vez eu tentam matá-la. Você. – a interrompo.

- Já pensei infelizmente! – eu não queria acreditar, mas comecei a pensar que ela não seria tão inocente. – Eu a amo Sheila!

- Cam! – deixei toda minha dor sair no abraço de minha amiga.

Após um tempo, vejo a doutora Smith vir a nosso encontro.

- Carmen! Eu estava me preparando para entrar no turno, quando recebi a notícia da paciente, quando cheguei era Savannah. Imaginei que você estaria aqui.

- Como ela está? – falei apressada.

- Ainda não dá para saber. Não sou que estou cuidando dela. Estão fazendo exames para ver se houve algum dano interno.  Se acalme ok. Assim que tiver notícias, eu te aviso.

Assenti positivamente com a cabeça.

- Obrigada doutora.

- Sheila vai descansar, vou precisar de você inteira amanhã.

- Certeza?

- Sim. Obrigada!

Adormeci sentada naquela cadeira, esperando por notícias. Quase pela manhã a doutora vem me avisar.

- Bom dia Carmen! – me sacudiu gentilmente.

- Oi já é dia? – esfreguei meus olhos. Como ela está? – levantei apressada.

- Sedada. Não houve fraturas internas, mas ela está fraca por conta dos golpes.

- Ela vai ficar bem? Posso vê-la? –

- Se for rápido, sim! – Vem.

Ela prontamente me levou, assim que entrei vi seu rosto todo roxo, um pouco inchado.  Tentei engolir o choro, mas foi inevitável.

- Savannah! – as lágrimas molhavam meu rosto. – Volta pra mim.  –beijei sua testa. – Caso eu não tenha dito eu te amo! – sussurrei em seu ouvido.

Eu não queria pensar, mas aquela surra não era normal, senti um calafrio percorrer meu corpo. Eu sabia que tinha algo mais.

- Carmen, sei que não é hora para isso, mas ela se lembrou de algo ou alguém? Tem família para avisar?

- Sim! Tem esse número– não estava pronta para ver Marie perto de Savannah, mas precisava ser feito.

- Ok! Vá descansar.

- Doutora! Qualquer mudança. Me avise. – enxugo as lágrimas.

Antes de voltar para o DP, passo em casa para trocar de roupa, nem tinha reparado, mas minha camisa estava toda suja de sangue.

(...)

Tomo um banho rápido, a cena da noite anterior não sai da minha cabeça, nem a presença dela em minha casa.

Me arrumo, pego meu notebook e sem descansar parto para descobrir o que houve.

No DP.

- Sheila! Na minha sala. – peço gentilmente.  Ela entra logo atrás de mim.

- Fecha a porta por favor. –retirei a jaqueta, coloquei a pistola na gaveta, me sento e vou abrindo o note.

- Como está Savannah? – também sentou.

- Sedada! Mas te chamei porque quero que você veja comigo.

- O que? – ficamos sentadas juntas de frente para o computador.

- Tempos atrás eu coloquei uma câmera na árvore de frente para minha casa.

Abro meu programa de vigilância, as imagens começam a rodar. Vejo Savannah chegando em casa, meus olhos se enchem d’agua. Enxugo rapidamente. Após algum tempo uma van branca para. Um homem sai e vai em direção à minha casa.

- Carmen! – Esse é.. – antes que ela terminasse a frase, peguei minha pistola e fui me levantado em fúria.

- Eu vou matar ele! Marlone seu filho da puta! – tentei sair da sala, mas fui contida por minha amiga.

- Sai da minha frente! – ordenei.

- Calma! Você não pode fazer isso! Sei que é difícil mas você tem que pensar. – meu peito subia e descia com velocidade, eu estava a ponto de meter uma bala na cabeça dele. Eu descobri algo ontem, não queria te contar ainda, mas diante dos fatos. – suspirou.

- Fala logo caramba! – sentei esperando pelo pior. Ela me estende a mão e me entrega um pen drive. – O que é isso?

- Não mostrei para ninguém ainda. Queria que você visse primeiro.  – eu colocava depressa o pen drive em meu note.

 

Fim do capítulo


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