Criminal por lorenamezza
CAP 13 ESPOSA
No DP, já em minha sala.
- Detetive! Tem alguém querendo falar com você! – Sheila avisou.
- Quem é? – fiz sinal para que entrassem.
Entra uma mulher de cabelos lisos quase até a cintura, extremamente sexy.
- Oi eu sou Marie Canté! Vim saber da Savannah! – a mulher chorava. Soube que você sabe onde ela está!
- Senta por favor! Bruster pega um café por favor. – Você que esteve no hospital atrás dela ontem?
- Sim! Sou a esposa dela! – sentei no susto. No hospital disseram que ela perdeu a memória. – caiu em lágrimas.
- Esposa? – meu coração quase saltava pela boca.
- Sim! Ela veio para me encontrar aqui e sumiu, faz uns dias que estou à procura dela e nada, você sabe onde ela está? – ela tirou umas fotos de dentro da bolsa, minha cabeça girava.
- Porque demorou tanto para procura-la.- eu a fuzilava com o olhar.
- Cheguei a 3 dias, estava numa convenção. Como ela cortou comunicação, me preocupei.
As fotos eram reais, elas em Miami, de férias em outros lugares. Aquilo caiu como uma bomba para mim. Eu explodia de ciúmes por dentro, mas não deixei transparecer.
- Olha Marie né? Aparentemente você está falando a verdade. Eu sei onde ela está e devido sua condição, só eu tenho acesso à ela. – respirei fundo com certa raiva. – Vou tirar cópia dessa foto e vou falar com ela. Sheila entra e me vê examinando as fotos, arregala os olhos me olhando assustada.
- O que Savannah fazia aqui em Los Angeles? – lhe perguntei enquanto entregava as fotos para a agente. – Tira cópia por favor! - Você sabe o que ela fazia na Musk Techonology?
- Ela é fã do Elon Musk! Suas invenções a favor da humanidade, foi lá enquanto eu estava trabalhando, mas depois não tive notícias. Por isso ela se formou em engenharia da computação.
- Deixa seu telefone, eu entro em contato, mas fique tranquila que ela está bem. Por segurança preciso falar com ela primeiro.
- Ela falou de mim doutora? – enxugou as lágrimas.
- Ela perdeu parte da memória, sinto muito.
Sheila volta e lhe entrega as fotos e ela vai ainda desanimada.
- Abro o note e busco por Marie Canté, as informações sobre ela conferem.
- Caso encerrado Cam! Agora você não vai mais ficar preocupada com ela sozinha por aí. – eu ainda olhava as fotos, elas pareciam felizes.
- Claro! – quase sussurrei.
SAVANNAH POV
Andei boa parte da cidade e não lembrei de muita coisa, tive apenas flash com alguns lugares, mas nada muito revelador. Havia encontrado um lugar e o dono ficou de dar a resposta no dia seguinte. Compro uns tacos para levar para Carmen, ela já devia estar preocupada pela minha demora.
Tomei um banho e logo ela chegou, não estava tão falante quanto nos dias anteriores.
- Boa noite Savannah! – me sorriu fraco e foi direto para o banho.
O que será que aconteceu? Pensei. Assim que ela saiu, sentou-se no sofá ainda em silêncio.
- Dia difícil detetive? – sentei-me a seu lado e lhe entreguei a comida.
- Muito! - mordeu os tacos. E você como foi seu dia?
- Tive alguns flashes de uns lugares mas nada revelador, encontrei um ap e o dono vai me dar a resposta amanhã. Olha aproveitei e tirei os pontos.
- Que bom! Vou dormir, estou um bagaço! – ela se levantou e saiu, eu estranhei mas preferi não forçar.
-Boa noite detetive!
(...)
Pela manhã acordo e ela já estava pronta tomando café.
- Precisamos conversar! – foi direta
- Alguém foi te procurar ontem – tirou umas fotos da bolsa
- Jura!!!! Ai que bom, eu já estava achando que estava sozinha no mundo.
- Marie! Consegue lembrar dela?
- Deveria? – peguei as fotos da sua mão.
- Sim, já que ela é sua esposa.- olhei espantada as fotos.
- Eu sou casada? – assustei.
A cara de Carmen não era a das melhores, enquanto eu analisava as fotos buscando na memória quem era a tal esposa.
- Ela não me parece estranha! –
- Savannah, a gente pode marcar de vocês se encontrarem num lugar público. Só por segurança. – falou sem vontade. – Aqui está o telefone dela!
- Você iria comigo? – pedi
- Claro! – seus olhos pararam nos meus por um segundo, eles estavam tristes.
- Liga pra ela, vou trocar de roupa. – falei animada.
Após alguns minutos, voltei. Já ansiosa.
- Ela vai nos esperar em Venice. Vamos!
- Pronto detetive! Pelo jeito vou sair da sua vida.
(...)
O carro estava um completo silencio, que só foi quebrado quando ela ligou para a colega para reforçar a segurança.
Chegamos no local combinado e quando vi minha suposta esposa tive um pequeno insight sobre ela. Algumas lembranças me preencheram a cabeça. Eu a conhecia com certeza. Ela veio correndo a meu encontro, me abraçou e desabou a chorar, me abraçando forte e me beijando toda a face. Tudo sob o olhar atento das duas policiais.
- Vamos dar privacidade à vocês! – se afastaram, assenti positivamente com a cabeça.
- Meu amor! Você está bem? Eu estava desesperada. – a mulher me abraçava em prantos.
A afastei delicadamente.
- Marie! Você sabe o que aconteceu comigo! Eu preciso de tempo. Desde quando estamos juntas? Porque eu não uso aliança?
- Você odeia convenções. 3 anos. Nos casamos em Miami mesmo, mas por conta da doença de sua mãe, você acabou ficando por lá. Quando ela faleceu você vendeu a casa e estava vindo morar comigo. Faz um tempo que você estava ajeitando tudo para vir. – ela tentava demonstrar paciência.
- Fico feliz que pelo menos uma pessoa me procurou. Eu tenho amigos? – começamos uma caminhada, acompanhada de longe pelas 2.
- Você se afastou de todos depois que seus pais morreram. Mas tem a Veronica. Você sabe dela?
- Não lembro! – eu deveria estar feliz, mas como sentir algo por alguém que você não conhece? - pensei
- Vamos para casa amor? – me abraçou. Eu olhei para Carmen. Ela aparentava irritação.
- Minhas coisas onde estão?
- Savannah você sempre foi desapegada de tudo! Provavelmente vendeu tudo. – ela ria desconcertada.
- Você está na casa da detetive? Posso ir com você? – olhei para Carmen novamente.
- Não! Mas prefiro não revelar ainda onde estou ficando.
- Porque está fazendo isso Savannah? – segurava com carinho em meu braço.
- Tentaram me matar, eu não lembro de ninguém. Não sei o que dizer! Carmen é o que conheço hoje! Preciso de uns dias para assimilar tudo.- suspirei.
- Vem comigo amor! – roubou-me um beijo. Que foi curtamente retribuído.
- Me dá 2 dias. –a abracei. Não sei o que pensar.
- Estarei te esperando amor! Se afastou lentamente, eu me aproximei das duas.
- Como se sente? – Bruster tentava ser gentil.
-Perdida! – Vamos?.
Fim do capítulo
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