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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
  • Capitulo 13

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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 5

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Palavras: 4040
Acessos: 3644   |  Postado em: 21/07/2021

Capitulo 13

 

Capitulo 13°

Virgínia

            Quando decidi levar Alice até meu apartamento tomei conhecimento que eu estava permitindo que ela conhecesse um pouco mais sobre mim e de alguma forma aquilo não me assustou. Nunca fui de ter muitas amizades. Também sempre gostei de manter minha privacidade ao máximo, nunca permiti que conhecidos frequentassem minha casa ou soubessem muito sobre a minha vida. A única pessoa com acesso livre era Carlos.

            Porém com Alice tudo foi diferente, contei coisas que quase ninguém sabe. Mas acho que o fato de gostar dela facilita essa minha segurança para contar coisas íntimas sobre mim. Ela zombou de mim quando eu contei da minha mania de limpeza.  Mas eu não poderia ser diferente, desde cedo me virei sozinha e como nunca tive ninguém para dividir as tarefas me obrigo a fazê-las sem desculpa. Claro que eu impliquei com o fato dela não saber fazer nem um ovo frito, para meu alivio ela não se importava com o título de patricinha.

            Eu não a culpava por ser assim, afinal ela nasceu em família rica, entretanto para minha surpresa meu pensamento estava totalmente equivocado. Apesar de ser amiga de Carlos há alguns anos nós não comentávamos muito sobre nossas famílias. E nunca surgiu o assunto sobre Alice ser adotada, não que isso fosse da minha conta.

            E sei que meu amigo só não via necessidade em contar sobre isso já que não diz respeito a ele. Escutei enquanto ela narrava como conheceu Larissa e como foi todo o processo de adoção. Alice já passou por muita coisa. Isso com certeza nós tínhamos em comum, parece que os infortúnios nos seguem. A diferença é que ela encontrou uma segunda família que lhe deu muito cuidado e amor.

            De alguma forma me senti culpada por partilhar de uma quase tragédia na família dela. Me lembrei do que Alana fez e decidi que seria melhor contar a ela sobre a minha irmã.

- Alice, eu preciso te contar uma coisa. – falei e notei o nervosismo no meu tom de voz.

- Tudo bem. – era agora ou nunca, não poderia esconder isso se vamos começar algo. – Eu nem sei se você vai lembrar, isso já faz tanto tempo, você deveria ser uma criança ainda.

- Você está me assustando. – me fitou apreensiva.

- Eu só preciso te contar. – tocou minha mão. – Eu sou irmã...

            Como se os céus interferissem em uma conversa que seria um verdadeiro desastre, meu celular começou a tocar. Resmunguei pegando o aparelho.

- Droga. É a Amélia. Eu preciso atender.

- Tudo bem. – sorriu compreensiva.

- Alô. – apertei o botão enquanto caminhava para a varanda.

- Espero não estar atrapalhando algo importante. – Amélia e seu tom de quem não faz questão de provar que realmente sente por atrapalhar.

- Não, eu só estava jantando com uma amiga. – me virei encarando Alice que me abriu um largo sorriso.

- Ótimo, já que é uma amiga, ela vai entender que você precisa trabalhar. Tem um problema com a documentação da campanha, os clientes pediram uma reavaliação. Não temos tempo para que eles desistam, afinal já fechamos contrato com todas as modelos.

- E o que você quer que eu faça?

- Eu quero que você os convença a permanecer como está. – ela suspirou e eu escutei um barulho de fundo, como se ela girasse na cadeira.

- Eu?

- Sim, você.

- Mas como?

- Soube que a Carmem estará em um evento logo mais. Então nós iremos até ela.

- Eu e você?

- Isso significa nós. – falou com enfado. – Você bebeu?

- Não. Eu estava apenas...

- Comendo com uma amiga. – respondeu e eu senti certa malícia em sua voz.

- Sim. Mas eu posso ir com você. Devo usar algo específico?

- Não, é apenas uma inauguração de um bar.

            Ótimo, eu e Amélia em um bar. Era tudo o que eu precisava para completar meu dia. Poderia muito bem ficar apenas com Alice, conversando por horas, mas parece que a divindade não faz muita questão de me agradar.

- Me manda o endereço e eu te encontro lá.

- Certo. Até já. E Virgínia...

- Oi.

- Esse é um momento de me provar que você é capaz. Então não estraga tudo.

- Pode deixar. – ótimo sem pressão nenhuma. Pensei.

            Quando voltei para a sala de jantar, Alice me fitava curiosa. Sei que ela esperava que eu pudesse terminar de contar o que havia começado a dizer, mas infelizmente ou felizmente essa conversa ficaria para outra hora.

- Eu sinto muito. Mas vou precisar ir encontrar a Amélia. Surgiu um problema e ela precisa da minha ajuda. – comentei mais triste do que eu aparentava estar.

- Vou começar a acreditar que a sua chefe é um monstro. – comentou divertida e me fez sorrir. – Não tem problema. A gente termina essa conversa outra hora. – completou compreensiva.

- Obrigada por entender.

- Só entendo por que sei que sua promoção depende disso. Acho que dessa vez sua pia vai ficar com louça suja.

- Depois eu cuido disso.

- O jantar estava ótimo, e a companhia também. Mas vou chamar um uber.

- Não. Eu te deixo em casa antes de ir para a agência.

- Isso não vai te atrasar?

- Talvez. Mas eu não me importo. Podemos ir? - Concordei e descemos para a garagem.

            Eu queria ao máximo prolongar meus minutos ao lado dela. E mesmo que isso significasse me atrasar para encontrar Amélia eu não me importaria em correr o risco de ela comer meu fígado.

- Hoje foi muito bom. – falei colocando sua mão na minha. – E eu até te beijaria, mas somos apenas amigas e você namora. Porém quero que você saiba que estou me controlando para não te beijar de novo.

- Eu também adorei o dia de hoje. E a gente vai poder se beijar da próxima vez. – sorri aberto ao escutar tal afirmação. – Agora eu vou te deixar ir. -inclinou o corpo em direção ao meu e beijou o canto da minha boca.

- Isso é muita tentação, Alice. – reclamei, mas ela parecia nem se importar.

- Até mais, Virgínia. – deu uma piscadela e saiu do carro.

            Respirei fundo tentando sentir um pouco mais do seu perfume que ficou impregnado no interior do carro. Dei partida e segui para o local que minha poderosa chefe havia me mandado ir.

            Parei o carro em frente ao tal bar e para meu espanto era um bar gay. E antes que eu pudesse entender que aquela noite seria no mínimo inusitada, meus olhos avistaram Amélia do outro lado da rua.

            Minha chefe usava uma blusa preta com um vantajoso decote, a calça era tão justa quanto a Mão Divina, também preta. Nos pés uma bota de salto alto, os cabelos soltos e maquiagem leve. Pisquei os olhos diversas vezes só para ter certeza de que era ela. Enquanto caminhava em minha direção prendendo seus olhos nos meus, as pessoas em sua volta viravam para olha-la passar. Tenho certeza que minha boca está tão aberta ao ponto de tocar o chão. Amélia estava perfeitamente linda aquela noite. E eu sem dúvida alguma babei em toda sua beleza.

- Melhor fechar a boca, Morais. – comentou com um meio sorriso, logo que parou a minha frente.

- Eu... eu...- gaguejei sem conseguir responder nada. Amélia sorriu ainda mais ao ver o quanto eu estava desconcertada.

- Você me deixou esperando quase vinte minutos. – lá estava a Amélia que eu conheço.

- Eu tive que ir deixar a minha amiga em casa antes de vir te encontrar.

- Guarde suas desculpas, precisamos ir. – balançou a mão e seguiu por entre as pessoas.

            Como eu não sou louca de esperar mais uma bronca comecei a andar atrás dela. O bar era de fato um bar gay, mas notei que não era apenas isso. Era um bar gay elitizado. Vi alguns modelos quase famosos, filhos de empresários, apenas gente da alta sociedade.

- Aqui está ótimo. – Amélia parou e por pouco meu corpo não esbarrou no dela.

- Desculpa.

- Você sempre é distraída assim? – questionou séria.

- Na maior parte do tempo. – confessei.

- Entendi. Quer beber algo?

- Não posso, estou de carro.

- Tudo bem. E que tal algo sem álcool?

            Eu assenti e ela levantou a mão, logo uma garçonete veio até nós. Amélia fez os pedidos, mas a moça estava mais interessa em mim do que no que íamos pedir, já que ela não tirou seus olhos de cima de mim.

- Só isso. Agora pode ir. – Amélia respondeu fria. – Você sempre arranca suspiros aonde vai? – me questionou.

- Amélia, você tem ideia de quantos olhares se voltaram para você? – ela apenas balançou a cabeça sorrindo. - Muitos, desde homens a mulheres. Você está... – pensei em dizer gostosa, mas acredito que seria antiprofissional dizer que minha superior é gostosa. – Deslumbrante.

- Deslumbrante? Sério? É o melhor que você consegue?

- Pensei em outra palavra, mas prefiro manter meu emprego. – comentei e ela riu.

- Aqui está. Mais alguma coisa? – a moça sorriu me fitando.

- Apenas isso, se precisarmos de algo nós a chamaremos. Essa juventude que não sabe esconder os desejos. – deu de ombros tomando um gole da sua bebida.

- Ela não está me desejando, só foi simpática.

- Virgínia, me poupe. Ficou meio obvio que ela tem interesse em você.

- Se você diz. – resolvi não mais questionar.

- Você ficaria?

- Oi?

- Com a garota, ela faz o seu tipo? – arregalei os olhos, como ela sabia que eu gosto de mulher?

            Não é que eu seja o símbolo da feminilidade, mas também não saio segurando a bandeira por aí. Amélia prende o riso ao ver minha cara de espanto.

- Como você sabe?

- Acha mesmo que não sei tudo sobre as pessoas que trabalham para mim?

- Mandou pesquisar minha vida?

- Não pesquisar, apenas averiguar se não estava contratando algum assassino em série. Mas você não me respondeu, ela faz seu estilo? – me fitou inclinando o corpo para ouvir melhor minha resposta.

- Eu não tenho um tipo. Apenas me apaixono por pessoas.

- Boa resposta. Olha só quem acabou de chegar. – comentou fitando a porta.

            Uma mulher um pouco mais alta que eu, possivelmente da idade de Amélia com cabelos longos, loiros. Fitava o ambiente de forma curiosa. Ela usava um jeans apertado, uma blusa branca com decote avantajado, e por cima uma jaqueta. Sem dúvidas aquela era a tal Carmem. Amélia levantou a mão segurando sua taça de champanhe, do outro lado a mulher lançou um olhar em nossa direção. E a passos largos caminhou até nossa mesa.

- Ora, ora! Quem diria que você consegue sair daquela toca. – comentou brincalhona e vi Amélia gargalhar, espera. Amélia? Gargalhar? Em que mundo paralelo eu estou? A Amélia que eu conheço mal dá um sorriso imagina gargalhar.

- Eu precisava me distrair um pouco. Como vai Carmem? – esticou a mão.

- Melhor agora, sem dúvida. – comentou enquanto segurava a mão de Amélia. – Vejo que está bem acompanhada. – até que enfim alguém notou minha presença.

- Essa é a Virgínia. – Amélia comentou.

- Claro que você traria a fotografa da minha campanha para sair justamente no mesmo lugar que eu estaria. – a mulher sorriu. – Muito prazer Virgínia.

- O prazer é meu.

- Vai beber algo?

- Uísque, puro e sem gelo. – a mulher respondeu.

            Poderia até ser loucura da minha cabeça, mas aparentemente entre as duas havia um clima e tanto. Amélia sorria para Carmem como se fossem velhas conhecidas. A segunda sentou-se ao lado da minha chefe.

- Você está cada dia mais bonita. – sorriu galanteadora. E eu desejei que um buraco se abrisse e me consumisse.

            Observei Amélia sorrir mexendo nos cabelos, aparentemente ela estava gostando da paquera.

- Você não fica atrás. Aonde está Normani?

- Não sei, terminamos há alguns meses. Pensei que soubesse.

- Sinto muito, não fazia ideia.

            As duas engataram em uma conversa sem nem ao menos se importarem por eu estar sobrando no assunto. Esperei quase trinta minutos na esperança de ser notada, mas não adiantou muita coisa.

- Eu vou pegar mais uma bebida. – falei me pondo de pé, mas não recebi nenhuma resposta.

            Me escorei ao bar, pedi minha água com gás e me virei observando o lugar. A diversidade de cores e rostos me davam uma sensação gostosa de alegria. Meus olhos foram até um casal que se beijava intensamente em um canto escuro. O rapaz que estava de costas para mim parecia tomar conta da situação. E de repente eu senti uma raiva absurda ao perceber quem era. Meus olhos não conseguiam acreditar que ali, diante de mim estava Matheus.

            Os dois se afastaram com aquele típico sorriso de quem acaba de dar o melhor beijo de suas vidas. E eu me questionei se Alice já teria terminado com ele. Me virei evitando que ele pudesse perceber que havia sido visto.

            Decidi voltar para mesa. E para minha surpresa dessa vez as duas falavam sobre trabalho. O que de alguma forma me deixou menos constrangida. Amélia tinha a situação nas mãos, nem sei por qual motivo ela quis que eu a acompanhasse.

- Tudo bem Mel, você venceu. – Amélia sorriu.

- Faz tempo que ninguém me chama assim. – concluiu fitando o copo.

- Eu sei, a única além de mim foi Jordana. – notei o semblante da minha chefe se fechar. Como se uma tempestade tomasse conta de seus lindos olhos claros.

- Um brinde a ela. – sorriu fria erguendo a taça. As duas me fitaram questionadoras. E assim eu acabei brindando por alguém que nem ao menos conheço.

- Eu preciso ir embora. – Carmem comentou se pondo de pé.

- Não! Ainda está cedo. – Amélia reclamou.

- Eu sou uma velha, Amélia. Amanhã cedo tenho uma reunião. Foi um prazer revê-la. – as duas abraçaram-se. – Foi um prazer te conhecer. E por favor, cuide da minha amiga. – pediu e nesse instante eu notei que Amélia estava alegrinha pelo álcool.

- Pode deixar. – observamos ela se afastar. – Podemos ir embora?

- Sim. Euu resolvi a situaxção. – tentou falar se pondo de pé.

- Calma! Me deixa te ajudar. – fiquei ao lado dela, e segurei sua cintura com um dos meus braços. – Aonde está seu carro?

- Em casa. – respondeu me fitando.

- E aonde fica sua casa? – Amélia deu de ombros e caiu na risada.

            Odiava essa Amélia bêbada, tanto quanto a Amélia chefe. Agora o que eu faço com ela? Será que se eu colocar no google pesquisando sobre o endereço dela eu acharia alguma resposta? Claro que não encontraria.

- Você sabe seu endereço?

- Claro que eu sei, como acha que eu chego até em casa?

- Eu preciso saber se você lembra aonde é.

- Nãooo. Eu não lembro.

- Ótimo. Eu vou te levar para minha casa. – era a única alternativa.

            Com dificuldade coloquei Amélia dentro do carro e tomei o caminho de casa. Ela estava completamente apagada no banco do carona. Parei na minha vaga na garagem e levei alguns minutos para fazê-la acordar.

- Vem. Está ficando frio e tarde. Lá em cima tem uma cama quente. – tentei argumentar fazendo-a apoiar-se em meu pescoço.

- Você cheiraa tãool bemn. – comentou isso tocando minha pele com o nariz.

            Involuntariamente senti meus pelos arrepiarem. Me recriminei por sentir algo com aquele toque. E com muito trabalho consegui chegar até o elevador. Destranquei a porta do apartamento e dei passagem para Amélia.  Ela correu os olhos curiosa pelo lugar para no final dizer:

- Essa não é a minha casa. -  tragam um prêmio, ela é uma gênia.

- Não, é a minha. Você consegue tomar banho sozinha? – indaguei fitando-a.

- Por que tomar sozinha, se a gente tomar juntas fica mais divertido. Não acha? – questionou com um sorriso nada decente.

            Eu engoli em seco sua cantada e decidi não responder. Sei bem que ela está fora de si, e de nada adiantaria discutir com ela naquele estado.

- Então vamos apenas dormir. Tudo bem?

- Juntas? – questionou tentando morder o lábio de forma sedutora. Mas a única coisa que conseguiu foi uma careta. E eu comecei a rir.

- Amélia, você é uma figura. Vem, vou te colocar na cama.

            Saí levando-a para o quarto de hospedes. Ela insistiu que conseguia tomar banho, eu deixei que ela fosse. Mas fiquei na porta esperando e torcendo para que ela não caísse e morresse dentro do meu banheiro.

- Pronto. Estou melhor. – falou com a voz um tanto mais firme. Ela secava os cabelos, e a minúscula toalha deixava a mostra suas pernas torneadas.

- Ótimo. Eu vou te deixar dormir. – dei as costas e caminhei porta a fora.

            Amélia sem dúvida era uma mulher de tirar o fôlego. Tirou inclusive o meu, mas eu tenho Alice.  E apenas ela me importa. Por pensar na loira, me recordei do que vi mais cedo. Não sabia ao certo o que aconteceu entre eles. Mas fiquei na esperança de que tivessem terminado, assim eu não sentiria tanta raiva por ele está traindo-a.

            Mas e nosso beijo? Aquilo foi uma traição. Remoendo meus pensamentos fui para o banho e em seguida me deitei. Deixei que o cansaço me vencesse e acabei dormindo. Logo cedo acordo com um cheiro agradável de café invadindo o quarto.

            Tateei o celular em cima da mesinha, o relógio indicava sete horas. Será possível que Amélia acorda tão cedo assim? Levantei e fui para o banheiro fazer minha higiene matinal. Depois de me trocar fui até a cozinha. A cena era no mínimo inusitada. Amélia estava com os cabelos presos em um coque no topo da cabeça. Usava uma camiseta minha, os pés descalços. E ela parecia se divertir enquanto cozinhava.

- Bom dia. – falei e ela deu um salto assustando-se.

- Quer me matar? – reclamou com as mãos no peito.

- Não quis te assusta. Desculpa.

- Tudo bem. Senta aí, estou terminando o café. – fiz o que ela pediu. – Espero que não se importe por eu ter invadido sua cozinha.

- Sem problemas, pelo cheiro acho que a invasão será perdoada. Quem diria que você faz coisas comuns.

- Eu sou uma pessoa comum.

- Não é não. Senhora toda poderosa. – fiz uma reverencia e ela me arremessou um guardanapo. -Você é uma mulher e tanto, Amélia. – comentei e percebi que ela corou.

- Sou comum. Já disse. Eu vou trocar de roupa, para gente tomar café.

- Você está linda assim, não precisa se trocar. – ela sorriu e resolveu sentar-se ao meu lado. – Hummmm! Que delícia. – comentei mordendo uma fatia do meu misto.

- Você parece criança. – resmungou me olhando. – Está fazendo bagunça. Vem cá, me deixa limpar. – pegou um guardanapo e se aproximou de mim, limpando o canto da minha boca que estava sujo com o café.

            Nesse instante nossos olhos se cruzaram. As respirações ficaram pesadas e tensas. Amélia era sim uma mulher linda, e olhando-a tão de perto só confirmava a minha teoria. Ela sorriu e afastou-se vagarosamente. O silêncio que se instalou foi constrangedor. E eu nem sabia se eu agradecia ou morria depois que escutei a voz do Cadu.

- Virgínia, eu espero que você esteja viva. – ele parou ao lado do sofá quando nós fitou.

            Amélia afastou-se de mim e puxou a camiseta tentando cobrir suas pernas. Carlos me fitou com aquela cara de quem tinha razão quando disse que ela só queria me comer.

- Amélia, esse é o Carlos, meu melhor amigo.

- Muito prazer. Se eu soubesse que estava acompanhada não teria vindo.

- Bastava ter me ligado antes. – recriminei com o olhar.

- Eu vou me trocar. Meu motorista vem me buscar daqui a pouco.

            Ela saiu da sala nos deixando sozinhos. Carlos olhou na direção do corredor para ter certeza que ela não nos escutaria.

- Quem diriaaa, pegando a gostosona da sua chefe. – fez graça atirando-se no sofá. – Garantindo a promoção.

- Não foi nada disso, e fala baixo. – recriminei.

- Eu vou indo. Carlos, foi um prazer.

- O prazer foi meu. – ele gritou.

- Nos vemos amanhã, Virginia. – comentou caminhando em direção ao elevador. Antes que as portas se fechassem nossos olhares se cruzaram.

- Atrapalhei a trans*?

- Não foi nada do que essa sua mente pervertida está imaginando.

- Não? E todo aquele clima de “deixa eu limpar sua boca”.

- Foi apenas isso, ela tentando limpar minha boca.

- Qual é Virginia, vai me dizer que ela dormiu aqui e não aconteceu nada?

- Exatamente.

- Você está doente?

- Não. E ela estava bêbada e dormimos em quartos separados. Satisfeito?

- Claro que não. Preferia que você estivesse narrando o quanto sua noite foi quente. Mas só tenho uma pergunta. Porque não ficou com ela? Deixa, eu faço até ideia. Essa coisa toda com a Alice. – me fitou. – Claro que é.

- A gente se beijou ontem.

- E no mesmo dia você dorme com outra. Essa é a Virginia que eu conheço.

- Cadu! Já disse, não foi nada disso. Eu gosto da Alice. E a Amélia só ficou bêbada e eu tive que deixá-la dormir aqui. Em quartos separados. – completei antes que ele maldasse mais uma vez.

- Sei. E você e a Alice?

- O que tem?

- Você virou amante?

- Não viaja. Ela vai terminar com o Matheus. E por falar nele. Eu o vi ontem no bar que eu estava. Ele estava aos beijos com um rapaz. Você sabe se ele é bi?

- Não faço a menor ideia. Mas que babado esse. Tirou foto dos dois?

- Claro que não.

- Então não vai contar a Alice?

- Não sei. – suspirei tapando o rosto com a almofada.

- Espera ela terminar. Depois você conta. Ou talvez nem precise contar. Ninguém merece descobrir uma traição.

- Você só esquece que tecnicamente ela também o traiu.

- Verdade. E como foi o beijo? Quero detalhes.

- Foi perfeito.

- Só isso?

- Precisa de mais? O encaixe foi bom, o toque, o cheiro, o clima. Ela é incrível e eu acho que estou apaixonada.

- Que lindo!!

- Quase contei sobre a Alana.

- Então deve mesmo estar apaixonada, já quer dificultar as coisas antes delas começarem a dá certo de verdade.

- Acha que fiz errado?

- Lógico. Espera primeiro as coisas acontecerem. Depois você solta essa bomba.

- Claro que não. Vou contar antes que as coisas fiquem mais sérias. Vai que ela não consegue lidar com a informação.

- É tem isso. Imagina alguém que você gosta dizer: ‘’Então, minha irmã quase tirou a vida da sua mãe.” Só acho que você tem que estar preparada, vai que a reação dela não seja das melhores.

- Você tem razão.

- Sempre tenho.

            Ficamos em silêncio alguns minutos.

- Mas e você o que fez ontem?

- Sai com Rick.

- De novo? Já é a terceira vez essa semana.

- Pois é. Mas estou dando um sumiço. Não quero que ele pense que eu sou fácil.

- Nossa que calunia pensar tal coisa de você. -  debochei e ele me mostrou a língua.

            Passamos o dia de preguiça no sofá. Assistimos muitos filmes, mas minha cabeça continuava em Alice. Não sabia o que esperar dela. E nem como seria quando contasse toda a verdade. Isso me assustava de uma forma que nunca fiquei antes.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oiê. Voltei com mais um capítulo. Por favorrr comentem o que estão achando.Aceito opiniões dos próxiimos acontecimentosss.

beijoss e boa leitura.


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Comentários para 13 - Capitulo 13:
Lea
Lea

Em: 12/01/2022

Agora a Virgínia tem duas "bombas" nas mãos: falar para Alice que ela é irmão da mulher que quase matou sua mãe,e que o Matheus é no mínimo BI!

Será que vai ser um " surto" geral quando a Isabella e a Larissa souberr?? Apesar que,a Virgínia não tem culpa das merdas que a irmã fez!!!


Resposta do autor:

kk. O caldo é grosso e difícil de engolir. kk

Responder

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lay colombo
lay colombo

Em: 10/09/2021

Virgínia faz a sonsa mas sabe q as mulheres tão caindo de amores por ela sim, porém o coraçãozinho já está ocupado

Sabia q ela era irmã da Alana desde q ela teve a primeira CV com o Cadu sobre a irmã dela, adoro qnd ti certa sobre as coisas kkkkk 

Ah eu pensei mesmo q o Matheus pudesse ser gay, não acho q ele seja no por não demonstrar interesse na Alice mas qm é q sabe né, acredito q não seja de hj q ele bota chifre na loirinha, acho q a Virgínia deveria contar sim, assim como ela tem q contar sobre a Alana

 

 

 

 

 


Resposta do autor:

Mulheres e suas manias de sempre estar com a razão. kkk

 

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 22/07/2021

Acho que o Matheus de bi não tem nada, é gay mesmo. 

Ah, Virgínia...essa sua atração pela chefe vai acabar sendo um dos motivos pela sua "separação" da Alice.

Sabia que ela era a irmã de Alana! 


Resposta do autor:

kk. Tadinho do Mat com a família que tem.

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 21/07/2021

Vixe Matheus tadinha de Alice.


Resposta do autor:

Facilitou o término.

kk

Responder

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Mille
Mille

Em: 21/07/2021

Oi autora

Então Mateus é enrustido e vive se escondendo. 

Acho que a Virgínia deve contar a Alice sobre a irmã, até porque ela não tem  culpa do atos da irmã. 

Amélia está de olho na Virgínia abre o olho, Alice não vai  gostar. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Acho que Virgínia sabe bem que Amélia tem interesse.

O coitado do Matheus.

Responder

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