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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 5

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Palavras: 4143
Acessos: 3459   |  Postado em: 14/07/2021

Capitulo 12

 

Capítulo 12°

Alice

            Não sabia o que esperar desse lugar ao qual Virgínia estava nós levando. Estranhei quando ela tomou uma estrada de terra. Receosa indaguei se ela sabia mesmo aonde estava me levando. E diante de sua resposta percebi que ela ia com frequência a esse lugar até então misterioso.

            Ela dirigia com atenção. Vez ou outra me pegava observando-a. Percebi que ela tem mania de mexer os cabelos de um lado para o outro, o que fazia com que o cheiro amadeirado contaminasse todo o interior do carro. Sem dúvidas, ela fica ainda mais sexy quando faz esse gesto.

            Paramos em algum lugar, muito, muito alto. Ao longe meus olhos avistaram a cidade. As cores eram lindas, misturando o azul do céu que naquele momento não era tão azul quando ao longo do dia e o tom meio laranja, como se a luz do sol modificasse apenas aquele pedaço que tocava.

- Vem. – fui tirada do meu transe ao ouvir a voz de Virgínia me chamando.

            Fiz o que ela mandou. Mas era impossível tirar meus olhos daquela paisagem linda. E ela ficou ainda mais perfeita quando a silhueta de Virginia apareceu contra a luz ao sentar em um banco velho de madeira que ficava a alguns passos.

            Percebi que ela se perdeu em pensamentos. Fui até o banco, me sentei e involuntariamente meu braço tocou o dela. Comentei o quanto aquele lugar era lindo, e como resposta ela concordou comigo, porém mesmo sem olha-la diretamente sabia que seus olhos me fitavam e não a paisagem a nossa frente.

            Iniciamos uma conversa sobre sua promoção e eu fiquei feliz pela conquista. Sei o quanto ela se dedica e ama o trabalho. Confessei que não tive um dia fácil, mas que com o convite que me fez meu dia melhorou. O que não era uma mentira. Sempre sinto essa alegria ao estar na companhia dela, ou apenas por manter contato.

            Respondendo meu lado curioso, acabei perguntando como ela havia conhecido esse lugar. A resposta que eu esperava era que alguma namora tivesse a levado até lá. Porém o tom que ela usou para dizer que sua irmã havia contato sobre a morte da mãe quando Virginia tinha apenas oito anos me comoveu e sem me importar toquei sua mão.

            O sol começou a se esconder e a brisa fria tomava conta do ar. Senti meu corpo arrepiar quando um leve vento veio de encontro a nós. Após confessar que estava com frio, Virginia me ofereceu seu corpo para me aquecer. O que me fez ponderar se deveria. Afinal se apenas com um toque sentia faíscas saindo de mim imagina ter o meu corpo colado ao dela.

            Me fitando em um misto de ansiedade e dúvida ela mantinha o braço esticado em minha direção. Resolvi aceitar, afinal estava mesmo ficando frio. Sabia que existia uma tensão entre nós. Mas sentir o cheiro e o calor de Virginia assim tão perto me deu o impulso e a coragem que eu precisava para perguntar sobre o que havia acontecido no banheiro.

- Virginia. Posso te perguntar uma coisa? – questionei incerta.

- Claro.

- Por que não me contou o que aconteceu no banheiro? – falei rapidamente para não correr o risco de perder a coragem.

- Você estava bêbada e não fazia sentido te deixar mal por algo que nem lembrava de ter feito.

- Mas por que não me beijou? – me afastei suficiente para olhar em seus olhos.

- Como já disse você estava bêbada. E iria se arrepender. Você não me parece o tipo de garota que trai o namorado. - completou e eu lembrei do que Anna havia me dito.

- Você queria? – de onde tirei tanta coragem?

- Sim. Como quis todas as vezes que nos encontramos. – foi sincera ao me responder.

- E se eu não namorasse? – me aproximei ainda mais, ficando a centímetros de seu rosto. Ela me desejava e isso era tudo o que eu mais queria.

- Se você não namorasse eu teria negado também.

- Esqueci! Não faço o seu tipo. – levei um belo balde de água fria, me afastei e fitei minhas mãos.

- Alice. – tocou meu queixo, erguendo meu rosto. - Você faz o tipo de qualquer pessoa. Você é linda.

- Mas você acabou de dizer que não me beijaria.

- O problema é que você estava bêbada, seria errado me aproveitar de você. Odiaria que acontecesse algo e depois você se sentisse mal e se afastasse de mim.

- E se eu te pedir agora? – o que você está fazendo Alice?

- Pedir o quê? – questionou confusa.

- Um beijo.

- Eu te beijaria.

- Então o que você está esperando? – questionei, não faço a menor ideia do que deu em mim.

- Que você me peça.

- Virgínia, me beija. – não foi um pedido, eu apenas queria, e ela também.

            Inclinei meu corpo em direção ao dela levando minha mão até o seu pescoço. O encaixe das nossas bocas foi perfeito. O beijo quente, lento e tão cheio de desejo. Prendi meus dedos em seus longos fios castanhos, fazendo-a intensificar ainda mais o nosso contato.

            Naquele momento eu esqueci tudo, acho que se alguém me perguntasse meu nome eu não iria lembrar. Tudo o que eu sentia, e toda minha concentração estava no beijo e em todas as sensações que ele despertou em mim.

            Fiz uma força sobre-humana para segurar um gemido que não se importando com meu esforço saiu por meus lábios, quando senti a ponta dos seus dedos tocarem minha pele por baixo da blusa.

            O beijo dela era sem dúvidas a melhor coisa que eu já provei na vida. Era totalmente diferente do beijo de Matheus. Era calmo, carinhoso e excitante. Espera! Eu estou excitada. Como posso ficar assim apenas por um simples beijo. Simples? Alice, de simples esse beijo não tem nada. Afinal você está aí toda assanhada.

            Aos poucos fomos diminuindo o ritmo e nos afastamos. Mantive os olhos fechados, não sei se por vergonha de encarar Virgínia ou se por tentar manter aquele momento em meu pensamento.

            Virgínia me perguntou se eu estava bem. Minha vontade era gritar o quanto aquele beijo foi libertador para mim. Eu não tinha dúvidas do que queria para minha vida e com certeza era beijá-la novamente. Mas eu não posso, ainda tem o Matheus e eu preciso resolver isso, antes de magoá-lo.

– Eu quero de novo, mas não posso. – falei ainda com os olhos fechados.

- Não pode?

- Preciso ficar solteira. Afinal eu não sou o tipo de garota que trai o namorado. – resolvi brincar para diminuir a tensão. Abri meus olhos e ela me observava com um sorriso.

- Quer dizer que vai terminar com o Matheus?

- Sim.

- Alice, isso é muita coisa. Você tem certeza? – questionou assustada.

- Tenho. Não estou fazendo isso apenas por você, estou fazendo por mim. – não menti, apenas evitei que ela pensasse que eu sou uma louca que no primeiro beijo já diz que ama.

- Tudo bem. Eu jamais pediria que você fizesse algo tão grande por mim.

- Desde que você apareceu eu tenho andado confusa. – confessei. - Sim. Acho que estou gostando de você de um jeito diferente.

- Isso é bom?

- Não sei, tenho medo que você me ache uma louca. Nem te conheço direito. Demos nosso primeiro beijo hoje, e como é possível eu ter gostado de você antes?

- Então eu também estou louca. E é sim completamente normal gostar de alguém antes de acontecer algo. – prendeu seus dedos nós meus.

            Confessou que era difícil me ver com o Matheus, e eu sabia bem o que era isso. Afinal foi horrível vê-la paquerando com outra garota. Mas logo o assunto tomou um rumo que eu não sei se deveria tomar.

            Aquele papo que sempre me deixou com a pulga atrás da orelha. O assunto sobre eu nunca ter trans*do com o Matheus. Ela foi tão compreensiva que eu cheguei a me questionar se ela de fato existia.

            Insisti para que ela contasse ao Carlos o que havia acontecido, afinal passei pela mesma situação com a Anna e isso não seria justo com ele. Acabei contando sobre o motivo da discussão com minha amiga.  De alguma forma a fotógrafa tentava me convencer de que a atitude de Anna foi apenas medo de perder minha amizade.

            Depois de mais uma vez tentar me beijar e eu a impedir. Me deitei em seu colo, ao sentir o carinho nos meus cabelos fechei os olhos apreciando a caricia. Alguns minutos depois decidimos ir embora, eu precisava comer ou teria um troço.

            Virginia decidiu que iriamos para sua casa. O que de início me deixou assustada. Mas saber que ela me respeita ao ponto de entender que não podemos fazer nada até que eu esteja solteira me fizeram relaxar um pouco mais.

            Paramos na garagem do prédio e meu celular acendeu indicando uma nova mensagem.

“ Eu sei que você está chateada, mas podemos nos encontrar para conversar?

            Bloqueei o telefone colocando-o dentro da bolsa. Descemos e fomos para seu apartamento.  O conceito era totalmente aberto. As paredes eram brancas e nelas muitas fotos eram exibidas. Fotos essas que eu acredito que foram tiradas por ela. A estante com muitos livros indicava o quanto ela gostava de ler. Ao lado uma cadeira em uma tonalidade de azul marinho, e na mesinha de canto um livro jazia aberto.

            Depois de analisar bem o local me juntei a ela na cozinha. Virgínia parecia saber bem o que fazia. E meus olhos lhe fitavam atentos. Minha atenção naquele momento era toda dela.

– Que foi? – questionou me encarando.

- Você é encantadora. Apenas isso.

- Isso é tudo parte do plano para te conquistar. – eu uma piscadela.

- Nem precisa se esforçar tanto.

- Não?

- Não mesmo. – sorri. – Não vi fotos da sua família. Queria conhecer sua irmã.

- Eu não tenho fotos dela, ao menos não pela casa. Fez parte do processo do luto.

- Sinto muito. Você tem mais alguém?

- Não, hoje sou sozinha. E na verdade até tenho, o Cadu. – meu celular acendeu mais uma vez. – Deveria respondê-la.

- Não era a Anna. Era o Matheus.

- Ah! Entendi, se quiser falar com ele pode ir ao meu quarto para ficar mais à vontade.

- Acho melhor não. – de repente me deu um nervosismo, com que cara eu iria chegar para o Matheus e dizer que o trai? – Eu não saberia disfarçar que algo aconteceu.

- Mas nada aconteceu, fomos ver o pôr do sol, apenas isso. – essa coisa de fazer piada em momentos tensos era típico dela, e de alguma forma me deixava mais leve e menos preocupada.

- Obrigada. E esse jantar sai hoje?

- Se minha ilustre convidada parar de me interromper ele sai. – foi impossível não gargalhar.

            Enquanto terminava o jantar Virgínia me deu a tarefa de arrumar a mesa. De longe ela dava ordens e isso me fazia rir. Percebi que ela tem mania de limpeza quando me falou que não aguenta ver louça suja na pia.

- Então você surtaria se visse o meu closet. – comentei e ela me fitou.

- Não vai me dizer que você é o tipo que acorda e nem arruma a cama.

- Exatamente. Pesquisas comprovam que camas desarrumadas criam menos ácaros.

- Isso é desculpa de preguiçoso. – respondeu balançando a cabeça e pondo as mãos na cintura.

- Quando eu era menor, minhas mães me obrigavam a arrumar a cama. Mas hoje eu faço quando quero. O que é nunca.

- Quanto absurdo. Fique sabendo que quando você dormir aqui, não aceito minha cama ficar desarrumada.

- Isso foi um convite para passar a noite aqui? – minha voz saiu mais sexy do que eu queria. Ela corou, e sorriu ficando de costas.

- Não vai me dizer que você também deixa toalha molhada na cama. – comentou.

- E o roupão também. – falei e me aproximei. Não entendi o motivo de ela não responder a minha pergunta. – Mas você não me respondeu, isso foi um convite para dormir com você? – questionei novamente.

            Com minhas mãos em sua cintura ela prendeu a respiração alguns segundos. Apoiei meu queixo em seu ombro. Notei que temos a mesma altura. Ela suspirou e eu me aproximei ainda mais.

- Você disse que não quer me beijar de novo, até que tenha terminado com o Matheus.

- Sim.

- Mas me provoca, e eu não respondo por mim se você continuar fazendo isso. – dei um sorriso e beijei o seu pescoço me afastando em seguida. – Tá vendo Deus?  Ela tá me “agressivando”.  – eu literalmente ri que a barriga doeu, com esse comentário um tanto peculiar.

- Você está planejando me matar de fome? Faz uma hora que esse jantar era para ter ficado pronto.

- Cozinhar requer tempo e dedicação assim como o sex*. – eu senti meu rosto corar. – Mas sim, a comida está pronta. Podemos? – apontou a cadeira.

            De fato, valeu toda a espera a comida estava perfeita. E claro que Virginia fazia questão de se gabar pelos seus dotes culinários.

- Então você não sabe fritar um ovo?

- Nop. Sempre tivemos uma governanta então nunca me interessei em cozinhar.

- Nem em arrumar a cama ou pendurar a toalha depois do banho. Você é uma burguesinha.

- Não é verdade. – ela me fitou séria. – Tá é isso mesmo, sou uma patricinha.

- Doeu?

- O quê?

- Assumir isso. – ela gargalhou da minha cara irritada.

- Não tenho culpa.

- Concordo. Nascer em família rica é um mérito.

- Eu não nasci em família rica. O Cadu não falou que sou adotada?

- Não. – ela parecia surpresa. – Eu não sabia disso.

- Fui adotada ainda criança.

- O que aconteceu com os seus pais?

- Acidente de carro, quando eu ainda era um bebê. Depois fui entregue em um orfanato. Três anos depois a mamma, digo a Larissa veio visitar o orfanato e me conheceu. Ela disse que se apaixonou por mim. E as duas me adotaram.

- Nossa! Eu não fazia ideia. Mas você parece bastante com a Larissa.

- É, ela sempre disse isso. Já os meninos parecem com a mammy.

- Sim. Apesar de só ter os visto de longe. E o orfanato?

- Continua funcionando. A mamma ajuda a manter, hoje tem o nome da minha avó.

- Helena?

- Não. Linda, esse era o nome da mãe da mamma Lari.

- Ela morreu?

- Sim. Os pais e o irmão mais novos, também em um acidente de carro.

- Vocês também têm isso em comum. – ela acariciou minha mão.

- É. – concordei sentindo seu toque em minha pele.

- Alice, eu preciso te contar uma coisa. – seu tom não tinha mais a calma de minutos antes.

- Tudo bem. – ela soltou minha mão e se ajeitou na cadeira, respirando fundo. – Eu nem sei se você vai lembrar, isso já faz tanto tempo, você deveria ser uma criança ainda.

- Você está me assustando.

- Eu só preciso te contar. – tocou minha mão. – Eu sou irmã...

            Nesse momento o celular dela começou a tocar. Ela soltou um som que me lembrou muito um cachorro quando reclama por não encontrar seu brinquedo favorito.

- Droga. É a Amélia. Eu preciso atender.

- Tudo bem.

- Alô. – atendeu indo em direção a sacada.

 

            O assunto não parecia dos melhores já que Virgínia caminhava de um lado para o outro. Alguns minutos se passaram até que ela voltou.

- Eu sinto muito. Mas vou precisar ir encontrar a Amélia. Surgiu um problema e ela precisa da minha ajuda. – falou derrotada.

- Vou começar a acreditar que a sua chefe é um monstro. – brinquei e ela sorriu. – Não tem problema. A gente termina essa conversa outra hora. – tranquilizei-a.

- Obrigada por entender.

- Só entendo por que sei que sua promoção depende disso. Acho que dessa vez sua pia vai ficar com louça suja. – ela deu um sorriso enquanto balançava a cabeça.

- Depois eu cuido disso.

- O jantar estava ótimo, e a companhia também. Mas vou chamar um Uber.

- Não. Eu te deixo em casa antes de ir para a agência.

- Isso não vai te atrasar?

- Talvez. Mas eu não me importo. Podemos ir? - Concordei e descemos para a garagem.

            Alguns minutos e já estávamos em frente à minha casa. Ela desligou o carro, virou-se para me encarar.

- Hoje foi muito bom. – confessou segurando minha mão. – E eu até te beijaria, mas somos apenas amigas e você namora. Porém quero que você saiba que estou me controlando para não te beijar de novo. – comentou com a voz baixa.

- Eu também adorei o dia de hoje. E a gente vai poder se beijar da próxima vez. – ela deu um largo sorriso e eu senti meu coração bater em descompasso. – Agora eu vou te deixar ir. – beijei seu rosto, próximo ao canto da boca. Ela prendeu a respiração e sorriu quando eu me afastei.

- Isso é muita tentação. Alice. – reclamou com a voz falha.

- Até mais, Virgínia. – pisquei e sai do carro.

 

            Ela acenou de dentro do veículo e em seguida saiu. Eu continuei encarando a rua, mesmo sem mais avistá-la. O que foi esse dia cheio de emoção? E o que seria a coisa tão importante que ela queria me contar? Girei nos calcanhares e antes de entrar em casa vi o carro de Anna parado ao meio fio.

- Só pode ser brincadeira. – suspirei revirando os olhos.

            Entrei e sabia bem que minha amiga estaria me esperando. O que se comprovou assim que avistei a sala de estar. Anna estava sentada no sofá conversando com o Bernardo.

- Oi. – comentei séria.

- Oi. Podemos conversar?

- Bê, pode nos dar licença.

- Claro. – ele saiu.

            Coloquei minhas coisas em cima da mesinha próxima a porta. Caminhei até a cadeira em frente ao sofá que Anna ocupava.

- Aonde você estava? – indagou curiosa.

- Isso importa? – fui grossa, apesar de estar morrendo de vontade de contar a ela sobre meu beijo com a Virgínia, mas eu ainda estava magoada com tudo que aconteceu.

- Não. É que você parece diferente. – me fitou, odiava o quanto ela me conhecia tão bem.

- Não tem nada de diferente. Pode me dizer o que veio fazer aqui?

-Você não me atendeu. E a gente precisava conversar.

- Eu estava ocupada. – não menti.

- Sei. – ela mordeu os lábios. -  Só queria me desculpar de novo, não tive a intenção de mentir para você.

- Mas fez mesmo assim.

- Eu sei. Me desculpa. Eu só não sabia como te contar. E tive medo de perder nossa amizade, no fim acabei estragando tudo. Desculpa. – droga! Adoraria não me importar tanto com ela, fingir que continuo com raiva. Mas naquele momento eu estou tão feliz que não me importo com a omissão, só quero dizer que fico feliz por ela.

- Eu te odeio! – ela sorri de canto. – Você foi infantil, tonta, idiota...

- Ei! Vamos parar, não precisa me ofender tanto ass...- arqueio uma sobrancelha. – Tá! Eu mereço.

- Tua sorte é que eu te amo demais para ficar com raiva de ti.

- Eu sei. Eu também te amo muito. – sorrimos uma para a outra. – Vai me contar aonde e com quem a senhorita estava? – fico corada de imediato. – Alice, sua danadinha.

- Não foi nada demais. Eu sai com a Virgínia.

- Saiu?

- Sim. E nós nos beijamos. – comentei e ela riu.

- Até que enfim. Mas e aí?

- E aí que foi per-fei-to. – concluiu.

- Dá para ver pela sua cara abobalhada.

- Ela me deixou aqui. Teve que ir trabalhar.

- Você estava na casa dela?

- Sim.

- E só rolou beijos?

- Anna! É lógico. E não foram beijos, foi UM beijo. – enfatizei o um.

- Um? Esperava mais de você pequeno gafanhoto. – zombou.

- Eu não posso. Preciso terminar com o Matheus antes.

- Odeio que você seja tão certinha. Mas eu entendo. Vão se ver de novo?

- Espero que sim. Ela é...

- Gostosa. – ela comenta rindo e eu fecho a cara. – Estou falando isso com respeito, claro.

- Idiota. – dou de ombros. – Eu ia dizer que ela é surpreendentemente encantadora.

- Não quero saber disso. Quero detalhes do mísero beijo.

            Narrei a cena para minha amiga que escutava atentamente os detalhes. Sua curiosidade era tanta que cheguei a perguntar se ela queria saber até a hora e a temperatura na hora que nos beijamos.

- Caramba. Isso deve ter sido bem romântico. – concluiu. – Você se excitou? – questionou com malícia. Eu sorri e fitei meus dedos sentindo meu rosto corar. – Alice!!!!!! Você é normal.

- Anna! Lógico que eu sou normal.

- Sempre soube que sua falta de tesão era tudo culpa do sem graça do Matheus. – ela riu.

- Por falar nele, preciso resolver essa situação. – suspirei me sentindo culpada.

            Era a primeira vez que algo desse tipo aconteceu comigo. Nunca fiquei com mais ninguém estando com ele. E não posso dissipar essa sensação de culpa que parece me corroer de dentro para fora.

- Você vai contar que beijou outra pessoa?

- Acha que eu devo?

- Depende, o que vai mudar se você não contar?

- Ele não vai sofrer, eu acho. Mas eu não me sentiria bem por mentir.

- Alice, transparente como a água. Podia ser seu slogan.

- Estou falando sério.

- Eu também. Mas olha, se você contar vocês vão terminar e se ele te ama lógico que vai se sentir mal com o término. Mas contar ou não o motivo cabe a você decidir o que for melhor para você, não para ele.

- É você tem razão. Mas chega de falar de mim, quero saber do seu romance.

- Eu acho que estou apaixonada. – suspirou atirando-se para trás.

- Sabia que um dia isso aconteceria. Mas você tem certeza que ela não tem chance de voltar para o Ge... digo, para o marido? – preferiu não dizer o nome do ex-marido da tia. – Afinal aquele dia encontramos os dois juntos.

- Eles foram assinar o divórcio. E eu prefiro pensar que ela não o ama mais.

- Vocês estão namorando?

- Não sei. Estamos apenas...

- Transando loucamente. – gargalhamos juntas.

- Isso. – confirmou. – Ela tem esse medo absurdo que as pessoas descubram que estamos juntas.

- Normal, acho que é o medo do julgamento.

- Não é só isso. Acho que a diferença de idade a incomoda.

- Ela tem idade para ser...

- Não diz mãe, por favor. – suplicou. – Idade é só um fator.

- Eu sei, e fico feliz por você está feliz. Você está? – questionei.

- Muito. – confirmou.

            Conversamos por horas. Anna de fato era a minha pessoa. E eu preferi entender o porquê de ter me escondido seu relacionamento. Odiaria ficarmos brigadas por algo tão bobo.

            Após ela ir embora eu fui para o quarto. Como já havia jantado não iria descer na hora da refeição. Estava deitada escutando música quando avistei a mammy me encarando da porta. 

- Pode entrar. – mandei logo que a vi.

- Oi filha.

- Oi mammy. Não vai descer para o jantar?

- Não, eu comi mais cedo com uma amiga. 

- Amiga? – questionou curiosa.

- Isso.

- Foi a moça que te buscou aqui mais cedo? Como é mesmo o nome dela é Veronica?

- Virginia. – comentei imaginando que a vó Helena devia ter falado para ela.

- Isso. Dá próxima vez peça para que venha em um horário para que possamos conhece-la. – comentou.

- Tudo bem.

- Bom, vou descer os meninos estão famintos. – beijou minha testa e saiu.

            De onde veio esse interesse todo em Virginia? Ela nunca quis conhecer nenhum amigo meu, bom, não é como se eu tivesse muitos amigos. Mas mesmo assim aquela atitude me deixou um pouco curiosa.

 

 

 

           

Fim do capítulo

Notas finais:

Oiêêêêê!

Essa escritora aqui, nao anda muito bem. Crises de ansiedade e com ela a pressão anda subindo. Coisas que a idadde faz com a gente. rsrs

Massss não poderia deixar vocês na expectativa do capítulo. Entãoooo. Ai está.

Espero que gostem e comentem muitoo. Seu comentário deixa essa autora felizzzz.

Bejokas.


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Comentários para 12 - Capitulo 12:
Lea
Lea

Em: 12/01/2022

Virgínia ia contar quem era a irmã,culpa do celular que tocou!

Quem bom que as amigas voltaram.


Resposta do autor:

Daqui a pouco vc descobre. kkk

Responder

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lay colombo
lay colombo

Em: 10/09/2021

Q bom q elas se acertaram realmente seria péssimo elas ficarem brigadas por algo tão bobo.

Isa querendo conhecer a nora, será q é pq ela desconfia q Alice tá gamada ou reconheceu o nome Virgínia? Quem sabe até dona Helena falou q a Virgínia lembrava a Alana, nunca se sabe


Resposta do autor:

O amor sempre vai falar mais alto.

Responder

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Mille
Mille

Em: 15/07/2021

Autora gosta de suspense 

Na hora que a Virgínia iria dizer de quem é irmã aí entra a patroa

Larissa querendo conhecer a Virgínia.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

É só para deixar o gostinho de quero maisss.

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 15/07/2021

A Virgínia ia contar que é irmã da Alana,e como perdeu essa oportunidade, acredito que não terá outra dela mesma contar.

Até que fim a Alice largou de cheiro mole e se entendeu com a Anna.

Esse interesse em conhecer a Virgínia... Toda mãe conhece os filhos que têm,será que ela pescou algo no ar?


Resposta do autor:

Isabella não é boba e com certeza já desconfiaaa.

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 15/07/2021

Confusão vem por aí!


Resposta do autor:

kkk. Eu amo o cãos.

Responder

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