Capitulo 32 - Amor com gosto de saudade
Após passar a manhã inteira negociando algumas novas contratações, cheguei em casa morrendo de fome. Achei melhor vir almoçar em casa para descansar um pouco antes de ir para o aeroporto. Pena que a Nicole só iria conseguir vir próximo da hora de sairmos. Iria adorar ter a companhia dela para almoçar, e tirar um cochilo, mas nem cogitei essa possibilidade, ela é certinha demais, e não obedeceria nem mesmo se o pedido partisse de mim. Desde o início ficou claro que o nosso namoro jamais iria interferir no trabalho dela na construtora. Esse tipo de pensamento, de atitude, só servia pra que eu a admirasse cada vez mais.
_Lu, estou morrendo de fome?_ falei ainda da sala, enquanto tirava o sapato e colocava a bolsa em cima do sofá.
_Quando você não estiver com fome, eu começo a me preocupar.
_Eu tenho culpa se esse escondidinho de camarão está com um cheiro maravilhoso_ falei tentando pegar uma lasquinha com o garfo.
_Tira a mão suja da minha comida garota_ falou batendo na minha mão.
_Credo, esse mal humor é porque não namorou de noite_ ela morria de vergonha quando eu falava essas cosas.
_Nina, você me respeite, eu tenho idade pra ser sua mãe_ falou com o rosto corado.
_Você é a minha mãe, minha segunda mãe.
Todas as vezes que eu me referia a ela daquela forma, ela se desmanchava em lágrimas, e eu acabava chorando também. A minha mãe tinha a mania de quando saia de casa, sempre falar: Lu, cuida dessa menina, não deixa ela passar o dia trancada!! E no dia do acidente, essa frase se repetiu pela ultima vez.
Eu acabei não indo com eles para a chácara, por que na época estava fazendo uma pós, e precisava passar o final de semana estudando. Lembro nitidamente da ultima conversa que tive com eles. Eu estava no quarto, era uma manhã de domingo, e a minha mãe foi no meu quarto.
_Filha, não quer mesmo ir com a gente?
_Vou deixar pra ir da próxima vez, realmente preciso estudar.
_Tem certeza, voltamos depois do almoço e você estuda o restante do dia
_Certeza mãezinha, fala para o papai não correr muito.
_Sabe como o seu pai é, por isso deveria ir, você é mais cuidadosa na estrada.
_Olha só, Dra Tereza fazendo chantagem pra me tirar de dentro do quarto.
_Filha, você quando não está trabalhando, está estudando, precisa relaxar um pouco, se divertir.
_Prometo que na próxima eu vou_ falei enchendo ela de beijo.
Ela saiu do quarto e quando eu escutei a voz dos dois lá embaixo comecei a rir e fui até a varanda do meu quarto.
_Queria que eu fizesse o que? Que tirasse ela a força do quarto, homem de Deus _Minha mãe tentava se justificar.
_Ela sempre dobra você e coloca no bolso _meu pai tentava provocar ela.
_Pai, deu certo não, vou ficar estudando_ Eu não perdia a chance de me unir a ele para irritar ela.
_Filha, sai um pouco, e não esquece de almoçar, a Lu vai ficar cuidando de você até nos voltarmos, ela tem a missão de tirar você desse quarto.
_Vocês sabiam que eu não sou mais uma adolescente?
_Lógico que não,’ é a nossa bebê_ minha mãe falou já entrando no carro.
_Amo vocês_ falei alto e os dois mandaram beijo.
Essa foi a ultima vez que vi os dois com vida, e o fato de não ter ido com eles, me fazia arrastar essa culpa por cinco anos. No momento que recebi a noticia, questionei diversas vezes, que se eu tivesse ido com eles o acidente poderia ter sido evitado, se eu teria partido com eles, eram respostas que eu jamais teria.
_O que foi? Pensando naquele dia?_ a lu me conhecia melhor do que ninguém.
_Eu deveria ter ido com eles, talvez não tivesse acontecido o acidente.
_Você sabe que tudo acontece com a permissão de Deus, chegou a hora deles, mas a sua não.
_Eu sei que eles cumpriram a missão_ Falei secando as lágrimas.
_Minha filha, seus pais ficariam tristes de te ver carregando essa culpa, foi um acidente, não existem culpados. Seu pai não estava correndo tanto.
_Eu sei, mas sinto tanto a falta deles.
_E quem não sente? Dra Marcelo e Dra Tereza eram pessoas especiais, acha que outra pessoa faria por nós o que ele fez.
_Por falar nisso, alguém foi resolver o problema do portão.
_Sim o porteiro falou que foram logo cedo.
_Ótimo, a madame vai almoçar comigo?_ vou passar a semana inteira fora.
_Vou sim, nem me fale, quando fica muito tempo fora meu coração fica apertado.
_Passa rápido e o Rick vai comigo_ Falei já esperando a resposta.
_Esse é o problema, apesar de ser um excelente médico, aquele menino tem um parafuso a menos.
_Luuuuu, Rick só faz umas loucuras, mas é muito responsável.
_Responsavel? Inventa as loucuras dele e ainda leva você. Acha que engoli aquela história que vocês inventaram de pular de paraquedas?
_Adrenalina lu, adrenalina! _ ela não esquecia essa história.
_No dia que eu enfartar vocês irão morrer de remorso.
_Credo, vira essa boca pra lá, é melhor até mudar de assunto.
_E por falar em mudar de assunto, e você e a menina Nicole, como estão?
_Bem, tudo tá muito no começo, estamos nos conhecendo.
_O importante é ela fazer você feliz, você fazer ela feliz, o restante se ajeita.
_Pelo jeito gostou dela!
_Ela tem uma energia boa, é educada, parece ser uma boa moça, e o mais importante, deixa você com essa cara de abestalhada_ Falou carregando no sotaque tipicamente nordestino.
_Até você, já vi que ela ganhou uma aliada_ Falei enquanto levantava da mesa e beijava a bochecha da lu
_Estou mais tranquila, ela faz bem pra você_ eu sabia exatamente do ela estava se referindo.
_Vou tomar um banho e deitar um pouco, se ela chegar avisa que estou no quarto, vou tentar dormir um pouco.
Cheguei no quarto, com uma preguiça, uma vontade de ficar em casa, de não viajar e ficar curtindo a minha namorada. Mas não tinha como faltar a um compromisso daqueles. Coloquei as ultimas coisas na mala, arrumei a minha bolsa pra ver se estava tudo certo e fui tomar um banho, até que a Nicole chegasse eu teria três pra descansar um pouco e depois me arrumar para viajar. Quando sai do banheiro, apenas me sequei e acabei deitando sem roupa, coloquei apenas uma calcinha e liguei o ar, fechei as cortinas, e como sempre, entrei embaixo do edredom.
Sonhar durante a noite e lembrar, era uma raridade na minha vida, agora sonhar durante o dia era uma novidade. Foi necessário pouco tempo pra que eu tivesse a impressão de estar de fato conversando com o meu pai.
_Filha, não te falei que um anjo iria te ajudar?
_Como assim pai? De quem você está falando?
_Essa moça, ela vai estar sempre do teu lado, vocês irão passar por muito sofrimento, mas você precisa ser forte, lutar, por você e por ela.
_Você está falando da Nicole?
_Nunca vi alguém arrancar um sorriso tão lindo de você.
_Ela é especial, mas, como você sabe que é ela? A pessoa que vai mudar a minha vida? Como eu posso ter certeza?
_Filha, nunca temos absoluta certeza de nada, mas escute o seu coração, o seu bom senso, sinta...a vida vai te dar todas as respostas que você precisa.
_E o Igor? Ele é meu irmão, seria doloroso demais ter que escolher.
_Escolha ser feliz, sempre, os obstáculos são inevitáveis, mais no final as coisas sempre terminam da forma que tinha que ser.
Ao contrário de outras vezes que sonhei, dessa vez não acordei assustada, não acordei chorando, apenas continuei dormindo, como se o sonho não tivesse acontecido, como se eu não tivesse sonhado.
O quarto estava silencioso, escuro e eu tive a sensação de escutar o barulho de uma porta abrindo ou fechando. Virei apenas pra olhar se tinha alguém no quarto e depois voltei a dormir.
Senti alguém puxando o meu edredom devagar, até o meu pé ficar descoberto. Lá fora estava quente, mas o quarto estava gelado, e senti no mesmo instante um arrepio, não sabia se era por causa do ar gelado ou da voz dela.
_Me falaram que tem alguém, morrendo de preguiça, sem querer viajar, toda manhosa _Nicole falou beijando o meu pé.
_Para, morro de cocegas nos pés, e me cobre, estou com frio _estava adorando aquele chamego, e não iria resistir por muito tempo.
_Cheguei bem quietinha, tomei um banho, estou toda cheirosa e sou recebida assim.
_Não provoca, daqui a pouco temos que sair _ falei já excitada, sentindo ela beijar minhas pernas.
_Então tá, dorme mais um pouco, daqui a pouco peço pra
Lu vir te acordar _ela falou saindo debaixo do edredom.
_Nem pensar mocinha, começou agora termina _ falei puxando o edredom e mostrando o meu corpo coberto apenas por uma calcinha.
_Se você perder o avião, a culpa é sua _ ela falou já sentando bem próximo de mim.
_Com a saudade que eu estou, com o tesão que provoca em mim, só de me olhar dessa forma, vou goz*r rapidinho na sua boca, vem cá sentir o que você faz comigo.
_Estava morrendo de saudades de teu jeito safado.
_Aproveita, só vai me ter daqui a quatro dias.
Só de pensar em ficar tanto tempo sem a Nicole, eu tinha vontade de desistir dessa viagem, como pode, sentir tanta necessidade alguém, em apenas alguns dias de namoro. Eu teria pouco tempo pra matar a vontade, e sem que ela falasse absolutamente nada, tomei a boca dela em um beijo quase desesperado. Sentei no colo dela, de forma que os meus seios ficassem ao alcance dos lábios dela, e ela os sugou de uma forma tão gostosa de eu sentia meu gozo molhar a perna. O tesão era tanto que ela nem tentou tirar a minha calcinha, apenas puxou ela para o lado e me penetrou. E eu queria mais, queria que ela me ch*passe, queria que ela sentisse o meu gosto.
_ Me ch*pa bem gostoso, quero você entre as minhas pernas, quero a tua língua entrando em mim.
Quando ela fez o que eu pedi, senti meu corpo inteiro tremendo, por mais que eu tentasse, sentia que não conseguiria segurar o orgasmo por muito tempo, queria goz*r na boca dela e ver ela bebendo o meu gozo, se lambuzando em mim.
_Não para, por favor, não faz isso comigo _ ela adorava me ver implorando, e me provocava, passando a língua bem de leve no meu clit*ris, e quanto mais ela provocava mais duro ele ficava, mais eu gemia.
_Isso ch*pa gostoso...mais forte, me come bem gostoso.
Eu não aguentava mais aquela tortura maravilhosa, aquela mulher teria o que quisesse de mim entre quatro paredes, eu trans*ria com ela de todas as formas possíveis, eu faria as melhores e maiores loucuras.
_Não aguento mais, vou goz*r.
G*zei e puxei ela pra cima de mim, e comecei a esfregar o meu sex* no dela, não sei em que momento ela havia tirado a minha calcinha, só percebi quando senti o contato direto dos nossos sex*s, o encaixe era perfeito, e eu não conseguia parar de gem*r. Senti ela mordendo o meu lábio, e o liquido dela escorrendo e se misturando com o meu. Se existia uma sensação melhor do que essa eu desconhecia.
Completamente saciada, senti meu corpo relaxar, mais não conseguia desgrudar dela, o cheiro, o calor, a forma como ela fazia carinho no meu corpo, tudo nela era perfeito e intenso.
_Você acabou comigo, como consegue fazer com que seja sempre melhor.
_Você que está se descobrindo, me conhecendo, se conhecendo, nunca vai ser sempre igual.
_Vem tomar banho comigo?
_Melhor você ir sozinha, caso contrário, não vai conseguir sair desse quarto.
_Pega o meu roupão, deve ter algum no closet _ Falei levantando e saindo pelada na direção do banheiro.
_Fazer isso não ajuda muito, sabia? _Nicole falou indo na direção do closet.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Rafaela_Morais
Em: 04/08/2021
Comecei a ler a história hoje e amei que não consigo parar de ler!!
Resposta do autor:
Seja bem vinda Rafaela, sinta-se a vontade para comentar.
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Marta Andrade dos Santos
Em: 21/07/2021
Aí vem confusão.
Resposta do autor:
Muitas emoções
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