Assim que entramos em casa, fui direto deitar no sofá, apesar de ter pouquíssimos convidados a festa estava agitada, parecia que todas as crianças estavam ligadas no duzentos e vinte, o que exigia uma atenção maior por parte dos adultos. No início a Nicole parecia um pouco deslocada, mas aos poucos foi se soltando, deu atenção a Vitória, ficou um tempo jogando com o Gabriel, e conversou com a Fernanda. O único que não fez questão de tentar pelo menos ser gentil com ela, ou pelo menos disfarçar foi o Igor, o que me deixou bem triste e ela percebeu. E sempre que se aproximava de mim, pedia pra que eu não me preocupasse que estava tudo bem.

A festa transcorria bem, até que a Vitória nos chamou pra tirar uma foto com ela, nesse momento vi o Igor se afastar, e eu esperava que ele um dia aceitasse a Nicole, caso contrário a nossa convivência seria insuportável. Ao contrário do Igor, a Fernanda recebeu ela muito bem,  e pelo jeito ela não conquistou só a mim, por que era evidente a sintonia dela com os meus sobrinhos, e isso pra mim era de extrema importância.

Quando não restava quase ninguém na festa, o Igor se aproxima de nos e a chama para uma conversa. Eu previa que para ela aquela não seria uma conversa fácil, e até tentei evitar, mas Nicole fez questão de atender o pedido dele e os dois foram para o escritório. Achei melhor ficar na sala, e caso os ânimos ficassem exaltados eu iria intervir. Mas, pelo pouco que eu conheço a Nicole, ela jamais perderia o controle, muito menos estando dentro da casa dele.

E tirando a conversar com o Igor, por pouco não tivemos um outro aborrecimento, quando em determinado um primo da Fernanda que vivia me cercando, tentou provocar a Nicole, dando em cima de mim descaradamente. Pelas piadas foi possível perceber que ele tinha sabia que estávamos juntas, e após ter bebido algumas doses acabou sendo inconveniente.

Quando finalmente nos despedimos e fomos para a casa, o nosso cansaço era evidente. Passamos uma tarde agitada, mas foi muito bom ter ela comigo perto da minha família, mesmo com a tensão provocada pelo Igor, eu estava feliz.

_Meu anjo, se deitar no sofá, vai acabar dormindo_ escutei Nicole falar comigo e permaneci de olhos fechados.

_Estou cansada, com preguiça, vou só tomar água e já subo, vai na frente que eu já te acompanho.

_Vem vou com você na cozinha _falou já me puxando pela mão

_Podia aproveitar e me levar no colo para o quarto e se possível me ajudar no banho Falei rindo.

_Eu não sabia  que tinha namorada tão dengosa.

_Culpa sua, quem manda me tratar tão bem, estou ficando mal acostumada _falou abrindo geladeira pra tomar agua e logo em seguida colocou uma tigela com morangos.

_Aline, jura que consegue comer morango?_ falei não acreditando que ela estivesse com fome.

_Minha fome é outra!!! Ela falou e mordeu um pedaço do morango e me encostou na mesa.

_Achei que estivesse com sono? _falei de forma irônica

_Sem fome, sem sono, mas com um tesão, uma vontade louca de dar pra você, me come gostoso.

Antes que ela continuasse, girei o corpo dela, e encostei-a na mesa, ela abriu as pernas e grudou o corpo no meu. Segurei ela pelo bumbum e sentei ela em cima da mesa, tirei a blusa que ela usava, e mais uma fez vi que a lingerie era branca. Não conseguia ficar longe da boca dela por muito tempo, e o beijo ficou ainda melhor com sabor de morango. Ela parecia exalar tesão, os olhos brilhavam, e ela gemia quase em desespero.

_Vamos para o quarto?

_Não! Quero dar pra você aqui, não consigo mais segurar, você me deixou de castigo o dia inteiro _ ela me puxou quando eu me afastei um pouco.

_Sou louca por você! _falei voltando a beija-la.

O meu desejo por ela era quase insuportável, não queria perder tempo tirando o resto de nossas roupas, precisa dela assim, cheia de tesão e não conseguindo mais me segurar, tentei penetrar ela, mas a roupa dela atrapalhou um pouco e eu fiz com ela deitasse na mesa e puxei a saia, deixando ela apenas de lingerie em cima da mesa, e ela sem pudor nenhum abriu as pernas e colocou a minha por cima da calcinha dela, e eu fiz exatamente o que ela queria, puxei a calcinha para o lado e passei o dedo naquela monte lisinho e completamente lambuzado pelo gozo que já escorria.

Quando eu achei que não poderia melhorar, ela pega a minha mão e coloca um dos meus dedos dentro da própria boca, e se delicia com o próprio gosto, enquanto se tocava. Era uma amante perfeita, sabia como me prender, me seduzir e me fazer goz*r apenas com os seus atos.

Fiz com que ela sentasse na mesa de frente pra mim, me encaixei entre as suas pernas e a penetrei bem devagar, colocava e tirava o dedo, quando senti que ela iria goz*r, coloquei mais um dedo e iniciei um vai e vem mais rápido, enquanto segurava ela pelo cabelo, bem de leve, apenas para ter o controle da situação.

Ela rebol*va em cima da minha mão, e eu aproveitava para comer ela com um dedo e estimular o clit*ris com outro dedo, e esse movimento foi o suficiente pra ela explodir em um orgasmo, derramando todo o gozo na minha mão e logo em seguida me abraçou.

_Preciso de um banho, preciso dormir. Desculpa deixei você na mão.

_Já te disse que sinto prazer, proporcionando prazer a você, não me falta nada, quando eu tenho você.

_Como pude viver tanto tempo sem você?_ Aline olhou pra mim emocionada.

_Tudo tem a hora certa pra acontecer. Antes eu estava comprometida e você também, então, tinha que ser agora.

_Amor, vai dormir comigo, não vai?

_Preciso ir pra obra cedo, esqueceu que amanhã começamos uma hora mais cedo.

_Realmente esqueci, mas tem certeza que não quer ficar.

_Meu anjo, se eu ficar, vou ter que sair muito cedo. Vamos fazer o seguinte, vamos subir, tomar um banho, conversamos um pouquinho e depois eu vou pra casa, pode ser?

_Acho que não tenho escolha _Falou fazendo um biquinho lindo.

_Vem cá, deixa eu te dar mais um pouco de dengo.

Catei as roupas dela, peguei ela no colo e subi as escadas. Já no quarto tomamos banho juntas e deitamos na cama. Se eu soubesse que passaria o final de semana com ela, teria trazido mais roupa e iria direto para o trabalho. Estávamos cansadas, loucas para dormir mais uma noite aninhadas uma nos braços da outra, mas eu não poderia pensar em chegar atrasada amanhã, caso o Igor aparecesse eu teria uma conversa com ele e colocaria o meu cargo a disposição. Mas, por enquanto não iria falar da minha decisão para Aline, não queria que ela se preocupasse, não queria causar mais problema, e talvez as coisas fossem diferentes se eu não tivesse uma ligação profissional com ela.

_Você vai para a construtora amanhã?

_Ainda não sei, tenho algumas coisas pra resolver no hospital, preciso deixar tudo certo para a viagem.

_Vai viajar?

_Eu iria falar, mas acabei esquecendo. Na terça feira, vou para São Paulo, vou participar de um congresso como palestrante, e não posso faltar porque já confirmei presença desde o mês passado.

_E por que faltaria? É a sua profissão, é o que ama fazer.

_Não queria ficar tanto tempo longe de você, provavelmente so retorno no domingo a noite ou na segunda _ Aline parecia chateada

_Vai passar rapidinho e vou estar aqui te esperando, prometo que não vou fugir.

_Se fugir eu te acho.

_Vai viajar que horas, quer que eu te deixe no aeroporto, posso pegar o carro do carlão pou o do Paulinho.

_Eu iria adorar, mas pode ficar com o meu carro e me pega na volta também.

_Prefiro pegar emprestado.

_Você é minha namorada, não vejo problema em ficar com o meu carro.

_Prefiro assim, até eu comprar o meu. Pode ser?

_Está certo, mas ainda conversaremos sobre isso.

_Tem certeza que não quer dormir aqui, mesmo sabendo que eu vou ficar a semana inteira longe _ Aline e seu jogo de sedução

_Vamos fazer o seguinte, vou ligar para a Karina, se ela poder trazer minhas coisas até a obra amanhã cedo, quando estiver vindo trabalhar eu fico, caso contrário eu vou pra casa.

_Liga pra ela então_ Aline falou me entregando o celular.

E eu lesada, tive a brilhante ideia de fazer uma chamada de vídeo, já que estávamos vestidas. Só esqueci que a Karina era completamente sem noção.

_Oi Karina.

_Finalmente, achei que o viadinho tinha sido sequestrada, e que numero é esse, mudou o chip e não avisou.

_O meu telefone descarregou, peguei esse emprestado. Tá tudo bem por aí?

_Sim, tudo na paz. Mas, não muda de assunto, de quem é esse telefone, não me diga que é da morena gostosa.

_Olha o respeito garota_ Falei completamente sem graça, e a Aline a essas alturas gargalhava.

_É dela sim, passei o final de semana aqui, e vou precisar de um favor.

Quando terminei de falar a Aline ficou próxima de mim pra que a câmera pegasse ela.

_Oi Karina

_Oi Dra. Tudo bem?

_Tudo ótimo Karina, tudo perfeito.

_Ka, tem como você trazer umas  coisas amanhã cedo e deixar na obra, vou dormir aqui e amanhã vou direto para a obra.

_Sem problemas, deixo sim. E amanhã quando chegar, quero saber as novidades nos mínimos detalhes.

_Até  parece que vou sair contando detalhes meu e da minha namorada.

Falei aquilo e desliguei, deixando a Karina de boca aberta. Se continuasse conversando, ela iria falar mais besteira ainda. E eu já tinha passado vergonha o suficiente por um mês.

_Pronto, tudo resolvido, agora vai ter que me aguentar por mais uma noite. Falei abraçando ela, que já dava sinais de sono. Quando senti ela se aninhando no edredom, liguei o ar e deitei abraçando ela por trás, não deixando espaço entre nós.

Não sei se era possível me apaixonar ainda mais por Aline, mas a cada dia que passava a sintonia entre nós só aumentava, as vezes eu tinha a sensação que nos conhecíamos de outras vidas. Por me relacionar com mulheres desde a minha adolescência, eu sabia que não era normal se envolver com uma hetero e sentir tanta segurança, sem contar que Aline mostrou uma coragem de viver o que estávamos sentido, de mergulhar de cabeça em nosso relacionamento, que poucas vezes vi em alguém.

Esse foi um dos motivos que não baixei a cabeça para o Dr. Igor, fiz questão de deixar bem claro, que ninguém iria me afastar dela, e que a única pessoas de tinha o direito de por um ponto final em nosso namoro, seria a própria Aline, caso contrário, absolutamente ninguém iria interferir.

A segunda noite dormindo com a Aline, e a sensação era a mesma, estar juntas, dormir uma nos braços da outra, nos proporcionava uma noite tranquila, um sono reparador. O único problema era acordar no outro dia, deixar aquela cama quentinha, com uma morena linda dormindo tão a vontade.

Acordei antes das cinco horas, tomei um banho, me vesti e arrumei a mochila, tentando fazer o mínimo de barulho possível, estava escuro lá fora e seria judiação acordar ela tão cedo. Quando eu já estava pronta para sair, lembrei de um detalhe, quem iria abrir a porta. Com o coração apertadinho, sentei ao lado dela na cama pra tentar acorda-la sem de uma forma que ela não se assustasse. Fiquei cerca de cinco minutos observando ela dormir, somente agora observei que ela dormia de lado, com o braço embaixo do travesseiro e com um outro travesseiro entre as pernas, e estava virada para o lado que eu dormi, a respiração era  tão tranquila que eu fiquei pensando em uma forma de sair, sem precisar acordar ela. Tirei o mecha de cabelo que estava sobre o rosto dela, e fiz um carinho.

_Meu anjo! _falei cheirando a cabeça dela.

_Por que está acordada, vem, dorme mais um pouco_ela falou tentando me puxar pra perto dela.

_Preciso ir mais cedo, esqueceu?

_Mas está cedo demais, espera pra tomar café comigo, vou passar a semana inteira sem te ver.

_Eu sei, mas preciso realmente chegar cedo, Karina vai me encontrar no portão as seis.

_Já que não tem jeito, bom dia !!!_ falou virando para o outro lado.

_Não acredito que vai fazer birra _falei rindo e fazendo cocegas nela.

_Para, não sou birrenta, mimada, dengosa, só queria você perto só mais uns minutinhos.

_Meu Deus que namorada mais gostosa, mais linda, mais carente que eu arrumei _enchi ela de beijos pelo rosto

_Bem melhor agora, a minha namorada se incomoda de me dar  um beijo de verdade.

Ela tinha sentado na cama, e me olhava com a cara mais linda do mundo, era impossível resistir a um pedido desses. Ela sentou no meu colo, e eu colei meus lábios nos dela, explorei aquela boca, já sentindo vontade de ficar um pouco mais. Porém eu realmente precisava ir, por conta das mudanças na obra, o dia seria puxado. E provavelmente o meu futuro na construtora seria decidido hoje.

_Meu anjo tem algum controle aqui no quarto, tá um pouco frio melhor não sair da cama, você abre e fecha daqui do quarto mesmo.

_No meu closet na primeira gaveta da esquerda, tem um controle, fica com ele, vai ser mais prático.

_Tem certeza? Seria a mesma coisa que me dar a chave da sua casa.

_Tenho absoluta certeza.

Peguei a chave onde ela havia indicado, dei mais um beijo nela, sai e fechei a porta do quarto. Desci as escadas e fui em direção da garagem. O dia começava a amanhecer e eu só tinha vinte minutos para chegar na obra. Mesmo sabendo que o dia seria longo, eu estava mais do que preparada, estava feliz e certa do rumo que a minha vida estava tomando.

Fim do capítulo