Capitulo 28
Pietra
Dia seguinte
Um pouco antes das 12:00h, Luísa enviou mensagem dizendo que estava chegando, fiquei na sala com mamãe a esperando, quando ouvir o barulho de carro, segui até a porta, a abri e logo vi Luísa seguir em minha direção, ela me deu um abraço tão forte que quase me deixou sem ar, quando se afastou beijou bem próximo a minha boca, e depois falou.
- Senti sua falta.
- Também senti a sua. – Ao falar isso, olhei bem dentro dos seus olhos, e falei. – Vamos entrar?
- Vamos sim. – Entramos ela ficou conversando com mamãe enquanto fui no quarto pegar a minha bolsa, quando voltei encontrei papai junto a elas, nos despedimos e quando saímos, Luísa falou.
- Vamos no seu carro, conversamos mais à vontade.
- Claro.
- Deixa só eu avisar para o Miguel.
- Ok, vou tirar o carro.
Ainda a vi pegar o celular na bolsa, para falar com seu segurança, pois provavelmente eles se encontravam na parte da rua, uma vez que seu carro não estava mais estacionado em frente à casa dos meus pais. Me afastei e fui para a garagem tirar meu carro. Um tempo depois já estávamos entrando no restaurante, não muito distante da minha casa. Fomos conduzidas até a nossa mesa, e um garçom logo nos entregou o cardápio e se afastou, enquanto escolhíamos o que comer, eu falei.
- Que horas será seu voo?
- As 18:00 horas. – E assim engatamos uma conversa gostosa.
Nosso almoço foi tranquilo e harmonioso, um pouco mais de uma hora e meia depois, estávamos voltando para a casa dos meus pais. Estacionei no mesmo lugar que Luísa parou no outro dia a noite. Eu respirei fundo e disse.
- Quer entrar um pouco? – A vi olhar o relógio antes de responder.
- Quero sim, mas não posso demorar, terei que passar no fórum para resolver algumas coisas. – Saímos do carro, entramos em casa. Chamei por mamãe, uma das meninas que trabalha em casa disse que ela e papai tinham ido para o quarto depois do almoço.
Com essa resposta entrelacei meus dedos aos de Luísa e a puxei para o primeiro andar, para o meu quarto para ser mais exata, passei em frente o quarto de meus pais, estava silencioso, então apenas segui com Luísa até o meu.
Abri a porta para que ela entrasse, assim que ela o fez, eu entrei e me virei para fechar de chave a porta, fiquei completamente surpresa quando senti Luísa me abraçar por trás, aquele gesto me trouxe tantas lembranças.
Senti seu corpo encaixando no meu de forma gostosa, enquanto ela beijava meu pescoço, um gemido baixo saiu da minha boca.
- Hummm. – Isso foi o suficiente para que uma de suas mãos que estava em minha cintura, subisse para o meu seio esquerdo. – Meu Deus, como eu senti falta de ter você assim.
- Como você é gostosa Pietra. Você me enlouquece. – Estávamos descontroladas, virei minha cabeça de lado, e ela capturou meus lábios em um beijo gostoso, por ser bem mais alta que eu, ela estava um pouco curvada para que minha bunda encostasse na sua bucet*, eu rebol*va de forma gostosa para ela, que apartou nossas bocas e me virou de vez para ela. – Gostosa, Gostosa!
Ela disse isso e deu impulso para que eu prendesse minhas pernas ao redor da sua cintura, eu o fiz, aquilo era tão natural e familiar entre a gente, ela nos guiou me deixando presa entre seu corpo e a parede, nossos beijos eram famintos, ela ch*pava minha língua com vontade, e eu fazia o mesmo com ela. Ainda por cima da blusa toquei seu seio, sua respiração que já estava acelerada, ficou ainda mais rápida.
Luísa
Eu estava lutando para não perder o controle da situação, mas a forma que Pietra estava me tocando, a forma que seu corpo estava encaixado no meu, somando ao tempo que estou sem sex*, estavam me tirando toda a lucidez dos meus atos, eu não sei até quando vou aguentar, minha vontade era de joga-la na cama, e fazer todas as loucuras possíveis com ela.
A forma que ela toca o meu seio, me faz querer arrancar nossas roupas para nos sentirmos de fato, mas eu não poderia dar o próximo passo sem ter a certeza de que era isso que ela também queria, para que depois ela não fugisse de mim.
Com muito custo, afastei nossas bocas, olhei em seus olhos e falei.
- É melhor pararmos agora, senão perderei o controle e te jogarei naquela cama e farei todas as loucuras que anseio. – Ela deu o sorriso tímido e respondeu.
- Melhor pararmos mesmo, nunca fomos silenciosas, meus pais podem ouvir algo. – A afastei da parede e fui soltando seu corpo de forma suave, seus pés tocaram o chão, mas não nos afastamos. Ela olhou para mim e completou. – Eu quero isso tanto quanto você.
- Eu vou esperar o seu tempo. – Nossas testas encostaram-se e nos suspiramos, quando nos afastamos, olhei a hora e vi que precisava ir embora. – Tenho que ir, preciso resolver umas coisas antes do voo.
- Claro, eu te levo até a porta. – Ela falou isso, mas não se moveu, nossos corpos continuavam grudados, nossas bocas se aproximaram de forma lenta, e outro beijo teve início, senti sua língua tocar a minha, eu a ch*pei e agarrei ainda mais seu corpo, na tentativa vã de diminuir um pouco à vontade que estava dela.
Quando nos afastamos novamente, eu dei um passo para trás, do contrário não iriamos sair daquele quarto.
- Vamos?
- Vamos Luísa, antes que eu volte a te agarrar.
- Só para constar, eu deixaria e adoraria. Rsrs – Pietra gargalhou de forma gostosa com minha fala. E assim como chegamos naquele ambiente, ela segurou minha mão e me levou para fora dele.
Ao chegarmos no térreo, nos encaminhamos para a saída, ela abriu a porta e ao lado do seu carro estava o meu com Miguel encostado, abracei Pietra de forma forte, ela me agarrou da mesma forma, e disse.
- Sentirei sua falta.
- Eu sentirei bem mais, tenho certeza. – Para mim seria uma tortura ficar tantos dias longe dela, justo agora que estamos de fato iniciando algo. Nos afastamos, ela me deu um selinho e falou.
- Se cuida.
- Você também, logo estarei de volta. – Demos outro selinho e eu segui a até o carro.
Antonele
Eu não estava me sentindo bem, não só fisicamente, mas psicologicamente também, eu vejo a tristeza estampada no rosto da minha filha e do meu marido, entendendo eles estarem triste por eu ainda não ter dito sim para a mastectomia, eu via o esforço deles, via o quanto estava sendo difícil, mas eu estava com tanto medo, principalmente de fazer a cirurgia e de acabar não funcionando, ou do câncer voltar e eu faze-los sofrer novamente.
Sei que não posso entregar os pontos assim, principalmente porque quero ver as conquistas da minha filha, e se Deus quiser, ela me dará pelo menos um netinho, quero viver essas experiencias, mas me sinto tão fraca, tão impotente.
Logo sofremos o baque da descoberta do câncer, depois veio o baque do tratamento não ter surtido efeito! Me pego pensando que talvez fosse melhor para eles se me fosse de uma vez, não quero ser interpretada de forma errônea, pois minhas palavras podem dar a entender que eu desisti da vida, e não é isso, de forma alguma é isso, eu amo viver, amo ajudar as pessoas, amo a minha família, amo partilhar a vida com eles.
Mas o que estou querendo dizer, é que não aguento sentir e saber que sou causa da tristeza deles, dificilmente vejo minha filha com uma carinha animada, seu rosto e seus olhos sempre estão com uma expressão triste e de choro, meu coração se parte sempre que a vejo assim.
Com Olavo é da mesma forma, várias vezes acordo durante a noite e o vejo sentado na poltrona me observando dormir, quando o chamo para a cama, ele me abraça de forma tão forte que as vezes me faz perder o ar. Eu simplesmente não estou aguentando saber que essa tristeza toda, sou eu que causo.
Sei que preciso decidir qual será o próximo passo para o meu tratamento, e que quanto mais eu adiar, mas os farei sofrer, sei também que essa espera está sendo angustiante para eles, e que além do mais, eu estou sendo egoísta, pois é só dizer sim para a cirurgia, que de certa forma o problema será “resolvido”, e eles ficaram mais aliviados, mas estou com tanto medo de que tudo não passe de esforços sem resultados efetivos, que eu não consigo dizer um sim.
Fim do capítulo
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Lea
Em: 16/07/2021
Boa noite Luciane!! Tudo bem???
Bom tê-la de volta por aqui!!
Pietra não resistiu,o amor falou mais alto!! Adorei!!
E a Antonele não consegue decidir o fazer, posso imaginar o quanto ela está sofrendo com tudo isso!!
Resposta do autor:
Olá Lea, tudo bem sim.
Também estou feliz por estar de volta!
Mahinju
Em: 16/07/2021
MUITO feliz pelo seu retorno Autora.
Adorei a capítulo. Situação delicada essa de Antonele, o medo não deixa ela acreditar que pode da certo a cirurgia. Desejo que ela diga sim.
Resposta do autor:
Boa noite! Fico feliz por você ter gostado. E esse situação com Antonela terá um desfecho...
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