Criminal por lorenamezza
Capitulo 4 ARRUMANDO ENCRENCA
- O que foi? Meu exame mostrou mais alguma coisa? – eu já começava a ficar ansiosa.
- Não! A boa é que pelo seu número social descobrimos que você tem plano de saúde, então com o hospital está tudo certo.
- A ruim é que você precisará ficar uns dias em observação. – franziu o cenho. Mas não aqui no hospital.
- Isso quer dizer o que? –
- Aí que está o problema, você não se lembra onde mora, precisará de alguns cuidados, por pelo menos uma semana. Até retornar para retirar os pontos. –coçou a cabeça suspirando.
- Juro que estou tentando ser forte doutora, mas eu não sei o que fazer. – entrei em desespero e não consegui conter as lágrimas.
- Calma garota, vamos fazer o seguinte. Você vai sair depois do almoço, até lá alguém deve te procurar. Enquanto isso descansa. – acariciou meu ombro. – Amanhã vemos o que fazer.
- Obrigada doutora! – deitei, peguei o cartão da detetive.
Porque eu só lembro da venda da casa? Eu não tinha amigos? Irmãos? Que tipo de pessoa eu era para que ninguém fosse procurar? E o mais importante que porr* eu estava fazendo em Los Angeles.
“ Savannah tem certeza que vai vender a casa de seus pais? – o casal Murray era simpático em suas palavras.
- Tenho! Não tenho mais nada para fazer aqui, preciso seguir em outro rumo. – lhes entreguei a chave”
O que eu fiz depois?
Suspiro fundo e tento dormir, seja o que for, eu não conseguiria resolver nessa noite.
CARMEN POV
Após um boa noite de sono, acordo mais cedo e vou correr na praia, apesar da correria eu tentava cuidar da forma, era bom para o trabalho; e também pela manhã haviam muitas mulheres bonitas se exercitando, eu não perdia por nada. Eu adorava a conquista, mas perdia o interesse rapidamente depois da primeira saída, Normani me chamava de devoradora de mulheres. Eu adorava.
Tomei um banho demorado, coloquei uma calça social preta, camisete branco, fiz um rabo de cavalo, maquiagem básica, nada muito chamativo, algo só para eu me sentir bonita. Iria na Musk Techonology não queria entrar de qualquer jeito.
Entrei no meu consentido, acelerei na rodovia, a velocidade, deixava toda minha ansiedade e estresse do trabalho nos pedais. Ligo para Mani e peço para me acompanhar na visita à Musk.
A encontro na esquina do D.P, mal ela entra no carro eu já a encho de perguntas.
- Darling! Tem mais alguma novidade para mim?
- Mais ou menos. Lembra do Olly Murs? – colocou uma pasta em minha mesa e sentou-se na minha frente.
- O empresário playboyzinho dos instrumentos musicais, que quase foi morto pelos Justiceiros? – faço cara de nojo, enquanto vejo sua foto na pasta. – O que tem ele?
- Descobrimos que ele tinha um container no cais, cheio de instrumentos musicais, que foram roubados.
- E o que tem demais nisso? – balancei as mãos num sinal que não estava entendendo.
-Os instrumentos estavam recheados de drogas. E isso aconteceu logo após o susto de seu quase assassinato.
- Será que a tentativa de assassinato não foi uma cortina de fumaça para roubarem seu container? – Só que ele sobreviveu.
- Ninguém que foi roubado ou morto pelos justiceiros, eram limpos Carmen. – Precisamos achar a conexão entre eles. – bufou.
- Parece que alguém está eliminando a concorrência. – cocei a cabeça.
- E sua nova musa? –
- Ela está com amnésia seletiva, não se lembra de muita coisa. –sentei e meneei negativamente com a cabeça. – Fizeram os testes e é de verdade, ou seja, não poderá ajudar muito. E o pior que se não encontrarmos nada sobre ela, teremos que liberá-la.
- Se pelo menos arrumássemos um jeito de ficar de olho nela. – Darling trocava toda hora a estação de rádio.
- Você vai quebrar meu rádio. – a repreendi.
(...)
Chegamos na Musk e com toda segurança que notei naquele local, fico pensando porque se arriscaram daquela forma. Ela desce e abraça o capô de meu carro me fazendo rir alto.
- Amo você! – disse ainda abraçada a ele. - Você gosta de como as mulheres olham para você nesse carro né.
- Amo! Agora se ajeita que estamos trabalhando.
– Quando você vai sossegar?
- De mulher? - soltei uma gargalhada. – Nunca, quero todas!
(...)
- Bom dia! Gostaria de falar com o senhor Musk.- sorri de leve para a secretaria nada simpática.
- As senhoras têm horário marcado? – a secretaria não fez questão de ser simpática.
- Tenho sim. – mostrei meu distintivo. – Poderia falar com ele? – sorri falso.
- Ah só um minuto que vou verificar. – a deixei desconcertada.
Após alguns minutos de espera, desce um homem medindo mais ou menos 1,80, trajando terno que parecia ser caríssimo, cabelo bem cortado. Nem parecia que era um nerd.
- Senhor Musk, sou a detetive De La Vega, essa é minha colega agente Bruster. – apontei para a morena que parecia estar encantada com o homem à nossa frente.
- Agentes! Já encontraram meu dispositivo? – falou rispidamente. Imagino que trouxeram boa notícia
- Nossa você é rápido! – Normani era mais que simpática com o homem. Nem nos deixou perguntar.
- Ainda não. E Queria saber mais sobre esse dispositivo. – eu não sorria da mesma forma que minha companheira.
- Olha! Aqui a maioria das minhas invenções tem a ver com engenharia aero espacial, voltada para o bem da humanidade, porém esse eu guardava a 7 chaves. – apontou para uma sala de porta de metal, totalmente diferente das outras.
- Do que se trata essa tecnologia? – ele abriu essa porta com sua digital e por ela entramos.
- Em conjunto com o governo, criei uma película facial projetada com nanotecnologia que engana scanners faciais. – pegou uma caixa e abriu. Nela continha pequenos pontinhos pretos. Que mais pareciam pintas. – Assim como essas.
- Como funciona? – Sheila e eu olhávamos firmes para os pontinhos pretos.
- Você coloca alguns pontinhos desse no rosto, ele se adere a pele e se expande, a tecnologia dele engana o scanner de reconhecimento facial de todos os lugares do mundo, fazendo a pessoa não ser detectada onde quer que vá. – sorriu orgulhoso.
- E para que o governo quer uma tecnologia assim? – ela falou preocupada.
- Para agentes poderem entrar em todos os lugares.- pegou a caixa e guardou num cofre. Porém se essa tecnologia cair em mãos erradas, pode ser usada para fins nada legais.
- Como eu acabei não gostando dessa possiblidade, encerrei o projeto. – sentou em sua mesa, todo imponente.
- E porque não destruiu? – eu estava incrédula por ver uma tecnologia tão perigosa assim ainda existir.
- Detetive! Eu sou um inventor. – riu. – Isso seria um marco na inovação de outras tecnologias. Mas eu sei que se cair em mãos erradas, fará um estrago. Ela precisa ser encontrada.
- Quem mais sabia sobre ela? – eu olhava atenta um dispositivo que mais parecia uma pinta, e em como esses caras conseguiam faziam uma coisa assim.
- Só 4 pessoas. Eu mando os nomes por fax. – guardou a caixinha como se fosse ouro.
- Ok. Fico no aguardo – Obrigada por nos receber. – sorri sem mostrar os dentes.
- Claro, eu tenho tanto interesse quanto vocês.
(...)
- Bom! Já descobrimos o que e porque queriam, agora precisamos descobrir quem sabia dessa tecnologia. -minha fala demonstrava um pouco mais de calma. -Vamos almoçar antes de voltar para a delegacia?
- Essa visita me deixou com fome mesmo. – suspirou soltando um som nasalado.
- Vamos comer tacos no mini shopping da Ocean Boulevard.
Chegamos pedimos os tacos, logo que começamos a comer meu celular toca.
- Não! Agora que comecei a comer. –reclamei, olhando para o visor. – Era a doutora.
- Boa tarde doutora Monica, aconteceu alguma coisa? – limpava minha boca.
- Não, Savannah está bem, mas será que poderia vir ao hospital, gostaria de conversar sobre algumas coisas com você.
- Tudo bem, já estou indo.- desliguei.
- O que aconteceu? – Darling abocanhou seu taco.
- Era a médica, parecia preocupada. – olhei com cara de preocupação. –Bora temos que temos de ir ao hospital.
- Quer dizer que hoje vou conhecer a bonitona? – brincou de beliscar meus quadris.
- O que é isso? Perdeu o respeito. – fingi estar brava deixando ela boquiaberta. – Vê se não vai fora lá hein!
(...)
Chegando ao hospital, fui direto falar com a doutora.
- Boa tarde! Essa é minha parceira agente Bruster. – cumprimentei dando a mão num gesto cordial.
- Savannah pediu que te ligasse. Ninguém veio procura-la, e como precisará de alguns cuidados por esses dias. E não se lembra de nada.
- O que? – eu não tinha entendido.
- Precisa de um lugar para ficar. – falou rápido e eu me assustei.
- Quem pagou a conta do hospital? – parece que minha cabeça tinha dado um nó.
- Pelo número do seguro social, descobrimos que tinha plano de saúde e está tudo certo.
- Detetive ela poderia ficar em sua casa, você tem um quarto sobrando – as palavras de Sheila me fizeram girar a cabeça quase como a menina do Exorcista. A olhei espantada.
- Nos dá um minuto doutora.
- Você está louca! Como assim na minha casa? Não sabemos nada sobre ela. – eu agitava as mãos sem entender.
- Você está de férias, pode cuidar dela esses dias. – tentou me convencer. Mas a ideia de tê-la por perto me assustava.
- Sabe quantas pessoas eu levei em casa? Nenhuma! Sabe porquê? – discutíamos sobre o olhar sem graça da doutora. – Porque odeio ter alguém na minha casa.
- Carmen! Era a chance que você queria para ficar de olho nela.
Mesmo relutando assenti positivamente para a doutora.
- Pelo jeito já está resolvido, vamos falar com ela. – rumávamos para o quarto.
- Se eu morrer Darling! Venho te buscar lá do inferno. – bufei. Doutora, se alguém vier procurá-la, não diga que está ela está comigo. – falo séria. – Avise a mim ou a agente que está afim de me matar ok?
- OK detetive.
Entramos no quarto, e pude vê-la agora sem sangue ou roupa de hospital. Ela vestia uma camiseta do Rolling Stone branca, sem sutiã. Pude ver com nitidez as auréolas de seus seios; calça de moletom cinza, marcando seus quadris. Seus cabelos estavam soltos, a deixando com um ar meio selvagem. Sem querer lambi e mordi meus lábios, e tentei conter um suspiro. Respirei fundo.
- “eu to fodida”! –falei baixo.
- Está mesmo. – minha parceira retrucou rindo.
Fim do capítulo
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