Criminal por lorenamezza
Capitulo 3 LOS ANGELES
SAVANNAH POV
Acordo com uma tremenda dor de cabeça, levo a mão aonde a dor parece ser pior, percebo que estou com a cabeça enfaixada. Só aí me dou conta que estou num hospital. Tento puxar pela memória o que havia acontecido e me dou conta que não lembro de nada.
“ O que está acontecendo Savannah” – falo comigo mesma. – Levanto me apoiando na cama e no sofá até chegar a janela. Abro a cortina.
“ Onde é que eu estou? –olho pela janela e não parece Miami.
Ouço barulho na porta, entra uma mulher baixinha cabelos loiro tingidos, vestida de branco. Presumo ser minha médica.
- Bom dia Savannah! – Você não deveria estar de pé. – segurou em minha mão me ajudando a voltar para cama.
- Quem é você e onde eu estou? – eu demonstrava irritação.
- Sou a doutora Monica Smith, estamos no hospital geral em Los Angeles. Você foi baleada ontem, –falou enquanto examinava meu ferimento.
- Baleada? E você disse Los Angeles? – cocei as têmporas, eu não me lembrava o que estava fazendo em L.A.
- O que você lembra da noite anterior? – colocou a pequena lanterna em meus olhos.
- Ontem eu assinei a venda da casa de meus pais em Miami. Foi lá que fui baleada? Porque me trouxeram para cá? – comecei a ficar agitada.
- Calma Savannah! Vamos fazer um exame para descobrir o que está acontecendo. – começou a verificar meus batimentos.
- Doutora o que houve? O que está acontecendo? – eu estava entrando em pânico.
- Você não pode se exceder. Vamos te dar um sedativo. Depois conversamos.- ela acenou com a cabeça para enfermeira que rapidamente trouxe uma agulha, não demorou 3 minutos, eu apaguei.
CARMEN POV
Passei a tarde em casa enfiada em papéis, liguei para Sheila, pedi que investigasse Musk Technology queria saber o que o grupo levou daquele lugar.
-Darling me envia por e-mail tudo que você tiver sobre a Musk.
- Tudo bem! Mas posso saber porque? – pareceu confusa.
- Porque não é o modo operandis desse grupo. Eu quero descobrir o que essa corporação tem, que fez esse grupo arriscar esse ataque. – sorri de canto sem tirar os olhos dos papéis.
Cansada de tanto olhar papéis, saí para comprar algo para comer e quando vejo Taylor chegando.
- Boa noite Cam! Já que você não me ligou, resolvi vir te ver. – foi logo me dando um selinho.
- Taylor! – ergui as sobrancelhas, revirando os olhos. – Muito trabalho, não tive tempo de ligar.
- Você nunca mais me procurou. – subia as escadas junto comigo.
- Taylor nunca disse que tínhamos algo. – antes que pudesse abrir a porta de casa meu celular toca e atendo rapidamente para fugir da investida da loira.
- Boa noite! De la Veja falando
- Sou a secretária aqui do hospital, a doutora Smith pediu que te avisasse que a paciente acordou.
- Acordou? Graças à Deus! Obrigada já estou indo”.
- Viu Taylor! Assim é meu dia! Trabalho e trabalho. – levantei o celular e o sacudi de leve. – Você não vai poder ficar, preciso ir ver uma testemunha no hospital.
- Nossa Carmen! – bufou desanimada. – Conseguiu o queria agora me descarta. Você não presta mesmo e eu sou uma idiota. – falou rispidamente.
- Não é assim. – menti, era assim mesmo mas ela não precisava ouvir. Estou com a cabeça cheia de problemas. Prometo que te ligo, mas agora preciso ir. – dei um selo em seus lábios. Ela não sabia, mas era apenas uma trans* boa e nada mais.
Entro em casa, pego a chave do meu “consentido”. Em dias muito cansativos, adorava andar pelas ruas de L.A e ouvir seu ronco e sentir seu motor potente.
Ligo para Sheila, curiosa como sou, queria saber se havia conseguido novas informações.
- Boa noite! Sei que é tarde, conseguiu algo mais sobre a Savannah? – falo enquanto abro a porta do meu carro.
- Não só aquilo mesmo, sinto muito.
– Ela acordou, estou indo para o hospital. – dei a partida e meu carro roncou.
- Saiu com seu consentido? – ouvi sua risada pelo telefone.
- Sí Chatita! Mi consentido! Eu precisava ouvi-lo roncar hoje. – passei a mão de leve pelo volante. Para quem não sabe consentido em espanhol significa mimo. – Deixa eu te falar, Taylor acabou de sair do meu apartamento. Disse que só a procuro para sex*. – gargalhei.
- Errada não está! Você faz isso com todas. Quero ver quando se apaixonar de verdade. – a interrompo.
- Jamais meu amor! Está para nascer a mulher que vai me colocar de quatro. -rimos juntas.
- Não esquece Cam! O peixe morre pela boca.
- Está me rogando praga! Que grande amiga você é! – acelerava e passava por todos os carros a milhão.
- Sendo real– gargalhou. – Me manda notícias ok!
- Ok! Agora vou ficar de olho na linda vítima. - ri
- Imagino que será um sacrifício né dona Lopez De la Vega. – novamente gargalhou e eu também.
- Boa noite Bruster!. – desconectei a ligação e acelerei ainda mais meu Impala 67. Tinha ganho esse carro de meu pai, como um presente de formatura na academia de polícia, adorava ele desde criança, ouvir seu ronco, seu motor possante. Eu me sentia poderosa.
SAVANNAH POV
Acordo e não reconheço o quarto onde estou, sinto uma forte dor na cabeça e me recordo da manhã com a médica me contando do ocorrido. Ainda deitada respiro fundo ainda sem entender o que está passando. Me levanto me apoiando nas coisas até chegar no banheiro, lavo meu rosto, analiso a faixa em minha cabeça.
“ Em que merd* você se meteu” – falo para mim mesma.
Saio do quarto e vou em direção à janela, abro a cortina, a cidade agora não tinha mais sol, mas muitas luzes que quase me cegaram. Ouço a porta se abrir.
- Boa noite Savannah! Que bom que já acordou– doutora Smtih me cumprimenta. Mas não faço questão de me virar.
- Boa noite senhora Savannah. - uma voz suave acompanha a doutora, mas eu continuava a olhar a janela.
- Savannah! Você está com.. - a doutora me avisou de meu pequeno vacilo. Não havia me dado conta que estava vestida com as roupas do hospital com a bunda totalmente de fora. Me viro rapidamente e noto que a detetive tentava esconder um pequeno sorriso. Senti meu rosto queimar. Ela não parecia ser estranha, a encarei tentando lembrar de onde a conhecia. Olhei de cima a baixo. Longos cabelos encaracolados, olhos extremamente marcantes, apesar da pouca estatura, passava uma pose de marrenta. Mas a visão era agradável
- Trouxemos a doutora Keana para te fazer umas perguntas. Depois a senhora De la Vega irá conversar com você. -eu não entendia o que estava acontecendo.
Após responder várias perguntas algumas sobre minha infância, que era a única coisa que lembrava, fazer um raio x e outra bateria de exame. A doutora constatou que eu restava com amnésia seletiva.
-Savannah! Memória seletiva é após um grande trauma físico ou psicológico, lembrar- se apenas de algumas coisas. E tem também o fator de você ter sido baleada na cabeça. Seus exames não deram em nada, possivelmente você se lembrará de tudo mais cedo ou mais tarde. – ela era gentil, acho que tentava não me assustar. - Doutora me diga a verdade? – segurei em sua mão. – Eu vou recuperar a memória?
-- Não tem nada clínico para que isso não ocorra. – pareceu sincera.
- Você irá ficar em observação essa noite e amanhã poderá ir para casa. – a doutora tocou gentilmente em meus ombros. – Agora vamos te deixar com a detetive, se você quiser claro.
- Ir para onde doutora? Se eu não lembro onde moro? – suspirei enxugando uma lágrima que escorreu pelo meu rosto.
- Senhora Michaels! – a detetive com olhos doces me chamou. –Gostaria de fazer algumas perguntas se você deixar.
- Tudo bem! Só acho que não vou poder ajudar. – franzi o cenho.
CARMEN POV
Fiquei na cabeça com a imagem de Savannah com a roupa do hospital, aquela bunda que deu vontade de apertar. Que corpo ela tinha, porém, quando se virou, foi pior, pude ver como eram lindos seus olhos. Carmen se contenha! Digo a mim mesma. Depois desse lindo susto, me concentro em meu trabalho.
Espero que os médicos façam seu trabalho para depois fazer o meu. Fico sozinha com ela, e não pude evitar sentir uma certa apreensão. Me sentia diferente perto dela, quase como que minha respiração aumentasse sem nenhum motivo.
- Senhora Michaels! - me aproximo. – Gostaria de fazer algumas perguntas se você deixar. Peço gentilmente.
- Tudo bem! Só acho que não vou poder ajudar. – ela parecia desolada. - Pode me chamar de Savannah. – falou enquanto olhava para a janela.
- Você não lembra de nada da noite anterior? – franzi o cenho.
- Não sei nem como cheguei a L.A
- Savannah! – toquei de leve em seu braço, fazendo a mesma me encarar com olhos tristes, um pouco marejado. – Fui que te encontrei. Sabe o que fazia naquele local
- Que parte da “amnésia” você não entendeu! Mal sei do meu nome.- ela estava visivelmente emocionada e irritada. – A última coisa que lembro era de estar em Miami vendendo a casa de meus pais.
- Savannah Austin Michaels, 26 anos, Miami, pais falecidos, sem parentes, nascida em 3 de março de 95, formada em ciências da computação, conta no Bank of América –virou seu rosto com uma expressão de espanto, devido minha rapidez na resposta. -sorri com certa vergonha.
- Sabe onde moro? – pergunta com uma voz rouca deliciosa.
– Aqui em Los Angeles não, mas seu antigo endereço era de Miami, você vendeu essa casa a 3 semanas.
- Alguém me procurou? – olhou para minha mão, não havia notado, mas ela continuava em seu braço, retirei rapidamente envergonhada.
- Hum hum! – meneei negativamente com a cabeça.
– Quer dizer que sou uma Jane Doe! – novamente vi lágrimas brotarem em seus olhos, senti pena. Aqueles lindos olhos verdes, mostravam o sofrimento que ela sentia.
- Sinto muito Savannah! Naquele dia, quando te encontrei, antes de desmaiar você disse que precisava de algo, tem ideia do que era? – perguntei firme, porém tentei ser gentil.
- Precisava de que? – sentou-se de frente para mim e tornou a me fitar com aqueles olhos que mais pareciam a perdição. – Eu só disse isso?
- Na verdade você me pediu que não a deixasse morrer e depois disse isso. Mas infelizmente foi só. – eu tentava não demonstrar o quão nervosa ficava perto dela.
- Obrigada Detetive! Sinto muito não poder te ajudar. – voltou seu olhar para a janela.
- Bom! Meu trabalho por aqui acabou. – falei demonstrando insatisfação por ter perdido tempo. – Vou deixar meu telefone, caso se lembre ou precise de alguma coisa. – entreguei meu cartão.
- Detetive Carmen Lopez De La Vega, bonito nome. – sorriu sincera. – Isso quer dizer que não te vejo mais? – mordeu de leve os lábios. Caralh* eu adorei aquilo.
- Quem sabe! – falei sem pensar. – Michaels.- falei já saindo do quarto.
-Detetive! – falou com um sorriso safado, eu saí de seu quarto, sentindo um pouco de calor.
SAVANNAH POV
Fico olhando o cartão que Carmen me deu, pensando:
“ Será que eu era lésbica? Porque eu achei essa mulher muito atraente! – eu falava sozinha. Aquela calça jeans preta colada, que mostrava seu avantajada traseira, jaqueta também preta, olhar doce e intenso. Apesar de seu tamanho exalava uma segurança. E que boca carnuda também”.
Nesse momento doutora e me pega sorrindo.
- Vejo que está de bom humor senhora Michaels! – falou sorridente.
- É que acho que descobri algo sobre mim! – coloquei o cartão dentro da gaveta.
- Sério? E o que foi? – ela olhava minha medicação.
- Acho que sou lésbica! – gargalhei
- Deixa eu ver se adivinho! Você descobriu isso, por causa de uma certa morena, lábios sexys, com um quadril levemente avantajado que saiu por aquela porta não é? - apontou a porta rindo.
- Acho que não sou a única nesse quarto então! – rimos juntas.
-Não! É impossível não nota-la mesmo. – piscou. – Agora sério Savannah! – sua feição mudou completamente. – Tenho 2 notícias para você. Uma boa e uma ruim.
Fim do capítulo
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