Criminal por lorenamezza
Capitulo 2 O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
NARRADOR POV
Com a vítima já na cama do hospital, apesar do tiro ter pego de raspão, ela havia perdido muito sangue, os médicos tentavam salvar sua vida. A estabilizaram, suturaram a região onde pegou o tiro. Porém ela não acordava. Levaram-na para sala de observação. Como não encontraram documentos, perguntaram ao policial presente, se ele tinha informações sobre ela. Ele respondeu prontamente que não, mas que quem a encontrou fora outra policial, que ela talvez tivesse informações Ele deu o telefone do DP e continuou de prontidão. Teriam de esperar ela acordar para saber se o tiro causou algum dano.
CARMEN POV.
Saio do DP e vou para casa descansar, o dia havia sido terrível, meu corpo doía, parece que eu tinha tomado uma surra. Mas eu sabia que a dor que sentia era de frustação por mais uma vez não conseguir pegar “Os justiceiros”, demos esse nome à elas, porque quando pesquisávamos sobre suas vítimas descobríamos que todos, exclusivamente todos, tinham algo para se envergonhar. Todos eles tinham haviam sido processados por roubo, ou suas empresas não eram limpas. Elas faziam um bom trabalho para sociedade. Mesmo os traficantes, por mais que eu adorasse quando acontecia, não podíamos permitir justiça com as próprias mãos. Mas dessa vez eles mudaram de tática. Jamais fizeram um assalto direto.
Antes de entrar em meu apartamento, sento na areia e fico vendo o pôr do sol, que diga-se de passagem, naquele lugar esse momento era mágico, era como se o céu fosse feito de ouro, era irresistível não apreciar esse momento em Santa Mônica. Turistas de todo o mundo vinham para cá ver esse momento divino. Outros acompanhavam do letreiro de Hollywood. Eu amava esse lugar, também porque era lugar de turista, podia me misturar sem ser vista, eu gostava de não revelar meu endereço.
Chego em casa, retiro meu coldre, juntamente com minha Glock, respiro fundo como se tentasse esquecer esse dia. Entro no chuveiro e tomo um banho demorado, repasso mentalmente cada detalhe da nossa operação. Logo me vem à memória aqueles olhos verdes, junto com seu pedido.
“Não me deixa morrer! Eu preciso..” O que será que ela precisava? Será que ela sobreviveu?
Sinto uma vontade imensa de saber mais sobre ela. Desligo o chuveiro. Saio do banho, coloco um pijama leve, preparo algo para comer. Depois sento em frente à tv, vejo meu celular brilhar. Darling ( forma carinhosa que chamava minha amiga) havia e mandado e-mail com as informações sobre a vítima.
“ Savannah Michaels. Nascida em Miami em 03 de março 95. Pais falecidos, sem família aparente. ” Endereço atual: 10301 NW 70 Ct- Terrace – Flórida; número do seguro social: 019279606, fez engenharia da computação, Conta em banco, uma boa quantia, mas nada absurda
Leio mentalmente as informações, no fim da folha uma nota escrita por minha amiga:
“Chequei seu seguro social e não tem antecedentes. Aparentemente está limpa”. Liguei para o banco, as informações são as mesmas de sua ficha.
Encaro o notebook por uns instantes, com as mãos atrás cruzadas atrás da cabeça, soltando pequenas bufadas e olhando a foto que Mani me enviou.
“ Quem é você! Pessoa errada na hora, errada ou alguém que ficou para trás? Mas vou ficar de olho em você! Não me custa nada! “ -sorrio e fecho o notebook
Adormeço rápido.
Pela manhã, decido ir ao hospital. Rapidamente visto uma calça preta jeans, uma camiseta branca de alça. Típica policial, maquiagem leve, faço um rabo de cavalo não tão preso. Simples, mas ainda sim bonita. Não estava um caco como o capitão disse.- pensei.
Chegando lá, notei que Louis havia sido trocado e Justin estava em seu lugar. Me assustei ao vê-lo.
- Bom dia Justin! O que faz aqui? - o cumprimento com um gesto manual.
- Louis precisou ir, e eu estava à toa, me prontifiquei. – Não quis ficar em casa, sabe como é. Briguei com minha esposa. – sorriu falso.
- Como ela está? – olho em volta, como se buscasse algo.
- Com raiva de mim! – abriu os braços rindo.
- A vítima seu idiota! – não dei corda para sua brincadeira.
- Ela se salvou, o tiro pegou de raspão, mas ela não acordou. – apontou para um quarto à nossa frente.
- Pode voltar para sua casa Marlone. Eu assumo daqui. – falei olhando para o quarto onde Savannah estava.
- Não precisa detetive, eu fico. – relutou. Até porque você está de férias, não precisa estar aqui. – sua fala continha um ar de deboche.
- Vai querer discutir hierarquia comigo? Tem certeza? – o encarei séria.
- Não senhora! – saiu contrariado.
Fui até o balcão, mostrei meu distintivo e perguntei à assistente com quem eu poderia falar sobre a paciente.
- Doutora Smith! Essa policial gostaria de falar sobre a paciente do quarto 27. - a assistente me apontou
- Bom dia doutora. Como ela está? –caminhamos até o quarto onde Savannah se encontrava.
- Ela está estável, perdeu muito sangue. Está na unidade de terapia intensiva. Agora temos de esperar.
- Posso vê-la? – pedi educadamente.
- Infelizmente não! Ainda não acordou – abriu a cortina do quarto para que eu pudesse vê-la através da janela. -seu semblante era calmo.
– Alguém já procurou por ela doutora? – eu olhava pela janela do quarto.
- Não ninguém. Você tem mais informações sobre ela? – continuamos andando
- Savannah Michaels, 26 anos doutora.
- Obrigada detetive. Preciso continuar minha ronda. – Bom vou ficar de prontidão aqui, preciso interrogá-la assim que acordar. – fui me encostando na parede.
- Não vai adiantar muito, ela está sedada e mesmo que acorde logo, precisarei fazer uns exames. Eu te ligo. -se despediu e foi saindo.
- Tudo bem! Mas por favor! Assim que eu puder falar com ela, me chame – assenti, deixando meu cartão com ela.
Antes de sair de lá, liguei para a delegacia e pedi outro policial para ficar de prontidão. Alguém que não fosse o Justin.
- Oi Niall. Qualquer movimentação aqui você me avisa e só a mim ok! – eu adorava dar ordens.
- Sim senhora De La Vega!
- Outra coisa! Se alguém procurar por ela, quero ser informada.
Entrei no carro e parti para mais um dia tentando descobrir sobre Os justiceiros. Entrei a passos largos na delegacia, fiz sinal com a cabeça para Normani, para que me acompanhasse.
- Peguei uma xícara de café, tirei meu casaco, e já comecei meu interrogatório com Sheila.
- Você não está de férias? – me olhou assustada.
- O capitão está aí? – olhei de soslaio para sua sala.
- Não, mas se souber que você voltou, você vai arranjar encrenca. – fechou a porta rapidamente.
- Já conseguiu algo com as câmeras de segurança? - fui pegando algumas pastas. –Vou levar essas pastas para analisar em casa.
- As do beco e do andar que estávamos foram desligadas. –fez um semblante de derrotada.
- Que droga! Mas isso era de se esperar! Tenta alguma câmera da rua, que pegue o beco. - eu olhava a pilha de papéis sobre a mesa. – Ah! Você por acaso se lembra do rosto da suposta funcionária na Musk?
- Pouco, ela escondeu bem seu rosto. Mas era negra e alta. – se a ver reconheço.
- Darling! Deixa eu te falar mais uma coisa. – mordi os lábios. – A vítima é bonita hein! – gargalhei.
-Sua safada! Mas você mal viu a mulher? – meneou negativamente com a cabeça enquanto ria.
- Eu fui no hospital ontem, vi o suficiente para dizer que gostei do que vi.- mordi os lábios.
- Sabia que seu caso com Taylor não ia dar em nada! Está para nascer uma mulher que vai te segurar.
FLASHBACK DA NOITE DA INVASÃO A MUSK
DENISE JOHNSON POV
- Que merd*! Que merd*! Que merd*! – grito, enquanto Zayin me puxa pelos braços. – Será que a Savannah conseguiu.
- O que aconteceu lá dentro? – ele dirigia o carro mais rápido que podia.
- A polícia chegou antes, tivemos de nos separar. Levei as mãos à cabeça.
- Savannah ficou um pouco para trás, ia pelo metro para despistar. – Ela escondeu o dispositivo. Pelo menos isso.
- Será que viram nossos rostos? – ele parecia assustado.
- Só o meu, por causa da confusão, precisei mostrar, um pouco pelo menos. – eu olhava pelo retrovisor para ver se estavam nos seguindo.
- O que fazemos agora DJ?
- Seguimos o plano, esperamos esfriar, esperamos Savannah voltar e vamos encontrar S.C. – suspirei fundo. – Acabar logo com isso.
- Duas semanas? – Zayin assentiu com a cabeça.
- Antes disso S.C não vai nos chamar. Cuidado e novamente obrigada! – desci rápido já entrando me meu prédio.
Chego em casa e ainda nervosa, mas eu precisava tomar decisões importantes e seguir à risca as orientações de Savannah.
FLASHBACK OFF
Fim do capítulo
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