Criminal por lorenamezza
Capitulo 1 FUGA
Socorro! Por favor nos ajude! – a carrego com dificuldade, enquanto enfermeiros correm para socorrê-la.
- O que aconteceu? – vem a médica já tirando seu estetoscópio para checar os batimentos, apressadamente me perguntar
- Não sei, cheguei em casa e a encontrei nesse estado. –falo segurando uma das mãos dela. A médica me olha com cara de julgamento, e pergunta quem sou eu.
- Carmen de La Vega. – respondo rápido
- O que você é da vítima?
- Doutora ela é minha parceira. – falei enquanto a colocavam na maca, e em lágrimas eu beijei sua mão dizendo que tudo ficaria bem.
- Eu to aqui amor! Tudo vai ficar bem! – logo sendo empurrada para que pudessem atendê-la.
Sentei numa das poltronas, enfiei mina cabeça entre os joelhos, coçava as têmporas a todo momento.
Carmen POV
Los Angeles tempos atrás
-Oficial Marlone, leve os policiais para o lado esquerdo do prédio. Vamos surpreendê-los se tentarem sair por lá. – passo as ordens ao grupo menor.
-Sim detetive. – respondeu prontamente
– Vocês vão para saída central. Eles não seriam loucos de tentar passar por lá, mas não quero dar chance. Hoje nossa busca vai ter fim, vamos pegar os desgraçados. – ri piscando para eles.
- E nós por onde vamos? – a agente Bruster ficou curiosa
- Nós? –sorri de canto. –Vamos para o beco, isso se você quiser me acompanhar?
- Já sei hoje você resolveu que quer se matar e vai me levar junto. Ok! – riu me dando um leve tapa no ombro. –Vamos entrar então detetive, não vou te deixar.
- Eles estão no segundo piso, vamos entrar com calma ok. – fiz um sinal para que a ação começasse.
Corremos entre os carros até chegar no beco, fomos nos esgueirando para que ninguém percebesse nossa presença. Subimos as escadas em silêncio, apressadas, passando por uma sala. Um grupo de pessoas aglomeradas tentando se esconder num canto, todas agachadas com a cabeça no chão. Posição de que foi feito refém a pouco tempo.
- Por favor não nos matem!!! – gritaram cobrindo a cabeça.
- Somos da polícia! Não façam barulho! Onde eles estão? – Sheila Bruster perguntou enquanto eu verificava o perímetro.
-Estão no salão de cima, um andar acima.- uma negra alta, que demostrava muito medo, ainda de cabeça baixa apontou.
- Vão pelas escadas com cuidado. Corram pelo beco. – Sheila as guiava eu já subia lentamente as escadas, esperando-a para me ajudar.
Assim que os funcionários saíram, ela se juntou a mim. Fiz sinal com o dedo, apontando para ela ir na frente.
Subimos lentamente as escadas tentando não fazer barulho, chegamos ao segundo piso e fomos interrompidas pelo rádio.
“Detetive, não tem ninguém por aqui. Os funcionários estão dizendo que eles fugiram”
-Sheila rápido e com cuidado ok!- continuo a falar no rádio, olhando para todos os lados.
“-Como que caralh*s eles fugiram? ”- gritei quase esmagando o rádio em minhas mãos. ”
“-Detetive o prédio tem muitos funcionários”
Antes que ele continuasse, tive um insight, joguei o rádio no chão e corri desesperada em direção às escadas. Tentei alcançar o grupo de funcionários que passou por nós.
Desci o mais rápido que pude, abri a porta que saía no beco, olhei para os dois lados, porém sem sucesso, eles tinham fugido. De repente ouvi um murmúrio atrás de uma lixeira na saída do beco.
Com a arma em punho, fui lentamente verificar, levei um susto quando vi uma mulher jogada, ensanguentada. Olhei para os lados, não vi mais ninguém.
-Me ajude! – balbuciou.
Nos encaramos por um segundo, ela tinha olhos verdes esmeralda. Pareciam ser lindos, mas estavam opacos, um pouco de sangue saía de sua boca. A coloquei entre meus joelhos, comecei a busca por algum ferimento, senti molhar minhas pernas, passei a mão por trás de sua cabeça, quase perto da nuca e notei um ferimento. Deduzi que foi baleada. Ela segurou em minha mão, apertou e eu senti uma onda de calor invadir meu corpo. Quase como um choque.
- Não me deixa morrer, eu preciso.. – foram suas últimas palavras, senti sua mão soltar da minha, logo depois desmaiou
-Bruster!!!- gritei - Sheila! Sheila! – gritei o mais que pude. Logo a vi passar pela porta com o rádio em mãos.
- Rápido, chama uma ambulância, temos uma vítima aqui. Avisa que é grave, tiro na cabeça. - busquei algum documento de identificação, encontrei um crachá de visitante da Musk Technology: Savannah Michaels –Acho que o tiro foi de raspão, não vejo marca de saída da bala.
- Eles estão chegando Carmen! – Sheila tocou de leve em meu ombro, enquanto eu segurava a mulher quase desfalecida. Éramos muito amigas, desde a academia, ela sabia o quanto eu me preocupava com as vítimas. Por isso algumas vezes nos chamávamos pelo nome.
Os paramédicos chegaram a colocaram na maca rapidamente, já começando os primeiros atendimentos. Senti uma vontade imensa de entrar com ela na ambulância, não consegui tirar da cabeça sua feição me pedindo que não a deixasse morrer. Porém eu teria muito o que explicar a meus superiores.
-Sheila por favor! Preciso que você envie um agente junto para o hospital. – disse enquanto pegava minha pistola do chão.
- É para já tenente. – chamou Louis pelo rádio. – Carmen peguei seu rádio. – me estende a mão entregando o mesmo.
– Vocês não tinham tirado todos as pessoas? Porque tem uma pessoa baleada na nossa operação. – bufei no rádio.
- Não sei o que aconteceu detetive- Justin respondeu prontamente.
Após a correria de tudo, coço minhas têmporas tentando entender como fomos cair nessa. Pensei em como vacilamos.
- Chegou a ver o rosto de algum deles naquela hora Bruster? – minha fala era ríspida.
- Ei! Elas passaram por você também ok! - reagindo à minha fala.
- Porr*!!!!! Por isso estavam de cabeça baixa! Estavam se escondendo. – ergui os braços esbravejando.
Vejo Justin correndo com um telefone em mãos. Olho para Sheila e faço um sinal com o rosto indicando que lá vinha bomba.
- Detetive De La Vega! O capitão na linha quer falar com a senhora. – me entrega o celular, faço cara de poucos amigos e saio do campo de audição deles.
- Sim capitão! – minha voz demonstrava frustação.
- Que merd* vocês fizeram? – berrou. – Quero você em meu escritório agora.
- Senhor! - tentei explicar, mas ele desligou na minha cara.
Fui em silencio todo o caminho para a DP, esse caso estava causando tumulto entre os traficantes e grandes empresários de L.A. Alguns tinham dinheiro roubado de suas contas, no caso de traficantes, morriam misteriosamente, outros tinham suas tecnologias roubadas. O máximo que descobrimos dos bandidos, era que eles eram muito calculistas, conseguiam acesso às pessoas próximas a eles, depois colocavam seu plano em jogo. Eram 4 pessoas, em 5 meses sequer conseguíamos descobrir um pouco de suas identidades, já que para os golpes, muitas vezes eles se disfarçavam. Nenhuma das pessoas conseguiam de verdade dar um retrato falado verdadeiro. O que sabíamos de verdade era que duas das pessoas eram mulheres, e eram elas que executavam a maior parte do plano.
- Bruster! Quero as câmeras de vigilância das ruas em torno do prédio, principalmente do beco. Ah! Quero também informações sobre a mulher baleada – falo logo que desço da van da nossa corporação. – Assim que conseguir deixa na minha mesa. Agora deixa eu ir, que tenho de explicar mais um fracasso para o Matthew. Ele já pega no meu pé, depois de hoje então. – bufei.
- Posso ir com você, afinal estávamos juntas nessa operação. – Sheila se prontificou.
- Obrigada! Mas a operação é minha! A ação foi um fiasco sobre meu comando. – sorri sem vontade e entrei no corredor que dava na sala.
- Detetive De La Vega! Justin me contou o que aconteceu. Não acredito que com tanto tempo de profissão foi capaz de cair nesse golpe. – ele falava virado para parede, enquanto tragava forte seu cigarro. Em sua sala havia uma estante carregada de condecorações, que ele fazia questão de mostrar e se gabar, mesmo sendo um homem razoavelmente novo, conquistou rápido sua posição através da influência de seu pai e também por pouco feitos. Apesar de odiá-lo, eu o respeitava. Mas queria enforcá-lo quando me tratava como novata. Ele era um homem bonito, mas muito grosso, suas ordens deveriam ser cumpridas à risca. Ele continua com sua fala. – Em anos de polícia, nunca vi alguém ser tão burra a esse ponto. – virando-se de frente para mim.
- Senhor! Está me desrespeitando! Eu nunca falhei, em outras missões, sempre conseguimos atingir nosso objetivo. – falei firme com ele. – Eles já provaram que são muito bons, estamos tentando de todas as formas... – nesse momento fui interrompida.
- Quer dizer que não somos bons? Ou você não dá conta serviço? – riu debochado. – Não quero desculpas, quero resultado. Se você não conseguirmos nada, vão falar do nosso DP e isso não pode acontecer.
- Não vai acontecer senhor! Permissão para sair senhor? -fiquei em pé em prontidão.
- O que você tem sobre a mulher baleada?
- Ainda nada, estava sem documento. Mas vou pessoalmente ao hospital para ver sua situação.
- Ok! Mas depois você estará de férias. – falou ríspido
- O que??? – berrei.
-Carmen! Você está a 4 meses afundada em papéis, correndo de um lado para outro atrás deles. Vou te dar uma semana de folga.
– O senhor não pode fazer isso comigo. - protestei rapidamente.
- Olha para você. Não se arruma mais, está fixada com isso. Antes eu tinha uma detetive que faziam os homens suspirar. – apagou o cigarro e me olhou de cima abaixo. – Agora olha aí, está um caco. Quem sabe esses dias você descansa e volte melhor.
- O senhor está me tirando do caso, é isso? – minha cara apresentava o descontentamento que senti ao ouvir isso.
- Não, só preciso que minha melhor detetive descanse para resolver logo esse caso. – piscou. E sabemos que eles vão demorar para agir novamente.
- O que vou fazer nesses dias senhor? – falei como quem suplicasse para que ele voltasse atrás.
- Não sei! Vai visitar a família no México. – riu
- Vai se foder! E eu sou cubana senhor. Permissão para me retirar. -assentiu com a cabeça enquanto eu erguia o dedo do meio para ele rindo falsamente.
Odiava quando era chamada à atenção, quando isso acontecia, todos sabiam que eu viraria o cão. Hoje ainda mais depois das férias forçadas. -fui bufando para minha sala no caminho já gritei.
- Sheila, Marlone! Na minha sala agora! – ordenei. Eu sentia meus olhos queimando tamanha a raiva que sentia.
Me mantive em pé, atrás de minha mesa, à espera dos dois. Tamborilava com os dedos na mesa demonstrando minha impaciência. Assim que entraram percebi em seus olhares que estavam com medo da bronca que viria.
- Marlone! Que porr* aconteceu? – bati com força a mão na mesa.
- Detetive! Recebemos a ligação, que afirmavam que eles estavam no segundo piso do prédio. Montamos a operação baseado no telefonema. – sua fala não demonstrava preocupação.
- Cam! Eu mesma falei com a mulher! Ela estava nervosa e nos passou a localização. – Sheila falava envergonhada.
- Não sei porque está me cobrando Detetive De La Vega. – Justin falou com desdém. – Elas passaram por vocês e não por mim.
- Sai daqui antes que enfie a mão na sua cara! – fechei a mão, meu peito subia e desci com velocidade, eu respirei fundo, me jogando em minha cadeira.
- Diz que tem boas notícias Sheila! – encostei a cabeça no encosto da cadeira e fechei os olhos.
- Não muita!
- E sobre a vítima? Diz que tem algo? – praticamente implorei por alguma novidade.
- Ainda nada, estamos filtrando. Temos muito trabalho e muitas Savannah Michaels no sistema, assim que souber novidades eu te mando por e-mail.- falou quase sem voz.
- Que merd* de vacilo. Ainda tenho de aguentar esse mala do Justin! – eu colocava as mãos no rosto tampando um grito de raiva. – Eles estão sempre um passo à nossa frente, como sempre soubessem da nossa operação.
- Será que alguém aqui de dentro os está ajudando? –olhamos um para outra e depois para todos do departamento.
- Sheila Darling meu amor! Fui forçada a tirar uns dias de férias, mas por favor, me passe todas as informações do caso. Quero ficar a par de tudo enquanto tiver fora ok.
- Vou trabalhar de casa, amanhã passo no hospital para ver se ela sobreviveu.
- Qualquer novidade te aviso Cam.
Fim do capítulo
Bom venho novamente com uma história com um pouco de mistério. Essa história está pronta em meu note, vou postando ou por dia ou por semana ( sou ansiosa, provavelemente será em dias rs).
Essa história fala de entrega, de confiança, de se jogar nas situações mesmo estando no escuro. boa leitura
Comentar este capítulo:
Rizzardi
Em: 21/08/2021
Acima de tudo a autora é modesta. Isso é bom. Eu credito que foi bem objectiva mesmo porque se fosse a dar muitas voltas, a nossa cabeça girava junto de tanto esperar pelo final... Valeu, como leitora e admiradora do vosso trabalho, continuarei a espera do próximo livro.
Tudo bem...
Razzani Rizzardi...
Resposta do autor:
OBRIGADA! :)
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Rizzardi
Em: 18/08/2021
É uma história incrível. Eu li vezes sem conta... Emocionante, cativante, quem for ler, vai perceber o quanto é bom. Obrigada pelo romance e continue a presentiar-nos com o seu dom.
Um abraço... Razzani Rizzardi...
Resposta do autor:
UAU! NEM SEI COMO AGRADECER. MEU PROCESSO DE ESCRITA É SIMPLES. A HISTÓRIA VEM EM PEDAÇOS NA CABEÇA, ESCREVO SEU ESQUELETO E VOU ACRESCENTANDO PEDAÇOS.
MINHA ESCRITA É SIMPLES, PQ ACHO QUE AINDA NÃO SEI SER PROFUNDA OU NÃO QUERO, DE PESADA JÁ BASTA A VIDA.
OBRIGADA MUITO OBRIGADA PELO CARINHO. SÃO COMENTRÁRIOS ASSIM QUE FAZEM VALER A PENA. MUITA LUZ!
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