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Entre Cosmos e Nanquim por shoegazer

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Palavras: 1593
Acessos: 1661   |  Postado em: 08/07/2021

Não me procure

Décimo dia de abstinência, sendo regulado com cigarro. As lembranças voltam a me perseguir.

— Mamãe, onde está o papai?

— Nana, temos que conversar...

— O que aconteceu?

— Papai não vai mais morar com a gente.

— Por que o papai faria isso, mamãe?

— Papai está passando por um outro momento,
precisa de um tempo para pensar.

— A senhora está mentindo, mamãe?

— Não, Nana...

Nessas horas, não lembramos nada de bom, deitada na cama, vendo as horas passarem.

— Sofia, tenho uma coisa pra te falar.

— O quê, Nana?

— Eu acho que gosto de você.

Senti meu estômago revirar.

— Que porr* é essa, Alana? Você é sapatão?

Ela me xingou e nunca mais falou comigo. Como eu chorei nesse dia...

— Nana, eu acho que gosto de você.

— É sério isso?

— Tudo bem se não gostar, é porque...

— Eu também gosto de você.

Dei um sorriso afável ao lembrar disso. Por onde anda ela, afinal?

— Alana, olha só o que eu ganhei, ingresso
praquele filme, vamos?

— Com certeza!

Como eu ri com as bobagens que fizemos no shopping naquele dia.

— Que história é essa de ser lésbica, Alana?

— Desculpe mãe, eu...

— Acha mesmo que eu vou aceitar uma filha assim?

— Mãe, eu...

Ela deu um tapa tão forte no meu rosto que ainda podia sentir.

— Filha minha não é uma coisa dessa!

— Desculpe, mãe...

— Cala a boca!

Como o Alan ainda tinha coragem de falar que nossa mãe me ama?

— Eu não escolhi isso, mãe, por favor...

— Você vai morar com o seu pai, porque comigo
não mais!

— Por favor, mãe, não...

— Não me toca, sua aberração!

Tudo na minha mente depois disso é um grande vazio, mas lembro de quando eu fui até o meu pai.

— Nana, você sabe que adoraria
que você morasse comigo, mas a Irene não ia...
aceitar você.

— Mas o senhor é o meu pai, meu parceiro
pra tudo, esqueceu?

— Mas ela é minha nova esposa, e estamos
esperando sua irmãzinha.

— Eu só tenho o Alan como irmão, ou
esqueceu dele também?

— Nana, não complique ainda mais as coisas.

— Eu fui expulsa de casa, pai, como o senhor
não pode me abrigar na sua casa?

— Eu tenho outra família agora, Alana.

— Então eu não sou mais parte
da sua família?

O silêncio dele me machucou mais do que se ele tivesse falado qualquer outra coisa.

— Então se foda você e a puta vadia
da sua mulher.

Lágrimas começaram a descer do meu rosto, e por mais que eu tentasse enxuga-las, elas continuavam vindo.

— Alana, o que você está fazendo aqui?

— Nem o papai e nem a mamãe me querem
mais, Alan.

— O que aconteceu?

— Acho que eu não deveria existir...

— Não diga isso, ouviu? Entra e me fala
o que aconteceu.

Levantei e balancei a cabeça, peguei o telefone e liguei para o Matheus.

— Onde você está?

— Eu estou com minha mãe no supermercado, devo chegar em casa em torno de uma ou duas horas.

— Deixa pra lá, depois conversamos.

— Nana, espera...

Desliguei o telefone, respirei fundo, vesti uma camisa por cima da camiseta e sai correndo sem rumo.

Corri por todo o bairro onde morava, e fui embora correndo, mesmo em parte do trajeto ter perdido o fôlego muitas vezes. Continuei o trajeto o mais rápido que pude sem me importar com o que pensaria as pessoas ao meu redor.

Porém, teve um ponto em que não consegui correr mais e parei em frente a uma praça pouco movimentava, e sentei em um dos bancos livres.

— Nana, quero te apresentar uma pessoa.
Essa é a Paula.

— Prazer em te conhecer, Paula.
— Me falam muito bem de você, Alana.

— Sério, e o quê?

— Não quer ir lá fora conversar
um pouco?
— Por que?

— Quero confirmar se tudo que falam
é verdade.

Minha cabeça girava, e minha boca estava seca. Comecei a me coçar, começando por minhas mãos e passando por meus braços, e minha respiração começou a falhar. Tentei respirar fundo, mas o ar parecia sumir a cada vez que tentava respirar.

Comecei a tremer também, então abaixei a cabeça. Sentia como se meu mundo estivesse desmoronando de uma vez todo em minha cabeça.

— Você falou que nunca ia me abandonar.

— Alana, aconteceu, não foi por que eu quis.

— Você é igual a todos mesmo.

As lágrimas voltaram mais uma vez, então me segurei entre os braços, como se estivesse me abraçando.


— Eu não quero uma pessoa como você
na minha vida,
você é um atraso!

— Por que você não vai se foder então,
sua cadela mentirosa?

— É por isso que todos vão embora.
Ninguém vai conseguir ficar perto de uma
pessoa como você.

O choro continuava a transbordar.

— Pai, eu estou com medo.

— Não precisa ter medo de trovão, Nana.
Você já está uma mocinha!

— Mas eu continuo com medo.

— Vou cantar uma música para você
se distrair então, tudo bem?

— “Não procure saber onde estou... – fechei os olhos, ainda com as lágrimas descendo no meu rosto – Se meu jeito te surpreende...[1]”

Continuei cantarolando por um tempo, enquanto tentava conter minhas lágrimas, até que ouvi uma voz ao meu lado, me pegando desprevenida.

— Mas só chove, não é?

Levantei o olhar, e vi que era Catarina. Ela segurava uma garrafa de água e a mochila nas costas, e se sentou ao meu lado.

— Meu pai adora essa música, reconheci de longe – ela ofereceu a água para mim, e aceitei.

— O meu também, por isso eu odeio essa música.

Suspirei fundo, e devolvi a garrafa para ela.

— Você não vai me analisar por isso, não é?

— Eu já disse que não sou sua psicóloga, nem atuo na área – ela puxou uma pastilha do bolso, me oferecendo também – Quer pastilha? É bom pra controlar a ansiedade.

— Mas e se fosse? – peguei uma das pastilhas, mastigando.

— Se eu fosse, nem estaria conversando com você assim, há uma coisa chamada ética – ela apontou com o poste de pastilha para mim – Você só participa de um estudo no qual estou produzindo.

— Por que você não atua na área?

— Não tenho aptidão para lidar com as pessoas, só de estudar o seu comportamento e saber como melhor intervir.

Olhei para ela de soslaio, e ri.

— Depois reclama quando te chamam de cientista maluca.

— Meus amigos também não me viam com bons olhos – ela sorriu, balançando a cabeça – Mas o que importa é que teve um mais maluco do que eu que comprou minhas teses para estarmos desenvolvendo, e que, olha só, está ajudando as pessoas.

— Você tem razão – concordei com a cabeça, pedindo mais uma pastilha para ela – E o que você faz quando não está tentando dominar o mundo?

— Eu caminho, eu desenho, saio para o cinema sozinha...

— Pensei que você namorasse.

— Definitivamente não – ela riu – Eu vivo dentro de um laboratório, como vão achar isso atraente?

— Quando tento falar alguma coisa para descontrair, você me corta.

— Estou no meu ambiente de trabalho, Alana – ela apontou para mim novamente – Profissionalismo.

— Mas agora você não está nele – arqueei uma das sobrancelhas, levantando-as.

Ela sorriu, abaixando a cabeça, e logo levantou.

— Não, não estou, por que?

Meu telefone tocou e vi a mensagem.

— Posso te chamar para tomar um...café então?

— Um café? – ela disse, surpresa.

— Sim – me levantei – Você pode?

— Claro, só precisa me avisar o dia pra que eu possa me... programar.

—  Você está livre sábado à tarde então? – olhei mais uma vez pro telefone.

— Estou, mas...Aonde?

— Sabe a cafeteria que fica do lado da parada de ônibus ao lado do banco?

— Acho que sei.

— Pronto, então te encontro lá as quatro e meia, cinco da tarde – disse, andando para trás – Até mais.

— Até – ela continuou sorrindo enquanto me despedi, acenando.

*

Quando cheguei em casa, Alan estava no sofá, assistindo televisão. Sentei ao seu lado.

— Deixei sua janta lá em cima da mesa – ele disse, sem desviar o olhar.

— Como você está, Alan?

— Vou bem.

— E a Valentina?

— Fala que me odeia e que acabei com a vida dela e o pai dela me ameaçou de morte.

— Mas ela está bem daquilo?

— Está tudo bem sim, fiz questão que fosse o melhor.

— Mas que merd*, Alan – olhei para a televisão – Se a mamãe souber disso, acho que ela te mata.

— Não ligo – ele suspirou – Era o melhor a se fazer.

Ele estava sério olhando para a televisão, então encostei minha cabeça em seu ombro.

— Obrigada por tudo, maninho.

Ele virou a cabeça, me olhando de soslaio, e bagunçou meu cabelo.

— Eu não disse que você ia me agradecer uma hora?

Ele encostou a cabeça na minha, e continuamos assistindo televisão, no canal de esportes.

— Desculpe pelas merd*s que eu faço também.

— Quero ver você bem e formada, se possível.

— Isso não é pedir demais já?

 — Talvez.

Rimos e voltamos a assistir televisão.



[1] Primeiros Erros (Chove), Kiko Zambianchi.

Fim do capítulo


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Comentários para 9 - Não me procure:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 08/07/2021

É uma luta diária que bom Alana vc está tentando.


Resposta do autor:

torcemos que as coisas continuem assim para melhor ?? 

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