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Fronteiras por millah

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Palavras: 3281
Acessos: 1073   |  Postado em: 06/07/2021

Capitulo 6 Nada mais que um dia comum

 

Eu não tinha palavras contra a teoria da Marga. Ela estava certa, por baixo de toda mascara a um. Escondido ou adormecido e quando você cresce na favela aprende isso rapidinho.me lembrava do vizinho que tinha me amarrado no poste como brincadeira e me deixou lá das quatro as seis da noite. Minha mãe me resgatou e no outro dia ele riu de mim. Claro que quando se é criança as consequências pouco importa mas quando fiz quatorze eu fiz ele comer meio quilo de areia para me vingar em um surto meu que nem eu entendi direito na época e logo depois ele sumiu.

 Contra aquela teoria eu não poderia ser do contra porem, as pessoas boas, elas ainda existiam e eu ia fazer de tudo para ajuda-las.

--você é muito negativa sabia?(rs)—disse minha mãe a Marga e seu sorriso escondia algo mais além da impressionante maneira como elas se entendiam. O sorriso da minha mãe estava tão cheio de paz e felicidade ao lado dela que me surpreendia como dificilmente eu o via assim. Tão aberto.

--foi você que me deu um pé na bunda lembra?—revelou Marga.

--isso não foi ser negativa foi ser realista.—retrucou ela.

--podemos ser realistas agora. A realidade é que você me olha e lembra de todas as coisas boas que vivemos.—a voz de Marga ao responder ate possuía outro tom, um tom bobo apaixonada e minha mãe não ficava atrás permanecendo naquele olhar eterno.

--(rs) essa ela não esperava, vem Mari essas duas agora vão ficar nessa melação a noite toda.—Lina pulou da cadeira mas me prendi aquilo ate ela me puxar.

Acompanhei Lina ao sofá da sala, mas não conseguia tirar os olhos da minha mãe e Marga. Elas discutiam mas os sorrisos não saiam de seus rostos e algo dentro de mim lutava para gostar daquilo.eu não entendia o porque desse bloqueio.

Logo elas vieram para o sofá e Marga me encarou estranho mais ainda pra Lina ao meu lado.

--da pra dar espaço Lina?—pediu ela já de cara fechada.

--o que? O sofá é grande da pra você sentar e a Helena também.—respondeu ela daquele jeito rebelde tentando assistir a tv.

Marga lançou a ela um olhar raivoso persistente e ela estava quase decidida a arrancar Lina do meu lado quando ela respirou fundo.

--tudo bem pode ficar ai Lina.—conformou-se Marga.

--viu só?!(rs) ela não se importa.—Lina se acomodou mais perto de mim e vi seu braço se acomodar atrás do meus ombros no sofá. Marga ate parou seus passos diante disso. Se não fosse por minha mãe dar um toque a ela puxando Marga para se sentar ao seu lado Marga tinha bancado a cachorrinha com raiva e esse comportamento controlador dela era impressionante, ela mal me conhecia e já estava com este estranho sentimento de posse e depois que ela se sentou ela não tirou os olhos de mim.

--o que vamos assistir?—perguntou minha mãe interessada ao menu.

--um filme que acabou de lançar.

--espero que seja bom. não quero perder meu tempo.—respondeu Marga amargamente.

O filme ate que foi interessante, me prendeu do começo ao fim mas não era a toa o sentimento de vigia. Marga passou o filme olhando para mim com aquela cara irritada. Talvez porque Lina e eu estávamos mais que juntas no nosso cantinho. Lina comentava varias vezes do filme para mim ao meu ouvido já que a tv estava alta e as vezes tive que rir de suas criticas e foi uma surpresa tanto humor. Olhar para Marga era cavar a própria cova mas evitei ficar olhando e quando as luzes da sala se acenderam minha mãe já se preocupou com o jantar primeiramente.

--vou fazer algo para a gente comer.

--não precisa Helena.

--eu to cheia de fome.—disse Lina com um salto do sofá.

--você nem mora aqui. —ressaltou Marga vendo ela seguir para a cozinha.

--que consideração. Negando um pratinho de comida?—reclamou ela.

--(rs) isso nunca foi um problema para você. O que houve com aquela menina do baile?—perguntou Marga e Lina riu debochada.

--deu pra dar uma ch*padinha e eu poderia ter comido ela com toda a emoção do primeiro encontro se não fosse uma certa fujona me atrapalhar.—ela olhou pra mim e tive que rir pelo menos um pouco.

--o que? A culpa é minha?(rs)—me ergui do sofá me aproximando da cozinha e fui recebida por Lina sentada na bancada e seu sorriso e olhos brilhantes. Ela era engraçada isso eu não ia negar.

--olha essa carinha linda.—apontou ela para mim vendo não sei o que de tão extraordinário.--(rs) é por isso que eu não mato ela. Por sua culpa aquela menina ficou achando que tu era minha ex.

--me desculpa por isso.

--não precisa,eu comi ela ontem.

Marga tentou não sorrir ou mostrar que estava adorando tudo aquilo mas entendi bem o que ela pretendia ao deixar Lina bem próximo a mim. Mostrar que Lina era uma cafajeste com peitos foi bem efetivo.

Jantamos e subi para meu quarto acompanhada da minha mãe que era só sorrisos. Ela parecia ter adorado passar o filme ao lado de Marga e depois o jantar que ela e Marga não paravam de relembrar os bons tempos. A vida caótica delas e a ascensão de Marga. A carinha bonita não revelava mas quando Marga contou que seduziu o antigo dono do morro e quando teve a chance e arrancou a goela do cara aos dentes enquanto esfaqueava ele e ela seria uma santa se parasse por ali mas Marga contou com gosto como arrancou a cabeça dele e desceu o morro limpando cada soldado do crime em sua fúria. Aquilo me fez pensar, as mulheres do morro que viviam de cabeça baixa e temendo que seus maridos voltassem para casa cheirados de cocaína viram em Marga a salvação. A libertação de uma vida presa a um merd* que somente as levariam a morte. Por alguma razão ver onde meu pai se enfiav* nisso tudo era de mal a pior. Ele havia abandonado minha mãe gravida e não duvido que tenha compactuado com o antigo rei do crime já que minha mãe nem citava o nome dele. Eu não queria saber dele, eu não queria me apegar aquele lugar por mais que Marga e minha mãe estivessem sei lá,flertando?eu não queria saber.

--eu não entendo você.—falei e minha mãe ate parou de sorrir.

--a gente se dá bem e dai? Isso não quer dizer que vou voltar pra ela.

--não? Tem certeza?

--e você? Esta querendo isto pra mim?

--não!

--então, minha única preocupação é que você se torne a medica que deseja ser e que nossa casinha venha o quanto antes. Não por suas mãos mas pelas minhas! Sei que tem muita coisa jogada nas suas costas mas..tem seus sonhos para realizar e sei que consegue realiza-los. Quem sabe você ate trabalhe no posto daqui. Viu como esta acelerada a obra?

--cuidar dessas pessoas do morro? Depois de tudo mãe?

 --sim Mari. Tem muita gente aqui que nos julga porque somos diferentes, porque ficamos no nosso cantinho mas..você disse que queria lutar pela vida então não escolha quem salvar. Sei que consegue dar o melhor de si então não se preocupe comigo.

Ela me passou nas escadas mas eu tinha que abraça-la e por isso agarrei suas costas e ela parou.

--me perdoa..

--eu não sei. Talvez se me der mais alguns desses abraços por dia eu posso aceitar.—eu a enchi de beijos e abraços e ela sorriu animada.

--agora vá descansar porque amanha você começa o curso e acho que estou mais ansiosa do que você.

--por quê?

--essa ideia da Marga de te colocar em um lugar tão caro, deve ta cheio de gente de todos os tipos.

--esnobes e ricos você quis dizer?

--você entendeu.

--(rs) depois do que ela fez não duvido ser atirada a rua ou a um camburão assim que pisar naquele lugar.

--(rs) ainda bem que você sabe correr bem rápido.

Me despedi da minha mãe e segui para meu quarto.eu preparei tudo na bolsa e não tinha como negar eu estava ansiosa também pelo dia que viria por isso dormi como uma pedra.

*****

Amanheceu e não esperei um segundo mais naquela cama. Tomei um banho, vesti uma roupa legal, penteei o cabelo e fiz um rabo de cavalo e peguei minha bolsa. Eu estava mais do que pronta.

Minha mãe com sempre estava na cozinha e o cheiro do café explodia dentro de casa.

--bom dia e cuidado com o café, esta quente.

--bom dia mãe.—peguei a xicara e quase me engasguei.

--menina..

--eu to bem.(rs) mais que bem.—depois do maravilhoso desjejum me despedi dela com um beijo e sai da casa de Marga.

Era muito bom respirar aquele ar friozinho pela manha e aquele calorzinho do sol sem Marga no meu pé ou me trancando naquela casa ou pior, mandando Lina me vigiar. Acho que foi a primeira vez que desci aquelas escadarias e percorri aquele labirinto feliz por sentir que pelo menos hoje tudo estava como antes. Parecia que eu estava sonhando, finalmente um curso decente e sendo uma coisa boa eu comecei a pensar em agradecer Marga e isto já era um caso bem diferente e complicado. Ela me deu tudo que eu mais queria sem que eu pedisse e isto seria o mais difícil para mim. Ela estava tentando ser legal comigo mesmo eu sendo um saco com ela.

Ao ouvir o barulho da reforma do posto eu via que já estava chegando na metade do morro e no meio de tantas marteladas eu ouvi Marga reclamando com alguém da obra e quando virei a esquina eu a vi conversando com uma das suas minas guardiãs. Ela mais brigava e isso fazia qualquer um sair de perto. Porém meu caminho era aquele então não tinha jeito.eu tinha que continuar.

--ae Marga desculpa.—disse uma das mulheres sem jeito.

--desculpa você pede para essas porr* de pedreiro. Será que nunca viu homem??deixa os caras trabalhar!—reclamou ela.

--é que eles são bem gostosinhos. Quando passam o cimento na parede com aqueles corpinhos suados.—a mulher tava bem animadinha com um sorriso safado no rosto.

--não quero saber, esse posto tem que ta pronto o quanto antes e você sabe bem porque. Para no dia que você estiver ai toda fodida ter pelo menos um lugar para te levar.

--(rs) meu plano de saúde.se botar um desses como medico vou adorar os tiroteios.

Eu estava quase perto delas mas Marga já olhava pra mim atenta aos meus passos e quando passei ela pousou sem braço sobre meus ombros e me acompanhou.

--o que foi?—perguntei a ela e seu silencio do qual ela usava para me analisar.

--ta indo para o curso? eu te levo.

--eu vou de ônibus.

--(rs)..ta falando sério?

--estou,eu tenho um passe.

--é o seu primeiro dia e você vai chegar de busão?

--não vejo problema.

--claro, porque Lina seria a mais indicada te levar pra lá não é?

--isso não tem nada haver.

--não foi o que me pareceu ontem. Risinhos, chamego, espero que tenha sido o suficiente.

--essa é pra mim gargalhar? Imagina se você fosse realmente minha mãe. (rs) Aquilo não foi nada. Lina é legal, ela é muito engraçada mas isso é maldade da sua cabeça.

--(rs)...eu conheço Lina já tem uns bons anos. Ela foi minha primeira recruta.com doze já corria atrás de mim por esses becos. Querendo fazer algo pra mim (rs)..ela é como uma irmã mais nova pra mim mas não quero você caindo na conversa dela.

--a amizade dela já é o suficiente. E tem outra coisa, também não quero que..se arrisque por mim.eu agradeço pelo curso mas  o que fez..não precisava.

--olha, olha..você se importando comigo?(rs) logo eu? a madrasta má. Foi por isso que me contou sobre aquela policial? Poderia ter levado ela lá pra casa.

--eu não sou dedo duro. Por mais que você seja..você, eu não queria falar nada. Ela me encheu de perguntas. Ela conseguiu assistir a gravação de uma das câmeras do prédio em frente a entrada do morro, viu eles e certeza que me viu. Ela sabe quem são mas não me inseriu..é obvio que ela quer te pegar.

--você acha? Ela bem que esta tentando. Alice Valentin tem uma longa ficha de renome no banco de dados da policia e isso é bem interessante.

Aquilo era estranho e estava nítido que para Marga ela pensava o mesmo. Marga me surpreendeu ao ser tão poderosa ao ponto de ter acesso ao banco de dados da policia e isto a deixava um passo a frente sempre em qualquer situação. O fato de Alice não ser uma policial qualquer e ter possivelmente um cargo na alta cúpula me fez avaliar o quanto Marga era procurada pela lei.

--(rs) esqueça isso. O que achou? O posto ta sendo reformado e ta ficando melhorado com tudo que outros postos não possuem. —dissera ela com um jeito orgulhoso do local que tomava uma forma de respeito, bem diferente de como era antigamente.—o antigo posto que nem vacina tinha agora vai receber alguns médicos de responsa. Instrumentos pra dar inveja a qualquer hospital da cidade.

--eu espero mesmo que não seja aqueles pedreiros.(rs)

--(rs) eu pensei que poderia se unir a essa equipe que ta chegando. Sei que começou agora mais..poderia dar certo.

--isso seria pretencioso demais. Eu vou começar meu curso e longe de mim já querer algo assim.

--eu sei,eu sei mas..Helena me disse que você é bem mais inteligente e já esta avançada na matéria e toda essa porr*.

--é claro que eu ajudaria quem precisasse, mas é loucura tentar fazer tudo sem pratica.

--(rs) engraçado eu já costurei a perna de uma garota sem pratica alguma. Era isso ou deixar ela sangrar pelos becos depois do tiro que levou.

--deve ter ficado uma merd*.

--só estou dizendo que quem quer consegue.

--eu entendi seu ponto de vista.

Chegamos ao ponto de ônibus e o busão já se encontrava na parada recolhendo pessoal. Claro que beijinhos e abraços não seria o indicado comigo e ela mas eu não sabia o que fazer com Marga por isso trocamos um olhar esquisito e de corpos travados.

--tchau.

--tchau.—ela retrucou mas me deu um tapinha nas costas que quase estralaram minhas costas. Bruta do caralh*.

Como o de sempre na minha cidade querida fez do meu ônibus empacar como um burro teimoso no engarrafamento. E era engraçado nas varias coisas que existiam ao meu redor que puxavam minha atenção para longe da minha ansiedade, como o gordo que tossia sem parar ou na mulher que devorava um cachorro quente contaminando as mãos com germes daquela haste que segurava. Eram coisas aleatórias que me incomodavam de um jeito pior que meu atraso.

Eu me atrasei para o meu primeiro dia e cheguei correndo no curso. Tanto que fui parada por um fiscal de corredor dentro do prédio.

--ta bem tarde para entrar agora querida.—disse ela me parando.

--Mari.—falei e ele só faltou virar os olhos ao suspirar.

--a garota nova?

--sim!!eu entrei..

--tanto faz. Qual curso?

--medicina.

--(rs)..—ele pegou um cartão e me entregou.—passa isso na catraca toda vez que entrar no prédio. Volta la e passa.

--o que? Agora vocês me dizem isso?

--você tem que marcar sua presença querida.

--Mari! Esse é o meu nome.

--o que esta acontecendo aqui?—perguntou um cara de terno vindo apressado e bem que tinha cara de diretor ou supervisor chefe mas quando me viu não sei o que deu nele mas travou. Ele deve ter conhecido o método de Marga.—volta lá e passa seu cartão na catraca. Disso você deve entender não é?

Eu senti o seu tom ressentido. Marga fez do nariz daquele cara uma maçaneta de tão amassada e agora esse descontar suas raivas em mim não era o melhor jeito de começar aquela situação porque eu não estava ali para ser chamada de pobre mas para estudar então depois daquela indireta respirei fundo para não acender meu pavio.

--tudo bem.

--o que vai ser mais uma catraca no dia não é?—disse ele irônico em ser um bosta.

--eu não tenho vergonha alguma de usar uma catraca senhor. Tenho orgulho em dizer que a uso no meu dia a dia e não somente como uma alegoria de marcar presença. É um sinal da minha independência. Eu não sou como esses filhinhos de mamãe ou queridinhas do papai e muito menos uma selvagem como Marga.—respondi e ele cruzou os braços e sorriu.

--não vai ter ela para te defender aqui, fique ciente disso.

--(rs) isso ainda é uma escola não é? Não tenho nada para me preocupar.

Passei deles e fui ate minha sala e a aula realmente já tinha começado e entrar lá não foi como ser recebida de braços abertos e sorrisos gentis, estava mais para o jeito que me olhavam sempre em todos os lugares que eu ia quando sabiam perfeitamente de onde eu vinha e olha que eu estava com as roupas que Marga havia me dado.

--deve ser a estudante nova.bom, sente-se e da próxima vez chegue na hora.—disse o professor com um livro na mão e a lousa cheia de garranchos de explicações.

Achei uma mesa vazia na ultima fileira embaixo do ar condicionado. Aquilo seria péssimo para mim mas me sentei e como não era a primeira vez que sentei no fundão ao contrario do que todos pensavam eu me senti confortável.

A aula já estava avançada alguns capítulos, mas ainda não era novidade em nada do que eu havia estudado em casa. Acho que foi surpresa para o professor quando me encheu de perguntas que foram todas respondidas por mim sem hesitar. Infelizmente eles não se surpreenderam pelo motivo certo.

--como sabe de tudo isso?—perguntou o professor curioso.

--estudando..como todo mundo.—respondi já estranhando sua pergunta e os olhares virando-se para mim.

--deve ser difícil..

--por que seria?

--bem,o nosso reitor nos falou que você mora no morro da prata. Onde se esconde a traficante de drogas mais procurada do país. Deve ser difícil estudar com toda aquela baderna e funks de madrugada.(rs)

--ela não é traficante de drogas.—respondi e todos me olharam mais uma vez surpreendidos.

--...perdão?—perguntou o professor confuso.

--Marga não é traficante.—retruquei e ele conteve seu risinho.

--mas é uma bandida como todas as outras. Enfim que conversa terrível.(rs)

Todos riram e não sei onde viam graça naquilo mas continuamos com a aula e o professor tentou me esquecer um pouco e isso foi um alivio.

Não era como eu esperava. Nada era na minha vida. Fora a atenção do professor ninguém havia falado comigo além do garoto que sentava do meu lado que me informou a pagina do capitulo e pelo visto ali não seria diferente do morro. Os cochichos e olhadinhas estranhas já começavam do outro lado da sala e tentei não ligar.

--hey..—chamou ele minha atenção.—não liga para ele. É um maluco lunático.(rs)—disse ele baixinho a sorrir.

--percebi.(rs)

--conhece mesmo ela?Marga?—perguntou ele baixinho e bem curioso sorrindo a mim com dentes brilhantes e um jeitinho encantador se encolhendo pelo frio que ali fazia.—me desculpa,(rs) deve ser chato falar sobre isso direto. Desculpa.

Parei para observa-lo e pensar que seria assim meu começo naquele curso de um bando de gente curiosa pra saber sobre o morro e Marga me incomodava contudo, ele rapidamente compreendeu isso. O que não era tão mal assim.

--ela..me ajudou a entrar aqui.—respondi receosa porem ele se mantinha tão atento e com aquele sorriso no rosto que tive que encara-lo ate onde isso iria.

--legal!!!eu sabia que nem tudo era verdade.—ele não parava de sorrir e não pude deixar de notar que ele ate que era bem gatinho.

Fim do capítulo

Notas finais:

Eu adoro o fato de que mal começamos a historia e elas ja se parecem com uma grande familia kkkk digam ai se vocês já estão shippando alguém com quem e que final ein,Mari e sua mais nova amizade?

obs:adoro ver vocês comentando!!!me divirto demaais com vocês!!!bjs e ate a proxima.


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Comentários para 6 - Capitulo 6 Nada mais que um dia comum :
Lea
Lea

Em: 18/05/2022

E essa atração que a Mari sente pela Marga,ela pode está confusa,ela ainda é muito nova! Ainda vai viver muitas coisas na vida!

Que professor imbecil e preconceituoso.

Ainda não consigo shippar ninguém,para o meu próprio bem. Não quero sofrer por antecipação!

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olivia
olivia

Em: 06/07/2021

Gente aínda nem começou ,o povo já está implicando com a criança! Não gostei do carinha ao lado fofocando! Acho que a Mari vai ficar com a Lina diga-se de passagem é bem safada! Tô Amando autora ,posta mais estou morrendo de curiosidade, tomara que, a Mari coloque todos no bolso !!!!  Kkkkk ??????????’???‘???‘???‘???‘?

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