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Fronteiras por millah

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Palavras: 3727
Acessos: 1084   |  Postado em: 01/07/2021

Capitulo 5 Na boca do povo

 

Como Marga me irritava. Voltei para o quarto e esperei minha mãe voltar do trabalho e foi uma maravilha ter a casa só para mim ate as duas da tarde já que Marga não retornou nem para o almoço. Era estranho porque ela mandava na favela, mas eu não sabia exatamente o que ela fazia que tanto ocupava seu tempo. Tudo que eu sabia era que drogas não entravam no morro e isto era tentador para os traficantes de fora. Um paraíso imaculado que atraia suas vitimas a perdição. Muitos vinham ao morro da prata e por achar que Marga só tinha mulheres em seu exercito e todo aquele pensamento machista de que somos fraquinhas fazia os amadores tombarem ao pensar em que tomar o morro seria uma tarefa fácil, mas não era.

 Minha mãe e eu nos jogávamos com frequência no chão com medo dos tiros e eram apavorantes os gritos quando elas acertavam alguém. Era como um jogo para elas acertar invasores. Um jeito tribal de defesa sei lá. As amazonas protegendo a ilha paraíso. Isso me lembrava de Lina metralhando aqueles estupradores. Parecia que tinha ganhado um prêmio.

 O que elas tinham feito com os corpos? O que a policia tinha feito a respeito? Eu não sabia e ficar longe de toda e qualquer noticia me deixava louca. Eu morava onde as paredes tinham ouvidos e as bocas sussurravam historias, ali naquela casa escondida, no meio do mato fechado do topo do morro eu não tinha nada além da belíssima vista do céu.

--que droga.

Sai do quarto e decidi que ia sair de qualquer jeito para buscar informações e com a porta principal trancada eu tinha que ser mais inteligente do que a Marga.eu tinha que pensar como ela nunca pensaria. Ela tinha uma mansão dentro da montanha de pedra e corredores ate interessantes.um deles, atrás da cozinha me levou a garagem com alguns de seus carros mais preciosos. Caríssimos para falar a verdade. Pelo vidro do portão da garagem eu vi uma trilha diferente para sair da casa e que certamente levava para a entrada sul do morro e o botão daquele portão estava ali do meu lado e apertar o botão para abrir a porta automática foi moleza.

--O que ela pensa que eu sou? Um cachorrinho?—sai, mas esbarrei em Lina e isso só podia ser brincadeira.

--vai para onde princesa?—perguntou ela colocando no ombro a flanela suja de óleo por limpar sua moto ali estacionada do lado.eu merecia.

--sair!—respondi.

--sair você já saiu, mas Marga não vai gostar nada de te ver por ai.

--(rs) eu não ligo.

--se vai descer para procurar pistas do que aconteceu com os corpos eu te digo.—aquilo me fez parar e avaliar a ideia.—se você jogar um pouco comigo.

Eu não entendi bem ate Lina me arrastar de volta para casa e me sentar no sofá da sala para jogar vídeo game com ela. Lina estava mais que ansiosa para isto e não tive como recusar. A TV de Marga era enorme de 55 polegadas em seu exagero e eu tinha que admitir aquela tv era espetacular.

--Marga quase nunca me deixa ficar jogando. Ela acha que sou..competitiva demais.—disse ela bem empolgada com o controle na mão me entregando outro.

--eu..(rs) não sei jogar.

--eu te ensino. É moleza.(rs)

--vai mesmo me contar o que houve com eles?

--claro, Marga e eu..a gente queimou tudinho.(rs) não sobrou nada.—ela me respondendo isso com um sorriso maroto no rosto como se não tivesse acabado de falar que queimou corpos e isso me chocou.não era nada para ela??

--mas e a policia?

--eles sempre aparecem quando tem tiroteio. Querem investigar tudo pela frente.(rs) a fama da Marga não deixa eles entrarem além da primeira rua dessa favela. Os becos são lugares malditos para os policiais. Agora vamos jogar.

--como queimaram os corpos?

--pra que você quer saber cabaço? A gente queimou e pronto! Não precisa saber dos detalhes.(rs) agora joga.

--...já disse não sei.—eu ainda tava chocada isso não ia negar mas toda aquela despreocupação de Lina de certa forma me fez não querer pensar nisso..por enquanto.

Ela sentou mais próximo de mim e me ensinou os botões certos. Lina era alta e tinha os cabelos castanhos como os meus, amarrados em um rabo de cavalo o que não impedia eles de continuarem volumosos mais cheios de graça. Ela era engraçada tentando me ensinar a jogar aquele jogo de luta e era legal e rapidamente aprendi em meio as risadas dela.

--eu não acredito. Porr* você me ganhou cabaço!(rs)

--não me chama assim.

--é impressionante!

--eu dei sorte.

--não, você ser cabaço. Acho que nem me lembro de quando fui cabaço.(rs) deve ser..angustiante bater siririca e não poder..desfrutar dos dedos direito.

--na minha antiga casa eu e minha mãe dormíamos na mesma cama. Era chato para mim e para ela acredite.

--puta merd* então você nunca bateu nenhuma???!..olha eu posso te ch*par gostoso,fazer direitinho.nisso você já se entende se gosta de homem ou mulher. O que você acha?

A porta principal se abriu e Marga veio do hall de entrada ate a sala onde estávamos com olhos fixos em mim e ainda bem que não respondi Lina e sua ideia maluca.

--quantas vezes eu tenho que dizer para não jogar na porr* da minha tv?—disse ela toda bravinha.

--ah qual é Marga o videogame vive parado ai,e a garota tinha que se ocupar com alguma coisa hoje né além de fugir.—respondeu Lina me dedurando.era inacreditável.

--ela tentou de novo?eu avisei a ela que não queria fugas novamente. Ela pode se machucar seriamente.

--dá para parar de falar como se eu não estivesse aqui?—pedi e ela me lançou aquele olhar de gata raivosa.

--tentou sair de novo.—disse ela como se eu fosse uma prisioneira.

--eu queria saber dos corpos que queimou.—falei e ela me encarou com toda aquela seriedade.

--é muita coragem sua me falar disso, logo você que ficou toda sem ar ao lembrar deles.

--querendo ou não estou envolvida com a morte deles.—respondi.

--não esta não. Eles vieram na meu morro atrás do outro merdinha da gangue deles. E não foi nem por saudade. Tinha um carregamento de drogas escondido aqui e o alecrim dourado sabia, pena que achei antes essa porcaria. Você foi a maneira que eles acharam de me atrair ate eles. Como se fosse funcionar..

--então veio armada atrás de mim por quê??

--xeque mate! Nessa ela te pegou Marga.—Lina riu mas graça eu não achei em nada.

--eu não quero ficar trancada aqui.—reclamei e ela apertava os olhos se controlando pra não se exaltar.

--some da minha frente. Anda!—me levantei e caminhei em direção a saída da casa e Marga me deu passagem do jeito mais irônico e debochado possível me reverenciando.—pronta para o próximo sequestro né?

--vai se foder.—respondi passando por ela ouvindo sua risada macabra.

--deveria investir nessa carreira. Uma perfeita atriz!(rs) aqueles seus gritos estão ecoando na minha cabeça.

Eu deixei a casa e encontrei minha mãe na descida e ela teve que me parar porque eu só tinha Marga na cabeça me irritando.

--para onde vai Mari? Como foi no curso?—perguntou ela toda confiante que aquela surpresa renderia boa coisa.

--ah o curso? Foi maravilhoso, vou estudar no melhor curso da cidade e graças ao dinheiro da Marga e de um nariz quebrado e uma ameaça básica de sequestro vou ser a melhor aluna de todos os tempos por lá,a queridinha.—o deboche na minha animação foi assistido pela cara curiosa da minha mãe.

--a Marga é terrível.(rs)

--nada justifica mãe. Você sabia que ela queimou uns caras ontem?

--parece que descobriu o brasil.eu deixei Marga por isso Mari..ela fez deste lugar intocável para que ela governasse como dona de todos nós.se alguém testa ela é isso que acontece. Ela é esperta, fria e ela esta se apegando a você. Isso é bom.

--bom??Como pode ser bom ela esta se apegando a mim? Hoje ela me trancou naquela casa!

--por causa de ontem? Da sua fuga? Ou da tentativa de estupro?

Aquela foi mais uma surpresa que me congelou e que me gelou a espinha. A cara séria da minha mãe me encarando era assustador.

--Mari,todo mundo sabe de tudo aqui. Basta limpar bem os ouvidos.—minha mãe tava séria demais falando isso e ate me assustou.--que queimem no inferno!Marga fez bem!!

--se sabia por que não falou comigo?

--se quisesse me falar tinha dito ontem e não mentido com Marga fingindo esta tudo bem!!

--(rs)...claro, vamos falar de uma tentativa de estupro no café da manha!—eu não queria mais falar e por isso continuei a descer mesmo com ela me chamando e pedindo para voltar.

Parecia que eu não conhecia mais minha mãe. Era como se Marga tivesse ativado seus aspectos mais ocultos, mais meticulosos. Tudo parecia um jogo agora do qual eu não queria participar e do qual ela não me incluía.

Cheguei à rua novamente onde me pegaram e aquelas velhas casas abandonadas agora me davam calafrios e mesmo assim entrei vencendo meu medo. O chão parecia queimado, como se alguém tivesse limpado a cena do crime. Era impressionante, não havia uma capsula sequer no chão mas minhas lembranças ainda me sufocavam naquele lugar.

--deve ter sido horrível.—uma voz atrás de mim me assustou e me fez virar na hora somente para me dar conta do distintivo pendurado pela corrente no pescoço destacado pela camisa social branca.

Ela era uma policial e só podia estar perdida para estar tão longe de casa.

--por que diz isso?—perguntei e a loira se aproximou.

--ouvir tiros e mortes todo santo dia deve ser horrível. Não acha?—perguntou ela e que papo era aquele? A policia mandou investigadores para resolver o caso?

--..

--meu nome é Alice Valentin e você é?

--Mari.

--só Mari?(rs)..sabe o que houve aqui Mari? Recebemos uma denuncia de um dos condomínios da quadra que houve disparos bem aqui neste local, e incomodaram a vizinhança. Três homens conhecidos como membros ativos da gangue pedra do leão foram vistos entrando aqui com mais uma garota. As câmeras de segurança tinham as imagens bem escuras e esta rua não tem muita iluminação já que é uma das entradas da favela. Sei que não vai me dizer nada por represália, mas ainda tenho que te perguntar..você sabe de alguma coisa?—ela me perguntou porem parecia que sabia bem mais do que aquilo para interrogar uma simples moradora da área como eu e justamente e certeiramente a envolvida no caso.

--é eu sei. Todo santo dia como você mesma disse é o inferno mas o engraçado é que vocês não vem aqui todo dia.

--desapareceram três pessoas. É por isso que estou aqui.

--desaparecem muito mais todos os dias..não só ontem.

--o que esta insinuando Mari?

--não esta aqui por eles. Está aqui por Marga.

Ela não sabia mais o que falar além de me olhar estática diante minha descoberta. Não era nada para mim. A policia não vinha ao morro da prata por nada e aqueles homens não valiam uma investigação mas mesmo assim eles fizeram. Então ela sabia perfeitamente quem era a garota que no caso era eu. Malditas câmeras.

--...infelizmente não estou aqui pela Marga mas eu gostei de você Mari. Pega..—ela retirou do bolso um cartão da policia com seu nome nele e me entregou.—fica com ele.eu vou ter o prazer em te ajudar quando precisar. Claro se souber de mais alguma coisa sobre os tiros..pode me ligar.—ela sorriu e com toda sua beleza fria seguiu seu caminho.

Aquilo me fez pensar como nunca antes. Aquela tal de Alice Valentin estava aqui por Marga mas eu seria capaz de entregar sua localização? Dedurar ela as autoridades pelo que fez? Seria o certo a se fazer, mas eu vivia na realidade e não na porr* de um seriado americano.eu devia um favor a ela e agora acho que meu silencio pagava esta divida.ai como eu odeio a Marga!me senti mais uma de suas peças funcionais do morro.

Fui ao mercadinho de um velhinho que costumava ter um bom papo comigo.eu sempre comprava sorvete e conversávamos sobre as noticias no jornal mas agora ele parecia ter medo de mim e isso ficou nítido assim que entrei no estabelecimento. Peguei meu corneto e aquela cara dele me preocupou.

--o que foi Joaquim?

--nada não.—respondeu ele prontamente já desviando o olhar nervoso.

--eu tô com tempo livre. Pode me contar quem morreu, quem roubou (rs) vou ter o prazer de ouvir ate minha casquinha acabar.—falei mas ele recuava de mim como se fugisse de uma doença.

--eu não quero problemas Mari. Por favor..—era quase como um pedido para cair fora e seria assim em cada lugar que eu fosse.eu não era burra para perceber que era por causa de Marga.

Eu deixei o mercadinho e subindo a rua me deparei com mais uma novidade. O posto estava sendo reformado. O engraçado era que tinha mais mulheres da gangue da Marga do que trabalhadores reais. Elas mandavam e riam. Estavam mais felizes do que pedreiros perto de loja de peças intimas paquerando os coitados.

--ae Mari,ta precisando de alguma coisa?—gritou uma delas do alto do alpendre. Era estranho ouvir aquilo, toda vez faziam questão de me ignorar quando não me faziam correr pelos becos assustada agora queriam me fazer favores.

--não.eu to bem.—respondi.

--ta certo..ta vendo ai bando de puta,essa menina é firmeza. Ela sabe que a gente ta ocupada.(rs)

Era estranho todo mundo estava me olhando diferente. Como se não me conhecessem mais.eu passava pelos becos e todos me analisavam, eu ouvia os cochichos.me achavam parecida com a Marga, eu tinha o mesmo olhar que a Marga, ate na presença sentiam que eu tinha algum tipo de autoridade. Esse povo estava maluco. Cheguei a escutar de uma das mães da creche que Marga tinha muitos segredos e que agora a historia mais triste do morro da prata, da mãe que deu a luz nas escadas poderia ser mentira para encobrir algo maior e isto me congelou. Todo mundo já falava da minha mãe antes e agora eu ouvia eles falando sobre elas.de como ela estava se aproveitando da Marga e ate tendo um caso com ela. Fiquei mais de duas horas sentada no degrau de uma escadaria de um beco sujo vendo meu corneto derreter tentando não duvidar da minha própria mãe e nem confiar naquelas vozes que por cada beco que eu passei me enchiam a cabeça.

Era impossível!!eu não acreditava que todo mundo ia começar a ficar com medo de mim e enlouquecendo por causa de Marga e queimando minha mãe pelo morro!

Voltei para a casa da Marga e ela estava lá no sofá lendo um livro. Até parecia gente. Passei pela sala e o barulho do livro se fechando não me assustou, mas era um sinal claro para que eu parasse.

--onde estava?—perguntou ela e isso estava me cansando.

Eu não queria falar com ela mas entreguei a Marga o cartão de Alice e ela encarou aquilo com surpresa. Ela olhou para mim e eu via toda sua desconfiança reinar. Segui ate o quarto da minha mãe e a encontrei arrumando algumas roupas no closet e minha cara fechada foi o suficiente para ela parar e me olhar.

--o que foi Mari?voce ta bem?—ela me perguntou isso e eu a abracei quase não segurando minhas lagrimas.

--todo mundo do morro ta me olhando diferente e falando coisas estranhas sobre nós.

--eles primeiro nos nega ajuda e agora falam tolices..não ligue para nada vindo deles.nada!—ela me apertou firme e nenhuma de nós queria se soltar.

--Você sabia do que aconteceu comigo e não falou nada!eu fiquei sem saber o que fazer.

--eu não falei porque justamente graças a Marga não aconteceu nada! Você ficou na sua e eu fiz o mesmo! E Marga não me contou nada também..foi esse povo ai fora que me contou tudo! O que acha que senti quando me vieram perguntar se você estava bem?te deixando aqui com a Marga eu esperava o pior! Eu sou sua mãe e essas pessoas sabem muito bem que você é minha filha e é a única coisa que me importo.

--então o que esta acontecendo com todo mundo??!ninguém quer estar perto de mim ou falar direito comigo..as poucas pessoas que me viam como gente agora só me querem a distancia. Elas falam do curso que ela me pagou, do jeito que ela me trata! Tem gente que realmente acredita que vocês tem um caso! Que você esta me preparando pra ela!!estão falando coisas terríveis a nosso respeito!!

--esqueça isso. Você é minha filha e é a garota mais honesta e justa deste morro e pronto.—era tudo que eu precisava para respirar um pouco mais aliviada.—(rs) e eu nem sei porque esta com tanto medo disso?e se fosse verdade?eu e Marga?(rs) ou se ela estivesse gostando mesmo de voce?

--não fala isso.

--por que?(rs) o que aconteceu aqui ontem?—a pergunta dela por alguma razão me fez lembrar aquele momento com Marga a me abraçar.

--nada! Nada mesmo!—ate senti meu rosto queimar dizendo isso.

--..vou preparar algo para comer. Vamos.

Descemos ate a cozinha e em silencio minha mãe preparou um lanche para mim. Daqueles que te enchem não somente o bucho, mas também a alma.me sentei a bancada mas Marga também se sentou e com seus olhos sobre mim tentei não me irritar com ela. eu sabia da verdade mas aquele pinguinho insistente em mim queria ouvir da boca dela. Somente para não me sentir estranha lembrando dela tão perto de mim.eu ia por um fim nessas teorias.

Não éramos tão parecidas, já que ela abusava do lápis preto nos olhos e mantinha o olhar de maníaca sempre a disposição. A pele pálida com sua seriedade e beleza de mármore. Ela era estranha mesmo com toda sua beleza.

--por que ta me encarando desse jeito?—perguntou ela com seu tom bravinho e dei de ombros já movendo meu olhar pra longe dela.

Minha mãe serviu os sanduiches e realmente as pessoas estavam ficando malucas. Marga e eu comemos em silencio mas ate minha mãe achou a estranheza do momento insuportável de manter ali na cozinha.

 --O que você disse a esse povo sobre Mari?—perguntou minha mãe a Marga que não estava nada interessada a conversa além de devorar seu sanduiche.ela abriu um sorrisinho.

--por que vocês duas tem que ser tão paranoicas?!Eu não falei nada. Claro que só ressaltei que se tocassem em qualquer uma das duas eu mesmo esfolaria.—disse ela tranquilamente.

--(rs) é por isso!—minha mãe parecia aliviada e ate explicava.--como pode dizer isso a essas pessoas que já vivem assustadas Marga? Todo mundo ta falando que ela pode ser sua filha, que pode ser sua mais nova amante e eu uma biscate que vende a filha. Sabe o que é isso para uma garota como Mari que nunca fez nada pra ninguém?. Logo eu que passei horas naquela porr* de escadaria parindo ela tenho que escutar isso graças a você.

--eu me preocupo com ela mas o titulo de mamãe é todo seu, a não ser que repensou e  já posso me considerar a madrasta má da historia. (rs) ou vão inventar agora que sou homem também! Porque isso vai ser o fim da minha carreira.

--da minha filha cuido eu. Agora, se por acaso eu morrer tem todo o direito de cuidar dela ao seu bem entender.—minha mãe falou e Marga acenou me lançando uma olhadinha.

--(rs) como se eu fosse alguma criança também.—falei ganhando sua atenção.--É bom saber que as duas estão preocupadas comigo mas..sei que isso é o de sempre, esses ataques. Depois do que aconteceu sei que não estamos seguras mas..ta tudo acontecendo muito rápido.é muita coisa para digerir.

--tudo bem filha.eu entendo. Depois de ontem eu acho que ate Marga entendeu.

--espera ai, você sabia da tentativa do estupro? Dos caras e tudo mais?—perguntou Marga virando-se curiosa pela resposta dela.

--olhos e ouvidos bem atentos Marga.—respondeu ela e era tão obvio que assim que ela chegasse isso não demoraria em chegar ate ela.

--bando de fofoqueiros.

 --enfim, tem que entender mais uma coisa Mari, daqui pra frente as coisas podem sair do controle e ficarão bem feias então não se surpreenda se tivermos que sair em meio a tiros pela janela. Essa eu conheço bem.—avisou minha mãe recebendo o sorriso nostálgico de Marga.

--(rs) bons tempos Helena.

Lina entrou com uma bolsa transversal azul e se aproximou da bancada animada pelos sanduiches disponíveis no prato e já enfiando um na boca ela entregou a bolsa a mim, o que foi uma surpresa porque ela não estava vazia.algo pesava dentro dela.

--o que é isso?—perguntei a ela curiosa.

--suas coisas, para o curso.—ela respondeu o que só me encheu de curiosidade.

--pedi para Lina comprar algumas coisas a mais para você.—Marga respondeu e continuou comendo.

Abri a bolsa e tinha de cadernos novos a canetas caras, estojos recheados de marcadores e ate algumas apostilas de medicina.eu queria não ficar feliz com tudo aquilo mas tudo me ajudaria com o curso e por um momento ate esqueci de quem era aquele presente.

--gostou?—Marga perguntou tentando esconder o sorriso e ate eu estava tentando não ficar feliz.

--é a segunda vez que tenta me comprar.—falei e ela me olhou bem nos olhos.

--só quero que pare de pensar que isto é dinheiro sujo e veja como esta feliz agora.

--(rs) vou entrar para os negócios da família agora?

--poderia se dar muito bem..—disse ela sedutoramente e olhar para aqueles olhos dela de alguma forma me faziam crer em cada palavra dela.de que ela me queria bem e que de algum modo meu sonho se realizaria.eu estava empolgada mesmo não querendo assumir.

--nem quero saber disso.—retrucou minha mãe me tirando daquele transe.

--nossa filhinha precisa aprender..a ser minha futura dona do morro?—ela falou e minha mãe já a olhou feio com a brincadeira e ate um tapinha no ombro ela levou.

--Marga não começa.

--(rs) não imagino a Mari com uma arma defendendo o morro, a gente morreria se fosse depender dela.—Lina falou me dando um tapinha nas costas.

--eu sempre quis cursar medicina para fazer exatamente o oposto.—falei e só de pensar que eu iniciaria o curso que eu sempre quis me fez sorrir animada.eu não queria controlar.

--salvar pessoas..se o mundo não fosse tão cheio de filha da puta ate que eu concordaria com você.

Fim do capítulo

Notas finais:

teve tanta coisa nesse capitulo mas a certeza é que querendo ou não esse quarteto da super certo. quero só pontuar algumas partes.

Mari e Lina juntas é risada na certa,Helena consolando a Mari pelos boatos e eu não esperaria outra coisa de uma super mãe como ela que entende perfeitamente como o morro é da sua pior forma.Helena e Marga que se entendem tão bem revivendo esses momentos do passado e a escolha da Mari não entregando Marga a policial. curiosas com a Alice Valentin???

Deixem nos comentários o que acharam do capitulo vou adorar receber o feedback de vocês que a proposito eu amei. bjs e ate a proxima.


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Comentários para 5 - Capitulo 5 Na boca do povo:
Lea
Lea

Em: 18/05/2022

Qual é o "trabalho" da Marga exatamente? 

Curiosa com o desenrolar da estória!

Responder

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olivia
olivia

Em: 05/07/2021

Autora você me ganhou,esse quarteto é de tirar o chapéu ,estou encantada e a Alice ? A Helena é fogosa hein '! Mulheres impoderada dá um tesão daqueles. Continue matando suas leitoras de vontade de, subir o morro da prata!!!!! Parabéns ??‘???‘???‘???‘???????

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