Como havia prometido...postando mais um capitulo.
Meninas comentem, a opinião de vocês é de extrema importância.
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Capitulo 9 - Aline Caire -Parte II
O dia não poderia ter amanhecido mais lindo, uma segunda feira ensolarada, e graças a uma noite inteira de um sono revigorante, eu estava mais do que disposta. Ainda deitada, comecei a ter de flashes, de um sonho, que estranhamente eu não esqueci. Lembro-me do meu pai, e a impressão que eu tinha, é que de alguma forma ele tentava me avisar, que tudo ficaria bem.
Levantei, coloquei um roupão e desci as escadas já sentindo o cheiro do café fresquinho.
_Bom dia Lurdes, amor da minha vida!
A Lurdinha, como costumamos chama-la, trabalha conosco, desde que eu nasci, e mesmo após a morte dos meus pais, ela continuava do meu lado, e muitas vezes me deu colo quando eu desabei. Além dela, havia também um jardineiro e duas moças responsáveis pela limpeza da casa, eu até tentei contratar uma cozinheira, mas a Lurdinha sempre falava: na minha cozinha ninguém entra!
Ela mais do que ninguém conhece meus gostos, que por sinal são bem simples, meus medos, e principalmente a história de luta da minha família. Cuida de mim, da casa, e quando sobra um tempinho, mima como ninguém, os meus sobrinhos, Gabriel e Vitória.
Como a nossa casa era grande apenas o suficiente para termos conforto, a tarefa da lu, era apenas manter tudo em ordem, coordenar os três funcionários, e como ela não deixava ninguém encostar nas panelas dela, algumas refeições, ela fazia questão de fazer. O que também não acontecia com frequência, porque eu geralmente só fazia uma refeição em casa, o café da manhã. Sempre almoçava na construtora ou no hospital.
_Lu hoje eu vou almoçar na construtora, preciso conhecer um Engenheiro novo, e creio que não vá para o hospital.
_ Qual a novidade, nunca almoça em casa._ Falou com a mão na cintura.
_Como reclama essa mulher, meu Deus!_ Falei pra quebrar o gelo, pois por ela almoçaria todos os dias em casa.
_Preciso correr, tenho que me arrumar voando._ Falei já levantando da mesa.
Já estava chegando na construtora, quando recebi uma ligação do hospital, o chefe Jurídico, precisava que eu assinasse alguns documentos. Fiz o caminho inverso, e ao chegar ao hospital, descobri que provavelmente não conseguiria ir naquele dia para a construtora. Entrei em contato com a Alice, e pedi que quando o novo engenheiro chegasse fosse encaminhado a sala do Igor.
Minha vida era sempre assim, imprevisível, corrida, mas extremamente prazerosa, amava tudo que eu fazia, e me sentia realizada por dar continuidade ao sonho dos meus pais. Mesmo que isso tivesse custado, noites mal dormidas, mesmo que muitas vezes tivesse que abrir mão de viagens, festas, quem me conhecia sabia o quanto eu era realizada profissionalmente.
No auge dos meus 32 anos, morena, olhos cor de mel, cabelos pretos, pernas torneadas, e um sorriso que sempre foi a minha marca registrada, eu sentia falta de ter alguém especial do meu lado. Era muito difícil, viver praticamente sozinha, em uma casa de cinco quartos, um jardim incrível, que era a paixão da minha mãe, e uma área de lazer que a muito tempo não era usada. Ultimamente, só tinha um espaço que eu usava com frequência, uma sala de cinema que eu mandei construir, que era interligada ao meu quarto, um dos poucos luxos que quis ter, porque até o meu carro era comum, e só era blindado por questão de segurança, já que nunca andei com motorista ou segurança.
Na terça feira, eu adiaria qualquer compromisso, mas precisava ir até a construtora, pois além de querer conhecer o novo engenheiro, precisava levar as benditas vacinas. O novo contratado mal havia chegado, e já estava mostrando serviço, pois Alice quando me informou sobre a necessidade da compra das vacinas a pessoa pediu que fosse o mais rápido possível, e como eu gosto de pagar pra ver, consegui com um fornecedor do hospital, um lote extra e faria questão de levar pessoalmente, mesmo que o prazo previsto fosse para a segunda.
Logo que cheguei na construtora, meu lado distraído, fez questão de dar sinal. Ao dar ré no carro, acabei encostando e derrubando uma moto.
_Que legal, ponto pra mim_ Falei irritada
Desci do carro e quando me aproximei da moto para ver o tamanho do estrago, uma moça se aproximou e ergueu a moto, e tentava tirar o excesso de terra da mesma.
Me ofereci, para arcar com o prejuízo e quando fui me apresentar, fiquei paralisada. Era a Engenheira do currículo que enviei, por último, e pelo jeito, foi a escolhida do RH. E eu achando e me referindo o tempo todo a uma pessoa do sex* masculino.
O mais incrível de tudo é que eu não conseguia desviar os olhos dela, e pelo jeito ela percebeu, por que pareceu nervosa, desconcertada, mas em nenhum momento deixou de olhar nos meus olhos, e até mesmo quando eu dei as costas tive a impressão que ela rasgaria até mesmo a minha alma, e mais uma vez senti a mesma coisa que senti quando peguei o currículo dela, será que era um sinal dos deuses de que foi feita a escolha certa.
O restante do dia, aquele garota não saiu da minha cabeça, se fechasse os olhos conseguiria descrever tudo nela, até mesmo cada traço daquele rosto. O que pra mim não era comum, observar uma mulher daquela forma, mesmo não tendo nenhum tipo de preconceito, minha sexualidade sempre foi clara, pelo menos até aquele momento.
Tentei marcar um horário com ela pra planejar e alinhar algumas situações mais urgentes, mas com a correria e alguns assuntos que estavam pendentes com o Igor, não consegui ver a Nicole em nenhum momento.
Quando consegui sair do escritório, vi que a moto dela ainda estava no estacionamento, e ela tinha acabado de dar a partida quando ao tentar me aproximar, acabei torcendo o pé e caindo. Quando ainda tentava entender o que havia acontecido ela se aproxima e oferece ajuda, me pega no colo e me coloca no carro, enquanto voltava para o escritório pra tentar encontrar gelo, eu fico sentindo o cheiro dela na minha roupa, um cheiro diferente, uma mistura de pele, de perfume que eu não consegui distinguir qual era.
Quando eu pensei que a situação estava estranha, me pego admirando aqueles lábios, e por um segundo tentei lembrar se havia batido a cabeça quando cai, porque não havia uma explicação lógica pra tudo aquilo que estava acontecendo comigo.
Sem contar que ela conseguiu me tirar do sério, ao me julgar, insinuar que eu era uma dondoca, uma das poucas coisas que me tiravam do sério, que era ser julgada por alguém que não conhecia nada a meu respeito, e mesmo assim apontava o dedo.
Farpas a parte, agradeci pela ajuda e fui pra casa, precisava cuidar do tornozelo, que já apresentava um inchaço e estava bem dolorido.
No caminho até a minha casa, eu não conseguia parar de pensar naquela bendita mulher, e me questionava por ter sentido aquele frio nas mãos mais uma vez, o coração que parecia querer saltar do peito, reações, provavelmente provocadas pela coincidência do currículo dela ter sido selecionado de uma forma tão estranha, como se o destino tivesse colocado, de alguma forma ela na minha vida.
Fim do capítulo
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Socorro
Em: 05/07/2021
Realmente essa Aline é uma caixinha de surpresas kkk
A Nicole nem imagina o Qto a toda poderosa é fascinante..
Quero logo interação entre elas ..vamos que vamo kk
Resposta do autor:
Aline é fascinatne, apaixonante e muita personalidade, vai colocar a Nicole no bolso, fácil, fácil...kkkkk
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