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Palavras: 1657
Acessos: 873   |  Postado em: 02/07/2021

Confessando

Fomos em uma sorveteria que tinha ali perto e depois que pedimos nossos respectivos sorvetes naquela tarde ensolarada, na hora que eu fiz menção de pegar meu dinheiro, Amanda gesticulou para que eu parasse.

— Eu convidei, eu pago.

— Não, Amanda, eu...

— Na próxima você paga – ela respondeu de forma brincalhona, enquanto esperava sua casquinha de flocos.

Ficamos na parte coberta da área externa do lugar, sentindo o vento fresco bater contra nós e derreter aos poucos o sorvete de limão que eu tomava.

— Eu sempre vinha aqui com o meu pai – ela dizia, enquanto ch*pava o sorvete e olhava para ele com atenção – Dividíamos uma casquinha dessa.

— E vocês não vem mais?

— Depois que ele se acidentou fica difícil para ele se movimentar por aí.

Amanda então suspirou fundo, deixando à mostra o quão difícil era falar sobre isso.

— Desculpe, eu não fazia ideia...

— Sem problemas – ela gesticulava com a mão livre – Não tinha como você saber.

Continuei a tomar meu sorvete em silêncio e Amanda olhava para a rua, vendo o movimento das pessoas e dos carros.

— Mas não tenho problemas em falar o que aconteceu.

— E você gostaria de falar sobre isso agora?

— Sim, bem... – ela mordia a casquinha, voltando a me olhar – Foi acidente de trabalho. A empresa que nos contratou não nos deu o equipamento de segurança para trabalhar, então meu pai estava no andaime improvisado que fizeram quando ele arrebentou e caiu no meio de umas lajotas, que quebraram e uma delas atravessou direto a perna dele.

Estava chocada com o que tinha acabado de ouvir, a ponto de que não consegui esconder.

— Que coisa horrível, Amanda.

— A pior parte é que ele além de ter ficado com uma sequela horrível na porta, ninguém nos ajudou com nada, sabe? E meu pai ainda teve que voltar a trabalhar mesmo com dor.

— E por que vocês não processam o patrão de vocês? Isso é um absurdo, você sabe.

Amanda olhava para o chão, e deu os ombros ao olhar de volta para mim.

— Porque ninguém se importa com a gente, Hǎi yún. E também porque precisamos do dinheiro e não temos dinheiro pra um advogado.

Cerrei as sobrancelhas, enquanto terminava de comer meu sorvete.

— Tenho uma amiga que pode te ajudar – dizia com a boca ainda parcialmente cheia – Na verdade, a irmã dessa minha amiga, mas ela também, com toda certeza.

— Sério? – seus olhos voltavam a brilhar, e ela sorria – Sério mesmo?

— Com certeza – concordei com a cabeça.

— Nossa, Hǎi yún – ela agora dava um largo sorriso – Seria ótimo.

Terminava de comer o sorvete, e olhava para Amanda com atenção. Ela, como dizia, não poderia ser a melhor pessoa em se expressar, mas só com palavras, porque fisicamente ela dizia mais do que gostaria.

— Você é próxima do seu pai?

— Bastante – ela dizia animada – Somos parceiros de verdade. Ele, eu, minha mãe, meu irmão...

— Jura?

— Sim – ela balançava a cabeça com convicção – Eles são bem legais, você adoraria conhece-los.

Após falar isso, Amanda me olhou com atenção e, visivelmente constrangida ao sorrir com timidez, abaixou o olhar e terminou seu sorvete.

Quando voltávamos andando, perguntei.

— Você tem telefone?

— Não... – ela dizia, pensativa – Mas tem o do meu pai, serve?

— Pode me passar o número?

— Claro, só um minuto...

Ela puxou seu caderno e anotou um número em um papel rasgado, entregando em minhas mãos.

— Posso ligar para você mais tarde?

— Claro, eu vou estar esperando – dizia Amanda, apontando para trás aonde sua bicicleta estava, mas logo pressionou os olhos, balançando a cabeça – Quer dizer, modo de dizer que vou estar esperando.

— Claro, eu entendo – respondi, rindo e logo acenando – Até.

— Até – ela respondeu do mesmo jeito, e ao vê-la ir destrancar sua bicicleta, andei até minha casa.

Quando cheguei em casa, meu pai estava na sala em uma reunião do trabalho e minha mãe no jardim.

— Bǎobǎo?

— Sim, mãe – disse, tirando os sapatos.

— Tem como você vir aqui um minuto?

Fui até lá e, após cumprimentar meu pai em sinal de respeito, fui até ela, que aparava as pontas de algumas árvores de pequeno porte que tinha no jardim. Segundo ela, mexer com a terra era terapêutico.

— Como foi no simulado? – dizia ela, enxugando o suor que se formava em sua testa.

— Normal, e por aqui?

— Seu pai no trabalho e eu por aqui – ela deu um sorriso forçado – Ele não vai jantar em casa hoje, então pensei em pedir jantar para nós duas.

— Seria legal – disse, pegando um vaso que ela colocava em minhas mãos.

— Seu pai me falou que viu você conversando com uma garota na escola.

Virei o olhar logo para ela, que continuava olhando para frente, tentando disfarçar o teor da conversa.

— Sim, uma colega de turma.

— Vocês são amigas?

— Não somos nada, mãe.

— Ela é a garota que você tem saído?

Ela olhou para mim, e eu sabia em seu olhar que eu estava em um beco sem saída.

— Não.

— Quem é a garota que você está saindo?

— Não é ninguém demais, mãe.

— Ainda estamos receosos desde a última vez que você... – ela hesitou um instante – Você sabe.

— Não tem o que se preocupar – dei os ombros, mexendo na terra do vaso – Eu não consigo acabar com minha vida mesmo.

— Hǎi yún! – ela agora virou para mim, ainda segurando a tesoura de jardim, indignada – Nunca mais fale isso.

Dei os ombros mais uma vez, e não conversamos mais sobre. Depois de ter ido tomar banho e trocado de roupa, peguei o número que tinha anotado e liguei. O telefone chamou algumas vezes até que ouvi a voz de Amanda do outro lado da linha:

— Alô?

— Alô, Amanda?

— Sim, eu mesmo.

— É a Hǎi yún. Está ocupada?

— Não, eu estava terminando de jantar.

— Então eu ligo outra hora, pode ser?

— Não, não, já terminei por aqui.

— Você chegou bem?

— Cheguei sim, e você?

Conversamos por um longo período, provavelmente por mais de uma hora. Mesmo tendo encontrado ela no mesmo dia, parecíamos que ainda tinha muito assunto para conversar, que ia das questões do simulado a como nossas mães tinham o mesmo tato pelas plantas.

Ao sair do quarto, vi a parte do meu jantar arrumada na mesa, com minha mãe assistindo televisão.

— Com quem você tanto conversava no quarto? Era com a Jude?

— Era, mãe – coloquei o macarrão na tigela – Era com a Jude.

Eu tinha que conversar com Jude.

*

Encontrei com ela no horário do primeiro tempo do cursinho, que coincidiu com o dia que ela entrava mais tarde no trabalho que, segundo ela, fazia seu próprio horário.

Esperava-a no banco ali próximo do seu trabalho e quando ela chegou, depois que me cumprimentou, acendeu logo um cigarro, esticando para mim, que recusei.

— Não, ainda vou para a aula.

— Quais são as novas que você não falou por telefone, senhorita Hǎi yún?

— É que a minha mãe está no meu encalço em falar no telefone, então fica difícil conversar sobre outras coisas com você.

— Outras coisas você diz mulheres? – ela esticava o braço no banco em minha direção, tragando o cigarro.

— Sim, digamos que...Há você e outra pessoa, vocês começam a conversar e você vê que aquela pessoa é muito legal, tipo muito legal mesmo. Então você percebe que essa pessoa te olha quase sempre, ou está sorrindo, ou tenta conversar contigo.

Jude tragava o cigarro em silêncio, gesticulando para que eu continuasse a falar.

— Então ela sempre te acompanha no caminho de casa e trocam número, e você percebe que gosta de conversar com ela e presta atenção nos pequenos gestos que ela faz, e quando você...

— Ela está a fim de você, Hǎi yún.

Jude olhou de soslaio pra mim e riu. Senti meu rosto queimar e logo abaixei minha cabeça.

— Eu estava dando só um exemplo.

— Você quer enganar logo a mim? – ela apontava com o cigarro, colocando em seus lábios – Mas, sério, essa garota está a fim de você, com certeza.

— Claro que não, Jude, ela...É toda cristã e polida.

— E o que impede? – ela revirou os olhos – Presta atenção no jeito que ela se porta com você, se é da mesma forma com a Luiza, por exemplo, ou se tem alguma diferença. Ela já quis ficar a sós com você?

— Sim, mas porque eu falei que não gostava da presença dela.

Jude pressionou os lábios, fazendo careta para mim.

— Poupe-me disso, Hǎi yún. Vocês já saíram juntas?

— Uma vez ela me chamou pra tomar sorvete, mas...

— E você ainda diz que não é óbvio? – ela dizia com animosidade.

— Ela me viu sozinha, só isso.

— Mas a pergunta é... – Ela me olhava, curiosa – Você também está a fim dela?

 Olhei novamente para o chão, sentindo meu rosto ficar vermelho e em seguida o calor subir pelo meu corpo. Jude terminou o cigarro, jogando-o no chão e amassando.

— Nem precisa me dizer mais nada.

— Mas eu não disse nada.

— E nem precisa – ela se levantou, esticando os braços – Faz o seguinte... Da próxima vez que ela for te acompanhar, pede para ela te deixar em casa e o resto você vai chegar na sua própria conclusão.

— Você acha?

— Vai por mim, vai dar certo.

 

Fim do capítulo


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