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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
  • Capitulo 10

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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 4

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Palavras: 3766
Acessos: 3442   |  Postado em: 30/06/2021

Capitulo 10

 

Capítulo 10°

Alice

            Mal consegui dormir noite passada. As lembranças do fora que Virginia me deu povoaram meu pensamento por toda madrugada. E para evitar indagações sobre a minha cara de cansada decidi sair antes que minhas mães me vissem. Depois de um banho e de me vestir, rumei para a casa de Anna. Poderia tomar café por lá e também conversar sobre minhas dúvidas que não me deixaram pregar os olhos um único segundo.

- Alô.

- Abre a porta estou aqui fora.

- Alice, você tem ideias de que horas são? – questionou com a voz de sono.

- É cedo, mas preciso conversar e tomar café. Abre para mim. – encerrei a ligação e não demorou para que ela aparecesse de pijama.

- Você caiu da cama ou alguém morreu? – se atirou no sofá, fechando os olhos.

- Só não consegui dormir. E não estava a fim de responder um interrogatório.

- Hunrum... sei. – bocejou e começou a adormecer.

- Anna, acorda. Preciso de você. – cutuquei sua perna.

- Não poderia ser em horário comercial? – ela me encarou. – Tudo bem, vou tomar um banho para acordar, depois conversamos. Vem.

            Acompanhei-a até o quarto, enquanto ela se banhava eu deitei na cama. Alguns minutos se passaram até que ela apareceu enrolada na toalha. Ficou de costas e começou a se vestir.

- Sai com a Virginia ontem. – comentei baixo.

- Sério? Então ela te ligou? – me encarou pelo reflexo do espelho.

- Não. Eu que liguei. Vocês não me atenderam.

- Eu estava ocupada. – comentou com ar de riso.

- Dada as marcas nas suas costas, posso até imaginar com quem você estava.

- Que marcas? – virou-se para olhar.

            Pior que eu não estava mentindo havia vários arranhões em seus ombros, como a pele dela era muito branca ficava ainda mais evidente. Ela corou e vestiu a camiseta rapidamente.

- Estava com sua namorada misteriosa? – questionei e ela sorriu se deitando ao meu lado.

- Não namoramos. E sim estava com ela. – confirmou colocando uma almofada entre as pernas.

- Quando vai me contar quem ela é? – me virei em sua direção.

- No momento certo. Mas você fugiu de um interrogatório para conduzir um?

- Desculpa. Só me preocupo contigo.

- Não precisa se preocupar. Estou bem. E você e Virginia, como foi?

- Eu liguei apenas com intenção de conversar, mas ela me convidou para sair.

- E você se fez de difícil e recusou?

- Eu não sou fácil.

- Para ela, você é sim. Mas e aí?

- Fomos para aquela padaria que você tem costume de ir.

- Sei.

- Foi divertido nós conversamos bastante.

- E?

- E ela falou sobre ter pensado que depois do que aconteceu no banheiro da boate eu não queria mais vê-la.

- E o que aconteceu?

- Eu não fazia a mínima ideia até que...

- Vocês se beijaram?

- Não! Depois que nos despedimos na saída da padaria eu fui abraça-la e acabei lembrando da noite na boate.

- E o que aconteceu?

- Eu lembrei de ter ficado com ciúmes quando ela foi conversar com uma garota. Fui para o banheiro e ela disse que Matheus pediu para que fosse ver se eu estava bem.

- Amiga, espera. Eu vi que ela foi para o banheiro. E nem ao menos falou com o Matheus antes. Então ela mentiu para você. Se ela foi atrás de ti, foi por querer. Não teve nada a ver com o Mat.

- Sério?

- Lógico. Mas continua. – incentivou curiosa.

-  Então eu pedi que ela me beijasse. – confessei fitando as mãos.

- Alice! Sua assanhadinha. – brincou. – Traindo o namorado com uma garota em um banheiro de boate, mais clichê impossível. – zombou.

- Não foi nada disso. Ela não me beijou.

- Não!? Quem recusaria um pedido desses?

- Alguém que não tem o mínimo de interesse em mim? – comentei frustrada.

- Não acho isso. Acredito que ela esteja interessada em você, mas saber que seu namorado estava lá fora deve ter feito ela se sentir mal.

- O que você teria feito?

- Eu teria te agarrado. – gargalhamos ao imaginar. – Mas nem todo mundo é igual. Se for isso a garota tem caráter. Diferente de você que se atira para primeira... Aí! – arremessei um travesseiro em sua face.

- Se ela gosta de mim porque não comentar o que eu fiz? Ela simplesmente disse para gente fingir que não aconteceu e deixar para lá e seguir com a nossa amizade. – suspirei passando as mãos nos cabelos.

- Alice, se fosse ela que tivesse esquecido como você se sentiria?

- Mal.

- Então é meio obvio que ela pensa que você só falou aquilo por estar bêbada.

- Mas não foi só isso. Eu sou uma vadia! É isso que eu sou, deixei meu namorado e fui dar em cima da Virginia no banheiro. – conclui.

- Não exagera. Nada aconteceu. – tentou me acalmar.

- Como posso desejar outra pessoa além do Matheus? Aí droga! O Matheus, eu tenho que contar o que aconteceu.

- E desde quando você deseja aquele traste? Desculpa. E quanto a contar, você não tem o que dizer, nada aconteceu.

- Você tem razão. O que tem de errado comigo? Ahhhh! – forcei o travesseiro em meu rosto na tentativa de sufocar aqueles sentimentos.

- Para. – puxou o objeto me fazendo encará-la. – Você precisa decidir se quer ficar com o Matheus. Depois resolve isso com a Virginia, ou com alguma outra garota que você tenha interesse.

- Como vou saber se quero ficar com ele?

- Alice, não sei nem o que eu quero da minha vida. Imagina se sei a fórmula para você saber se ama o paler... o Matheus.

- Tudo bem. – minha barriga fez barulho.

- Vem, vamos tomar café e ir para faculdade. Vamos acabar nos atrasando.

            Seguimos para a primeira aula. As manhãs na faculdade sempre eram puxadas e o clima que ficava sempre que tínhamos aula da profamente era quase um filme de terror. Ao término do último horário deixei Anna e fui direto para casa. Os meninos estavam fazendo o curso e eu estava sozinha ao menos por alguns minutos. Precisava nadar para clarear as ideias.

            Troquei de roupa e desci para a piscina. Nadei por quase duas horas, até que senti meus músculos reclamarem. Sentei na borda com os pés na água, me questionei o que será que Virginia estaria fazendo àquela hora.

- Oi princesa. – Matheus me chamou colando seu corpo ao meu e beijando meu rosto.

- Oi. Que surpresa. – falei envergonhada como se ele pudesse ler meus pensamentos indecentes em relação a fotografa.

- Estava aqui perto. Você está bem? – questionou.

- Sim. Tudo certo. Acabaram suas provas? – mudei de assunto me enrolando na toalha.

- Graças a Deus. Não aguentava mais. Você já comeu?

- Ainda não, cheguei da faculdade e vim direto nadar.

- Quer sair para almoçar?

- Claro. Só preciso tomar um banho. – sorri.

- Eu te espero.

            Fomos para o meu quarto. Tirei a toalha e vi que Matheus olhou na outra direção assim que comecei a desamarra o biquini. Aquele era o momento perfeito, estávamos sozinhos. E se eu tenho dúvidas em relação ao que sinto por ele talvez possamos conversar agora e resolver tudo.

- Mat. – falei me enrolando novamente na toalha.

- Oi. – se virou em minha direção.

- Porque não trans*mos?

- Sei lá, talvez não tenha surgido o momento certo.

- E agora seria um momento certo?

- Aqui, na sua casa, no seu quarto?

- Sim. Estamos sozinhos.

- Alice, se a sua mãe me pega trans*ndo com você aqui, ela não vai se importar por eu ser o filho do prefeito, eu serei um homem morto. – comentou rindo.

            Pior que ele tinha razão, se a mammy descobre nós estaríamos mortos.

- Tudo bem. – concordei. – Vou para o banho. Já volto.

            Me vesti no banheiro para evitar maiores constrangimentos. Alguns minutos depois já estávamos no carro do Matheus indo para um restaurante que ele disse ter uma comida maravilhosa. Apesar de ser distante da cidade.

- Alice, aquela não é a sua tia? – olhei na direção que ele me mostrava.

            Tia Iara saiu do carro e deu a volta, do lado do passageiro saiu outra pessoa. Era uma mulher, as duas deram um selinho e caminharam para a entrada do restaurante de mãos dadas.

- Aquela é a...

- Anna. – conclui entre dentes.

            Então a minha tia era a namorada misteriosa, por isso Anna não me contou. E não é para menos, depois que eu pedi várias vezes para que ela se comportasse perto da tia Iara. Agora as duas estavam... Ah! DEUS! Elas estão trans*ndo. Lembrei das marcas nas costas da minha amiga.

- Não sabia que sua tia era do vale.

- Vale?

- Sim, quero dizer que não sabia que ela gostava de mulher.

- Nem eu sabia.

- Você quer ir embora?

- Não! Iremos entrar e almoçar. Não me importo de elas estarem aí.

- Acho que vieram por ser mais afastado da cidade. Talvez elas não queriam ser vistas.

- Mas eu não posso fazer nada se viemos ao mesmo lugar. – abri a porta do carro e sai.

- Você tem certeza? – insistiu segurando minha mão.

- Tenho sim.

            Fomos direcionados a nossa mesa. Passamos por onde as duas estavam. Pareciam se entender muito bem, e riam de forma intima enquanto Anna tocava a mão da tia Iara. Ao nos avistarem ficaram completamente sem ação. Minha amiga rapidamente desfez o contato.

- Acho que não foi uma boa ideia. – Matheus sussurrou com a mão em minha cintura.

            Eu fitei Anna que estava com o olhar assustado e surpreso. Passei pela mesa delas e não falei nada. Fiz como se nem ao menos as conhecesse. Já que elas estavam ali para se esconder eu agiria como se não tivesse as visto, assim seria melhor. Nos sentamos, fizemos nossos pedidos. E Matheus me fitou falando:

- Deveríamos ter falado com elas. Foi muita falta de educação.

- Elas não querem ser incomodadas. Melhor fingir que não vimos nada. Podemos falar de outra coisa?

- Claro. – ficou em silêncio alguns segundos. - A minha mãe tem falado muito sobre você. -  ótimo deixar de falar da minha amiga que está trans*ndo com minha tia e passar a falar sobre o quanto a Marcela me odeia.

- Nada de bom, acredito.

- Mais ou menos. Ela acha que eu preciso de uma namorada...

- A sua altura.

- Isso. Mas eu não me importo com o que ela diz.

- Se importa sim, você sempre usa as roupas que ela compra. Vai a lugares que ela manda. Você basicamente é um boneco nas mãos dela. – ele me fitou surpreso. Estava descontando minha raiva nele e isso não era certo. – Desculpa, não quis dizer isso. Só estou...

- Com raiva da Anna. Tudo bem. Você tem razão no que disse. Não consigo dizer não a dona Marcela. – suspirou.

- Deveria tentar. Não deve ser tão difícil.

- Estamos falando da mesma pessoa? – brincou e nós rimos.

            Nossa refeição chegou e enquanto comíamos acabamos conversado sobre coisas que não me causassem uma indigestão, o que eu agradeci mentalmente. Odiaria falar de Marcela enquanto como, aliás odiaria falar daquela mulher em qualquer outra circunstância, e esse com certeza era um ponto negativo caso eu continuasse namorando Matheus.

- Eu vou ao banheiro. – me levantei e caminhei até o local.

- Tudo bem, vou pagando a conta enquanto você volta. – agradeci e caminhei até o banheiro.

- Alice. – escutei a voz de Anna logo atras de mim.

- O que você quer?

- Me deixa te explicar. – segurou meu braço.

- Não precisa explicar nada, eu não vi nada e nem sei de nada. Por que você não me disse nada. – soltei meu braço e dei dois passos para trás, me mantendo distante.

- Eu ia te contar, só não sabia como você iria reagir. Você me pediu para ficar longe. Eu...

- Fez exatamente o que eu pedi para não fazer. Anna, eu não me importo em você estar comendo a minha tia! – gritei e uma senhora que saia de uma cabine nos fitou com um olhar julgador em seguida saiu apressada.

- Me desculpa. Eu não tive como evitar.

- Não teve como evitar, mas poderia ter me contado desde o início. Pensei que éramos amigas.

- Nós somos.

- Não. Você é minha melhor amiga, eu corro para sua casa antes do sol nascer para conversar sobre as minhas coisas. Enquanto isso você esconde as suas de mim, por dias.

- Meses, já faz dois meses. – confessou.

 - Ótimo, isso só me mostra o quanto não significo nada para você.

- Alice, não fala assim. Essa foi a única coisa que eu te escondi.

- Você fez mais que isso. Você me julgou.

- Eu te julguei?

- Sim, você me julgou ao achar que eu me importaria com o fato de vocês estarem juntas.

- Mas você se importa. Olha o seu estado, você está com raiva.

- Estou com raiva de você, não de ter ficado com ela, afinal ela é adulta e você também. Estou com raiva por você pensar que o fato da minha tia está namorando com você, me importaria mais do que o fato de que ela está te fazendo feliz. – conclui magoada.

- Alice...

- Não Anna. Agora não. Eu preciso de espaço.

            Sai do banheiro e Matheus já havia pagado a conta, ao ver meu estado fez questão de me tirar de lá o mais rápido possível. Me conduziu pela lateral evitando passar pela mesa do casal.

- Você está bem? Vi que a Anna foi atrás de você. – indagou ao entramos no carro.

- Estou bem, pode só me levar para casa?

- Claro.

            Todo o percurso foi feito em silêncio. Nos despedimos na entrada e eu caminhei até a sala. Abri a porta e vi dona Helena sentada com uma taça de vinho na mão. Usava um vestido longo, como de costume.

- Vovó que surpresa.

- Princesa, pensei que não ia encontrar ninguém nessa casa. Vocês sumiram, não vão mais nos visitar. Sei que estou velha e meus papos nem são tão... como vocês dizem hoje em dia?

- Maneiro. – sorri e ela continuou.

- Isso! “Maneiro”. Mas adoraria receber sua visita. Como você está?

- Estou bem vovó. Só sem tempo. E a senhora?

- Eu continuo ótima, como você mesma pode ver. – deu uma voltinha se mostrando para mim. – Precisava vir saber o que está acontecendo nessa casa. – dei as costas, se tem algo que eu aprendi a fazer é não contar coisas que a mammy não quer que a vovó saiba. – Alice Magalhães Rodrigues. Eu sou sua avó e estou falando. Não me dê as costas desse jeito.

- Vó Helena, a senhora sabe como sua filha é.

- Sei. Mas ela não precisa receber o nome do meu informante. Por que a Maria não me conta mais nada. Desde que sua mãe descobriu.

- Está vendo só! A coitada da Maria quase foi para o olho da rua.

- Sua mãe não vai te colocar para fora de casa. E se ela fizer isso, você pode ir morar comigo. – sorriu.

- Olha, eu só sei que as duas andam se estranhando o tempo inteiro por conta da mamma está trabalhando demais.

- Eu imaginei que fosse isso. A Isabella tem aquele jeito todo independente, entretanto não passa de uma pessoa carente. – concluiu.

- Isso é tudo o que eu sei.

- Tem certeza?

- Vovó, os meninos estão sem se falar ainda. – resolvi pedir socorro para tentar resolver a situação.

- Ainda?

- Sim. Eu já conversei com o Arthur, pelo menos agora ele está descendo para comer com a gente.

- Vou leva-los lá para casa esse final de semana. Assim suas mães tem tempo para ficarem a sós. Então trate de ir para casa da Anna. – minha expressão mudou ao ouvir a menção do nome dela. – O que foi, estão brigadas?

- Mais ou menos. Ela...- não poderia contar o que aconteceu pois entregaria a minha tia e odiaria fazer isso.

- Ela?

- Fez algo que me chateou. Nada demais.

- Ah! Filha. Daqui a pouco você esquece e logo fazem as pazes.

            Deitei em seu colo. Nada melhor que carinho de vó para salvar nosso dia. Ela deslisava os dedos pelos meus cabelos enquanto contava alguma história sobre o vovô. Naquele momento até perdi a noção do tempo e consegui esquecer o que havia acontecido.

- Vó Helena! – Bernardo correu ao vê-la.

- Oi meu menino. – o abraçou. – E você não vai me abraçar também? – indagou encarando Arthur. Ele caminhou incerto e deixou o corpo ser apertado por ela.

            Pelo visto eu não era a única a precisar de um carinho de vó.

- Como vocês estão? Quero saber tudo.

            Os meninos saíram com ela para o segundo andar. Conversavam sobre a escola. Mas logo eles sumiram e eu não consegui mais escutar suas vozes. Meu celular tocou, a foto de Anna apareceu e eu ignorei. Ela continuou insistindo e eu continuei ignorando.

            Naquele ponto eu não me importava com quem ela estava saindo. Mesmo que fosse a minha tia, só me chateei por ela pensar que isso me afetaria. O que foi injusto comigo, afinal percebi a mudança na Anna e vejo o quanto esse relacionamento entre elas está sendo algo bom.

            Anna está mais responsável e pontual. Fora a cara de felicidade quando as duas estavam juntas. Que droga! Quero me sentir assim também. Suspirei e me deitei novamente.

            O que será que Virginia estaria fazendo? Deveria ligar? Melhor não, ainda não estou preparada para ficar frente a frente com ela, agora que sei o que fiz. Não sei se consigo continuar fingindo que não me lembro.

            Se a vida vem com um manual de instrução aquele momento era perfeito para alguém me avisar. De preferência em letras neon para que eu possa entender os sinais eu estou completamente cega.

- Oi Miguel. – atendi ao ver que era ele. No mínimo queria dizer para eu atender a Anna.

- Alice, você precisa falar comigo.

- Anna, eu já disse que preciso de espaço e diz para o Miguel que se ele der o celular novamente para você me ligar vou bloquear o número dele também.

- Espera! Você me deu um block?

- O que você esperava?

- Que você fosse adulta e conversasse comigo e não agisse igual a uma criança mimada.

- Agora eu sou a criança? Quem fez questão de guardar segredo como uma menina assustada foi você. – desliguei.

            Precisava de um banho para acalmar os nervos. Tirei minha roupa e entrei no chuveiro. Deixei a água fria tocar minha pele e levar as frustrações do meu dia.  Estava saindo do box quando escutei o celular tocando. Era Virginia e eu me senti melhor apenas pela ligação.

- Alice?

- Oiê.

- Atrapalho?

- Não, eu estou saindo do banho. – ela fez alguns segundos de silêncio.

- Eu te liguei para fazer um convite.

- Convite?

- Sim. Eu quero te contar uma coisa, e comemorar. Então pensei se você aceitaria sair comigo hoje.

- Agora?

- Sim. Antes do pôr do sol.

- Tudo bem. Aceito.

- Ótimo. Me manda seu endereço e eu passo aí para te buscar.

- Certo, daqui a pouco te envio a mensagem.

- Okay. Até já.

- Até.

            Mandei a mensagem como havia falado. Troquei de roupas várias vezes pois nenhuma me parecia boa suficiente. Suspirei olhando as peças espalhadas sobre a cama.

- Deveria ir com a verde. Realça a cor dos seus olhos. – Bernardo comentou parado a porta. – Vai sair?

- Sim. Acha mesmo que essa está boa?

- Acho. – ele entrou e sentou na cama. – Vai sair com a Anna?

- Não.

- O Miguel?

- Não.

- Então é com o Mat.

- Também não.

- E com quem mais séria? Esses são seus únicos amigos. – concluiu com um olhar interrogativo.

- Com uma nova amiga. E você já me ajudou bastante, agora dá o fora. – apontei e ele fez o que eu pedi.

            Dei uma última olhada no espelho e gostei do que vi. Sorri satisfeita e desci as escadas. Ao chegar na sala me deparo com Virgínia e a minha avó conversando.

- Aí está você. Já ia te chamar.

- Oi. – a fotografa sorriu sem graça. Eu simplesmente fiquei paralisada com a beleza dela aquela noite. As roupas despojadas, a maquiagem leve, e aquele cheiro. O cheiro que me deixava inebriada.

- Acho que ela perdeu a voz. – a vovó brincou e eu acordei do meu transe.

- Oi. Desculpa ter feito você esperar.

- Sem problema eu acabei de chegar.

- Nem deu tempo de conhece-la direito. – a vó Helena comentou com ar de riso.

- Vai ter que ficar para próxima. Nós estamos indo.

- Foi um prazer conhece-la, Virgínia.

- O prazer foi meu. – sorriu simpática.

- Desculpa. – comentei enquanto caminhávamos pelo jardim.

- Pelo quê?

- Pela vovó, ela é bem intensa.

- É sim. Você tem sorte em tê-la. A minha faleceu ano passado.

- Sinto muito. – toquei sua mão.

- Está tudo bem. Vamos? – abriu a porta do carro esperando que eu entrasse.

- Claro. – sentei e ela entrou em seguida. – Aonde está me levando?

- Vai ser surpresa.

- Surpresa?

- Isso. Você confia em mim? – questionou me fitando enquanto paramos em um sinal vermelho.

- Confio.

            Falei com a voz baixa. O jeito que ela me olhava me intimida de uma forma que nunca fiquei. E naquele momento eu confiaria minha vida em suas mãos. Sabia que ela não faria algo que fosse arriscar nossa segurança. Só me restava esperar para ver aonde estaríamos indo.

           

Fim do capítulo

Notas finais:

Voltei. Alguém ai ainda está animada????

Comentemmmm e me digam tudo o que esperam do próximo capítulo.

Beijos.


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Comentários para 10 - Capitulo 10:
lay colombo
lay colombo

Em: 09/09/2021

Foda essa situação das meninas, mas logo elas se acertam

Responder

[Faça o login para poder comentar]

MEGG
MEGG

Em: 02/07/2021

Esse Matheus sei nao heim kkk

Onde a Virginia vai levar  a Alice ??

volta logo


Resposta do autor:

Obrigada por comentar. =)

 

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 01/07/2021

Tô achando que o Matheus é gay e só aceita esse "namoro" e as ordens da mãe,para não "envergonhar" a família,já que o pai é figura pública.

Sabia que a Ana tinha entrado para a família de Alice,e por falar nela,está sendo muito infantil sim,a Ana ficou com receio e com razão, afinal,a amiga nunca foi a favor dela se aproximar da tia.

Agora vamos ver se o beijo sai ou não sai 


Resposta do autor:

Mulherrr, bora escrever a história comigo? Essa tua mente é bemmm de escritora. rsrsrs

Obrigada por comentar. =)

 

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 30/06/2021

Qual o segredo de Vtrginia? E Alice abre o olho que tem gente riscando no terreiro.


Resposta do autor:

É como diz o ditado: Quando vc guarda com fome o gato vem e come. kkk

E nesse caso Amélia está bem afim.

Obrigada por comentar =)

Responder

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