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Entre Cosmos e Nanquim por shoegazer

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Palavras: 1838
Acessos: 1853   |  Postado em: 28/06/2021

Não ligo para nada

— Fala, Nana!

— Fala, J.P.! – abracei João Pedro enquanto entrava na casa dele.

— Cadê seu cúmplice? – ele disse, fechando a porta.

As festas na casa do João Pedro eram sempre homéricas. Tinha uma piscina no quintal e sempre tinha muita bebida, então sempre acontecia alguma bobagem que me fazia rir. Quando cheguei, a festa já estava animada.

— Daqui a pouco ele deve estar chegando. O Alan que me trouxe, então já viu...

— Eles ainda estão sem se falar? – João Pedro perguntou enquanto caminhávamos pelo corredor, indo para a cozinha, aonde tinha as bebidas. Ele pegou uma cerveja da geladeira e entregou nas minhas mãos, brindando com a sua.

— Com certeza. Pelo Alan está tranquilo, mas o Matheus ainda está sentido, entende?

— Claro que entendo, afinal foi com ele, não é? – ele pressionou os lábios, concordando com a cabeça – Mas vem, vamos aqui para trás.

Haviam pessoas reunidas na beira da piscina, e sentamos junto com elas, após cumprimentar a todos.

— Você ainda tem aquilo lá? – perguntei a ele, enquanto bebia a cerveja.

— Claro, mas só pra mais tarde – João Pedro segurou em meus ombros – Vamos curtir um pouco.

— Beleza.

*

As balas que tinha dividido com João Pedro e Matheus estava em seu ápice, mas já tinha ingerido alguma coisa por fora. O grave da música estralava alto[1] enquanto nos balançávamos no sofá de sua sala.

Meu mundo girava, e meu corpo se arrepiava. O rosto de Matheus piscava em minha frente, assim como o de João Pedro. Meu corpo parecia ir para outro lugar, enquanto meu corpo de fato estava ali.

— Nana? – disse Matheus olhando para mim.

Olhei para ele, assentindo.

— Eu estou muito doido – e começou a gargalhar, voltando a beber a cerveja – E você, J.P.?

— Eu nem estou mais nesse plano, porr* – ele respondeu rindo, se segurando em Matheus – E você, Nana?

Fitei a televisão desligada e os jogos de luzes que piscavam na casa com as luzes apagadas. Os rostos começaram a aparecer estranhos pra mim.

— Nana? Está tudo bem?

Meus olhos se cerravam, aquelas vozes voltaram em meio a tudo aquilo.

— Estou de boa, só estou curtindo.

— Qualquer coisa, estamos aqui – Matheus segurou em meus ombros – Vamos dar uma volta?

— Podem ir, vou ficar por aqui.

Levantei junto com Matheus e, como se aquilo tudo fosse um aviso, quando chegamos na parte de trás, vi alguém.

— Puta que pariu... – disse Matheus.

Fiquei parada, encarando a cena que meus olhos não conseguiam digerir. Matheus segurou no meu braço, como se me chamasse à tona.

— Nana?

Peguei a garrafa de cerveja que tinha ali perto e entornei de uma vez, secando todo o conteúdo.

— Eu estou de boa, já disse.

— Vamos sair daqui...

— Não tem motivo pra sairmos daquilo – disse em tom ríspido.

— Nana, por favor, vai ser melhor... – Matheus dizia em um tom suplicante, gesticulando para mim.

— Alana?

Eu e Matheus encaramos a figura ao mesmo tempo. Suspirei, e Matheus se desvencilhou do meu lado, encarando o outro lado.

— E aí, Paula.

Ela não tinha mudado nada. Na verdade, havia mudado o fato de que ela ficou ainda mais bonita. Meu coração acelerou, o que não era uma coisa boa, ainda mais que estava sob efeito de outras substâncias. Ela mantinha um sorriso amigável, mesmo assim.

— Oi, Matheus – ela disse a ele, que não respondeu nada – Como vocês estão?

— Tranquilos, curtindo a festa – respondi.

— Cheguei ontem de viagem, vim ver meus pais, e soube que uns amigos estavam nessa festa – e apontou para trás.

— Legal.

Olhei para suas mãos, e desviei o olhar.

— Bem...Foi bom te ver por aí.

— Igualmente.

Ela levantou o copo que segurava e, ainda sorrindo, deu as costas e foi embora, a passos lentos.

— Nana? – perguntou Matheus, ao ver que mantinha os lábios pressionados, respirando devagar.

— Quero que ela se foda – mordi os lábios e dei a costa, entrando direto na cozinha.

— Eu falei que era melhor a gente sair daqui.

— Como eu ia adivinhar que ela ia estar aqui? – abri a geladeira, pegando uma garrafa de vodka, abrindo e virando.

— Nana, vai com calma, porr*! – Matheus segurou no meu braço – A gente tá doidão de MD ainda – e tomou a garrafa de mim.

— Desde quando você vai ficar me regulando, caralh*? – disse gritando, puxando a garrafa dele de volta.

— Você acha que eu gosto de te ver estragando tua vida por causa dela? – ele disse para mim, apontando para a garrafa – Você tá se fodendo por causa de uma pessoa que...

— Cala a boca! – apontei para ele de volta.

— Ela já te superou, porr*! – ele segurou em meus braços – Para de fazer isso consigo mesmo, já estou cansado de ficar falando isso pra você.

As palavras dele me atingiram como navalhas que passavam em um corte mau curado, ainda por sarar. Virei o olhar, tentando não olhar nos olhos dele.

— Vai se foder – disse a ele, pressionando os lábios mais uma vez, olhando para o chão – Vai se foder!

Peguei a garrafa de vodka e fui para a entrada da casa, a passos largos.

— Alana, me espera, por favor.

— Me deixa em paz, porr*! – disse gritando, saindo da casa e caminhando pela rua, deixando assim a casa para trás.

*

O efeito da bala começa a sumir, enquanto eu caminho a esmo pelas ruas, virando a garrafa de vodka que já está quase na metade.

— Nana, tenho que te falar
uma coisa.

— O quê?

— Eu te amo.

— Vai se foder, sua vagabunda – murmurei comigo mesmo, enquanto caminhava a passos lentos pela calçada – Eu te odeio.

Minha cabeça girava por conta do álcool e outras substâncias, e meu corpo entrou em um torpor que não conseguia exprimir o que sentia. Um branco absoluto.

— Eu também te amo.
Você é a coisa mais preciosa da minha vida.

— Você não entende.
Eu quero viver junto com você minha vida inteira.
Te amo tanto que chega a doer.

—  Filha da puta mentirosa.

— Como assim vai embora? E como nós ficamos?

— É o melhor para mim, e para nós também,
você sabe o que os meus pais acham de nós.

— Eu posso ir com você, posso mudar de faculdade e...

— Nana, não é simples assim...

— Filha da puta mentirosa – voltei a repetir, com a voz embargada.

— Como você teve coragem de fazer isso comigo?

— Nana, me escuta...

— Você gosta dela?
Por favor, responde.

— Sim.

— Você não gosta mais de mim?

— Não, Alana.

— Filha da puta mentirosa! – disse gritando, sentindo as lágrimas descendo do meu rosto.

Comecei a soluçar, e sentei em um banco que tinha ali perto. Chorava de forma desenfreada enquanto continuava bebendo, até que teve um momento em que não consegui mais beber por conta do choro.

Coloquei a garrafa no chão, apoiando minha cabeça em meus braços, enquanto sentia minhas mãos ficando molhadas. Chorei copiosamente por um bom tempo, até que ouvi passos chegando até mim.

— Estou atrapalhando?

Reconheci aquela voz de algum lugar, e levantei a cabeça.

Era a garota da biblioteca, Catarina. Usava um longo casaco, com as mãos enfiadas no bolso.

— Não, só estou...Remoendo coisas passadas.

Ela se sentou ao meu lado, cruzando as pernas.

— Tem um cigarro?

Olhei para ela surpresa, mas logo puxei a carteira do meu bolso, entregando para ela. Ela bateu, puxou um deles e acendeu com o isqueiro que ficava guardado dentro dele.

— Estou parando – ela disse, depois de uma longa tragada – Foi um péssimo hábito que adquiri na faculdade.

— Você não tem cara de fumante, nem cheiro.

— Não tenho cara de muitas coisas – ela respondeu devolvendo a carteira, dando um sorriso sarcástico.

— O que você está fazendo sozinha na rua a essa hora?

— Caminhando, e você?

— Bem... – apontei para mim mesmo – Chorando, eu acho.

— Isso está batizado? – disse ela, pegando a vodka do chão.

— Não, pode ficar à vontade – gesticulei para ela.

Ela deu um longo gole, em seguida fez um barulho de satisfação.

— Quer compartilhar o que aconteceu?

—Você não iria querer saber...

— Por favor, sou uma ótima ouvinte – ela apoiou a cabeça com uma das mãos apoiada nas pernas cruzadas, me olhando.

— Bom...Eu vi minha ex na festa.

— E por que ver a ex seria um problema? – ela bateu as cinzas do cigarro no chão.

— Porque foi um término...conturbado, longa história.

— Imagino que tenha sido mesmo.

— E você, por que está caminhando esse horário?

— Eu gosto de caminhar de madrugada, é um horário tranquilo, tem um clima melhor...Ficar só na frente do computador lendo e escrevendo uma hora cansa.

— É, tem razão... – peguei a garrafa de vodka, entornando.

— Você quer uma dica? – ela disse, olhando para frente, tragando o cigarro.

— Sobre o quê?

— Você só vai conseguir se desvencilhar de tudo isso quando parar de associar uma coisa à outra.

— Como? – perguntei, confusa.

— Você abusa de psicoativos de forma irrestrita pra tentar sanar essa lacuna emocional, e quanto mais você vê que ela não está se curando, você usa ainda mais, fazendo você entrar em um loop sem fim.

Pisquei algumas vezes, e voltei a olhar para ela, rindo.

— O que foi? – ela pergunta, com o cigarro nos lábios.

— Tenho certeza de que você é uma feiticeira.

— Se fosse na idade média, com certeza seria queimada – ela respondeu, rindo.

— Segundo você – disse enquanto batia com os dedos na perna – Eu posso sair disso?

— Com toda a certeza, com a ajuda certa.

— Como?

Ela terminou o cigarro, dando outro trago na vodka e se levantou. Ao se levantar, ela puxa do seu bolso um cartão, escrito seu nome e número de telefone, assim como o número e localização de uma sala.

— É só me procurar semana que vem nessa sala. Todas as tardes estou lá e... – ela apontou para o cartão – Qualquer coisa, meu nome e meu número.

— Você vai me usar de cobaia para algum experimento?

— Quem sabe? – ela deu um sorriso amigável – Vou indo, você mora aonde?

— Para lá – apontei ao lado oposto – Mas vou ficar aqui mais um pouco.

— Tudo bem então, até logo.

E assim ela seguiu caminhando pelo caminho que seguia. Olhei para o cartão, e balancei a cabeça, então guardei o cartão e voltei a beber o resto que conseguia da vodka.



[1] Mercury: Retrograde, Ghostemane.

Fim do capítulo


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