Trinta e dois
Beatriz chegou ao salão de beleza se sentindo um pouco atordoada, nem viu direito como dirigiu até ali. Quando se deu conta, o manobrista do vallet estava parado ao lado de sua porta, chamando sua atenção com três batidinhas de leve na janela. Ela já tinha desembarcado quando ele lhe entregou sua bolsa, esquecida no banco do carona.
Sorriu quando a recepcionista do salão lhe ofereceu um chazinho de melissa, numa xícara bonitinha, enquanto ela aguardava. Já estava acostumada a ser acalentada por chás, e mesmo aqueles que não eram oferecidos por Cícera acabavam sendo atribuídos a ela. Como agora.
Certamente ela lhe ofereceria algo quente para beber, se soubesse do que tinha ocorrido há alguns instantes, em seu consultório. Cícera fazia isso antes mesmo do ocorrido! Tinha feito naquela manhã. Tinha feito em várias outras!
Agora, sentada em uma poltrona extremamente macia, Beatriz tinha a cabeça tumultuada por mil pensamentos. Uma parte era zangada, se direcionava para a imagem de Bianca, e outra estava em êxtase, com a proximidade do jantar de noivado (o estômago dava até alguns pulinhos). Queria não estar tão atormentada, focada no que era importante e que aconteceria dentro de algumas horas. Estava ansiosa pela reação de Fernanda!
Ela nunca gostou muito do estilo de vida que algumas madames cultivam, mas tinha que admitir que era bom se dar ao luxo de ter um fim de tarde como aquele, com tantos mimos e cuidados. Logo que seu atendimento começou, Beatriz viu uma movimentação de pessoas que estavam ali exclusivamente para atendê-la: uma manicure, uma pedicure e o cabeleireiro, que chegou falante (junto com uma moça, que só lavou seu cabelo). Ele era um conhecido de Renato, que tinha indicado o local.
Sentada ali, cercada de gente, ela não estava ainda totalmente relaxada, mas depois de tudo o que Bianca tinha causado com aquela foto, Beatriz acreditava que demoraria a ficar bem, e que a muito custo voltaria à sua normalidade (se é que isso era possível). Então, certamente, ser bem cuidada era propício para pelo menos um mínimo de alívio, que ela tanto merecia e precisava.
De alguma forma, cuidar de si mesma era uma boa maneira de extravasar parte de toda aquela tensão. E melhor ainda era o motivo para tudo aquilo. Quis então voltar a ficar feliz pelo pedido de casamento. Tinha acordado naquela manhã tão contente!
Mas aí automaticamente se lembrou da foto dentro de sua bolsa, e pelo espelho deu uma olhada onde tinha guardado os seus pertences. Por sorte, estava com o esmalte fresco nas unhas, senão iria lá pegar mais uma vez o motivo de sua perturbação. Queria ver mais uma vez o registro apagado de sua infância, gravado em uma fotografia, possivelmente com sua genitora. Uma pessoa que, ao contrário do que seu pai tinha dito, não morreu quando ela nasceu.
Beatriz se sentiu abandonada de repente, como se voltasse àquela idade em que ainda não entendia o que se passava à sua volta. Soltou um suspiro ruidoso, que a ajudou a voltar para o presente.
A moça aos seus pés sorriu para ela, e disse algo sobre ter concluído o trabalho, quase ao mesmo tempo em que o cabeleireiro exclamava algo semelhante. Beatriz deu uma rápida olhada para as unhas bem feitas e sorriu de volta, mas nem conseguiu ver direito, pois estava com os olhos marejados, segurando o choro. A funcionária, parecendo notar, trouxe um copo com água e massageou brevemente os seus ombros. Notou que a mulher estava tensa, cheia de nós, e tentou desfazer alguns.
Aquilo a acalmou um pouco, e Beatriz gem*u sem querer, de alívio. Ia começar a recomendar massagem para seus clientes mais tensos.
Olhando-se no espelho, se deu conta de que os pensamentos, que agora enfim se acalmavam, eram mais do que suficientes para constituírem uma “crise”. Por muito menos ela recomendava que as pessoas tirassem alguns dias e descansassem a mente. Talvez ela igualmente precisasse de um pouco de descanso.
- Nem pareço eu – Beatriz resmunga.
Nunca na vida tinha se confrontado com situação tão delicada, ao ponto de fazê-la considerar se afastar uns dias do trabalho. Mas sabia que esta seria a primeira recomendação de Arthur, e até de Fernanda, quando soubesse de tudo o que estava acontecendo.
- Você se sente diferente porque repiquei sua franja e tirei as pontas, querida – garante o cabeleireiro, parando seu rosto bem ao lado do dela – Renatinho me disse que hoje era um dia muito especial para você, então quis deixá-la ainda mais linda!
- Eu agradeço – ela diz, examinando-se de verdade – Me sinto mesmo mais bonita.
Fisicamente, ela não se parecia mesmo com o que tinha visto no espelho do seu banheiro pela manhã. O novo formato da franja e o arredondamento na parte de trás do cabelo a deixaram diferente. “Bonita”, teve que admitir. Beatriz deu uma balançadinha na cabeça, e viu o cabelo se movimentar. A moça que fez suas unhas sorriu novamente para ela, num elogio silencioso, com sororidade.
- Me lembro bem quando pedi o Rick em casamento – o cabeleireiro revela, com um ar sonhador – Foi uma noite bárbara!
- Estão casados há muito tempo? – Beatriz pergunta, observando uma mulher preparar uma mistura dentro de um pote colorido.
- Ficamos juntos por lindos 12 anos. E então ele se foi.
- Eu sinto muito... – ela resmunga, sentindo um creme gelado ser espalhado pelo rosto.
- Ah, não sinta. Ele hoje é muito feliz com o Álvaro – o homem garante, mexendo com as mãos em sinal de desprezo, segundos antes de ela fechar os olhos e sentir a cadeira ser inclinada para trás.
Foram mais de duas horas dentro daquele salão e, ao sair, Beatriz admitiu que tinha valido a pena. Sentia-se mais bonita e mais relaxada. Não tinha esquecido nem um décimo de tudo o que a preocupava, mas se conscientizou de que ainda levaria um tempo para serenar nesse sentido. A namorada a ajudaria a dissecar melhor esse assunto, mas depois, quando ela virasse oficialmente a sua noiva.
Foi para casa se olhando de vez em quando no espelho retrovisor, toda maquiada e produzida, e ligou o GPS para fugir das ruas mais badaladas, que tinham mais trânsito. Em geral, ela não se importava de perder alguns minutos sentindo a noite dentro do carro, mas estava com pressa de chegar.
Ao entrar no apartamento, constatou que Cícera havia arrumado tudo de acordo com o solicitado – e feito ainda mais. O capricho na organização da mesa da sala de jantar fez com que Beatriz sorrisse sozinha na penumbra. Os guardanapos de linho combinavam perfeitamente com a toalha de renda e com os castiçais, já devidamente paramentados com velas, aguardando o jantar romântico. As taças, os talheres e os pratos estavam meticulosamente alinhados com o jarro de flores, no centro.
Ela passou o dedo pela mesa, na expectativa pelo evento, e foi até a cozinha apenas para se certificar de que a comida já tinha sido entregue. Cícera tinha colocado tudo em recipientes bonitos, dentro do forno, que permanecia aquecido, mantendo a temperatura.
Após olhar para o grande relógio pendurado na parede, ela correu para o quarto. Antes, teve o cuidado de acender as velas perfumadas que já estavam dispostas na mesinha do corredor. Lavanda seria o cheiro da noite do seu noivado.
Já tinha escolhido a roupa ideal para aquele momento, e nem se demorou definindo os acessórios, após o banho (tomado com bastante cuidado, para não estragar o penteado, que contava com um topete alto). Ela escolheu uma roupa neutra, pois sabia que Fernanda, seu par perfeito, viria com um vestido longo. E porque quis ser ousada, também.
Faltando cinco minutos para as oito horas, Beatriz desceu e novamente se certificou de que tudo estava nos conformes. Ajeitou-se mais uma vez em frente ao espelho do lavabo e retocou, por fim, a maquiagem, com um batom de uma tonalidade parecida com a que estava usando.
Vestia um terninho cinza claro, muito elegante, feito sob medida, fechado na frente, deixando à mostra apenas uma parte do corpete preto bem justo, que usava por baixo. A calça, apesar de justa, não marcava a calcinha, comprada especialmente para a ocasião, e a maquiagem realçava o verde de seus olhos, destacando a pele limpa após os cuidados recebidos no fim daquela tarde.
Caminhou até a cozinha, ainda descalça, e acendeu a lâmpada do forno. Os camarões grelhados estavam chamativos e pareciam bastante saborosos. Colocou sobre a bancada a maionese de frutos do mar e o arroz à lá grega. De passagem até a sala verificou, com um termômetro próprio, que a temperatura do vinho estava de acordo, e apoiou a garrafa sobre o balde com gelo somente para resfriar a bebida. Sabia que bastariam alguns minutos, apenas.
Acendia as velas estrategicamente posicionadas ao longo da mesa, após apagar todas as lâmpadas, quando ouviu o som da porta, provocado por Fernanda, que chegava toda perfumada.
Logo que entrou, a moça percebeu que algo estava diferente. Não tinha visto ainda a mesa toda arrumada na sala de jantar, mas reparou na ausência de luzes acesas pelo apartamento – o que era raro, Beatriz sempre deixava tudo ligado.
- Bia? – ela chama. Sentiu o aroma suave das velas que Beatriz tanto gostava, vindo do corredor – Meu amor? Eu cheguei.
Fernanda caminhou até a sala, ouvindo o som que o salto de seus calçados faziam contra o chão de madeira. O aparelho de som gemia baixinho algumas notas clássicas e ela reconheceu a música, que estava numa playlist especial da namorada, criada para dias de festa. Sorriu, reconhecendo que a conhecia bem, e porque achou engraçado Beatriz ter escolhido aquela trilha sonora, sendo que a festa seria em outro lugar.
Apoiou sua bolsa no sofá e reparou nas cortinas da sala abertas, e não resistiu à tentação de ir admirar a vista. Era simplesmente maravilhoso poder observar a cidade dali de cima, tendo acesso à parte urbana e ao mar, que se apresentava nesta noite de maneira majestosa, sob a luz da lua. A água escura tinha algumas tonalidades em prata, e parecia até brilhar.
Se debruçou na janela e olhou para a mata próxima dali, que eventualmente balançava com alguma brisa que surgia. Se pudesse, passaria a noite naquela sacada, admirando aquela vista. Estava uma noite quente, mas não abafada. De repente, sentiu uma vontade sincera de ir à praia, àquela hora, e dar um mergulho. Já era a segunda vez no dia que pensava nisso.
- Uau! Como você está linda! – Beatriz exclama, às suas costas, causando um pequeno sobressalto nela.
Fernanda estava com um vestido preto, longo, bem justo, cuja barra, quase no chão, um pouco mais solta, dançava quando ela se movimentava. Tinha um recorte que deixava as costas nuas, o tecido começava próximo ao cóccix, bem lá embaixo, e deixava a bunda bem marcada, redondinha, escondida pelo pano delicado. Beatriz quis percorrer aquele espaço com a língua, sentindo a maciez da pele que ela já conhecia, e agora desejava. Sabia que a mulher ficaria linda produzida, mas não estava esperando tanto. De maneira incontrolável, pensou que as duas formavam um casalzão.
A mulher estava alguns centímetros mais alta que de costume, o que a deixava com a postura bem ereta, e Beatriz reparou que seu sapato de salto alto tinha um brilho parecido com o do vestido e, apesar do tom escuro, o conjunto todo a deixava iluminada.
Ela se virou devagar em sua direção, e Beatriz reparou que a namorada estava impecavelmente maquiada, e com um penteado que favorecia o formato de seu rosto. O cabelo estava preso no alto da cabeça e alguns fios escapavam nuca abaixo, de um jeito muito sexy. Ela sorriu, olhando Beatriz de cima a baixo, e deu uma mordidinha no lábio, de um jeito provocativo.
Fernanda usava uma echarpe fina de uma cor um pouco mais clara que o vestido, que se destacava sobre o colo. Tinha os seios volumosos apertados no decote e o pescoço nu enfeitado apenas com uma correntinha de ouro bem fina.
- Você também está linda! – Fernanda responde, observando a namorada caminhar em sua direção.
Fernanda olhou para seus pés descalços e depois para sua roupa, e o gesto provocou uma careta. Contraiu os olhos, emendando um sorriso na sequência.
- Quase parecemos um casal tradicional – ela brinca, desabotoando o terninho da namorada e sorrindo ainda mais, ao conferir o modelito completo – Que gostosa, Bia!
- Vamos criar a nossa própria tradição. Vamos ser tradicionais do nosso jeitinho – Beatriz fala, emendando um beijo caloroso na mulher, que agora a abraçava, com os braços dentro de seu paletó.
- Tenho certeza de que nós vamos arrasar nessa festa, amor! – ela diz, ainda abraçada à Beatriz. Pela primeira vez quis ir ao evento, estavam tão bem vestidas que o mundo merecia admirá-las – Hein? A festa do Renato não começa às nove?
- Se eu te disser que ele não vai fazer festa nenhuma você vai ficar muito zangada?
- Talvez eu fique um pouco, sim. Passei horas no shopping procurando um vestido – Fernanda responde, entrelaçando seus dedos nos de Beatriz, deixando-se ser guiada por ela – E confesso que ver você de terninho me aborrece muito! Eu poderia ter usado um também.
- Prefiro você de vestido, Fernanda.
- Também prefiro você de vestido, Beatriz! Apesar que você está maravilhosa! Mas eu queria também estar sem salto e de calça, bem confortável. Só que nem por isso... – Fernanda para de falar e olha para a sala de jantar, graciosamente arrumada.
- Vai haver uma festa hoje, querida – Beatriz garante, puxando a cadeira para a mulher sentar – Mas não vai ser na casa do Renato. Vai ser aqui. Só eu e você.
- Espero que não me tenha feito vir aqui vestida desse jeito só para me dar o fora – Fernanda brinca, se acomodando.
- Eu nunca faria isso – Beatriz afirma, ainda em pé ao seu lado. Abaixou o rosto e ficou bem próxima de Fernanda – Na verdade, quero fazer o oposto disso.
- Como assim?
- Quero que se case comigo, Fernanda – Beatriz diz, bem clichê, se ajoelhando à sua frente, entregando-lhe uma caixinha azul – Quero que seja minha mulher para sempre, minha esposa, minha parceira. Quero te amar e te respeitar na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe!
Fernanda a encara, boquiaberta. Não estava esperando aquilo, e de imediato, depois do baque inicial da surpresa daquele pedido, da festa que não ia ter, pensou que tinha passado a tarde aborrecida à toa, quis até brigar com a namorada, que só estava planejando um jantar romântico à luz de velas.
Beatriz colocou o anel em seu dedo, feito na medida certa, e ele tinha uma pedra brilhante bem no meio. Havia um anel semelhante dentro da caixinha, e Fernanda colocou em seu dedo. Depois estendeu a mão por um momento, admirou a joia, e então puxou Beatriz para perto, a beijando com amor. Nunca imaginou ser pedida em casamento tantas vezes, e sentiu que desta vez Beatriz falava sério, tinha até se planejado para aquilo. Só lhe restava aceitar, porque amava muito a mulher, que agora chorava, emocionada.
- Quero muito me casar com você, meu amor – ela diz, secando com o dedo uma lágrima de Beatriz. Se levantou para ficarem mais ou menos na mesma altura – Não imagino mais a minha vida sem você, Bia! – ela continua, emendando seu batom ao dela, beijando primeiro só o cantinho de sua boca, de um jeito que sempre a fazia suspirar. Deu uma puxada mais forte na cintura de Beatriz, que gem*u, indo ao seu encontro, se encaixando nela com facilidade – É você a mulher que eu quero ao meu lado sempre, para o resto da minha vida, dormindo comigo, acordando comigo, fodendo comigo – Fernanda a segurou forte pela nuca, deixando Beatriz de perna mole – É só você, Beatriz Nogueira!
- Você não quer jantar antes? – Beatriz pergunta, num instante em que pararam brevemente de se beijar, já um pouco ofegante – Amor – ela chama, mas sem se opor, virando a cabeça para Fernanda continuar a beijar o seu pescoço.
- Queria te comer em cima dessa mesa, saiba, mas acho que a gente colocaria fogo na casa – Fernanda comenta, puxando Beatriz pela mão, em direção ao quarto – Já, já a gente janta. Vem cá, vem.
As duas praticamente correram até o quarto, como duas arteiras, fugindo dos compromissos. Fernanda quis se livrar do salto assim que pôde, e fez questão de despir Beatriz. Primeiro, a deixou só com o corpete e a calcinha, que era linda, e enquanto se beijavam, se livrou do seu vestido.
Ela não usava nada por debaixo da peça, o que fez Beatriz aplaudir, pela ousadia. Se tivessem ido mesmo a uma festa e lá ela tivesse descoberto a ausência de calcinha e sutiã, certamente teria dado um jeito de se pegarem em algum banheiro. Como duas adolescentes.
Estava com tanto tesão que quase doía, queria se esfregar inteira em Fernanda, saciar a vontade que sentia dela, preenchendo o seu corpo com o corpo da mulher, quente, sedento. Se abraçaram forte, sem desunir as bocas, e Beatriz desceu com as unhas pelas costas de Fernanda, que se arrepiou e deu uma leve empinadinha.
Não pararam de se beijar até que estivessem finalmente sem nada de roupa, e aí Fernanda se afastou alguns centímetros, como sempre fazia, para admirar a beleza da mulher nua.
Percorreu com o dedo a lateral de seu pescoço, o contorno do seio, da costela, da tatuagem. Passeou em volta do umbigo, deslizou para a virilha, a parte de trás do joelho. Beatriz a encarava, mal piscava, só se contorcendo conforme sentia o toque da mulher, que a arrepiava, entregando o que estava sentindo.
Ela estava atravessada na cama, ofegante, já despenteada, as pernas um pouco entreabertas, o suficiente para Fernanda ver que já estava molhada, pronta para ela. Desceu um pouco o corpo e passou a língua inteira naquela parte que pulsava, se enchendo do gosto de Beatriz, que escorria. A mulher gem*u e se abriu mais, pedindo mais, e só por isso ganhou o que pedia. Fernanda a lambeu novamente, desta vez encostando, ao final, a pontinha da língua no clit*ris, com mais pressão, a fazendo gem*r mais alto. Beatriz segurou seu cabelo mantendo sua cabeça ali, e rebolou enquanto sua agora noiva a beijava, gem*ndo junto com ela, se deliciando quase na mesma intensidade. Fernanda só não gozou com ela porque se desconcentrou com os movimentos finais de Beatriz, que contraiu forte no momento do orgasmo, instantes antes de relaxar por completo, num gemido mais longo.
Permaneceu com a boca ali, provocando agora outras sensações. Sorriu junto com Beatriz, mais acima, que tentava agora puxar a namorada para perto. Ao subir, Fernanda se ajeitou um pouco mais ao alto, e sentou-se sobre o rosto de Beatriz, que arregalou os olhos, antes de manifestar qualquer tipo de protesto. Dali do alto Fernanda via que Beatriz ainda sorria, enquanto a ch*pava, segurando sua bunda com força.
Desta vez ela que quase gozou, só de sentir (e ver, e ouvir, e sentir de novo) a namorada atingindo o clímax.
- Você está mais gostosa, agora que é minha noiva – Beatriz comenta, tirando um pelinho da ponta da língua.
- Ai, você também! Nossa! – Fernanda responde, se aconchegando em seu colo – Quero mais daqui a pouco, ainda estou com muito tesão.
- Sim, eu também.
- Que surpresa, hein? Adorei, Bia, de verdade. Deixou bem claro que suas intenções comigo são realmente sérias – Fernanda sorri e ouve a risada de Beatriz.
- Agora precisamos ir lá na sua casa, oficializar a nossa relação para os seus pais.
- Sim, claro, com certeza, tudo o que você quiser, meu bem – Fernanda se inclina um pouco e acende o abajur. Mexeu a mão para que a luz refletisse no diamante do anel.
- Eu tenho que te mostrar uma coisa – Beatriz diz, se levantando. À princípio, Fernanda achou que ela pegaria algum brinquedo sexual. Caminhou até o canto do quarto e pegou algo de dentro da bolsa – Hoje, aparentemente, descobri que minha vida é uma mentira.
Fernanda analisa a fotografia entregue por ela, e após alguns segundos vira a foto, volta a olhar para as pessoas da imagem, e então olha para Beatriz. Ela tinha novamente lágrimas nos olhos, o que a deixou de coração partido.
- É você? – ela pergunta, mas parecia já saber a resposta.
- E talvez a minha mãe. Não aquela que meu pai disse que morreu. A verdadeira.
- Caralh*, Bia! – Fernanda exclama, sentando na cama para olhar melhor.
Fim do capítulo
Amo esse capítulo! Amo! Junto com o 21 (quando ela entra na casa da Fernanda), esse é um dos meus preferidos! E agora, editado, ficou ainda mais queridinho! S2
Eu gosto que exista essa construção de que a Beatriz é uma fortaleza (em partes pela visão da Bianca, em outras pela própria narração da história, os detalhes escolhidos para contar), e nesse capítulo ela está muito humana. E a Fernanda também (embora ela sempre pareça mais humana que a Bia rs).
Adoro enfiar as gay na história, eles são sempre um caso à parte, amo viado rsrs
O cabeleireiro nem tem nome, mas faz seu show, né rsrs
Gente, e BiaFe vestidas pra festa! Queria muito ver isso de perto!!
Os camarão e todo o jantar ficaram pra história rsrs
Bom, é isso. Estão noivas. Não sei se ficou claro que a Fernanda não se abria em casa pq
1. todos já sabem
2. ela acha desnecessário, como se fosse mais uma declaração de preferência sexual (oq sabemos que não é) e
3. a Beatriz é locona, né. Teve aquela vez que terminou do nada, vai saber. Agora que pediu em casamento, ficou mais sério.
Me digam oq acham, pq se for preciso, nois vorta e reescreve!
Beijos, ótima semana, grata pela companhia!
Amando essa experiência de compartilhar essa história com vcs! <3 <3 <3 <3 <3
Comentar este capítulo:
cris05
Em: 28/06/2021
M A R A V I L H O S O!
Bia Beatriz arrasou no pedido!
BiaFe é um casalzão da porra! E vestidas pra festa então chega a ser covardia!
Amei, autora! Você é sensacional!
Beijos, ótima semana!
Resposta do autor:
* - *
Tinha que ser um bom pedido, a expectativa era grande rsrs
Achei elas lindas vestidas de gala! Queria rsrs
Fico feliz que tenha gostado!
Hoje desmarquei meus compromissos todos, só para poder escrever rsrs Que os clientes não descubram rsrs
Ótima semana pra vc tb!
Beijos! Se cuida!
[Faça o login para poder comentar]
Lins_Tabosa
Em: 28/06/2021
Os zoinho com coraçõezinhos aqui! Adorei.
Agora bora descobrir o mistério com ajuda da noiva. Rsrsrsrs
Abrs, o/
Resposta do autor:
S2
Isso!
Ou pelo menos tê-la ao seu lado, e o mistério que se resolva sozinho (que é o que vai acontecer rsrs).
Beijos!
[Faça o login para poder comentar]
Saraivas1993
Em: 28/06/2021
Sensacional minha autora! Achei o pedido inspirador rs. Parabéns pelo trabalho, continuarei por aqui, te acompanhando!
Resposta do autor:
Me acompanha que eu gosto! <3
Achei inspirador tb! Fickadica rsrrs
Beijos!
[Faça o login para poder comentar]
NovaAqui
Em: 28/06/2021
Pegou fogo! Uhuu
Foi lindo! Beatriz se superou
Meu amigos gays são engraçados principalmente meu cabeleireiro. Esse é "ór concur". Ir cortar o cabelo é um momento de diversão para nós dois.
Fernanda mais tranquila vai ajudar Beatriz a pensar. Até agora, Beatriz só criou uma crise kkkkkk
Boa semana!
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Pegou fogo msm! Delícia essas duas!!
Cortar o cabelo tb pode ser terapêutico rsrs
Boa semana pra vc tb!
Beijos!
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]