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Striptease por Patty Shepard

Ver comentários: 2

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Palavras: 4024
Acessos: 6941   |  Postado em: 27/06/2021

Notas iniciais:

Oi, oi gente!! Cheguei, infelizmente, com mais um capítulo pequenino. Infelizmente acabei tendo que fazer algumas provas finais na faculdade e eu não tinha planejado isso, ai tudo saiu do meu controle. Porém, agora estou oficialmente de férias e como já tinha falado anteriormente no twitter, vou aproveitar essas férias da faculdade pra trazer capítulos maiores e outros projetos! Afinal, ando desidratada, estou arrancando poucas lágrimas de vocês, preciso de mais!
O capítulo é pequeno e até meio sem graça (eu acho), mas é necessário, eu espero que gostem, prometo vir com um capítulo BEM maior daqui a quinze dias. Até lá! 
Twitter: @Patty5hepard

Capitulo 29

 

Já eram quase dez horas da noite quando Helena entrou na sala de sua casa a passos lentos e preguiçosos, havia acabado de tomar mais um banho depois de passar horas na cama com Amélia e a única coisa que fizera o casal sair da cama naquela noite fora a fome, afinal, haviam se dado conta que elas não haviam comido absolutamente nada naquele dia. Quando a mexicana jogou-se bem no meio do sofá já foi encolhendo as pernas em posição de meditação e bocejou de forma preguiçosa enquanto pegava o controle da TV e a ligava, Vadia pulou da poltrona onde estava deitada, diretamente para o sofá e enquanto se espreguiçava ia caminhando devagar diretamente para o colo de Helena, quase no mesmo instante Helena ouviu o som típico da porta da frente sendo aberta e logo em seguida sendo fechada de forma um pouco grosseira, não precisou nem pensar duas vezes para saber quem era.

— Eu realmente não aguento mais. — Ally falou enquanto aparecia na sala, estava impecavelmente arrumada, deslumbrante Helena diria em uma mão carregava a sua bolsa e na outra uma pequena sacola de papel.

— Mais um encontro desastrado? — Helena deduziu ao relacionar a impaciência da ruiva e o fato de ela estar muito bem arrumada. — Você está muito linda.

— Demorei horas pra ficar gostosa desse jeito e o cara não sabia nem conversar! — lamentou em tom choroso enquanto atravessava a sala a passadas um pouco largas, largou sua bolsa na poltrona onde Vadia estava antes deitada e estendeu em seguida a sacola para Helena. — Além de, quase na casa dos quarenta, ainda viver na casa da mãe. Estou fadada a ser uma solteirona.

— Ele fala bem da mãe pelo menos? — Helena questionou enquanto aceitava de muito bom grado a sacola, já tendo plena certeza de que era alguma comida que ela gostava.

— Não exatamente. — Ally suspirou enquanto jogava-se na poltrona de forma derrotada. — Não queria chegar cedo em casa e encontrar a Vovó pronta pra falar que eu deveria ter casado com o Phillip e também vim saber como foi ontem...

— Hmm... — Helena falou de boa cheia logo após dar uma generosa mordida em um dos três donuts cobertos com chocolate meio amargo que estavam dentro da sacola. — Foi muito bom, no fim da noite a Amélia apareceu aqui em casa completamente bêbada e aos prantos se declarou pra mim e me pediu em namoro, foi bem cômico. — explicou enquanto dava muito mais atenção ao Donut do que ao que falava, como se tivesse acabado de falar algo completamente normal.

Ally tinha ambas as sobrancelhas arqueadas e a boca entreaberta ao ouvir aquilo, ainda mais ao notar toda a calma de Helena.

— O que?! — questionou em tom incrédulo.

— Não foi exatamente dessa forma! — Mia reclamou assim que apareceu na sala vestindo apenas uma camisa de alcinhas e uma calcinha, felizmente Helena havia lavado suas roupas da noite anterior, algo que agradecera várias vezes. Na mão carregava apenas uma carteira. — É essa aqui? — questionou assim que entrou no campo de visão de Helena e lhe mostrou a carteira.

A mexicana concordou com um aceno de cabeça, havia pedido para Mia trazer a sua carteira quando viesse já que as duas pediram comida ainda na cama e agora aguardavam chegar, estavam com preguiça demais de cozinhar.

A expressão de Alysson parecia ainda mais perdida após a chegada de Mia, o olhar intercalava entre Helena e entre Amélia que agora aceitava um donut oferecido por Helena e logo sentava-se bem ao lado da namorada e exatamente na mesma posição.

— Então finalmente estão namorando? — Ally questionou.

— Eu disse que todos perceberam, menos nós. — Helena pontuou e Mia deu uma breve risada antes de concordar com um aceno de cabeça enquanto mastigava.

— Nós finalmente estamos namorando, mas não sem antes ela tentar me dar um pé na bunda várias vezes. — Mia explicou enquanto ainda mastigava, estava mesmo morta de fome.

— Não foi exatamente dessa forma. — Helena reclamou enquanto olhava para a mulher ao seu lado com o cenho franzido.

— Foi exatamente dessa forma! — Mia deu ênfase no exatamente. — Você quis me dar um pé na bunda enquanto eu me desfazia em choro, Helena.

— Você realmente chorou? — Ally questionou, aquela história só ficava cada vez mais inusitada.

— Ela mal conseguia falar. — Helena garantiu ao olhar para a amiga e riu por alguns segundos ao recordar-se mais uma vez da noite anterior.

A campainha tocou algumas vezes e imediatamente Mia ergueu-se do sofá enquanto ch*pava a ponta do polegar direito, inclinou-se para pegar a carteira em cima da mesinha e saiu andando já tendo absoluta certeza que era a comida que haviam pedido.

— Não acredito que você vai atender a porta assim...

— Tem gorjeta melhor? — questionou como se claramente não se importasse até sumir do campo de visão de Helena e de Ally.

A ruiva encarava Helena de forma ainda incrédula, não pelo fato de Mia ir atender a porta de camiseta e calcinha, mas sim por as duas estarem namorando, ainda mais que ela sabia muito bem de todas as inseguranças de Helena.

— Pois é. — Helena falou enquanto olhava para a amiga, sabia bem no que ela estava pensando, riu por breves segundos. A ruiva ergueu-se da poltrona e rapidamente sentou-se do lado da amiga, mas ficou de frente para ela. — Ela realmente chegou bêbada em um estado deplorável e chorando tanto que mal se aguentava em pé e ao invés de isso me deixar extremamente incomodada, eu achei fofo, por que ela parecia muito mais frágil do que eu. — falou baixinho como se aquilo fosse um grande segredo e fora justamente por isso que Ally havia se aproximado de Helena. — E enquanto eu cuidava dela, ela começou a se declarar da forma mais fofa possível, falou várias coisas e eu realmente tentei negar de todas as formas possíveis. Hoje de manhã quando ela acordou, tentei fazer ela entender de alguma forma que isso não daria certo... E ela ficou furiosa, não por eu estar tentando dar um pé na bunda dela, mas sim por que eu estava me diminuindo. — Helena gesticulava devagar com as mãos para tentar se expressar da forma que bem queria. Em seguida, deu de ombros e sorriu fraco, ainda mais ao ver a forma como Ally lhe encarava, com um sorrisinho orgulhoso no canto dos lábios. — Mas a quem eu quero enganar não é? Conversamos muito e entramos em uma consenso, é claro que eu ainda estou completamente assustada, mas pensando agora, se eu não tivesse me permitido namorar com ela, eu teria me massacrado depois.

— Meu Deus, eu realmente não imaginei que eu iria te ver assim novamente. — Ally falou baixo, não conseguia parar de sorrir, aquela com certeza era uma das notícias mais incríveis que já recebera relacionada à Helena desde que a conhecera.

Helena riu.

— Eu muito menos. — falou enquanto sorria.

— Olha só o que eu ganhei de brinde. — Mia apareceu na sala com um sorriso largo nos lábios, a carteira presa abaixo da axila direita, a mão direita ocupada com várias sacolas de papel e a esquerda segurava apenas uma bolsinha plástica cheia de biscoitos da sorte.

— Por que será não é mesmo? — Helena implicou, mas sorriu logo em seguida, não se importava nem um pouco, achava engraçado na verdade.

— Você quer se juntar a nós, Ally? — Mia questionou enquanto colocava todas as sacolas em cima da mesinha de centro, havia pedido yakisoba.

— Não, meu encontro foi um lixo, mas pelo menos eu comi bem. — falou com o cenho um pouco franzido.

— Pra onde ele te levou? — a designer questionou. — O lugar que o cara te leva diz muito sobre ele.

— Para o Britt´s...

— Ele só estava querendo te comer. — Mia respondeu de forma imediata enquanto ia se ajoelhando para sentar-se no tapete, Vadia já descera do colo de Helena e se aproximava de Mia como quem já sabia que ali tinha comida boa.

— Você falou isso com tanta propriedade... — Helena arqueou uma sobrancelha.

Mia riu e encarou a namorada.

— Você sabe que eu já tive uma grande lista de encontros. — deu de ombros, mas logo apoiou as mãos na mesinha e encarou as duas mulheres. — Mas também trabalhei ou trabalho ainda em restaurante, então é meio que obrigação nossa conhecer todos os restaurantes ao redor, então é uma brincadeira comum à gente classificar encontros por restaurantes.

— Qual a classificação do Palermo? — Helena questionou.

— O Palermo é caro, então é para primeiros encontros românticos ou comemorações. — explicou com calma, em seguida olhou para Ally. — A comida do Britt´s é deliciosa, eu amo todos os frutos do mar que eles fazem, mas é bem barato, o que obviamente não é problema, mas obvio que os homens se aproveitam disso.

— Eu já estava me sentindo mal, você fez eu me sentir pior. — Ally falou de forma pontuada e em um tom um pouco sério, porém, só serviu para arrancar gargalhadas tanto de Helena quanto de Mia. — Péssima hora pra eu resolver vir aqui, sabiam? — implicou enquanto erguia-se do sofá e ia diretamente para a cozinha. — Vocês duas são péssimas.

— Por isso estamos namorando. — Helena brincou enquanto erguia-se do sofá para se juntar a Mia no tapete. — Aproveita e trás suco pra gente!

— Péssimas!! — Ally falou bem mais alto com as últimas palavras de Helena e novamente arrancou algumas risadas do casal.

— Pelo menos uma vez por mês ela tem encontros falidos como o de hoje. — Helena explicou enquanto abria uma das caixinhas de yakisoba e em seguida pegava os hashis.

— Preciso dar um toque no Fred. — Mia falou enquanto já mexia a sua comida enquanto também ajeitava os hashis entre os dedos.

— Definitivamente. — Helena concordou enquanto pegava os saches com molho apimentado e ia os abrindo. — Você quer? — indicou o molho.

— Não, já provei o suficiente do meu próprio molho apimentado hoje, ele é mais gostoso. — Mia falou em tom baixo e em seguida ch*pou a ponta do polegar suja com o molho do yakisoba.

Helena riu com satisfação ao ouvir aquelas palavras e manteve um sorriso largo nos lábios, céus, realmente estava tão feliz que sentia que poderia levitar a qualquer momento.

Quando Ally voltou, o casal já estava ocupado comendo e tentando fazer Vadia parar de tentar roubar a comida delas. A ruiva segurava dois copos e uma cerveja em uma mão e uma jarra de suco na outra, deixou tudo sobre a mesinha antes de sentar-se junto às duas mulheres.

— Você tem tanto azar assim com encontros? — Mia questionou enquanto servia seu copo e o de Helena com um pouco de suco.

Ally deu de ombros enquanto retirava ambos os saltos e os deixava de lado e em seguida abria a cerveja e após um gole farto, se ocupou em abrir alguns biscoitos da sorte.

— Eu tive um relacionamento que durou quase dez anos, nos conhecemos no colegial, aquele clichê jogador de futebol e líder de torcida...

— Líder de torcida no colegial?

— Pois é, eu adorava, mas tudo o que isso me rendeu foi uma flexibilidade invejável. — deu de ombros antes de comer um dos biscoitos. — E eu achava que iria me casar com ele, inclusive vovó tinha certeza disso, mas ele me enrolou por dez anos, nem um noivado e muito menos planos concretos, então eu terminei, eu não quero ficar com ninguém que não planeje o futuro por que está acomodado demais com o próprio presente.

— Meu Deus... Eu preciso mesmo te apresentar ao meu irmão.

Ally riu e concordou com um aceno de cabeça.

— Pelo amor de Deus, se ele for no mínimo um pouquinho parecido com você, eu agradeceria demais.

— Palermos tem um charme que ninguém resiste.

— Vão ter que resistir por que você agora é minha.

 

®

Os dedos de Helena deslizavam bem devagar pelas costas nuas de Mia, o sol entrava pela janela do quarto de forma ainda muito discreta, sinal de que o dia havia amanhecido não fazia muito tempo, a Designer ainda dormia em um sono claramente muito tranquilo, dormia de bruços e Helena aproveitava o momento para apreciar cada detalhe da então namorada. A pele clara que parecia brilhar em alguns pontos onde o sol fraco tocava, aquela cena daria um quadro verdadeiramente fantástico. Havia acordado há algum tempo, com aquela mesma sensação de tranquilidade que sentia sempre quando Mia estava ao seu lado, tranquilidade e segurança, era como se nada pudesse a atingir só por que Mia estava ao seu lado. Era tão incrível.

— Por que seu quarto tem que ser tão iluminado? — Mia sussurrou tão baixinho e de forma tão preguiçosa que fez Helena sorrir de forma um pouco larga enquanto a mão deslizava devagar pela pele gostosa até chegar a nuca e os dedos se emaranharam nos fios escuros.

— Bom dia, Amélia. — Helena falou baixinho e Mia sorriu antes de abrir um pouco os olhos, ainda incomodada com a luz do sol, ela não respondeu, só se ajeitou e se arrastou um pouco pela cama até se aconchegar ao corpo nu de Helena.

Ally havia ido embora quase de madrugada, as três haviam conversado por horas e antes de dormir, o novo casal não resistiu, amaram-se por horas mais uma vez antes de se enroscarem uma na outra e mais uma vez dormirem tão unidas como se fossem uma só.

Helena beijou os cabelos da namorada com carinho e a abraçou antes de voltar a enroscar seus dedos nos cabelos dela e começar um cafuné gostoso.

— Que bom que hoje é domingo. — Mia sussurrou e bocejou por alguns segundos, o corpo de Helena estava tão quentinho, tão gostoso que ela não queria nem se mover. — Eu não vou conseguir sair fácil daqui.

— Não se preocupe com isso, eu nem deixaria você sair. — sussurrou de volta.

Mia se ajeitou um pouco até erguer a cabeça e a pousar no mesmo travesseiro que Helena, tão próximas que seus narizes tocavam um ao outro, apenas a pontinha.

— Você dormiu bem? — questionou.

— Muito, muito bem. — Helena respondeu baixinho e a mão direita deslizou pelo rosto de Mia em um carinho lento. — Você me trás uma segurança muito gostosa.

Mia sorriu.

— Que bom... Estou fazendo bem a minha parte como namorada.

Foi à vez de Helena sorrir.

— Como faremos isso? — Helena questionou baixinho. — Até pouco tempo você não aceitava tão bem a sua bissexualidade. Contaremos a todos assim livremente?

— Você quer contar a todos livremente?

Helena ficou em silêncio e após alguns segundos Mia voltou a abrir os olhos para encarar a namorada e entender o motivo do silêncio.

— Tecnicamente todos já sabem que você é minha namorada, Helena. Eu fui arrancada do armário pela minha própria família e fui muito bem recebida por isso.

— Sua família é uma coisa, todo o resto é outra bem diferente, Amélia, você se sente 100% confortável já?

Mia negou com um aceno de cabeça e Helena sorriu fraco.

— Não quero que você entenda o que irei falar de forma errada, Mia. Então preciso deixar claro que eu gosto muito de você, gosto de cada coisinha em você e penso em você de segundo a segundo, vinte e quatro horas por dia. Mas você também me conhece bem e conhece todos os meus problemas e inseguranças... E apesar de querer gritar para o mundo que agora eu tenho você...

— Você quer aguardar um pouco. — Mia completou as palavras da namorada.

Helena concordou com um aceno de cabeça.

— Eu sei que você jamais me faria qualquer mal, mas antes de gritar para o mundo, para tudo e todos, que eu me comprometi a você e você a mim, eu preciso me acostumar com essa novidade e com a enxurrada de sentimentos que tudo isso irá me trazer quando eu estiver sozinha. — sussurrava em tom cuidadoso, como se tivesse medo da reação de Mia a suas palavras. — Então eu gostaria que, ao menos por enquanto, isso fosse mais íntimo. Nossos amigos mais próximos e familiares, apenas.

— Parece perfeito pra mim. — Mia sorriu de canto, entendendo muito bem cada palavra de Helena e o porquê de ela estar pedindo aquilo. — Assim nos acostumaremos juntas a essa novidade.

— Sim. — Helena suspirou com alívio e colou sua testa a de Mia. — Obrigada por sempre me entender tão bem.

— Você também sempre me entendeu, Helena, em tudo. Sempre foi extremamente compreensiva, às vezes até demais. Eu não posso e nem vou te retribuir com menos que isso. — explicou em tom baixinho e deu um beijo no cantinho da boca da namorada. — Mais alguma insegurança?

— Tantas. — Helena respondeu e sorriu fraco.

Mia abriu os olhos novamente e se afastou só um pouquinho para poder encarar Helena, a mão esquerda começou a deslizar pelas costas nuas da mexicana de forma carinhosa.

— Quero saber como estão às sessões com a Samantha. — Mia pediu, aquele olhar que deixava claro que Helena não teria escapatória dessa vez.

Helena ficou em silêncio por alguns segundos, retribuindo aquele olhar de Mia enquanto pensava muito bem no que iria falar a seguir, respirou um pouco fundo algumas vezes antes de poder falar.

— Ao longo dos anos em que eu vivi em um relacionamento tão tóxico, eu, de forma inconsciente, me acostumei e naturalizei aquele tratamento agressivo e depreciativo a ponto de torna-lo comum. Então, quando você apareceu e foi se aproximando mais e mais, você se tornou, de certa forma, o meu principal e necessário gatilho. — sussurrou com sinceridade, sem de fato saber se confessar aquilo a Mia era a atitude correta. — Para mim, ser mal tratada e desrespeitada era tão comum, que o seu carinho começou a me dar medo, ser respeitada, ser bem tratada, ter tanta atenção e cuidado sobre mim me deixava e ainda me deixa extremamente assustada.

— Por isso você acha que não merece. — Mia concluiu e Helena concordou com um aceno de cabeça.

— Algumas vezes quando tivemos horas de momentos maravilhosos e em seguida você foi embora, eu simplesmente surtei e me culpei por estar me permitindo a algo que supostamente eu não mereço.

— Corrija isso, Helena, por favor. — Mia falou mais sério dessa vez, aquela seriedade que fazia o interior de Helena se revirar com uma ansiedade que ela não sabia definir, mas não era medo.

— Eu surtei e me culpei por estar me permitindo a algo que eu mereço, mas não tinha consciência disso. — Helena se corrigiu enquanto sentia o coração batendo de forma mais acelerada. Mia sorriu sem mostrar os dentes e acenou de forma positiva com a cabeça como se aprovasse a nova colocação.

— Isso explica algumas coisas. — Mia falou baixo, necessariamente lembrando bem da última vez em que encontrara Helena no bar e lhe dera carona.

— Estou com medo do que vai acontecer quando eu estiver sozinha. — Helena confessou, a expressão se contorcendo em uma careta que fez Mia erguer a mão para tocar o rosto de Helena com carinho para tentar lhe dar um pouco de conforto, não foi muito agradável saber que era um gatilho para Helena, aquelas palavras lhe doeram de uma forma que não esperava, sentiu vontade de nunca sair do lado de Helena.

— Independente do que acontecer, eu quero que você não hesite de forma alguma em me ligar, em pedir por ajuda, eu te garanto que farei tudo o que estiver ao meu alcance pra te deixar bem, Helena. Eu quero, eu preciso, que no mínimo sinal de autosabotagem, você me ligue.

— Eu não quero me tornar tão dependente... — a voz da mexicana quase não saiu diante aquelas palavras e Mia precisou respirar fundo por que aquelas palavras foram como um soco bem em seu estômago.

— Você não está se tornando dependente, Helena. Está apenas em busca de ajuda até que seu inconsciente entenda e não te faça se sabotar assim, isso não será para sempre, eu tenho certeza que não.

Helena suspirou antes de inclinar-se para se esconder no abraço de Mia, a abraçou com um pouco de força e Mia retribuiu na mesma medida.

— Para que nosso relacionamento dê completamente certo, eu quero que sempre que algo estiver te incomodando você seja completamente sincera comigo, independente se o motivo ser bobo ou não. Você jamais deve guardar algo só para você e eu prometo que isso não vai gerar nenhuma briga, independente do que for, vamos conversar e vamos resolver juntas. Eu farei exatamente a mesma coisa, sempre vou compartilhar com você qualquer coisa que me incomodar, sempre vou sentar com você e conversar com calma, sempre vou compartilhar qualquer insegurança ou algo que possa vir a nos afetar. — deu um beijo demorado e seguido de vários outros bem no topo da cabeça da mulher encolhida em seus braços. — Você pode tentar fazer isso?

— Eu posso. — Helena confirmou e Mia sorriu fraco.

— Não se incomode com o que acabou de me falar, ok? Eu entendo os motivos que me classificam como um gatilho, eu garanto que vou cuidar bem de você até que eu não seja mais. — garantiu e deu novos beijos estalados no topo da cabeça de Helena. — Olha pra mim. — pediu baixinho e após alguns segundos Helena ergueu a cabeça.

As duas se encararam em silêncio por alguns segundos até Mia sorrir com carinho para a namorada, inclinou-se um pouco e selou os lábios dela em um selinho bem carinhoso.

— Você é tão forte e tão incrível. — sussurrou e sorriu de forma apaixonada logo em seguida. — Eu me sinto sortuda demais por ser a sua namorada.

— Para com isso, Mia! — Helena reclamou em tom manhoso antes de voltar a abraçar a Mia somente por que queria esconder o rosto por ter ficado extremamente sem graça com aquelas palavras, apesar de seu coração bater extremamente rápido com a euforia.

Mia riu um pouco alto, adorava quando Helena ficava daquele jeito, era surreal ver como a mexicana ficava sem graça com tão pouca coisa. O miado de vadia chegou ao ouvido de ambas as mulheres, havia chegado a hora de dar comida a pequena gordinha.

— Sabe, eu vou pedir ao Hernando pra vir me buscar mais tarde, inclusive tenho que ligar para ele, preciso dar notícias. — Mia falou enquanto se afastava um pouco e sentava-se na cama, afinal, por experiência própria sabia que tinha que atender logo a fome de Vadia. Agarrou a gatinha com calma e a puxou a aconchegando contra seus peitos de forma carinhosa. — O que acha de fazermos um jantar mais tarde? Eu, você, o Nando e o Drew, podemos chamar a Ally também.

— A Ally está em crise, conviver com dois casais em uma noite seria demais pra ela. — as duas mulheres riram juntas por alguns segundos. — Mas eu adorei a ideia, de verdade, eles são muito bem vindos aqui.

— Muito bem, daqui a pouco eu ligo pra ele pra confirmar. — falou enquanto saia da cama devagar e logo saiu andando em direção à porta do quarto, mas parou no caminho e encarou Helena. A mexicana estava confortavelmente quase no meio da cama e com os olhos fixos em Mia, completamente nua e agarrada com a gatinha preta.

— O que você quer comer de café da manhã? — a Designer questionou.

Helena deu um sorriso arteiro antes de responder:

— Você.

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 29 - Capitulo 29:
sonhadora
sonhadora

Em: 28/06/2021

Ah, o amor....e que se torne forte a cada amanhecer!!!

Beijos!!!

Responder

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Leticia Petra
Leticia Petra

Em: 28/06/2021

Amo e amo aff

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