• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Estação
  • Verão

Info

Membros ativos: 9502
Membros inativos: 1631
Histórias: 1948
Capítulos: 20,235
Palavras: 51,302,523
Autores: 775
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: jazzjess

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (849)
  • Contos (476)
  • Poemas (232)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (183)
  • Degustações (30)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • RECOMEÇAR
    RECOMEÇAR
    Por EriOli
  • Horrores, delirios e delicias
    Horrores, delirios e delicias
    Por caribu

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Ação e Reação
    Ação e Reação
    Por Alex B
  • A
    A Estranha
    Por ROBERSIM

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (849)
  • Contos (476)
  • Poemas (232)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (183)
  • Degustações (30)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Estação por ArvoreDaVida

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 1135
Acessos: 969   |  Postado em: 21/06/2021

Verão

Cristina estava sentada na cama, as costas apoiadas na cabeceira e a bandeja com o café da manhã à sua frente. Inês, sentada ao pé após insistência de Cristina, observava-a sorver o chá e comer as torradas. Então Cristina limpou a boca no guardanapo e empurrou a bandeja, que Inês pegou enquanto se levantava.

— Quero conhecer essas tais cachoeiras… — segredou num tom reservado, enquanto a mão esquerda arrancava a pele morta solta sobre o lábio seco e branco quase pedindo desculpas por aceitar um convite que talvez tenha sido feito por mera educação.

— Claro, senhora! Quando estiver pronta, desça, e a estarei esperando.

Enquanto se aprontava, questionava-se o porquê de querer sair daquele quarto tão somente após um bilhete simplório de uma funcionária daquele hotelzinho e, como resposta, estranhamente reconheceu a si mesma em uma memória muito antiga. A pessoa que um dia fora! Achava que esta, de tão morta, não havia restado nem mesmo a lembrança. Tendo agora ciência do seu ledo engano, foi um tanto assustada e reticente que, cambaleante embora disfarçasse bem, desceu as escadas: uma mão segurava a barra do vestido e a outra portava a sombrinha, para proteção pois fazia sol e a pele sensível poderia ficar marcada. Enquanto descia, procurou por Inês, que falava ao telefone, e esta, notando a mulher se aproximar, sorriu em sua direção. Cristina não retribuiu, mas posicionou-se próximo ao balcão, esperando que Inês findasse a ligação para saírem. Foi com espanto, no entanto, que recebeu a primeira fala de Inês: 

— Seu marido, senhora — disse ao mesmo tempo em que segurava o aparelho na direção de Cristina, que fechou a cara, fazendo-se irritada.

Nada disse, apenas saiu do hotel e esperou que Inês fosse procurá-la do lado de fora. Se Estêvão estivesse em sua frente, o teria xingado, calhorda que abandona a esposa num fim de mundo e não somente não vai buscá-la como também demora dois dias para telefonar. Se tinha tanto zelo por ela, como costumava dizer, que o demonstrasse indo até lá.

Os sentimentos que instantes antes eram de redescoberta de si passaram à rabugice. Nem mesmo o sorriso radiante que Inês lhe ofereceu foi capaz de trazer o humor de antes. Foram todo o caminho caladas: Inês, que carregava uma cesta com algumas comidas e indicava silenciosamente o caminho, era observada de soslaio por Cristina que, graças a sombrinha, escondia não somente o mau-humor, como também a análise gradativa que fazia no rosto da outra. Pegou-se, num instante, olhando não somente a pele corada, os cabelos cacheados, os olhos profundos, mas também a boca grande, viva e avermelhada. Então involuntariamente mordeu o próprio lábio, percebendo-o, porém, o avesso: fino, morto e, sabia, esbranquiçado. Ficaria ainda mais rabugenta, mas não teve tempo, pois começou a escutar o forte som de queda d’água e, de repente, sentiu a mão de Inês tocar a sua ao mesmo tempo em que começava a correr, obrigando-a a fazer o mesmo. Adentrando mais na mata, Cristina se assustou, teve receio que caíssem, que se machucassem, mas continuou correndo, tomando cuidado com pedras e galhos. Ora ou outra, mirando Inês, que era toda vida, acabava por esboçar um pequeno sorriso.

Quando finalmente chegaram, Cristina, que nunca estivera numa cachoeira, achou-a colossal com aquela cascata gigantesca e poderosa. Olhou para o lado e deu novamente com Inês lançando-lhe um sorriso radiante, retribuiu dessa vez, ainda que contidamente. Encantou-se com o fato de Inês simplesmente tê-la puxado pela mão. Não se lembrava da última vez em que correra, talvez tivesse sido quando ainda era menina.

Cristina fechou a sombrinha no momento em que Inês pôs a cesta no chão, observando-a tirar de lá uma caixinha e depois se aproximar. Ficou surpresa com a inesperada proximidade, mas logo Inês tratou de se explicar:

— Seus lábios estão ressecados — então abriu a caixinha, retirando um pouco da pasta e passando-a com cuidado na boca de Cristina, mas sempre olhando em seus olhos. — É tão bonita!

— É uma de suas funções, mentir para hóspedes enfermos? — questionou receosa por novamente estar sendo caracterizada daquele modo.

Mas Inês não respondeu, apenas sorriu incrédula com a suposição. Então abaixou-se, pegando um dos pés de Cristina, que quase caiu com o movimento, e tirou uma bota e depois outra. Depois tirou os próprios sapatos e segurou Cristina pelas mãos, levando-a para banhar-se nas águas. Quando estavam para entrar, Cristina paralisou.

— Essa cachoeira ladra, mas não morde. As águas são tranquilas, quentes e rasas. Confia em mim!

Confiou

Ao entrarem, seus vestidos grudaram ao corpo, os cabelos encharcaram-se, e, quando notaram, Cristina soltava-se. Inês então a deixou assim, solta, enquanto nadava, cantava e, vez ou outra, jogava água nela. Cristina ficou boiando, observando à sua volta, àquela calmaria. Em certos momentos, colocava a ponta dos dedos em frente aos lábios, como se tentasse disfarçar o leve sorriso que nascia ao admirar Inês, que era feliz e não cobrava dela a mesma felicidade. Mas de repente se fechou, questionando-se quanto tempo duraria aquele fragmento de aconchego numa vida repleta de nada.

Notando-a absorta,  Inês perguntou, ao aproximar-se,  o que a afligia.

— Não vai se interessar em lamentações.

Em resposta, Inês apenas levantou as sobrancelhas, encorajando-a a falar seja lá o que fosse.

Disse olhando para a água:

— Ano que vem eu faço trinta. Trinta de uma vida monótona, deprimente, desprovida quase totalmente de qualquer alegria. Sempre me pergunto qual o sentido de uma vida coberta por uma sombra. Deus não me reservou nada de especial — Então mirou Inês, que não tirou os olhos de si nem por um segundo, e quase se arrependeu da confissão que fizera, temendo, também por ela, ser tida como louca.

— Ele, se é que existe, não reservou nada especial a ninguém. Acho que a vida é como uma canoa à deriva em alto mar: segue uma trajetória alheia ao nosso controle.

— Não é muito otimista.

— Queria algo otimista?

— Não… Mas quando toco nesses assuntos sempre dizem “seja feliz”, “a vida é divina”... Como se eu não tentasse. Tentei inúmeras vezes mudar quem sou.

Inês então, mais uma vez surpreendendo-a, a abraçou e sussurrou ao pé do seu ouvido:

— Não mude quem é. É singular, tem o direito de ter dilemas e desejos próprios. É sempre conveniente adequar-se às regras, mas não precisa se não quiser.

Abraçadas, deixou que Inês falasse, depois ela mesma falou. Ficaram trocando confidências ao pé do ouvido tanto tempo que nem notaram quando o céu escureceu. E quando as pesadas gotas começaram a cair: Inês saiu primeiro, estendendo a mão para Cristina, que segurou com firmeza pois temia escorregar. Quando finalmente estava em terra firme, viu Inês soltá-la e então sentiu um vazio formar-se diante da ausência do seu toque.

 

Continua...

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 2 - Verão:
Vanderly
Vanderly

Em: 11/09/2021

Ai,ai. Esse banho de cachoeira promete fortes emoções.

Eu estava meia pra baixo e vim aqui procurar um pouco de diversão.

Estou amando o teu conto.

Beijos!

Vanderly

Responder

[Faça o login para poder comentar]

rhina
rhina

Em: 11/08/2021

 

E Inês consegue.......as coisas rumam ao desconhecido

Com grandes possibilidades de Cristina se vê e se redescobrir

Rhina


Resposta do autor:

Assim esperamos <3

Responder

[Faça o login para poder comentar]

samsbarela
samsbarela

Em: 18/07/2021

Queria votar, dar mil estrelas, mas não encontro mais os botões pra fazer isso nesse site. 


Resposta do autor:

Ai, você é um anjo, espero que saiba disso <3

Obrigada mesmo pelo carinho! <3

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Alex Mills
Alex Mills

Em: 28/06/2021

:O olha só dona Árvore, adorei o capítulo :D até eu queria ir nessa cachoeira agora!

Muito bom!

Esperando por mais :)

Dona Cristina ignorando o senhor Estêvão, tô botando fé, tem que pisar nele também, Cristina!

OBS: Inês, tá cheia do Nivea para passar na Cristina ahahah


Resposta do autor:

"Dona Árvore" kkkkkkkkkkkk meu deus, eu amei demais! 

Ai amiga, te entendo! Tudo o que queria nesse momento era uma mulher bonita me levando pra cachoeira kkkkkk 

Dona Cris certíssima em ignorar o calhorda do marido, ele que lute!

Kkkkkkkkkk usar Nivea pra conquistar a crush kkkkk ai eu amo uma personagem!

 

Ai, obrigada demais por estar lendo meus textinhos <3

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web