• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Barefoot
  • Capitulo 5

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Meu
    Meu coração escolheu você
    Por LMdreams
  • Guerra
    Guerra & Paz
    Por Etoile

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Barefoot por biasnow

Ver comentários: 0

Ver lista de capítulos

Palavras: 8900
Acessos: 565   |  Postado em: 21/06/2021

Capitulo 5

 

Uma semana havia se passado desde o incidente com Piper. Larry conseguira metade do dinheiro que devia à Mendez trabalhando em um software de agendamento para o novo slogan do banco da família. Ele estava aliviado em relação à identidade de Piper. Joe, o médico responsável por ela, havia viajado com urgência. Joe o avisara de que precisava resolver uma pendência familiar, mas não tardaria a voltar; assim sendo, Larry se focaria em seu plano sem se preocupar em retornar à Los Angeles. Através de mensagens de seus amigos também faxineiros, ele soubera que fora demitido a pedido de Joe. Larry estava fodido e mal pago... Quer dizer, não tão mal pago assim. Ele estava ganhando um bom cachê do pai e da tia, entretanto, como de costume, ele separava uma parte menor para sanar a divida com Mendez, mesmo que isso fosse pouco, e o resto ele investia em apostas locais, durante o período da noite, quando saía para badalar.

O casamento de John fora reajustado, replanejado. Daya ainda sentia a ausência da irmã. Os pais, que estavam presentes, também. Alex seguia estranha. Ela voltou à Nova York, idealizou alguns desfiles, retornou e fechou-se em seu mundo particular.

Era sábado à noite. Ainda de braço engessado, Piper contava algumas estrelas disponíveis no céu. Ela estava acomodada na varanda, pensando alto. Dentro da casa, por entre os corredores, era possível escutar alguns ruídos. Os empregados organizavam e limpavam os cômodos.

- Boa noite, Piper!

Piper se desencostou das grades da varanda, virando-se e encontrando Alex Vause. Ela estava muito, muito vestida. Uma roupa bem estranha, a julgar pelo olhar de Piper.

- Alex, ah... Oi! Você está vestida de bruxa?

Alex sorriu de lado, negando.

- Talvez eu seja uma, e você não sabe, Piper.

Piper olhou para os lados esfregando os dedos no gesso.

- Não aprovou a minha veste? - Alex deu um passo para trás, colocando-se sob a análise de Piper. Ela começou olhando suas botas-coturnos de plataforma alta, depois fez uma careta e olhou o restante.

- Ah! Eu... Humm... - sorriu. - Você está usando uma saia de babados por cima de uma calça, acima da saia têm um vestido... Eu acho. - estreitou os olhos. - Por cima dos ombros tem uma coisa enrolada. Parece um dos tapes que eu vi na sala ainda pouco. Pesa?

- Você é ótima! - Alex adorou ser estudada por alguém que era tão avulsa às convergências da moda. - Bem, é assim que volto de desfiles como da Dior e Valentino, por exemplo. Estes foram alguns mimos que ganhei. - Sentou-se em um estofado de pluma macia. - Mimos que não agradaram a você, entretanto.

- Eu gosto de roupas simples mesmo.

- Mmmm... Estou vendo. - Alex desenrolou o "tapete" do pescoço, que na verdade era uma echarpe felpuda, acendeu um cigarro e o tragou. Piper manteve-se de pé, à sua frente, dentro de um vestidinho florido até os joelhos. Ela estava descalça e seus cabelos eram livres, caindo por sobre os ombros.

As duas se olhavam. Era muito esquisito... Alex tinha que admitir.

- O quê?

- Nada, não, Alex. Eu não tinha te visto. Só ouvi dizer que você já tinha voltado da viagem. - Piper encheu o peito de ar e deu um espirro.

- Eu estou investigando alguns assuntos, trabalhando muito. Evitei encontrar a minha problemática família.

- É... - outro espirro. - Você ficou escondidinha no seu quarto?

Vause achou que devesse brincar com ela.

- Não contarei a você onde fica meu esconderijo. - Notou que ela esfregava o nariz e também lacrimejava. Intuiu o porquê de tal crise. Apagou o cigarro. Morando na arte de observar Piper, Alex esfregou as mãos, avaliativa. - Como está o braço?

Piper o olhou.

- Ainda dói. - Ela sentou no chão de madeira, cruzando as pernas. - Talvez eu deva passar por uma cirurgia, o doutor disse.

- Como assim? - Alex ficou um pouco fatigada.

- Ah... Ele disse que meu osso precisa voltar ao lugar. Não é nada demais. Fiquei com muito medo. Larry me explicou direitinho. Não tenho mais aversão.

- Larry é seu namorado?

Piper viu que ela ria. Instigava.

- Não parece. Ele está saindo com algumas mulheres, caso você não saiba.

Piper virou um tomate. Ela sabia que o amigo estava saindo de noite, voltando tarde, também sabia que ele ia namorar.

Silêncio.

Alex queria estimulá-la. Queria ver até onde Piper se limitava.

- Você não vai dizer alguma coisa?

- Obrigada... - Ela não queria falar de Larry. Era chato. - Por não ter matado Iara. Polly disse que ela está bem, recebendo atenção.

Alex sentiu o jogo virar. Ela queria provocar qualquer tipo de reação que acusasse a raiva de Piper, entretanto, a sua fora acordada.

- Espere aí... Do que é que você está falando?

A loira ficou com os olhos confusos.

- Piper? Ei, querida, eu estava... - Diane Vause acabara de chegar à varanda. Ela parou e checou Alex da cabeça aos pés. - Oi, bebê. Finalmente você decidiu sair do quarto.

- Estou esperando você esclarecer, Piper. - Alex ignorou a mãe. Seus olhos ficaram apertados de raiva. - Quem passou por cima das minhas ordens?

- O que está acontecendo? - A mãe de Alex se aproximou e ajudou Piper a se levantar.

- Eu pensei que você tivesse mudado de ideia. - Piper explanou bem baixinho, feito um animal acuado. Diane lhe abraçava pelos ombros tentando pescar o motivo da discussão.

- Posso saber do que estão falando, Alex?

- Da guincha, mãe, da Iara! Alguém burlou as minhas ordens.

Diane sorriu.

- Eu!

- Você? - Alex encheu os olhos de lágrimas. - Você não tem esse direito!

- Não grite comigo. - Diane não se deixava intimidar. Ela era sempre calma com Alex. - Iara não irá ser sacrificada.

- Ela é uma blasfêmia! Machucou... - Ela parou a tempo. Olhar perdido, colérico. Ela queria matar um! Descontar aquela raiva que vinha galopando em seu peito e garganta. - Ela machucou Piper.

- Piper não guardou ressentimentos. - Sorriu para a jovem. - Ela está ainda mais bonita com esses arranhões no rosto.

- Você gosta de aprazar a minha consternação. - Alex acusou a mãe. - Você me odeia!

- Quantos anos você tem? 10? - Ela deixou de ser boazinha. - Pare de sentir pena de si mesma. Eu a amo porque você é a pessoa mais importante da minha vida. Eu sei que você não precisa se tornar um monstro para se sentir melhor, Alex.

- Dane-se o seus conceitos. Eu dei uma ordem! Eu quero aquele animal morto!

- Que estrupício de pessoa... - Diane deu de ombros. - Piper, valiosa, você concorda com essa daí? Acha que Iara deve ser sacrificada?

Piper não queria se intrometer...

- Pode responder querida, não há problema algum por aqui... A não ser o de minha filha que ainda não superou o incidido.

Alex olhou Piper.

- Responda, meu bem, você concorda com Alex?

- Não... Mas...

- Fim de papo. - Diane enganchou o braço no de Piper. - Vamos jantar. Larry está a sua espera. Gosta de camarão?

- Vocês duas irão se arrepender! - Alex barrou a passagem das duas. - Isso não vai ficar assim. - Ela disse isso olhando nos olhos de Piper.

Piper sentiu tanto temor. Ela não queria causar a discórdia, e também não iria cooperar na morte de um animalzinho tão magnífico quanto Iara. Ela só queria ser livre, correr, pastar... Alex ordenara que ela ficasse em cárcere privado, por isso ela surtou e fugiu dos estábulos.

- Se algo de ruim acontecer à Iara, Alex, você irá pagar muito caro. E, antes que a mamãe esqueça: não me ameace mais uma vez. - Segurou no queixo dela encarando aqueles olhos idênticos aos seus pelas lentes dos óculos, firme. - Eu nunca precisei te bater, lembre-se disso e não me tentes.

Alex afastou-se dela bruscamente.

Xxx

- Eu pensei que você tivesse encontrado algo melhor para fazer na casa grande... - Polly tirou sarro. - Ahhhh! - Deu um abraço apertado em Piper, tirando-a do chão. - Que bom ver você! E o braço?

- Vai indo. Ainda dói... - Ela passou a mão nos cabelos sem jeito. Não estava habituada a embolsar muita atenção. Era novidade. - Você gostou da minha vinda?

- Olha essa pergunta, Piper! Tolinha. - Polly agarrou na mão dela na porta de casa, encarando o olhar animado de Larry, ao fundo. - Ei, você está dispensado.

Ele foi chegando até a escadaria, mas não subiu.

- Eu prometo chegar mais cedo e passo para apanhá-la.

- Não se preocupe cowboy. Faça boas apostas.

- Ei, Pol! É segredo!

- Comprou o segredo dela? - Apontou a testa de uma Piper sorridente.

- Ela me deve um favorzinho básico. - Ele afundou as mãos nos bolsos da calça, andando de costas e sem deixar de olhá-las.

- Aí... - Polly gritou. - Você precisa parar com isso.

- Ok! Já estou me resolvendo. - Acenou. - Divirtam-se! Até mais tarde!

- É um fodido mesmo! - Pol deu de ombros. - Vamos entrar! As cozinheiras do rancho prepararam um banquete que é a sua cara.

 

- Quantos docinhos e tortinhas. - Piper ia beliscando uma por uma. - Eu comeria todas de uma só vez.

- É, mas eu acho bom você maneirar para não ter uma dor de barriga.

Piper abocanhou um pedaço de torta de abóbora que estava em um guardanapo.

- Então... Qual foi a mentira que Larry usou desta vez?

- Ele disse a todos que iríamos passear no centro.

- Você está sendo cúmplice das mentiras dele, Piper. Larry é viciado em apostas. Precisa de ajuda, e não é assim que se ajuda um amigo.

- Eu não entendo muita coisa, Pol... - Ela ficou envergonhada. - Penso que é fácil passarem a perna em mim.

Polly retirou a sobremesa da mão dela.

- Você está saindo do casulo agora, Piper, há muita coisa para se aprender... Seu nariz... - Ela apontou. Piper ficou vesguinha, rindo e limpando a bolinha de glacê que o marcou. Polly revirou os olhos e continuou a falar. - Você sabe distinguir o certo do errado.

- Isso sim! - Ela fazia uma cara de manha para os pratos na sala de jantar. - Eu não acho que ele esteja fazendo algo legal, mas ele fica tão empolgado, é a coisa dele, sabe?

- Ele a roubou de uma clínica para pessoas... - Limitou-se. Piper ofereceu a ela um olhar angustiado. Confiara nela e lhe expusera toda sua história de vida. Não se achava louca, só se sentia um pouquinho diferente em um mundo tão peculiar. - Não vamos falar disso. - Anelou. - Estou vendo tristeza em seus olhos.

Chapman retirou os sapatinhos, caminhou até a janela e ficou a encarar as árvores da propriedade.

- Sabe... Eu penso em minha mãe. Você também perdeu a sua e sabe como é a dorzinha no peito.

- Sem assuntos mórbidos. - Bateu as mãos nos ombros dela, avisando-a de sua proximidade. Piper deu um sorriso fraco.

- Pol, você acha que eu vou para a prisão?

- Que conversa é essa criatura? - Polly a virou para si. - Cometeu algum crime?

- Uhum.

- Se for aquilo que eu estou pensando, pode parar. Você não matou a sua mãe. - cochichou.

- Tem certeza? - Os olhos ficaram cinza. Polly fez com que ela desse um tempo se sentando no sofá à frente, perto de uma prateleira de livros.

- Piper, ela morreu de uma insuficiência renal.

- Como você soube?

- Digamos que Larry e eu estamos nos unindo para sabermos mais a respeito de você.

- Vocês me contam?

- Claro. - Marcou a testa dela com um beijo. - Pare de dizer que matou a sua própria mãe, ok? Pode não terminar bem se alguém que não a conhece escutar, amor.

- Ela, antes de falecer, disse que eu seria a culpada se ela não acordasse mais. - Ter colocado aquela lembrança dolorosa para fora, fez com que Piper se debulhasse em lágrimas. Polly a deixou chorar, mas lhe deu conforto.

- Chega, chega, chega. - E limpava o rosto dela. - Eu prometo que serei sua melhor amiga. Estarei aqui para te auxiliar em tudo, tudo mesmo.

- E se você perder a paciência comigo?

- Posso gritar. Você já me ouviu gritando, huh?!

- Sim. Foi horrível. As pessoas ficam se olhando. Acho que pensam maldade de sua pessoa. - Piper minimizou o choro.

- Adoro quando isso acontece. - Piscou um olho. - Bem, eu não tirei o dia de folga para ficar cultivando tristeza.

- O que vamos fazer?

- Caminhar um pouquinho.

- Oh não... Alguém pode chegar aqui e me encontrar com você.

- Alguém quem, Piper?

- Alex... Ela está muito brava comigo. Ontem não me deixou dormir com o cachorrinho.

- Ela está judiando de você? - Polly perguntou num fôlego só.

- Ela... Não. Não... Não. Alex ficou brava.

- Por quê? O quê você fez à devota de Kat Von D?

- Ah, a mãe dela me colocou em uma saia justa. Não é assim que dizem?

Polly sorriu.

- Que se dane. Mãe e filha, duas idiotas. - Tomou a mão dela. - Não permita que a tratem mal.

- Eu não ligo muito para isso. - Piper suspirou e andou preguiçosamente. Sentia um pouco de calor. O sol lá fora a deixava desanimada. Ela soltou a mão de Polly, procurou por um banco e se sentou apoiando o queixo na mão, olhando a área verde através da abertura do cercado da varanda.

- Desistiu?

- Ah... Sim. Não gosto muito de andar no sol. Senta aqui.

- Qual é a história por trás do seu sotaque?

- Sotaque?

- Sim! - Polly deu um salto e sentou no cercado. - É bonito, carregado.

- Minha mãe era holandesa. Eu não soube muita coisa a respeito da vida dela. - Suspirou e deu-se um segundo. - Ela não me dizia muito. Acho que meu sotaque vem daí.

- Você não conheceu o seu pai? Não me lembro de ter me dito a respeito.

- Tenho alguns flashes da imagem de um homem, mas não sei se é real. Pode não ser... É confuso. Mamãe nunca mencionou minha paternidade. Eu nunca senti a ausência de uma figura paterna. Minha mãe me bastava. Ela era boa para mim.

- Ela a maltratava, Piper.

- Não... Ela não era maldosa.

Polly percebeu o quão devota Piper era da mãe. Optou por não entrar no assunto. Era muito particular e sensível.

- Vamos esquecer. Podemos ir até a casa de Georg. Ele ficará feliz em vê-la.

- Nós podemos mesmo?

- Claro. Vamos lá!

 

X

- Eu acho que você precisa relaxar e parar de dar uma de C.S.I., Alex, deixe que as autoridades cuidem do ocorrido.

- Não ficarei de braços cruzados, Nicky. Você me conhece e sabe muito bem como eu sou impaciente, ainda mais em se tratando de um acidente que tirou a vida de Maritza.

Nicky rolou os olhos, se levantou da cama e caminhou até a raqueteira, no canto da parede, pendurando-a no ombro. Nela continha duas de suas inúmeras raquetes.

- Pode me ser sincera?

- Hm...

- Você não gostava tanto assim da Maritza.

Alex ficou muda. Ela desenvolvia algumas charges em um bloco de desenho XL, mas se deteve por um instante.

- A ponto não é este.

- Só admita. - disse - Você se casaria com uma pessoa sem amá-la, Alex?

- Não se tratava de amor, mas sim de comodismo. O que eu posso dizer? - Voltou a desenhar, dissoluta. - Sou uma pessoa clichê e propícia demais. Contudo, eu gostava muito de Maritza. Ela sempre foi boa comigo.

- Se ela era tão irrelevante assim, por que você não para de investigar a morte dela?

- Eu quero explicações concretas. A imprensa está no meu encalço! Eu tive que me refugiar aqui, de novo, percebe? Há diversos fotógrafos amontoados na frente do meu apartamento em Nova York. Você sabe o quanto eu odeio este tipo de acontecimento. Minha família é discreta, e veja só... - Arqueou os braços. - Graças a este maldito acidente nós fomos parar nos holofotes. E eu não tenho sequer uma explicação cabível para tudo isso.

- Ok... Já entendi os teus conceitos e reputação. - Ela alcançou a porta, sem abri-la, olhando Alex. - Há algo que queira dividir comigo?

- Você precisa ir treinar, não?

- Sim... Mas... Você descobriu alguma coisa.

- Maritza mentiu. - Soltou de uma vez. - Ela disse que, na noite do acidente, estaria na galeria de Maria. Ela não esteve lá.

- O quê? Por que ela mentiria?

- É o que estou tentando descobrir. - Se jogou para trás, batendo a cabeça nos travesseiros. - Maritza não era tão transparente quanto Daya. Ela mentia muito para mim.

- E você sabia dessas mentiras? - Vause fez um gesto de descaso, usando o ombro, dando a entender que não ligava muito para isso. Nicky passou a mão no rosto. - Como você conseguiu e ainda consegue viver de modo tão colateral, Alex? Você precisa parar com isso.

- Não se trata de mim. - A lembrou. - Quer saber? Eu fiquei bastante arrasada com a morte de Maritza, fiquei sim, Nicky. Entretanto, eu preciso saber da verdade.

- Me preocupo com você, Alex, e sei que isso só a deixará mais infeliz.

Alex a fitou.

- Não procuro ser feliz; eu vivo por viver, querida. Só não poderei levar a vida adiante sem saber o que, de fato, aconteceu na noite do acidente de Maritza. Estou contando com a ajuda de três detetives particulares.

- Alex! - Nicky grunhiu. Ela sabia que Vause ficaria ainda mais deprimida com a descoberta. Alex era o tipo de mulher que gostava de procurar pequenos vestígios de infelicidade para poder se alimentar disso. Parecia ser o prazer da vida dela: Se decepcionar e tomar o desapontamento em uma grande taça. Cultivar amargura era com Alex mesmo. Chegava a ser impressionante. Isto lhe tornava mais intrigante e remota.

- Não irei desistir. - Mirou as unhas. - Você precisa ir.

- Eu vou e volto, ok? Podemos jantar juntas?

- Claro.

Nicky ia saindo, mas voltou.

- Piper?

- O que é que tem a esdrúxula?

- Esdrúxula?

Alex fechou os olhos.

- Eu não sei do paradeiro dela.

- Já que você gosta de bancar a detetive, porque não investiga a vida dela?

- Ora, ora... - Alex precisou sorrir. - Já te passou pela cabeça de que eu não me importo com a verdadeira identidade de Piper? Não precisa de muito para saber que ela está mentindo, e que ela não é nenhuma enfermeira, Nicky.

A tenista mordeu o lábio.

- Você está interessada? Em Piper? - Vause inquiriu.

- Não, mas... Seria bom se soubéssemos mais sobre ela.

- Se você está interessada nela, o problema não é meu. - Foi abrutalhada. Nicky se chocou. - Ela deve ser de família influente. Toca piano, Mozart, para ser mais eficaz, e entende de arte moderna, renascentista.

- Ela tocou piano?

- Eu te contei.

- Não me contou nada, Alex. - Nicky encostou a porta e se aproximou da cama, sem que notasse, tocando os pés da amiga. Alex encolheu as pernas.

- Olhe para você, está caidinha na namorada do meu primo.

- Não diga asneiras. - Implorou. - Então...

Alex ria dela. Nicky ficava vermelha de irritação.

- Ela é a pianista mais talentosa que eu já me deparei. Ela muda radicalmente diante de um piano. É curioso. - Alex era a melhor amiga de Nicky, e reconhecia quando ela demonstrava ter interesse em alguém. Não soube o porquê, mas sentia-se saturada com isso. Piper era uma grande e doce novidade para todos. - Oh, ela deixou escapar que-

- O que? - Nicky se apressou.

- Calma... Ela perdeu a mãe.

- Sinto que precisamos ajudá-la.

- A se livrar de Larry? Sim...

- Não dá! - Nicky se esgotou. - Você é muito oca, Alex.

- Diz isso só por eu não querer e nem ter interesse na vida de Piper? Quanto egocentrismo da sua parte, Nicky. Se me dá licença... - Indicou a porta do quarto. - Eu preciso terminar os meus desenhos e enviá-los para Gutemberg.

Sem nada a declarar, Nicky se retirou. Sozinha, Alex suspirou e sentiu-se tão desanimada.

E assim a tarde foi passando.

Mergulhada em seu trabalho em cima da cama, distraída com suas criações, Alex permitiu que Piper entrasse em seu quarto, mas só percebeu que era ela assim que a escutou pronunciar um ''ei'‘.

- Você ainda está brava comigo?

- Não, Piper. Eu não estou brava com você. - Ela acompanhou o dançar que a loira dava aparentemente nervosa, para lá e para cá, descalça. Piper usava um vestido bonito, bem apertadinho em sua cintura. O sorriso dela pareceu um raio de sol. Tão brilhante, quente e real. Alex sorriu um pouco.

- Você jura?

- Sem juramentos. - torceu o nariz. - Eu quero lhe pedir desculpas. Fui um pouco infantil...

- Não precisa se desculpar. Não guardo raiva de ninguém. Longe de mim. - Apertou os lábios.

- Eu só te peço para não adentrar o estábulo principal, tanto por questão de segurança...

- Eu sei! - Interrompeu a fala dela. - E eu juro que jamais entrarei lá de novo, Alex.

- Vamos esquecer o assunto, por favor, sim? É delicado para mim. E eu tenho mudanças repentinas de humor.

Piper mexeu as sobrancelhas.

- Uhum. Ei! Polly me levou para conhecer o restante do rancho.

- Vejo que estão se dando muito bem.

- Sim. Ela é muito, muito, muito mesmo, boa comigo. Ficou de me apresentar o noivo dela. Ele está viajando. - Sentou-se no tapete. Curiosa, ela bisbilhotou a bagunça de Alex. Havia folhas, dois notebooks abertos em cima dos edredons, muitos lápis e canetas, diversos tipos de folhas, cigarros espalhados... O melhor de tudo: Alex. Ela usava um pijama bonito: calça e blusa com desenhos de zebras, os pés estavam nus, roçando e enroscando nos lençóis mais finos... Os cabelos armados. Piper gostava tanto de olhá-la.

Alex sorria e continuava a mover um lápis em uma folha.

- Muito bacana. Você está melhor do braço?

- Ainda agora ele estava dormente. - Se debruçou sobre os pés da cama. - Quer desenhar no meu gesso?

Alex subiu o olhar, analisou-a de perto, sorriu e negou.

- Não.

- Por quê? Ahhh. Você desenha muito bem. Gostei dessas bonequinhas. São bonequinhas?

- São manequins, Piper. - Alex a explicou pausadamente. Piper ia olhando desenho por desenho, folha por folha.

- Eu sei desenhar. Não isso... De manequins. Mas gostei... Muito legal. - Seus olhos sorriram para Vause. - Desenhe algo no meu gesso. Olhe... - Assinalou para um desenho estranho.

- Você quem desenhou esses dois bonequinhos de palitinhos?

Vause deu um sorriso enorme.

- Larry! Ele disse que seria eu e ele.

- Interessante. - Alex se recompôs.

- Você vai desenhar alguma coisa? - Ela ficou ansiosa. Alex não conseguiu recusar. Era um pedido tão acanhado, cheio de esperança. Algo banal... Entretanto, parecia ser significativo para Piper.

- Você não vai desistir? - Ela procurava o jogo de canetas hidrográficas. - Eu estou tão ocupada... - Escolheu uma caneta azul. - Ok. O que quer que eu desenhe?

- Não sei. - Piper sentou na cama. Ela não percebeu que estava entre as pernas de Alex. A morena agiu seguramente, a princípio, porque um minuto depois, seu coração começou a esquentar. Esnobando de tais emoções, Alex carregou o braço engessado de Piper até o colo, afastou-a um pouco e começou a desenhar na parte lisa do gesso.

- O que você está desenhando?

- Espere... Não mova o braço.

Piper tentou inclinar a cabeça para frente e invadir a visão que Alex tinha de seu gesso. Ela estava louquinha para saber o que Vause desenvolvia ali.

- Quero ver!

- Calma...

- Só um pedacinho... - Insistiu.

- Espera! Quanta pressa... - Puxou o braço para cima, na altura do queixo, mantendo-o longe dos olhos enxeridos.

- Vai desenhar o quê?

- Se você for menos impaciente... Piper. - Alex suspirou e deixou-a olhar uma parte.

- Shelby? - Inquiriu e obrigou a outra a olhá-la nos olhos. Estavam muito anexas. - Você é muito talentosa. - Piper piscou e quebrou o contato olho no olho, sorrindo.

- Agora que você já descobriu, espere.

Alex pôde, finalmente, terminar o desenho. Ficou incrível. Tinha de admitir. Piper mostrou-se encantada. Ela abraçou a morena.

- Obrigada! Eu adorei o desenho.

- Melhor que o de Larry? - Alex fugiu dos braços dela. - Sente ali... - Apontou uma parte vaga em cima da cama. Piper engatinhou até o determinado ponto, sentando e cruzando as pernas. Seu vestido quase que mostrou demais. Vause mordeu o lábio e começou a juntar as folhas.

- Bem melhor. Mas não vamos magoá-lo com isso. É segredo... Alex...

Alex sentia uma parte de si amolecer quando Piper a chamava assim, toda dengosa e curiosa.

- Estou te escutando...

- Posso perguntar uma coisa? É que faz tempo que eu estou para perguntar.

- Você é muito indiscreta. - Alex terminava de retirar aquela bagunça de cima da cama, impossibilitada de olhar para Piper. Mas ela a ouvia... - Pergunte.

- Você vai ficar zangada e me tratar mal?

Ela a olhou na hora.

- Pergunte Piper.

- Por que você colocou o nome de Peter Pan no seu cavalo?

- Era o meu desenho favorito. Meu e... - Suspirou - Do meu pai. Eu achava que todos os bichos tinham que se chamar Peter Pan. Ainda acho.

- Aw! - Piper juntou a mão no rosto, quase meiga. - Eu achei muito curioso. Gostei do nome... E do cavalinho.

Alex não queria falar dos cavalos... Lembrava-se de Iara.

- Enfim. Feliz com a descoberta?

- Bastante. Obrigada por ter respondido... Posso ajudar você a arrumar?

- Eu já estou terminando. Gostaria que você se retirasse. Eu preciso tomar banho e me aprontar para o jantar.

Piper não queria ir. Mal tinha chegado... Ficou olhando para ela.

- Está bonita...

- Estou bonita? De pijama e descabelada?

- Uh-huumnnnm. - Deu um longo sorriso. - Eu gosto de ficar assim. - Apontou-a.

- Você é linda. Não precisa de muito para se destacar. - Foi uma observação sincera, sem escopos. Alex se estranhou por falar bem de uma mulher sem ter o interesse de levá-la para a cama. Havia tempos que nenhuma delas lhe despertava tal fascínio em ser honesta a troco de um sorriso. 

Piper ficou de joelhos e desceu da cama.

- Obrigada.

- Não é um elogio, é apenas uma conotação do óbvio, Piper.

- Eu devo sair agora?

- Por gentileza. - Alex fez uma via cordial até a porta. - Você não vai querer me ver nua, certo?

- Não! - Ela fez uma cara horripilante. - Credo!

- Há algo de errado comigo?

- Não, é que... Hã... Eu não acho que seria bom. Não gosto de ver pessoas despidas. É falta de educação.

Ela fez Alex dar uma risada triunfante.

- Você é muito esquisita. - Piper parou diante de si. Parecia consternada por ter escutado aquilo. - Não é algo ruim, é um modo diferente de ser esquisita.

- Você está tirando sarro de mim, não?

- Não é de minha natureza tirar sarro das pessoas, Piper. Se eu não gosto, ignoro.

Piper balançou a cabeça, abaixando-a posteriormente.

Alex Vause quis abraçá-la... Abafou a vontade. Sim, ela se reprimia em demonstrar tais afetos.

- Vá se aprontar para o jantar.

- Eu já estou pronta. - Olhava o desenho perfeito de Shelby desenhado em seu braço. Piper sentia a voz de Alex vibrando em cima de sua cabeça. Seus dedos dos pés estavam se tocando. Piper sorriu ao repará-los. Alex usava um esmalte vermelho-sangue. Tão bonito...

- Você precisa se aprontar. Larry chegará e a encontrará assim?

- Assim? - Olhou-a. - Assim como, Alex?

Alex soltou a respiração devagar, abraçando aquele par de olhos azuis. Piper era tão linda. Linda demais. Mas isso não era o principal foco, a beleza vinha a ser complementar, a parte favorita de Alex era a brandura dela. Aquela moça tinha tantas qualidades.

- Descabelada... - tocou nos cachos dela, os das pontas.

- Só devo mudar de roupas na hora de dormir. Pra que sujar tantas roupas?

- Bem... Tem razão. - Alex concordava fácil. - Eu... - Tossiu. - Pode ir. - Abriu a porta.

- Até depois. - Piper apertou o braço dela. - Aaahh... Obrigada pelo desenho.

- Disponha.

Piper a olhou mais uma vez, sorriu e saiu do quarto.

 

Durante o jantar, a chegada de Lorenza Tree, sobrinha de Amy e prima de Larry e John, deu uma leve agitada na mansão. Piper agia espontaneamente sendo bem franca e faladeira. Diane, Nicky e Larry eram os únicos a prestarem atenção nas coisas que ela dizia. Os demais, incluindo Alex, faziam parte do ciclo de conversa de Lorenza. A espanhola ficaria na residência dos tios por duas semanas. Viera passar as férias, sem aviso prévio, surpreendendo de uma maneira agradável. Após o jantar, Larry saiu, dando uma desculpa de que encontraria velhos amigos. Depois de se despedir de Amy e seu marido, Piper ainda ficou acordada e seguiu para a sala principal; estava sem sono, sem contar que ainda era cedo para se deitar. Ela escolheu se sentar ao lado de Nicky, segurando em seu antebraço.

A tenista a olhava sorrindo, perguntando se ela estava bem. Alex, sentada na versão retro de uma poltrona, acompanhava a intimidade que as duas desenvolviam.

- Estou de saída. - Diane Vause anunciou assim que passou pelo cômodo. Ela sorriu e caminhou até Alex.

- É tarde para sair, mamãe. - Recebeu um abraço dela.

- Você sabe que não, querida, e não precisa se preocupar.

Vause cruzou as pernas, desviando dos braços dela.

- Vocês estão bonitas conversando sem brigar!

Mãe e filha olharam para Piper.

Alex balançava a perna, acomodada, sem rir ou demonstrar qualquer reação grandiosa. Ela acompanhou o gesto que Piper fizera: Apertar o tecido do vestido usando a mão esquerda. Nicky ao lado dela sorriu, balançando a cabeça em sinal positivo, concordando com o que ela dissera.

- Alex é uma boa garota, também, eu quem a fiz. - A mãe dela sorriu bastante exibida. - É maravilhosa. - Não se rogou de elogios, deixando a filha um tanto... Incomodada. - Você também é maravilhosa, docinho. Eu poderia ter feito você também, mas não fui responsável pela maravilha que é você.

Piper deu risada.

- Ok. Acho que a única não maravilhosa aqui, sou eu. - Nicky puxou um drama em sua voz. Piper a olhou imediatamente, padecendo de seu "sofrimento"

- Você é muito maravilhosa, sim, Nicky!

- Você acha mesmo, Piper?

As duas se olhavam.

- Acho muito. - respondeu.

- Nicky está fazendo hora com a tua cara! - Alex resmungou. Piper começou a analisar as duas, depois deu de ombros. Nicky assumiu a brincadeira, mas foi perdoada. Diane saiu e as três mantiveram uma pauta controlada. Lorenza se infiltrou na sala, sentou-se na perna de Alex e intimidou as outras duas com seu olhar imponente.

Lorenza sempre gostou de Alex, e todos sabiam disso. Não era e nunca foi um problema. As duas tiveram um namoro relâmpago no passado, bem antes de Alex namorar Pietra. Após a morte dela, alguns meses em diante, Lorenza se reaproximou e as duas ficaram juntas novamente, entretanto Alex não prosseguiu com o relacionamento. Nunca gostara da sobrinha de Amy... Não de pose romântica. Lorenza era alta, cheia de curvas calientes, cabelos escuros e a pele da mesma cor que a de Vause. Os olhos eram esverdeados e observadores.

- Victor já foi se deitar? - Alex a perguntou no ouvido.

Lorenza se virou para ela.

- Si, amor. Él estaba muriendo de sueño. Lo conoces. Victor dorme cedo.

- Não sem antes fumar um cigarro e reclamar do clima que faz aqui em Nova Orleans. - Elas estavam se referindo ao melhor amigo de Lorenza, Victor, um simpático figurinista de um programa de TV famoso.

- Nicky... - Piper cochichou e levantou uma revista na altura de seus rostos, nada discreta, para esconder o que iria perguntar à tenista. - Quantas namoradas a Alex têm?

Nicky desenrolou uma risada baixinha, respondendo:

- São incontáveis, Piper. Mas eu te digo uma coisa: Ela adora as latinas! Impressionante.

A boba se chocou e abriu a boca em formato de "O", surpreendida, e então Nicky sorriu e assumiu estar brincando.

Alex, apertando os dedos na cintura de Lorenza, suspirou sem tirar os olhos da cena. Não conseguira escutar o que as duas falavam... Só pôde ouvir a risada de Nicky, mesmo sendo controlada.

- Oh dios mio, Alex, ¿estás bien? Estás a apertar minha cintura, cariño.

- Me desculpe Loren, eu só estou um pouco ansiosa. - Pediu para ela sair de cima de suas pernas. Lorenza se sentou ao lado dela, segurando em sua mão, como se Nicky e Piper não estivessem ali. Alex deu mais informações. - São os subsídios sobre o caso de Maritza.

Nicky passou a olhá-las, silenciosa. Piper também.

- ¿Información? Yo no estoy comprendiendo!

- Sotaque lindo, não? - Piper cutucou Nicky.

A tenista fez que sim, desinteressada.

- Não posso simplesmente arquivar e deixar para trás o acidente de Maritza. Quero descobrir a verdade que está no interior deste acidente.

- Amor! Tienes que olvidar. Viajar um pouco, depois piensa em resolver tudo, Alex. ¿Quieres ir a España? Mama ficará contenta con su visita. Y yo aún más, cariño.

- Ela mistura tudo. Eu consigo entender. E você?

- Shh. - Nicky pediu.

Piper olhou Alex. Ela tinha tanto carinho para com a outra moça. Lorenza era muito chique. E muito linda. Dava satisfação em olhá-la... Apesar de tudo, Piper torceu os lábios. Alex a olhou. Sorriu para ela, mas a morena não retribuiu. O olhar foi bem rápido... Talvez ela nem tenha notado seu sorriso. Chapman suspirou. Queria sair dali, brincar com Shelby. Ele dormiria consigo? Esperava que sim, afinal, Vause não estava mais sendo irracional consigo.

- Seria agradável, querida, mas... Eu dispenso. - Sorriu por recusar. - Além do mais, estou muito atarefada com a próxima coleção. Será em Tóquio.

- No Japão?

Alex virou a cabeça na direção de Piper.

- Deve ser incrível...

- Tóquio é esplêndido. - Disse Alex, pensativa. Piper continuou com o sorriso nos lábios.

- ¿Namorada de Larry, si?

- Oi! Eu namoro o Larry. - Piper começou a alisar o tecido do vestido, oprimida. Lorenza se levantou e começou a caminhar pela sala, parecia procurar por uma bebida.

- Eres muy guapa... - Sussurrou. - Alex, ¿dónde está la bebida?

- Não bebemos nada nesta sala, Loren. E, por gentileza, linda, fale em nosso idioma.

- Eu consigo entender um pouquinho! - Piper contou.

- Sem problemas. - Lorenza refez seu caminho até a poltrona, voltando-se diretamente à Piper. A loirinha pareceu se assustar. - Você não sai com seu namorado? Larry é mulherengo. Un puto.

- Ai! - Piper, sem querer, reclamou. Porque que todo mundo ali tinha aquela mania chata? Viviam querendo que ela seguisse Larry para cima e para baixo, que coisa mais inconveniente. Ela queria dizer, de uma vez por todas, que os dois eram amigos. Não gostava daquela pressão. Não sabia mentir e as pessoas reconheciam isso.

- Os dois estão dando um tempo. - Nicky decidiu que iria ajudá-la. Sentiu o desconforto da moça em ter que responder a dúvida da engenheira.

Alex, muito surpresa, enfrentou a amiga.

- Como você sabe? - Sarcástica.

- Piper me contou.

Piper não sabia como proceder.

- É... Hm... Eu...

- Vejo que estão criando um laço muito forte. - Alex prosseguiu e levantou procurando um cigarro dentro de sua pequena bolsa. Encontrando-o, ela o acendeu e deu diversas tragadas.

- Está com ciúmes?

Em uma risada quase ensaiada, Alex se destacou. Ela batia a sola do salto contra o chão, irônica.

- Está insinuando que... Que eu estou com ciúmes de Piper? Eu?

Nicky assumiu uma expressão suspeita.

- Eu não estava me referindo a ela...

A estilista mudou a postura, engoliu o sorriso e tentou disfarçar o fiasco... Ou, seja lá o que estava se passando. Lorenza, até então inocente com a representação de Piper na astúcia de Alex, passou a observar, atentamente, o desenrolar do comportamento da morena.

-... Intuiu errado, então, Alex. - Nichols deu meia risada. Alex se entregava tão fácil.

- Chega de conversa fiada. - Ela foi se encontrar com a janela, abriu-a e soltou a fumaça através da mesma, lá fora. - Vamos até a adega, beber, sim?

- H'mmmn. - Lorenza examinava Piper. Ela era muito bonita, mas se vestia mal e não usava sapatos. Revirou os olhos. Que interesse Alex teria nela? Tampouco Larry. Conhecendo-o como o conhecia, sabia que o primo jamais se envolveria com alguém assim, do tipo de Piper, avoada.

Piper não acompanhou as demais até a adega. Ela não gostava de tomar aquelas porcarias. Se fossem tomar sucos, ou coisa parecida, ela iria.

Ela encontrou-se com Shelby na varanda. O cachorrinho a recebeu e pulou em suas pernas e depois sumiu para ir buscar seu brinquedinho: Uma almofadinha em forma de soldadinho. Piper, curiosa, a aproximou do nariz e quase desmaiou com o cheiro forte.

- Credo! Você precisa escovar esses dentes, Shelby!

O cachorro latia muito, esperando que ela jogasse o soldadinho. Piper jogou longe, próxima do canteiro, enquanto ia andando pelo jardim. Este era bem iluminado, cuidado... Lindo demais. Parecia um jardim visto em filmes. Shelby a levou o soldadinho, pulando, ansioso. Ela repetiu a brincadeira diversas vezes. Seus pés descalços travaram assim que ela viu a enorme piscina. Ela tinha o formato de L, e era aclarada. Piper tinha uma fobia enorme de piscinas. Elas eram esquisitas, silenciosas... Profundas. Seus olhos se encheram de lágrimas. Ela recuou e apertou a garganta delicadamente, dando uns passos para trás.

Shelby correu até a borda da piscina, largou o soldadinho lá, subiu na espreguiçadeira e foi se deitando, a espera de Piper.

- Está com medo?

Ela tremeu de susto! Virou-se e encontrou Lorenza. A mulher mais alta começou a rir.

- Lo siento, preciosa, vejo que assustei você. - Levou a mão até o gesso dela e o olhou, vendo ali o desenho e a assinatura de Alex. Lorenza começou a pegar fogo, mas não deixou transparecer.

- Me assustou um pouquinho. - Piper se chateou. Seus olhos estavam apavorados. Ela não se sentia muito bem naquele momento. Sentiu a corrente de ar passar por cima de seus ombros e seguir em diante.

- Venha. - A engenheira deu um toque nas costas dela. - Vamos nos sentar e conversar un poquito. - Ela começou a andar em sentido as espreguiçadeiras, entretanto, parou e esperou por Piper. - Você não irá me acompanhar?

- Sim... Eu... - Ela estreitou os olhos e encarou a piscina. Não iria deixar a sobrinha de Amy esperando, não ia... Não podia fazer desfeita. Seus passos ainda eram inseguros. Piper não conseguiu esconder sua expressão de medo, pavor, ao pisar fora da grama, no chão frio em sentido às espreguiçadeiras. Ela focou-se no alegre cão que a esperava chegar mais perto. Por ali havia jogos de mesinhas e cadeiras que abraçavam a área da piscina. Ela caminhou e alcançou Lorenza, parando ao seu lado, esperando que, juntas, terminassem de andar até os assentos. Lorenza a tocou no ombro e colocou todo o seu peso no ato, empurrando a moça até a beirada da piscina.

O coração de Piper saiu pela boca! Ela arregalou os olhos e gritou. Como previsto, ela desabou dentro da piscina. Nunca sentiu tanto medo. Era como cair em um lago cheio de monstros... Dos mais perversos. Lorenza se desculpava, sacudindo as mãos, como se fosse ajudá-la. A ajuda nunca veio.

A água era pesada, Piper não conseguia encontrar o fundo da piscina. O pânico se tornou ainda maior assim que ela notou o quão funda era aquela porcaria. Iria morrer, seu corpo começou a perder as forças, um filme de sua infância se passou pela sua cabeça. Na retrospectiva, ela viu um homem lhe sorrir e estender um pequeno bolinho com uma velinha em cima, ela viu Carol, viu muitas imagens da infância, imagens que ela ao menos sabia da existência. Os braços se agitavam; a friagem da água lhe congelava por dentro. Medo... Ela estava mergulhada no medo. Shelby iniciou um escarcéu de latidos apavorados. Num átimo, o cachorro pulou dentro da piscina e nadou até Piper. Ela afundou, emergiu, afundou novamente e conseguiu se segurar no animal. Ele parecia não saber nadar muito. Por estar inteiramente em aversão, Piper se jogava em cima do animal de modo impensável. Ele começou a afundar com seu peso.

- Você está se interessando em Piper? Fale-me! Eu quero saber. Não quero perder a sua amizade e muito menos brigar com você, Alex!

- Por que você está me dizendo isso? Percebe o que está me falando, Nicky? - Alex parou de andar e encarou o rosto da melhor amiga. - Não me faça isso.

- Eu só preciso saber!

- Pois saiba que eu não estou interessada em ninguém. Não venho sendo feliz desde a morte do meu pai! - Ela queria gritar, chorar... Tanto faz. Não queria discutir assuntos que envolvessem pieguices. Queria só ter uma noite tranquila sem repensar tais fatos. Ela retirou os óculos, encarou as árvores e ignorou os pedidos de desculpas de Nicky.

As duas se entreolharam e escutaram o barulho forte que estava surgindo por detrás do muro verde. Barulho forte de braçadas na água.

Vause arregalou os olhos e correu.

- Piper! - Ela teve a pior visão da noite: Piper estava se afogando e afogando Shelby que tentava resgatá-la. Alex Vause foi tirando os pertences dos bolsos e jogando tudo pelo caminho. Sem pensar, ela pulou dentro da piscina e nadou até Piper.

- Segure em mim.

Piper subiu nas costas dela, irracional.

- Me tira, por favor, por favor. Eu estou com medo. - Ela chorava de modo escandaloso.

- Fique calma. - Alex estava confusa, no mais, ela pensou em tirar Piper de dentro da piscina. Shelby conseguiu sair sozinho. Depois de se sacudir, ele foi cheirar a loira, como se quisesse saber se ela estava bem.

Alex estava sentada nos calcanhares, segurando Piper, sentindo o tremor da mesma. A moça lhe abraçava e afundava o rosto em seu pescoço, quase lhe matando. Piper, realmente, estava com muito medo. Alex não conseguiu relaxar um músculo, pois Piper a apertava horrorosamente. Ela chorava muito, implorava para não ser solta, tremia, chorava, chorava...

- Ela caiu.

- Por que você não a tirou da água? - Alex gritou com Lorenza. Sentia ódio. Deus! Quanto ódio ela sentia. Se não tivesse segurando a moça, ela teria levantado e sacudido a engenheira.

- Eu fiquei sem reação, mi amor. Por Dios, Alex, eu travei, cariño. - A essa altura ela já chorava, não tão sentida assim.

- Calma Alex... - Nicky pediu e se ajoelhou. - Piper? Você já está fora de perigo. Pode se soltar de Alex. - Tentou convencê-la.

Piper puxou o braço engessado que Nicky segurava, afoita. Ela estava pior do que um animalzinho amedrontado.

- Se eu não tivesse chegado aqui teria acontecido o pior! Por que você não me chamou? Por quê?

- Alex, não grite comigo, eu não tive culpa!

- Alex...

- Quer saber? - Alex levou alguns segundos para se levantar sem deixar Piper se desprender de seu amparo. - Eu estou muito embravecida com você! - Ela ainda soltava chumbo para o lado da mulher. - Nicky, me acompanhe. Traga Shelby e, por favor, recolha os meus pertences.

 

Meia hora havia se passado e Piper ainda chorava copiosamente. Ela tinha espasmos horríveis, não falava com ninguém e não deixava ninguém a tocar. Estavam no quarto de hóspedes. Alex usava um roupão quente por cima de sua nudez. Na pressa, ela não pensou em usar lingeries. Morria de pena de Piper. Ela era muito pequena diante daquele estrago todo.

Amy falava com ela, sempre a esfregando no braço. Quando tudo parecia se resolver, Piper aceitar tomar um banho quentinho e vestir uma roupa agradável, a onda de choro batia e ela apanhava. Nicky também buscava ajudá-la, mas a moça se encolhia no cantinho, escondendo o rosto entre os joelhos.

- Eu preciso ir embora, Alex, infelizmente. Amanhã eu terei um treinamento pesado. - Nicky disse. - Cuide dela. Você também, tia Amy. Liguem-me qualquer problema, certo?

As duas assentiram.

- Piper, hei... - Ela a chamou com doçura. Piper não a olhou. Podia escutá-la. - Eu estou indo embora. Eu volto amanhã, certo? - Nicky fez um carinho rápido na cabeça dela.

- Ela vai ficar bem. - Alex abraçou a amiga e a levou até a porta.

Nicky a olhou. A olhou. Olhou. Suspirou e assentiu.

- Até amanhã, Vause.

- Obrigada, Nicky. - Alex deu outro abraço. - Eu amo você.

- Eu também te amo! - Elas trocaram um sorriso. Tudo ficou bem entre ambas.

Com a saída da amiga, Alex não abandonou Piper, tampouco parou de insistir para que ela tomasse um banho. Ela concordou, mas Amy a ajudou naquele detalhe.

Alex até preferiu. Ela ligou para Larry, mas o primo não a atendeu. Iria acabar com a raça dele! Sabia que ele não era namorado coisíssima nenhuma de Piper, e não iria mais compactuar com aquela palhaçada toda. Descobriria tudo, de uma vez por todas, e finalizaria aquele show todo. Piper precisava ser auxiliada. Larry não estava fazendo nada por ela... A não ser envolvê-la naquele jogo.

- Está confortável?

- Sim, tia Amy, obrigada por tudo. - Piper cobriu metade do corpo. - Eu não queria acordá-la.

- Bobagem, meu amor. Apenas fique bem e se precisar pode me acordar, certo?

Piper assentiu. Amy deu-lhe um beijo de boa noite, conversou alguma coisa com Alex e depois se retirou.

- Melhor?

- Tem água parada dentro do meu ouvido. - Ela virou a cabeça, deitando de lado e encolhendo as pernas. Os olhos estavam tão vermelhos.

Alex se sentou na cama.

- Irei levá-la ao médico. Seu gesso se soltou no banho. Pode ser danoso.

- Meu braço não está doendo. - Confessou, soluçando.

Silêncio.

Alex a olhava entristecida. Estava muito arrasada. De verdade. Piper fechou os olhos, não dormia, apenas queria ficar em silêncio. Os machucados de seu rosto estavam bem apagados, quase não se via... Lágrimas silenciosas escaparam e desceram livremente por suas faces.

- Não chore querida. O pior já passou.

- Eu estou com medo.

- Não precisa. - Alex se deitou ao lado dela. - Shelby a salvou. E ele morre de medo de água.

Piper abriu os olhos. Alex foi atingida. A mudança de cor das íris era fenomenal. O azul estava parecendo branco. Deu um leve aperto nos dedos das mãos dela, assim que os encontrou.

- Ele está bem? Engoliu água?

- Shelby está ótimo. Ordenei que o levassem à Polly. - Deu uma risadinha. - Só para ela o checar.

- Está tarde. A pobrezinha acorda muito cedo.

- Darei á ela duas semanas de folga. Não se preocupe com isso...

Piper começou a chorar. Alex ficou assustada... Ela parecia bem.

- Me conte o que aconteceu, Piper...

Piper não iria acusar Lorenza. Ela sabia que Alex a iria maltratar. Não entendia muito bem se Lorenza a empurrou dentro da piscina, ou se era apenas um acidente, quem sabe.

- Eu não quero falar. Estou com medo. Eu tenho medo de piscinas. Eu tenho muito medo. Nunca mais quero olhá-la. - Ela entrava em pânico, escondendo o rosto. - Eu quero ir embora daqui.

Alex se sentou e a tomou nos braços. Piper não queria contato físico. Empurrou-a.

- Me solta!

- Não, não vou soltar você. - Alex a recuperou e apertou o rosto dela junto ao peito. Piper se debateu e só depois ela se acalmou e aceitou o abraço acolhedor. Alex fazia carinho na ponta da orelha dela.

- Fica bem, Piper. Você precisa ficar bem. Foi só um susto.

- Não foi um susto. - Ela foi malcriada. - Eu odeio piscinas. Elas são assustadoras.

- Shh.

- Você gosta?

- De piscinas?

- Sim.

- Bem eu não ligo muito para piscinas.

- Ah! Então... Eu não gostei de ter caído lá. - Ela fungou e caiu para o lado dos travesseiros. - O chão era inexistente.

- Vamos esquecer. - Alex a cobriu de novo. - Quer assistir alguma coisa?

- Não... Você está se preparando para sair? Vou dormir sozinha?

- Quer que eu permaneça?

- Sim! - Piper disse. - Alex...

- Pare de me chamar assim... - Ela passou a mão no pescoço para aliviar a tensão. Oh, Piper, Piper...

- Assim como?

- Esqueça. - Recuperou-se. - Enfim, o que iria dizer?

- Eu estou vendo o seu seio. - Apontou-o através da abertura do roupão.

Alex o fechou no mesmo instante. Ela sorriu por isso.

- Me desculpe. Você não fica feliz com este tipo de coisa.

Piper bocejou.

- Não mesmo. Não gosto disso.

- De seios?

- Gosto dos meus.

- Deve gostar... - Alex fez uma careta. Piper mostrou um sorriso.

- Você fica diferente sem aqueles óculos.

- Fico né? - Ela levantou e apanhou o controle da TV. - Vai querer assistir?

- Gosto de Masha...

- Me diga mais. Posso procurar online. - Se sentou novamente e apontou o controle na reta da TV. Piper suspirou.

- É a garotinha e o urso. Eu andei assistindo no cinema.

Alex procurou e encontrou o bendito desenho. Era tão singelo. Jamais pensou que fosse assistir uma porcaria daquelas... Ainda mais com uma garota atraente, bonita, em um corpo de uma mulher, ao lado... Oh, céus. Estava pirando...? Ou decaindo? De certa, ela não fez questão de buscar respostas. Ficou e assistiu o desenho. Piper sorria e comentava uma coisa ou outra.

- Está gostando? Eu adorei. É muito bonitinho.

- Por hora é agradável, Piper. - Alex desligou a diversão da outra. - Se vou ficar aqui, preciso dormir.

- Está com sono?

- Não muito. Concentro-me em dormir, funciona... Às vezes... Porque você olha tanto a abertura do meu robe?

- Porque seu seio fica aparecendo. Você não usa roupas íntimas?

- Gosto de dormir nua, Piper, problema?

- Ah não, eu também gosto.

- Quer ficar nua?

- Minha mãe me ensinou que não devemos nos despir na frente dos outros.

- Sua mãe era um tanto-

- Não! Não fale em minha mãe... - Ela fez um beicinho.

- Ok... Certo. - Alex se cobriu e deitou de frente a ela, sem querer saber o porquê de ela ficar tão sensível naquele assunto. - Tia Amy a ajudou no banho, certo?

- Ela não me viu nua. Ninguém viu.

- Larry?

- Eww! Por que você fica fazendo isso?

- O que? - Vause deu risada. Tinha a necessidade de apertar aquela pessoa. O fez. Apertou-a em um abraço controlado. Piper ficou sem reação, deixando passar. As duas se espaçaram.

- Essa conversa de safadeza. Eu não gosto. Não tem um propósito para mim.

- É que você ainda não descobriu o propósito em fazer coisas...

- Chega tá, fico aborrecida!

- Estou vendo... Fica com os olhos juntos, franze a testa e os lábios. Você é... Tão você.

Ela mudou de expressão.  Alex continuou.

- Você me assustou agora à noite. - Vause confessou de modo pessoal, reservado. Era como reconhecer seu pior medo e falar sobre ele abertamente.

- Me desculpa?

- Boba. Você não entendeu. - Balançou a cabeça. - Boa noite, Piper. - Deu às costas a ela. - Me acorde se precisar.

- E minha mão? Segura! - Piper passou o braço por cima da cintura dela e, consequentemente, a trouxe para mais perto, encaixando-se em suas costas. Alex agarrou em sua mão e puxou-lhe um dedo. Piper bocejou. - Obrigada por ficar aqui.

Alex sorriu e só...

No outro quarto...

 

- Lore, queridinha, você precisa se controlar.

- Me controlar? Victor! Até quando? Responda-me... Até quando Alex irá arrumar essas nojentas para nomeá-las de namoradas?

O homem careca sorriu paciente.

- Eu não sei te responder, linda, mas você precisa se acalmar, ou então chamará a atenção de Alex.

- Carajo! Eu não estou acreditando que ela está envolvida com aquela songa-monga.

- Quem?

- A namorada de Larry! - Gritou.

- Ela não está envolvida com aquela moça. Não faz o tipo dela.

- Tu que piensas, cariño. Tu. - Ela virou a bebida toda na boca. - Eu também irei me livrar dessa, Victor.

Victor suspirou.

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 5 - Capitulo 5:

Sem comentários

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web